Roberto Dias Branco,
ou simplesmente Dias, era paulistano do bairro do Canindé, em São Paulo (SP), onde
nasceu no dia 7 de janeiro de 1943.
Faleceu também em São Paulo, no dia 26 de
setembro de 2007.
Começou na várzea paulistana e passou para os juvenis do São Paulo F. C., aos
16 anos.
Foi o grande craque do time nos anos 60, porém sem conquistar nenhum título,
pois a preocupação da diretoria do clube era a construção do estádio Morumbi.
Jogador habilidoso e técnico, sem dúvida um dos maiores que o São Paulo já teve,
considerado por muitos como o maior quarto zagueiro que passou pelo tricolor
paulista. Além disso, era exímio cobrador de faltas. Pelé sempre reconheceu a
dificuldade de superar a marcação de Dias.
Em 1967 foi eleito "Atleta do Ano".
Em 1970, conquistou seu primeiro título de campeão paulista. Pouco depois, em
29 de novembro, foi obrigado a ficar afastado dos campos de futebol, vítima de
uma complicação cardíaca. Passou quase dois anos parado - embora fizesse parte
do elenco que ganhou o Campeonato Brasileiro de 1971 (quando disputou apenas
uma partida por essa competição).
Depois de 523 jogos pelo São Paulo (o quinto jogador que mais atuou pela equipe
e o terceiro em anos de permanência no clube), Dias ganhou passe livre em 26 de
setembro de 1973, contra sua vontade, pois pensava em encerrar a carreira no
São Paulo. Depois de uma passagem rápida pelo Ceub, de Brasília, que defendeu
no Campeonato Brasileiro de 1973, foi para o Jalisco, de Guadalajara, no
México, clube onde jogou por três anos, ganhando ainda o prêmio de melhor
atleta estrangeiro de 1974. Ao voltar ao Brasil, ainda defendeu o Dom Bosco, do
Mato Grosso, no Campeonato Brasileiro de 1978, e o Nacional, de São Paulo, até
se aposentar, no fim da temporada.
Em 1987, foi convidado para ser instrutor de futebol para sócios do clube.
Em 25 de setembro de 2007, sofreu uma parada cardiorrespiratória ao tomar
banho. Levado ao Hospital das Clínicas, não resistiu e faleceu no dia seguinte.
No dia de sua morte, o São Paulo atuou contra o Boca Juniors, da Argentina, com
tarjas pretas no braço esquerdo das camisas.
NA SELEÇÃO BRASILEIRA
Dias estreou na Seleção Brasileira (olímpica) nas eliminatórias para a disputa da
Olimpíada de Roma, quando, no dia 13 de agosto de 1960 formou o meio-de-campo
com Gerson, na vitória de 3 x 1 sobre o Peru.
Na seleção principal, estreou em 28 de abril de 1963, em uma vitória por 3 x 2
sobre a França.
Ao longo de sua carreira, defendeu a seleção principal por 25 vezes, com 13
vitórias, 8 empates e 4 derrotas.
Na seleção olímpica foram mais 4 jogos, com
três vitórias e uma derrota.
Esteve ainda entre os mais de 40 convocados para treinamentos da Seleção em
Serra Negra e Caxambu, como preparativos para a Copa do Mundo de 1966, mas
acabou ficando de fora da lista final e não foi à Inglaterra.
PASSAGEM POR BRASÍLIA
E foi uma passagem meteórica!
Se apresentou na segunda quinzena do mês de setembro de 1973. No dia 6 de
outubro de 1973, atuando como médio-volante, Dias estreou pelo Ceub, jogando no
Pelezão, na derrota de 1 x 0 para o Internacional, de Porto Alegre.
Voltando à quarta zaga do Ceub, viu o clube brasiliense ser derrotado pelo Moto
Club, de São Luís (MA), no dia 13 de outubro de 1973, por 2 x 1, também no
Pelezão.
Formando a zaga com Paulo Lumumba, no dia 17 de outubro de 1973 Dias mais uma
vez viu o Ceub ser derrotado, desta vez pelo Fluminense, do Rio de Janeiro, por
1 x 0.
Em seu quarto compromisso com a camisa do Ceub, no dia 29 de outubro de 1973,
Dias conheceu sua quarta derrota, desta vez diante do Fortaleza (CE), pelo
marcador de 2 x 1.
Todos esses jogos, Dias teve como treinador João Avelino.
Já sob a orientação de Cláudio Garcia (devido à saída de João Avelino, que
pediu demissão logo após o jogo contra o Fortaleza e assumiu o comando do
Paysandu, de Belém), o Ceub receberia o América, de Belo Horizonte, no dia 27
de outubro de 1973. Antes desse jogo, Roberto Dias se desligou do Ceub.
Ou seja, no Ceub Dias disputou quatro jogos e perdeu todos eles.
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