sexta-feira, 21 de setembro de 2018

BOSQUE FORMOSA ESTÁ COMPLETANDO 40 ANOS DE VIDA!


Em um campo de terra atrás do terminal rodoviário de Formosa, cidade do interior de Goiás, um grupo de amigos decidiu se juntar e formar um time de futebol. Surgiu, então, o “Time do Bosque”, nome que faz referência ao bairro onde o time dava seus primeiros passos.
As primeiras disputas do até então “Time do Bosque”, com suas atividades iniciadas em 21 de setembro de 1978, se dava contra outros times dos demais bairros da cidade de Formosa.
Os anos 80 e início dos anos 90 para o Time do Bosque foram anos em que o time concentrava suas atividades em partidas esporádicas contra equipe de outros bairros e equipes da zona rural do município de Formosa. Contudo com o passar dos anos e com o aumento da frequência dos jogos o Time do Bosque criou condições para, mais tarde, se estabelecer como equipe de futebol formalizada e com personalidade jurídica.

1995
Em 1995, o Time do Bosque deu um importante passo para sua consolidação como clube de futebol. Encabeçado pelo desportista Cacildo de Paula Cassiano, o Time do Bosque passou a se chamar Bosque Futebol Clube, passando a ter CNPJ e Estatuto.
O registro oficial se deu no dia 5 de janeiro de 1995, na cidade de Formosa, Estado de Goiás, como uma associação civil de caráter desportivo, cultural e social, sem fins econômicos. Vinte e nove novos sócios assinaram a ata de fundação do Bosque Futebol Clube.
Logo no seu primeiro ano (1995) de equipe de futebol legalmente constituída o Bosque se sagrou campeão de futebol amador de Formosa.

1999
O ano de 1999 foi um especial para a história do Bosque. Neste ano o Bosque Futebol Clube, se tornou clube de futebol profissional, sendo credenciado junto à CBF - Confederação Brasileira de Futebol e filiando-se à Federação de Futebol do Distrito Federal. A partir disso adquiriu o direito de participar de competições de futebol profissional organizadas por essas entidades.
Entusiasmado com a profissionalização, o clube participou da disputa da segunda divisão do Campeonato Brasiliense desse mesmo ano e conseguiu o título e o direito de disputar a primeira divisão no ano seguinte.
A estreia do Bosque aconteceu no dia 22 de agosto de 1999, no estádio Rio Preto, em Unaí (MG), empatando em 2 x 2 com o local Itapuã. Canguçu, aos 25 minutos, e Eraldo, aos 36, fizeram os gols do Bosque, ainda no primeiro tempo. No segundo tempo, o Itapuã foi buscar o empate, já nos acréscimos.
Nos demais nove jogos, o Bosque só perdeu um jogo (para o Comercial, do Núcleo Bandeirante - 2 x 0), venceu seis e empatou mais dois. Marcou 15 gols e sofreu apenas cinco. Teve um aproveitamento de 70%.
Sua campanha foi a seguinte:
22.08, Rio Preto, Unaí (MG) - ITAPUÃ 2 x 2 BOSQUE
29.08, Diogão, Formosa (GO) - BOSQUE 1 x 0 COMERCIAL
07.09, Diogão, BOSQUE 0 x 0 SAMAMBAIA
12.09, Diogão, BOSQUE 1 x 0 ATLÂNTIDA
19.09, Adonir Guimarães, Planaltina (DF), PLANALTINA 0 x 0 BOSQUE
26.09, Diogão, BOSQUE 1 x 0 ITAPUÃ
03.10, Metropolitana, Núcleo Bandeirante (DF), COMERCIAL 2 x 0 BOSQUE
10.10, Diogão, BOSQUE 5 x 1 SAMAMBAIA
17.10, Metropolitana, Núcleo Bandeirante (DF), ATLÂNTIDA 0 x 2 BOSQUE e
23.10, Diogão, BOSQUE 3 x 0 PLANALTINA
Canguçu, do Bosque, foi o vice-artilheiro do campeonato, com sete gols, ao lado de Mycon, do Planaltina, e um a menos que Joãozinho, do Comercial.

2000
Em sua estreia na primeira divisão do Campeonato Brasiliense, em 2000, o Bosque sentiu o peso de enfrentar as tradicionais equipes do Distrito Federal e não conseguiu repetir o feito do ano anterior e acabou sendo rebaixado para a segunda divisão novamente.
Seu primeiro jogo na Primeira Divisão do DF aconteceu no dia 13 de fevereiro de 2000, no Adonir Guimarães, em Planaltina (DF), sendo derrotado por 1 x 0 pelo Dom Pedro II.
Apesar do rebaixamento, o Bosque conseguiu resultados expressivos para um novato: venceu o Ceilândia no turno e no returno (1 x 0 em ambos os jogos) e empatou uma vez com o Guará (1 x 1) e Sobradinho (0 x 0) e duas vezes com o Brazlândia (3 x 3 e 0 x 0) e Bandeirante (2 x 2 em ambos os jogos).
Após essa precoce queda, a equipe passaria por uma longa fila de espera perambulando pela segunda e até mesmo pela terceira divisão do Campeonato Brasiliense.
2007
Em meio às dificuldades do início dos anos 2000, em 2007 ocorreu um fato significativo e de grande importância para a agremiação e para a cidade de Formosa. O então Bosque Futebol Clube passaria a se chamar Bosque Formosa Esporte Clube, sendo chamado a partir daí, pela imprensa, torcedores e adversários apenas como Formosa Esporte.
O clube que já levava a bandeira do município em seu escudo, acrescentou também o nome da cidade, aumentando ainda mais a ligação com suas origens e com o povo de Formosa.
Dez anos depois do rebaixamento, o Bosque Formosa retornaria à elite do futebol brasiliense ao se tornar vice-campeão da Segunda Divisão do DF.
Foram dez jogos, com cinco vitórias, dois empates e três derrotas, uma delas, na decisão do torneio, para o CFZ (1 x 0).
Marcou nove gols e sofreu seis, terminando a competição com 56,7% de aproveitamento.

2011
A ano de 2011 é um capítulo à parte na história do Bosque Formosa, devido aos curiosos e surpreendentes fatos ocorridos, tanto pelo lado positivo, como pelo lado negativo. O time que havia conquistado o acesso a primeira divisão no ano anterior chegou para disputar o Campeonato Brasiliense de 2011 com o objetivo de se manter na elite do futebol do DF, a essa altura um grande feito, afinal de contas, na única vez que disputou a primeira divisão acabou sendo rebaixada.
Com uma gestão arrojada e competente, aliado ao apoio financeiro da Prefeitura Municipal e de algumas empresas de Formosa, montou-se uma forte equipe, com atletas experientes e alguns com grande rodagem no futebol brasileiro, sob o comando técnico de Auecione Alves.
Aos poucos a equipe foi se entrosando e ganhando confiança, à medida que os resultados positivos vieram. Juntamente com a escalada do time na tabela de classificação a torcida abraçou a equipe e embalou ainda mais o Bosque Formosa. Ver o Diogão com suas arquibancadas tomadas pela torcida alviverde foi uma cena comum em 2011.
A empolgação e o desempenho foram surpreendentes de tal forma que surgiu, através da ideia e voz do cronista esportivo Lecy Vaz, a expressão “Tsunami do Cerrado”. O Bosque Formosa então viveu dias de glória, ganhando jogos e dando espetáculo e orgulho ao torcedor. O ano de 2011 marcou também a despedida dos gramados do jogador Heli Carlos. O jogador, nascido em Formosa, após jogar por diversas equipes brasileiras pendurou as chuteiras com a camisa do Bosque Formosa no jogo frente ao Atlético Ceilandense, no Estádio Diogão. Na ocasião, e com casa cheia, o atleta recebeu uma singela homenagem, recebendo da diretoria uma camisa com o número 100, simbolizando a centésima partida do jogador com a camisa alviverde.
Tudo era festa para os lados do Bosque Formosa e o clube atingia um patamar jamais imaginado. Porém, no dia 30 de abril de 2011, o clube enfrentaria o já eliminado Botafogo. Ao Bosque Formosa bastava um empate para avançar à etapa final da competição. Com o Diogão lotado, o Bosque Formosa chegou a abrir o placar, se aproximando ainda mais de alcançar o seu objetivo. No entanto, após o retorno do intervalo o que se viu em campo foi um time “apático e estranho”, e o resultado dessa apatia foi o placar de 4 x 1 a favor do Botafogo. A derrota acachapante provocou a ira dos torcedores, que queimaram bandeiras e camisas.
Mesmo com a eliminação o Bosque Formosa terminou num honroso 3º lugar e conquistou o direito de disputar a Série D do Campeonato Brasileiro pela primeira vez em sua história. No entanto, daquele ano, ao qual disputou e foi eliminada ainda na fase de grupos.
Até começou bem sua participação no Grupo 6, indo até São João do Meriti (RJ) no dia 17 de julho e empatando com o Audax Rio (0 x 0). Uma semana depois, em seu segundo jogo, venceu o São Mateus (ES), por 1 x 0, em Formosa. Conheceu sua primeira derrota em seu terceiro jogo, em Nova Lima (MG), diante do Villa Nova (1 x 0).
De volta à Formosa, o Bosque empatou em 0 x 0 com o Volta Redonda, do Rio de Janeiro, em seu quarto compromisso pela competição.
Iniciando o returno, contra o mesmo Volta Redonda, no Raulino de Oliveira, foi goleado (4 x 0), passando a ficar mais afastado dos dois primeiros colocados (Villa Nova e Volta Redonda), na luta pela classificação para a fase seguinte.
Recuperou-se ao causar uma grande surpresa no dia 4 de setembro de 2011, no Diogão, quando derrotou o então líder invicto, o Villa Nova, por 1 x 0. Continuou na quarta colocação, agora com a mesma pontuação do Audax Rio (oito pontos) e a um do segundo, o Volta Redonda, que tinha nove.
Na penúltima rodada, foi até Sernamby (ES) e empatou em 3 x 3 com o São Mateus, chegando aos nove pontos também. Só não contava com a vitória do Volta Redonda em Nova Lima, frente ao Villa Nova, resultado que manteve os três pontos de diferença para o clube carioca e praticamente o classificou para a fase seguinte, pois, mesmo que o Formosa vencesse o Audax Rio na última rodada, empataria em número de vitórias com o clube carioca (três), mas dificilmente conseguiria tirar o saldo de gols: estava com três negativos contra cinco positivos do Volta Redonda.
Essa matemática não precisou ser feita, pois o Volta Redonda goleou o São Mateus (4 x 1). Para piorar ainda mais, o Bosque Formosa também sofreu goleada dentro de seus domínios para o Audax Rio (4 x 0), ficando com a quarta colocação.
Com muita desconfiança da torcida e ainda sofrendo os reflexos da fatídica eliminação no ano anterior, o Bosque Formosa fez uma campanha muito abaixo da expectativa no Campeonato Brasiliense de 2012 e acabou sendo rebaixado para a segunda divisão, iniciando uma era de dificuldades financeiras, desencontros administrativos e descrédito junto ao torcedor.


Em 2013, com o forte desejo de retornar à elite do futebol brasiliense, o Bosque Formosa reuniu forças e montou uma equipe competitiva, com atletas experientes e sob a batuta de João Carlos Cavalo no comando técnico para a disputa da Segunda Divisão do campeonato brasiliense. A equipe fez um grande campeonato e se sagrou campeão de forma invicta. Disputou nove jogos, vencendo seis e empatando três; marcou 23 gols e sofreu oito, conquistando o direito de voltar a disputar a primeira divisão do DF.
O ano de 2014 deixou múltiplas sequelas no Bosque Formosa. Com um planejamento financeiro e esportivo precipitado o clube montou um elenco caro, para os padrões que até então estava habituado e diante das receitas previstas. O resultado disso foi uma equipe que pouco fez em campo, mas fora dele causou grandes estragos.
Com um elenco de altos salários e pouco futebol o clube se viu sem condições de honrar os compromissos financeiros assumidos com atletas, fornecedores e funcionários e isso arruinou as finanças do Bosque Formosa, desencadeando em ações trabalhistas e pendências financeiras que iriam prejudicar o clube ainda mais nos anos seguintes.

2015
Para 2015, o Bosque Formosa entrou em campo para disputa do Campeonato Brasiliense reforçado com o apoio de empresários paulistas que vieram tentar a sorte em terras goianas, talvez motivados pelo sucesso de público e o bom desempenho da equipe em 2011. O Bosque Formosa montou um time competitivo e conseguiu se classificar para o mata-mata. Nas quartas de final, enfrentou a equipe do Gama, vencendo a primeira partida no Estádio Diogão por 1 x 0, porém perdendo a segunda no Bezerrão por 2 x 1, dando adeus a disputa pelo tão sonhado título.
Em 2016, pelo terceiro ano consecutivo, o Bosque Formosa disputou a divisão principal do futebol do DF. No entanto, fez uma campanha com oscilação de boas e más atuações e terminou a competição em 10º lugar. Apesar do desempenho aquém das expectativas da torcida e da imprensa, o ano ainda reservava boas notícias para o clube.
Um grupo de empresários, executivos e profissionais liberais se uniram ao propósito de resgatar a imagem e a credibilidade do Bosque Formosa, que a essa altura encontrava-se arranhada pelos dissabores ao longo dos anos. A eleição foi realizada no fim de 2016 e a nova diretoria foi eleita para o quadriênio 2017-2020, com o compromisso de sanar as pendências financeiras do clube e trazer um novo olhar administrativo, jurídico e esportivo para o Bosque Formosa. A partir daí, foi iniciado um longo trabalho de reorganização e modernização do clube, iniciando pela estrutura estatutária, passando pelo marketing esportivo, pela estruturação das categorias de base e pela organização administrativa.

Com a energia renovada e novos ares trazidos pela nova diretoria, eleita no fim de 2016, o Bosque Formosa iniciou o ano de 2017 cercado de expectativas de novamente triunfar e assim reconquistar o respeito e apoio do torcedor. Várias mudanças administrativas foram realizadas, aliando o clube com as boas práticas de gestão, inserindo o clube em um contexto de maior modernidade e instaurando um pensamento voltado para uma administração transparente, dinâmica com visão de longo prazo. Empresas e parceiros foram buscados, houve grande adesão por parte do empresariado de Formosa e do torcedor. Dentro do campo as coisas não caminharam tão bem quanto administrativamente. Novamente, a equipe oscilou e por algumas rodadas namorou o rebaixamento e em outras sonhou com a classificação, chegando a última rodada precisando vencer o já classificado Paracatu em seus domínios e ainda torcer para uma combinação de resultados. Empatou esse jogo e terminou a competição em 9º lugar.
Em 2018, novamente realizou campanha irregular, terminando o campeonato brasiliense da primeira divisão em oitavo lugar, com 14 pontos ganhos, provenientes de três vitórias e cinco empates (ainda perdeu outros cinco jogos). Ficou com déficit no saldo de gols, após marcar doze e sofrer dezoito. Seu aproveitamento foi inferior a 40%.

Fonte: site do Bosque Formosa.

Diogão



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