quinta-feira, 7 de setembro de 2017

OS CLUBES DO DF: 26 Futebol Clube


O 26 Futebol Clube foi fundado no dia 7 de setembro de 1979, na Ceilândia, por um grupo de dissidentes do então Dom Bosco, considerado o maior clube de futebol amador dessa cidade satélite. Dentre os fundadores estavam Irênio (principal mentor), Adilson, Cardoso, Aroldo, Pelezinho (que jogou na Coenge) e Oscar.
Foi criado com o nome 26 porque a maioria de seus fundadores morava na Quadra 26 da Ceilândia Norte.
No dia da reunião, foram adotadas as cores vermelha e preta como oficiais do novo clube, porque quase todos os fundadores eram torcedores do Flamengo, do Rio de Janeiro.
O escudo do 26 tinha outro desenho em 1998, o número 26 dentro de um círculo. O atual escudo do 26 foi bolado por Adelson de Almeida, hoje técnico do Ceilândia, juntamente com o ex-presidente, já falecido, Raimundo Ribeiro de Queiroz. Eles procuraram colocar as duas mãos em forma de uma caixa d’água.

Nota: a caixa d’água é o monumento mais famoso da cidade de Ceilândia. É um dos maiores símbolos da cidade e fica no centro, erguida no local onde foi fixada a pedra fundamental de Ceilândia.

Logo depois de sua fundação, o 26 passou a participar dos campeonatos de futebol amador da Ceilândia. Não demorou para conquistar seu primeiro título, em 1983, quando se sagrou campeão invicto, ganhando os dois turnos da competição.
Formou mais vezes com 1. Gustavo, 2. Bode (in memoriam), 3. Dão, 4. Lelé e 6. Pisquila; 5. Irênio, 8. Edson Beiçola e 10. Adilson; 7. Luizinho (in memoriam), 9. Risadinha e 11. Tatu. O treinador foi Chico da Macaca.
Essa equipe ficou 51 partidas sem conhecer derrota.


Isso foi antes da unificação das ligas amadoras da Ceilândia. A Ceilândia, antigamente, tinha várias ligas não registradas (UEC, LIFAC, AFAC e LICIC). Foi feita uma fusão (UEC, LIFAC e AFAC) e fundaram a LUFAC, para organizar campeonatos adultos, e a LECIC, para realizar campeonatos das categorias de base. Em 1992, as equipes se desentenderam com o presidente, Paulo Gomes, e abandonaram a LUFAC, se filiando a LECIC, que passou a organizar campeonatos em todas as categorias.
O 26 conquistou os títulos de campeão amador da cidade nos anos de 1994, 1998 e 2008.
Em 1999, venceu o campeonato de futebol amador do Distrito Federal, promovido pela então Federação Metropolitana de Futebol. Essa competição foi disputada por 12 equipes que, na Primeira Fase, foram divididas em dois grupos. O 26 integrou o Grupo A e terminou em 1º lugar após a seguinte campanha: 3 x 2 Maringá, 3 x 3 Armagedon, 1 x 0 Planaltina, 2 x 0 América e 3 x 1 A. A. Classista Neon Toldos.
Nas semifinais, nos dias 5 e 12 de dezembro, contra o Colorado, venceu a primeira partida por 4 x 1 e perdeu a segunda (única derrota na competição) por 3 x 1, garantindo vaga na final.
Na decisão do campeonato, nos dias 19 e 22 de dezembro, venceu duas vezes a A. A. C. Neon Toldos, ambas pelo placar de 3 x 0, e ficou com o título de campeão.
O time base do 26 que venceu o campeonato foi formado por: 1. Leudo, 2. Kelvis, 3. Nilton, 4. Lira e 6. Jefferson; 5. Ediubênio (in memoriam), 8. Cléber Bocão e 10. Zé Carlos; 7. Bosquinho, 9. Paulinho e 11. Cassius. O treinador foi Ari de Almeida.
Além do título, teve também o goleiro menos vazado: Jocileudo Dias Leite (Leudo), que sofreu 10 gols em 9 jogos.
No ano seguinte, em 2000, o 26 Futebol Clube resolveu se profissionalizar. José Beni Monteiro de Oliveira, que foi presidente do Ceilândia entre 1997 e 2003 (falecido em 7 de fevereiro de 2016) teve participação fundamental no processo de profissionalização do 26.

Cassius
No dia 7 de setembro de 2000, no Diogão, em Formosa, o 26 estreava no profissionalismo vencendo o Bosque Formosa por 2 x 1, com dois gols de Cassius.
O 26 realizou uma boa campanha no campeonato brasiliense da Segunda Divisão de 2000. Ficou com a terceira colocação no geral, entre 14 participantes. Foram 14 jogos, com sete vitórias, três empates e quatro derrotas. Marcou 24 gols e sofreu 6. Nas semifinais, segundo colocado do Grupo A, teve pela frente o então novato Brasiliense. Na primeira partida, realizada no dia 19 de novembro, no Mané Garrincha, perdeu por 3 x 1. Na segunda, no dia 26 de novembro, também no Mané Garrincha, infringiu ao adversário a sua primeira (e única) derrota na competição, ao vencer por 1 x 0, gol de Cassius.
A combinação de resultados deu a classificação para a final ao Brasiliense (que acabaria vencendo a competição).
Além da boa campanha, teve Cassius como artilheiro da competição (junto com Petróleo, do Itapuã), com 11 gols.
O 26 voltou a disputar a Segunda Divisão do DF em 2001 (que teve 16 participantes), ficando na sexta colocação, após campanha muito parecida com a de 2000: 16 jogos, 7 vitórias, 4 empates e 5 derrotas; 23 gols a favor e 16 contra.
No entanto, o 26 não teve vida longa no profissionalismo. Tinha, basicamente, a mesma diretoria e comissão técnica do Ceilândia. Não demorou para seus dirigentes perceberem que não havia necessidade em ter dois times profissionais na cidade. Assim, a diretoria do 26 migrou para o Ceilândia. Os irmãos Adelson, Almir e Ari de Almeida passaram do papel de torcedores símbolos para, tempos depois, conduzirem o 26 com cargos diretivos. O 26 voltou ao futebol amador, onde paralisou suas atividades em 2008.

O 26 nunca teve um grande rival, mas, em épocas diferentes, travou grandes jogos contra equipes como Apollo 4, Real Sociedade e por fim o ECON.

Registros & Curiosidades

No período de amadorismo, o 26 teve grandes artilheiros, tais como Leto, irmão mais novo de Dorival, Cacimba e Risadinha, que viria a marcar o primeiro gol da história do Ceilândia, depois que esse foi criado.

Também teve grandes goleiros, com maior destaque para Gustavo e Leudo.

O 26 também foi um clube onde jogadores se mostravam fiéis às suas cores. Irênio e Lelé, por exemplo, depois que fundaram o 26, nunca mais jogaram por outro clube, até pararem de jogar futebol.

Etevaldo Batista, que foi árbitro de futebol em Brasília, também foi treinador do 26 enquanto amador.

Colaboração: Adelson de Almeida.




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