Quando iniciamos as nossas pesquisas sobre
o futebol brasiliense, em 1999, uma das primeiras pessoas que procuramos foi
justamente o Raspinha, que nos recebeu em sua casa, na Vila Planalto, para
contar um pouco de sua história no futebol do DF, tanto como goleiro, quanto
como massagista. Além disso, nos emprestou, para digitalização, várias
fotografias antigas.
Antônio Serafim Filho, o Raspinha,
nasceu em Uberaba (MG), no dia 7 de setembro de 1930.
Sempre como goleiro, iniciou sua
carreira no futebol em Cravinhos, interior de São Paulo, onde fez uma longa
peregrinação, depois defendendo a A. A. Francana, A. D. Araraquara, Sertãozinho
e Santa Rosa.
Transferiu-se para o Paraná e defendeu
o Nacional, de Rolândia, o C. R. E. Apucaranense, de Apucarana, e o E. C.
Comercial, de Cornélio Procópio.
Voltou ao seu estado natal e defendeu o
Paraisense, de São Sebastião do Paraíso.
Planalto |
Em Goiás, jogou no Goianésia, Ceres e
Goiânia.
Em Brasília, assinou contrato em 15 de
setembro de 1960, com o Planalto. Disputou o campeonato brasiliense nos anos de
1960 a 1962.
De forma oficial, estreou com a camisa
número 1 do Planalto no dia 25 de setembro de 1960, na vitória de 3 x 2 sobre o
Defelê. A formação do Planalto foi a seguinte: Raspinha, Ventura e Ferreira; Japonês,
Edson e Nilo; Ferrete, Negrinho, Ruy, Pedrinho e Rhodes.
Foi convocado para a primeira seleção de
futebol de Brasília, que disputou o amistoso no dia 16 de abril de 1961, contra
a seleção de Goiás. Apesar de ser convocado, não participou do jogo que
terminou com vitória goiana por 1 x 0.
Poucos dias depois, 21 de abril de
1961, novamente foi convocado para o jogo contra o Santos (derrota de 4 x 0), e
permaneceu no banco de reservas.
Primeira seleção do DF |
No ano de 1963, disputou poucos jogos
pelo Rabello no campeonato brasiliense.
Depois jogou seguidamente por
Pederneiras (1964) e Guanabara (1965).
Sua última
participação como jogador foi no dia 29 de novembro de 1970, quando seu clube, a
S. E. Serveng Civilsan, empatou com o Grêmio em 0 x 0. Nessa ocasião,
substituiu o ponteiro Procópio, para ir jogar no gol, pois o goleiro titular da
equipe, Maracanã, foi expulso. A Serveng-Civilsan atuou com Maracanã, Nazo, Triste, Didi e Wilson; Azulinho e
Nenê; Procópio (Raspinha), Arnaldo, Invasão e Da Silva (Manoelzinho). Técnico:
Hector Gritta.
No mesmo ano de 1970, iniciou a
carreira de massagista. Trabalhou no Defelê, Ceub, Demabra (Bandeirante), Gama,
de 1977 a 1979, Taguatinga (onde foi campeão brasiliense), Brasília, Guará,
onde foi vice-campeão e treinador de goleiro por muito tempo, e Sobradinho.
Além do futebol, esteve por 19 anos na
AABB, Tiradentes, Minas Brasília Tênis Clube e Assefe.
Faleceu no dia 2 de junho de 2018, aos 87 anos.