Zé Paulo, Roberto Soares e Ely |
José Paulo de Oliveira e Souza nasceu
no dia 18 de setembro de 1940, na cidade de Além Paraíba (MG). Filho de
desportista, ainda cedo começou a correr atrás da bola, atividade que deu
sequência na adolescência, até chegar no quartel, onde participava do time de futebol
de salão.
Sobrinho do ex-dirigente do Defelê,
Roberto Soares, Zé Paulo disputava o campeonato do Departamento Autônomo do Rio
de Janeiro quando foi convidado, em julho de 1960, para jogar no Defelê, ao
lado do seu primo Ely. Zé Paulo que sempre teve um vigor físico privilegiado e
um toque de bola refinado, não demorou a conquistar sua posição, primeiro como
quarto-zagueiro e depois como lateral, pois ia à linha de fundo e efetuava
ótimos cruzamentos para os atacantes.
Ramiro, Zé Paulo e Ely |
Sua estreia no Defelê aconteceu em um
amistoso realizado no dia 14 de agosto de 1960. Neste dia, no campo do Guará,
ocorreu empate em 2 x 2 entre Guará e Defelê. O Defelê, que estava sendo dirigido
pelo técnico Didi de Carvalho pela primeira vez, formou com Anésio (Carlito),
Samuel e Euclides; Wander, Zé Paulo e Gavião; Ramiro, Gino (Vicente), Adjalma (Picolé),
Ely e Otávio (Gilberto).
De forma oficial, Zé Paulo estreou na
derrota de 1 x 0 para o Rabello, no dia 27 de novembro de 1960, na primeira
rodada do campeonato brasiliense desse ano. O Defelê jogou com Matil, Zé Paulo,
Euclides e Gavião; Pedrinho e Loureiro; Ramiro, Vitinho, Ely, Fino e
Raimundinho.
Zé Paulo disputou todos os sete jogos que
deu ao Defelê seu primeiro título de campeão brasiliense em 1960.
Sagrou-se bicampeão brasiliense em
1961, disputando 14 dos 16 jogos com a camisa do Defelê.
Foi por várias vezes destaque das
rodadas do campeonato brasiliense de 1961. Para o jornal Diário Carioca, o
lateral do Defelê foi várias vezes escolhido para a Seleção da Rodada, também
merecendo menção honrosa ao fim daquela temporada, pelo jornal Correio
Braziliense.
Em 1962, Zé Paulo chegou ao
tricampeonato brasiliense com o Defelê, tendo participado de 14 dos 17 jogos
disputados pelo clube em sua campanha.
Com o passar do tempo, Zé Paulo se
tornou o cobrador oficial de pênalti da equipe, função que agradece muito aos ensinamentos
do ex-goleiro e técnico Otaziano, que o lapidou com treinamentos específicos
para isso. E parece que sua sina era marcar gol de penalidade máxima em cima do
maior rival, o Rabello, tanto é que nos jogos ocorridos nos dias 01.10.1961
(Defelê 2 x 1 Rabello), 26.11.1961 (Defelê 1 x 1 Rabello) e 22.07.1962 (Defelê
1 x 2 Rabello), em todos Zé Paulo deixou sua marca.
O Cruzeiro do Sul quebrou a sequência
de títulos do Defelê em 1963, sagrando-se campeão. Zé Paulo disputou 12 jogos e
fez parte da equipe do Defelê que participou, pela primeira vez, de uma
competição nacional, a Taça Brasil de 1963.
Transferiu-se para o Cruzeiro do Sul em
1964. Neste ano, foi duas vezes convocado para servir a Seleção do DF, em
amistosos contra o Ceará e o Treze, de Campina Grande (PB).
No ano seguinte,
estava de volta ao Defelê, onde jogou até 1968, ano em que conquistou mais um
título de campeão brasiliense.
Se aposentou em março de 1993, pela CEB,
e se tornou evangélico em 2001, por influência de sua irmã, sendo, desde então,
membro da Igreja Evangélica Ministério Pentecostal Jeová Jireh, da cidade de
Candangolândia (DF).
Nenhum comentário:
Postar um comentário