É do conhecimento de todos que o Botafogo sempre teve uma grande torcida em
Brasília. Além disso, nos anos 70 contava com uma torcida especial, os membros
da família Peres, donos do Ceub (na época único clube profissional de Brasília)
e, sempre que surgia uma oportunidade faziam um convite para que o alvinegro
carioca se apresentasse em Brasília.
No ano de 1975, isso aconteceu em três oportunidades.
O primeiro jogo aconteceu no dia 24 de abril de 1975, no estádio do Centro Desportivo Presidente Médici (atual Mané Garrincha).
No primeiro tempo, o Ceub começou jogando sem se preocupar com a categoria do Botafogo e procurando agredir seu adversário justamente pelo setor onde estava o jogador de maior cartaz. Procurou jogar em cima de Marinho Chagas, onde Julinho e Marco Antônio conseguiram boas jogadas, sempre explorando os avanços do lateral-esquerdo.
Entretanto, as boas jogadas conseguidas pela direita deram ao Ceub um excesso de confiança em suas qualidades técnicas e o time passou a insistir nos dribles improdutivos. Mesmo assim, o time se igualava ao Botafogo. A experiência do time carioca conseguiu parar o entusiasmo dos jovens jogadores do Ceub e no ataque Fischer começava a mostrar um futebol objetivo, técnico e agressivo.
Mas o gol do Botafogo não saiu de nenhuma das boas jogadas de Fischer ou Cremilson, mas de uma confusão dentro da área do Ceub, em que Fischer se aproveitou do físico para ganhar de Pedro Pradera e Cláudio Oliveira e tocou para dentro do gol.
O Ceub não esperava o gol e se desarrumou em campo, passando a ser dominado no seu próprio campo. Só tentou o empate em jogadas isoladas e individuais.
No segundo tempo, o time do Ceub voltou diferente. Mais organizado, fechado na defesa, mas procurando o gol de empate. O Botafogo sentiu que o adversário estava melhor e jogando em conjunto. O time treinado por Zagalo recuou para garantir a vitória e isto facilitou as coisas para o Ceub, que voltou a dominar o jogo. Artur, que estreava no Botafogo, mostrava grande preocupação com a presença de Marco Antônio e começou a fazer seguidas faltas. Em uma delas, Xisté bateu com felicidade, de curva e empatou, mas também contou com a colaboração de Ubirajara Alcântara, que havia entrado no lugar de Wendell.
O Ceub não estava satisfeito com o empate e procurou o ataque, a vitória, mas de forma desorganizada.
E, numa boa descida do ataque alvinegro, Fischer foi lançado na esquerda, passou como quis por Pedro Pradera e quase sem ângulo chutou para o gol. Déo caiu tarde e a bola passou debaixo de seu corpo. Era o segundo gol do Botafogo.
Fischer continuava caindo pela esquerda e, numa quase repetição da jogada do segundo gol, provocou pânico na defesa do Ceub. Ademir Vicente, no rebote, chutou forte para marcar o terceiro gol do Botafogo.
O último gol do alvinegro carioca, a três minutos do final, foi outra jogada de Fischer, que deixou Puruca sozinho para marcar.
O Botafogo jogou com Wendell (Ubirajara Alcântara), Miranda, Mauro Cruz, Artur e Marinho Chagas; Carlos Roberto, Ademir Vicente e Dirceu; Cremilson, Fischer e Nilson Dias (Puruca). Técnico: Zagalo.
O Ceub com Déo, Fernandinho, Pedro Pradera, Cláudio Oliveira e Nenê; Alencar, Moreirinha e Xisté; Julinho, Marco Antônio e Ivanir. Técnico: João Avelino.
O árbitro do jogo foi Cacírio Marinho, com boa atuação, e a renda , apenas parcial, chegou aos Cr$ 90 mil.
Menos de dois meses depois desse jogo, em 21 de junho de 1975 aconteceu o segundo, novamente no Estádio Presidente Médici.
O primeiro tempo foi bastante monótono. Somente aos 17 minutos foi que surgiu o primeiro lance emocionante da partida. Ivanir recebeu um lançamento de Alencar, na altura da entrada da área, encobriu Osmar e chutou forte para Ubirajara Alcântara defender de soco. Aos 31, Ézio bateu uma falta, a bola passou pela defesa e Nilson Dias perdeu a chance de abrir o marcador.
A seguir, o Ceub perdeu três chances de marcar seu primeiro gol, através de Ivanir, Alencar e Péricles. O de Alencar foi o mais lamentado. Julinho venceu Valtencir, chutou e Ubirajara Alcântara não conseguiu segurar. No rebote, com o gol vazio, Alencar chutou para fora.
Veio o segundo tempo e uma mudança tática de Zagalo alterou todo o jogo. Vendo que em todo primeiro tempo o lateral-esquerdo Nenê tinha campo livre para atacar, colocou Nilson Dias por aquele setor e por ali o Botafogo passou a levar mais perigo ao gol do Ceub.
A apatia do primeiro tempo foi deixada de lado e o time carioca partiu para cima do Ceub decidido a vencer. E já tendo o domínio do jogo, aos 12 minutos Puruca tabelou com Nilson Dias na entrada da área e o artilheiro botafoguense chutou sem defesa para Paulo Vitor.
O mesmo Nilson Dias voltou a marcar aos 16 minutos, depois de Cremilson driblar a Cláudio Oliveira e entregar na medida para o chute.
Puruca encerrou o marcador aos 22 minutos, quando Cláudio Oliveira perdeu uma bola que era mais dele que do atacante adversário. O zagueiro escorregou e Puruca pegou a sobra e marcou.
O Ceub se apresentou com Paulo Vitor, Renê, Emerson, Cláudio Oliveira (Nonoca) e Nenê; Alencar, Moreirinha e Péricles; Julinho (Rogério Bay), Ivanir e Xisté (Robério Bay). Técnico: João Avelino.
Obs.: Rogério e Robério são irmãos gêmeos.
O Botafogo jogou com Ubirajara Alcântara, Miranda (Mauro Cruz), Chiquinho, Osmar e Valtencir; Carbone e Ademir Vicente; Cremilson, Puruca, Nilson Dias e Ézio (Marco Aurélio). Marinho Chagas e Fischer, contundidos, e Carlos Roberto e Dirceu convocados para a Seleção Carioca, não puderam jogar.
O árbitro foi Cid Marival Fonseca e a renda alcançou Cr$ 70.000,00 (aproximadamente).
O terceiro e último jogo de 1975 foi realizado no dia 18 de outubro, no Presidente Médici, e terminou 0 x 0.
O jogo mostrou Ceub e Botafogo completamente apáticos, desinteressados pelas ações ofensivas. No Botafogo, nem seu artilheiro Nilson Dias conseguia chegar à área do Ceub.
A única chance de gol do Botafogo foi no segundo tempo, quando Nilson Dias deu um excelente passe para Fischer, que dominou Renê e em boa posição para o arremate, colocou por cima do arco de Jair Bragança.
Quanto ao Ceub, a melhor jogada de gol foi um chute de Julinho e que Wendell defendeu, além de uma bola que o goleiro se complicou e Marco Aurélio quase fez gol contra.
A renda da partida foi de Cr$ 45.000,00, com a arbitragem de Édson Rezende e os dois times jogaram assim: Ceub – Jair Bragança, Renê, John Paul, Emerson (Adalberto) e Nenê; Alencar, Moreirinha e Péricles; Junior Brasília, Marco Antônio e Julinho. Técnico: Raimundinho. Botafogo – Wendell, Miranda, Artur, Cedenir e Marinho Chagas; Carlos Roberto, Carbone (Marco Aurélio) e Ademir Vicente; Nilson Dias, Fischer e Dirceu. Técnico: Zagalo.
Nota: Estava em disputa o Troféu Imprensa, que seria entregue ao vencedor do jogo. Como terminou empatado, a decisão seria nos pênaltis. Ao final do jogo as duas equipes foram para os vestiários e não houve a cobrança de penalidades. O troféu foi para a sede da Federação Metropolitana de Futebol.
No ano de 1975, isso aconteceu em três oportunidades.
O primeiro jogo aconteceu no dia 24 de abril de 1975, no estádio do Centro Desportivo Presidente Médici (atual Mané Garrincha).
No primeiro tempo, o Ceub começou jogando sem se preocupar com a categoria do Botafogo e procurando agredir seu adversário justamente pelo setor onde estava o jogador de maior cartaz. Procurou jogar em cima de Marinho Chagas, onde Julinho e Marco Antônio conseguiram boas jogadas, sempre explorando os avanços do lateral-esquerdo.
Entretanto, as boas jogadas conseguidas pela direita deram ao Ceub um excesso de confiança em suas qualidades técnicas e o time passou a insistir nos dribles improdutivos. Mesmo assim, o time se igualava ao Botafogo. A experiência do time carioca conseguiu parar o entusiasmo dos jovens jogadores do Ceub e no ataque Fischer começava a mostrar um futebol objetivo, técnico e agressivo.
Mas o gol do Botafogo não saiu de nenhuma das boas jogadas de Fischer ou Cremilson, mas de uma confusão dentro da área do Ceub, em que Fischer se aproveitou do físico para ganhar de Pedro Pradera e Cláudio Oliveira e tocou para dentro do gol.
O Ceub não esperava o gol e se desarrumou em campo, passando a ser dominado no seu próprio campo. Só tentou o empate em jogadas isoladas e individuais.
No segundo tempo, o time do Ceub voltou diferente. Mais organizado, fechado na defesa, mas procurando o gol de empate. O Botafogo sentiu que o adversário estava melhor e jogando em conjunto. O time treinado por Zagalo recuou para garantir a vitória e isto facilitou as coisas para o Ceub, que voltou a dominar o jogo. Artur, que estreava no Botafogo, mostrava grande preocupação com a presença de Marco Antônio e começou a fazer seguidas faltas. Em uma delas, Xisté bateu com felicidade, de curva e empatou, mas também contou com a colaboração de Ubirajara Alcântara, que havia entrado no lugar de Wendell.
O Ceub não estava satisfeito com o empate e procurou o ataque, a vitória, mas de forma desorganizada.
E, numa boa descida do ataque alvinegro, Fischer foi lançado na esquerda, passou como quis por Pedro Pradera e quase sem ângulo chutou para o gol. Déo caiu tarde e a bola passou debaixo de seu corpo. Era o segundo gol do Botafogo.
Fischer continuava caindo pela esquerda e, numa quase repetição da jogada do segundo gol, provocou pânico na defesa do Ceub. Ademir Vicente, no rebote, chutou forte para marcar o terceiro gol do Botafogo.
O último gol do alvinegro carioca, a três minutos do final, foi outra jogada de Fischer, que deixou Puruca sozinho para marcar.
O Botafogo jogou com Wendell (Ubirajara Alcântara), Miranda, Mauro Cruz, Artur e Marinho Chagas; Carlos Roberto, Ademir Vicente e Dirceu; Cremilson, Fischer e Nilson Dias (Puruca). Técnico: Zagalo.
O Ceub com Déo, Fernandinho, Pedro Pradera, Cláudio Oliveira e Nenê; Alencar, Moreirinha e Xisté; Julinho, Marco Antônio e Ivanir. Técnico: João Avelino.
O árbitro do jogo foi Cacírio Marinho, com boa atuação, e a renda , apenas parcial, chegou aos Cr$ 90 mil.
Menos de dois meses depois desse jogo, em 21 de junho de 1975 aconteceu o segundo, novamente no Estádio Presidente Médici.
O primeiro tempo foi bastante monótono. Somente aos 17 minutos foi que surgiu o primeiro lance emocionante da partida. Ivanir recebeu um lançamento de Alencar, na altura da entrada da área, encobriu Osmar e chutou forte para Ubirajara Alcântara defender de soco. Aos 31, Ézio bateu uma falta, a bola passou pela defesa e Nilson Dias perdeu a chance de abrir o marcador.
A seguir, o Ceub perdeu três chances de marcar seu primeiro gol, através de Ivanir, Alencar e Péricles. O de Alencar foi o mais lamentado. Julinho venceu Valtencir, chutou e Ubirajara Alcântara não conseguiu segurar. No rebote, com o gol vazio, Alencar chutou para fora.
Veio o segundo tempo e uma mudança tática de Zagalo alterou todo o jogo. Vendo que em todo primeiro tempo o lateral-esquerdo Nenê tinha campo livre para atacar, colocou Nilson Dias por aquele setor e por ali o Botafogo passou a levar mais perigo ao gol do Ceub.
A apatia do primeiro tempo foi deixada de lado e o time carioca partiu para cima do Ceub decidido a vencer. E já tendo o domínio do jogo, aos 12 minutos Puruca tabelou com Nilson Dias na entrada da área e o artilheiro botafoguense chutou sem defesa para Paulo Vitor.
O mesmo Nilson Dias voltou a marcar aos 16 minutos, depois de Cremilson driblar a Cláudio Oliveira e entregar na medida para o chute.
Puruca encerrou o marcador aos 22 minutos, quando Cláudio Oliveira perdeu uma bola que era mais dele que do atacante adversário. O zagueiro escorregou e Puruca pegou a sobra e marcou.
O Ceub se apresentou com Paulo Vitor, Renê, Emerson, Cláudio Oliveira (Nonoca) e Nenê; Alencar, Moreirinha e Péricles; Julinho (Rogério Bay), Ivanir e Xisté (Robério Bay). Técnico: João Avelino.
Obs.: Rogério e Robério são irmãos gêmeos.
O Botafogo jogou com Ubirajara Alcântara, Miranda (Mauro Cruz), Chiquinho, Osmar e Valtencir; Carbone e Ademir Vicente; Cremilson, Puruca, Nilson Dias e Ézio (Marco Aurélio). Marinho Chagas e Fischer, contundidos, e Carlos Roberto e Dirceu convocados para a Seleção Carioca, não puderam jogar.
O árbitro foi Cid Marival Fonseca e a renda alcançou Cr$ 70.000,00 (aproximadamente).
O terceiro e último jogo de 1975 foi realizado no dia 18 de outubro, no Presidente Médici, e terminou 0 x 0.
O jogo mostrou Ceub e Botafogo completamente apáticos, desinteressados pelas ações ofensivas. No Botafogo, nem seu artilheiro Nilson Dias conseguia chegar à área do Ceub.
A única chance de gol do Botafogo foi no segundo tempo, quando Nilson Dias deu um excelente passe para Fischer, que dominou Renê e em boa posição para o arremate, colocou por cima do arco de Jair Bragança.
Quanto ao Ceub, a melhor jogada de gol foi um chute de Julinho e que Wendell defendeu, além de uma bola que o goleiro se complicou e Marco Aurélio quase fez gol contra.
A renda da partida foi de Cr$ 45.000,00, com a arbitragem de Édson Rezende e os dois times jogaram assim: Ceub – Jair Bragança, Renê, John Paul, Emerson (Adalberto) e Nenê; Alencar, Moreirinha e Péricles; Junior Brasília, Marco Antônio e Julinho. Técnico: Raimundinho. Botafogo – Wendell, Miranda, Artur, Cedenir e Marinho Chagas; Carlos Roberto, Carbone (Marco Aurélio) e Ademir Vicente; Nilson Dias, Fischer e Dirceu. Técnico: Zagalo.
Nota: Estava em disputa o Troféu Imprensa, que seria entregue ao vencedor do jogo. Como terminou empatado, a decisão seria nos pênaltis. Ao final do jogo as duas equipes foram para os vestiários e não houve a cobrança de penalidades. O troféu foi para a sede da Federação Metropolitana de Futebol.
quantos jogos mais botafogo x ceub foram realizados
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