sexta-feira, 29 de abril de 2016

CEILÂNDIA E LUZIÂNIA FAZEM FINAL DO CAMPEONATO BRASILIENSE DE 2016




Depois de duas semifinais muito equilibradas e que só foram decididas nas cobranças de pênaltis, Ceilândia e Luziânia se qualificaram para a grande final que apontará o campeão brasiliense de 2016. Os jogos acontecerão neste sábado, 30 de abril, e no outro, 7 de maio.
Ceilândia e Brasiliense duelaram em uma das semifinais. Os dois jogos foram realizados no estádio Abadião, em Ceilândia. O Ceilândia venceu o primeiro jogo por 1 x 0. No segundo, vitória do Brasiliense, por 2 x 1. Foi a primeira derrota do Ceilândia no campeonato de 2016. A combinação desses resultados obrigou os clubes a decidirem a vaga na final em cobrança de pênaltis, quando o Ceilândia foi mais feliz e venceu por 4 x 2.
Na outra semifinal, entre Luziânia e Gama, a luta pela vaga na final também foi definida após cobrança de pênaltis, depois de empates pelo placar de 1 x 1, o primeiro no Serra do Lago, em Luziânia, e o segundo no Bezerrão, no Gama. O Luziânia levou a melhor, por 5 x 4.

HISTÓRICO DOS CONFRONTOS

O equilíbrio deverá marcar os dois jogos decisivos que disputarão Ceilândia e Luziânia. Pelo menos é que os números demonstram, senão, vejamos.
Para os torcedores terem uma ideia desse equilíbrio, vamos supor que o Luziânia vença o primeiro jogo por 1 x 0. Esse simples placar deixaria igual todos os números do confronto: chegaríamos ao 30º jogo entre eles, com 10 vitórias do Ceilândia, 10 vitórias do Luziânia e 10 empates. O hipotético placar de 1 x 0 também empataria o número de gols marcados por ambas as equipes: 34.
Antes da bola rolar no Serra do Lago, os números estão assim: 

TOTAL DE JOGOS
29
VITÓRIAS DO CEILÂNDIA
10
VITÓRIAS DO LUZIÂNIA
9
EMPATES
10
GOLS A FAVOR DO CEILÂNDIA
34
GOLS A FAVOR DO LUZIÂNIA
33

Outro demonstrativo de equilíbrio nos jogos entre Ceilândia e Luziânia é a diferença de gols nos 29 jogos entre eles: as diferenças nos placares nunca foram superiores a dois gols. O placar mais dilatado foi registrado em 10 de março de 2004, quando o Luziânia venceu por 4 x 2. O maior placar a favor do Ceilândia foi o de 3 x 1, no dia 21 de abril de 2002.
Nos dez empates entre Ceilândia e Luziânia, quatro deles tiveram o placar de 0 x 0; o empate de 1 x 1 foi anotado em três ocasiões, o de 2 x 2 em duas e o de 3 x 3 em uma.
As dez vitórias do Ceilândia foram obtidas com esses resultados: 1 x 0 (cinco vezes), 2 x 0 (duas), 2 x 1 (duas) e 3 x 1 (uma).
Já as vitórias do Luziânia, nove no total, aconteceram após esses resultados: 1 x 0 (dois), 2 x 0 (um), 2 x 1 (três), 3 x 1 (um), 3 x 2 (um) e 4 x 2 (um).
Ou seja: está pintando uma nova decisão nos pênaltis!

Após 15 jogos disputados, o Luziânia continua invicto no campeonato. O Ceilândia levou 14 jogos sem perder, só foi derrotado em seu último jogo contra o Brasiliense.
O Luziânia tem o melhor ataque do campeonato, com 23 gols marcados nos 15 jogos (média de 1,5 por jogo). Já o Ceilândia tem a melhor defesa (junto com o Gama), tendo sofrido 7 gols até o momento (média inferior a de 0,5/jogo).

A PRIMEIRA E A ÚLTIMA VEZ

A primeira vez que se enfrentaram foi em 12 de maio de 1996, no Serra do Lago, em Luziânia. Vitória do time da casa, por 2 x 0, gols de Baiano e Evilásio. A última foi em 26 de março de 2016, no Abadião, quando ocorreu empate em 2 x 2.

ESCRITA

No duelo Ceilândia x Luziânia temos registrada uma escrita que já perdura por 14 anos: desde 2002 que o Ceilândia não vence o Luziânia jogando no Abadião. A última vitória foi em 21 de abril de 2002: 3 x 1. De lá para cá, foram mais 10 encontros no Abadião, com 3 vitórias do Luziânia e 7 empates.
Por outro lado, nas dez vitórias alcançadas pelo Ceilândia sobre o Luziânia, sete foram conquistadas no Serra do Lago, em Luziânia.
Ou seja, não será o mando de campo que influenciará na decisão do campeonato.
Ainda falando em estádios, além de Abadião e Serra do Lago, Ceilândia e Luziânia já se enfrentaram em outros dois estádios: Bezerrão e Serejão, um jogo em cada um. Em seus campos, foram 15 jogos no Serra do Lago e 12 no Abadião.

CEILÂNDIA E LUZIÂNIA JÁ DECIDIRAM UM CAMPEONATO

Ceilândia e Luziânia já fizeram a decisão de um campeonato brasiliense. Foi em 2012 e o Ceilândia levou a melhor, conquistando o seu segundo título de campeão (o primeiro foi em 2010).
As fichas técnicas desses dois jogos foram as seguintes:

LUZIÂNIA 0 x 1 CEILÂNDIA
Data: 13 de maio de 2012
Local: Serra do Lago, Luziânia (GO)
Árbitro: Nivaldo Nunes (DF)
Renda: R$ 10.940,00
Público: 1.094 pagantes
Gol: Dimba, 8
LUZIÂNIA: Edimar, Thompson, Perivaldo, Galego e Rafael (Thiago Silva); Zé Ricarte, Fagner (Esquerdinha), Bobby (Rodrigo) e Kabrine; Nélisson e Chefe. Técnico: João Carlos Cavalo.
CEILÂNDIA: Darci, Alcione, André Oliveira, Badhuga e Diego Marangon; Liel, Didão, Luiz Fernando (Gustavo) e Breno; Dimba (Daniel) e Cassius (Thiago Eciene). Técnico: Adelson de Almeida.

CEILÂNDIA 0 x 1 LUZIÂNIA
Data: 19 de maio de 2012
Local: Abadião, Ceilândia (DF)
Árbitro: Almir Camargo (DF)
Renda: R$ 9.700,00
Público: 970 pagantes
Gol: Chefe, 43
CEILÂNDIA: Darci, Panda, Badhuga e Liel; Alcione, André Oliveira, Didão, Allann Dellon e Breno; Dimba (Luiz Fernando) e Cassius. Técnico: Adelson de Almeida.
LUZIÂNIA: Edimar, Thompson, Perivaldo, Galego e Niedson; Zé Ricarte (Alan), Rodrigo (Bobby), Kabrine e Thiago Silva (Pedro Henrique); Nélisson e Chefe. Técnico: João Carlos Cavalo.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

O FUTEBOL NAS CIDADES SATÉLITES: Ceilândia - 1980


A primeira edição da Copa UEC, uma promoção da União de Esportes da Ceilândia, foi encerrada no dia 6 de abril de 1980, com o título ficando com o Juventude, que confirmou a conquista do campeonato de futebol amador da Ceilândia de 1979, quando foram campeões nas duas categorias: aspirantes e titulares.
Os aspirantes decidiram o título com a equipe do Nacional e venceu pelo marcador de 5 x 4, na cobrança de pênaltis. Formou o Juventude com Wilson, Zé do Vila, Wanderley, Celso e Raimundo (Aristeu); Terci, Peba e Zezinho; Pitonhão, Walmir e Clidenor (Geraldo).
Na partida de fundo, entre titulares do Juventude e do Grêmio, acabou sendo vencida pelo Juventude, que conquistou o título da I Copa UEC. O placar de 3 x 1 foi conseguido na prorrogação. A equipe campeã formou com Luiz Carlos, Celso (Toninho), Xavier, Arlício e Edmilson (Elias); Bill, Jackson e Cláudio; Belo, Gisélio (Julinho) e Ricardo.
A vitória da equipe, segundo o presidente Sérvulo Muniz de Sá, foi baseada na humildade e na garra dos jogadores que levou o Juventude a sagrar-se campeão invicto em ambas as categorias.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

GRANDES RESULTADOS DO FUTEBOL BRASILIENSE: O GAMA VENCE O CAMPEÃO DA LIBERTADORES - 1999


Romualdo: o melhor jogador 
da partida
Dois meses depois de conquistar o título mais importante de sua história, a Taça Libertadores da América, o Palmeiras enfrentou o Gama, em jogo válido pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro da Série A de 1999.
No primeiro semestre desse ano, o Gama havia sido eliminado da Copa do Brasil pelo Palmeiras, que venceu as duas partidas, uma delas por 5 x 0.
O Gama começou a partida todo fechado. Fazendo marcação no seu campo e tentando sair nos contra-ataques, os jogadores conseguiram aguentar a pressão inicial do adversário. Aos poucos, porém, o time brasiliense viu que tinha condições de ir mais à frente.
A primeira boa chance do Palmeiras aconteceu aos 8 minutos, em cruzamento para a área. Junior bateu falta pela esquerda, a zaga do Gama falhou, e Agnaldo bateu firme, à direita do gol.
O time paulista tentava envolver a defesa adversária por meio de toques rápidos, principalmente nas triangulações de Zinho, Alex e Paulo Nunes. Na hora de finalizar, porém, os zagueiros se recuperavam e impediam o arremate a gol.
Em um lance de bola trabalhada, com tabela entre Paulo Nunes e Alex, Oséas, aos 18 minutos, perdeu boa oportunidade. O centroavante recebeu a bola livre, mas bateu fraco, em cima do goleiro.
A falta de objetividade do Palmeiras começou a irritar a torcida. Fechado na defesa, o Gama conseguia dificultar as investidas dos atacantes paulistas.
No lance mais bonito do primeiro tempo, o atacante do Gama, Romualdo, deu um chapéu em Agnaldo e bateu firme, exigindo do goleiro Marcos excelente defesa.
Revoltada com o desempenho do time, a torcida começou a gritar o nome de Asprilla.
O time do DF dominava o jogo. A zaga do Palmeiras voltou a falhar, e Sorato bateu de voleio, à esquerda de Marcos.
Galeano perdeu a melhor oportunidade do Palmeiras na primeira etapa. O volante recebeu belo passe de Paulo Nunes e bateu na saída do goleiro. A bola passou rente à trave esquerda. No fim da primeira etapa, mais vaias.
O time paulista voltou mais ofensivo no segundo tempo. Asprilla fez sua estreia, entrando no lugar de Oséas, e Euller ocupou a vaga de Arce. O volante Rogério foi deslocado para a lateral direita.
Novamente, a pressão inicial foi dos paulistas, mas o Gama soube suportar.
Em seu primeiro lance, Asprilla arrancou aplausos dos torcedores. O colombiano deixou, com um toque de calcanhar, Euller na cara do gol, mas a bola foi desviada.
Aos 17 minutos, o Gama fez seu primeiro gol. Após bom lance pela esquerda, o atacante Romualdo cruzou, e Sorato desviou de cabeça, abrindo o placar.
Aos 24, o Gama acertou uma bola na trave, em chute de Alexandre Gaúcho. Doze minutos depois, Euller perdeu a chance de empatar, chutando a bola na trave.
O tempo ia passando e o desespero dos palmeirenses aumentando.
Aos 48 minutos (o árbitro determinou quatro minutos de acréscimo), Romualdo recebeu de Mazinho Loyola e fez um belíssimo gol, driblando dois jogadores do Palmeiras e batendo na saída de Marcos.
Eis a ficha técnica desse jogo:

PALMEIRAS 0 x 2 GAMA
Data: 22 de agosto de 1999
Local: Parque Antarctica, São Paulo (SP)
Árbitro: Reinaldo Ribas Vieira (RJ)
Renda: R$ 126.795,00
Público: 11.684 pagantes
Gols: Sorato, 62 e Romualdo, 90+3 
PALMEIRAS: Marcos, Arce (Euller), César Sampaio (Zé Maria), Agnaldo e Junior; Galeano, Rogério, Alex e Zinho; Paulo Nunes e Oséas (Asprilla). Técnico: Luiz Felipe Scolari. 
GAMA: Marcelo Cruz, Paulo Henrique, Gerson, Jairo e Rochinha; Deda, Caçapa, Lindomar (Kabila) e Alexandre Gaúcho (Beto); Romualdo e Sorato (Mazinho Loyola). Técnico: Jair Picerni.

Os dois gols desse jogo podem ser vistos no vídeo abaixo:



terça-feira, 26 de abril de 2016

THE BEST: OS MELHORES DO TORNEIO IMPRENSA - 1976


Ernâni Banana, o destaque do torneio
O Torneio Imprensa foi a primeira competição oficial no novo regime profissional do DF, implantado em 1976.
A competição contou com a participação de seis clubes: Brasília, CEUB, Gama, Grêmio, Humaitá e Pioneira (que se transformaria em Taguatinga). Dias antes de começar o torneio, a Campineira comunicou que não participaria.
Os jogos foram realizados aos sábados, sempre em rodada dupla. Com exceção do jogo Gama 2 x 0 Humaitá, disputado no Estádio Presidente Médici, os demais jogos foram realizados no Estádio Pelezão.

A equipe de esportes do Jornal de Brasília, depois de uma observação apurada durante o transcorrer dessa competição e analisando o comportamento técnico e disciplinar de cada jogador elegeu a sua seleção do torneio.
Como destaque foi escolhido o jogador do Taguatinga, Ernâni Banana.
Os jogadores Carlos José, Dão, Alencar, Marquinhos, Ernâni Banana, Léo e Dinarte obtiveram votação unânime. Os demais foram objeto de discussão, prevalecendo, entretanto, o voto majoritário.
A Seleção do Torneio Imprensa escolhida pelo Jornal de Brasília foi assim formada:
Carlos José (Taguatinga), Terezo (Brasília), Dão (Taguatinga), Cláudio Oliveira (Ceub) e Arlindo (Grêmio); Alencar (Ceub), Marquinhos (Grêmio) e Hamilton (Grêmio); Ernâni Banana (Taguatinga), Léo (Grêmio) e Dinarte (Taguatinga).
Tiveram menção honrosa: Xisté (Ceub), Jaime (Grêmio) e Reflexo (Humaitá).
As revelações do torneio foram: Ivair (lateral-esquerdo do Gama), Lindário (volante do Brasília), Pedrinho (meia armador do Gama), Lino (ponteiro direito do Ceub) e Chico (lateral esquerdo do Taguatinga).
Foi considerado melhor árbitro do Torneio Imprensa Edson Rezende de Oliveira.




segunda-feira, 25 de abril de 2016

FICHA TÉCNICA: Albeneir





Albeneir Marques Pereira nasceu em Baldim (MG), no dia 9 de setembro de 1957.
Começou a jogar futebol nas categorias de base do Cruzeiro, de Belo Horizonte (MG), em 1974.
Em 1977, foi emprestado ao ESAB Esporte Clube, de Contagem (MG), onde disputou o campeonato mineiro.
No ano seguinte, 1978, foi emprestado ao Nacional, de Manaus, onde disputou poucos jogos pelo Campeonato Brasileiro daquele ano, marcando apenas um gol, no dia 6 de abril de 1978, na derrota de 2 x 1 para o América-RJ.
Devolvido ao ESAB, estava neste clube quando veio para o Brasília. Foi um dos 20 jogadores do clube que realizou uma excursão pelo interior de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, de 24 de julho a 15 de agosto de 1978.
Essa excursão tinha por objetivo preparar a equipe para o campeonato brasiliense de 1978. Albeneir foi emprestado para fazer teste para a contratação definitiva.
Após derrota na estreia, em Votuporanga (SP), o Brasília recuperou-se em seguida, no dia 27 de julho, em Catanduva (SP), quando venceu a Catanduvense, por 2 x 1, com dois gols de Albeneir.
Mais três dias e em 30 de julho obteve outra grande vitória, em São José do Rio Preto (SP), diante do América, pelo placar de 2 x 0, com mais dois gols de Albeneir.
No dia 13 de agosto, o Brasília disputou seu último amistoso em território paulista, vencendo o Taubaté (SP), por 1 x 0, gol de Albeneir. Albeneir foi o segundo artilheiro do Brasília na excursão, com cinco gols, um atrás de Edmar, o principal marcador.
Durante essa excursão, a diretoria do Brasília recebeu um telefonema do Cruzeiro, de Belo Horizonte, informando que Albeneir pertencia àquele clube e não ao ESAB, que teria emprestado seu passe ao Brasília. Segundo o supervisor do Cruzeiro, Ari Frota, o Cruzeiro contratou Albeneir junto ao ESAB e não sabia como o mesmo foi parar em Brasília. Finalizou avisando à diretoria do Brasília para ter cuidado de não passar pela situação de o jogador ter assinado dois contratos.
Em jogos oficiais, Albeneir estreou no Brasília no dia 10 de setembro de 1978, marcando o primeiro gol da goleada sobre o Sobradinho, por 6 x 0.
Disputou 14 jogos e marcou quatro gols. Conquistou o primeiro título de sua carreira com o Brasília no campeonato brasiliense de 1978.
Foi emprestado ao Operário, de Campo Grande (MS), por onde sagrou-se campeão estadual e disputou o Campeonato Brasileiro de 1979, quando o Operário realizou uma excelente campanha, terminando na quinta colocação entre os 94 clubes participantes. Albeneir marcou três gols na competição.
Retornou ao Brasília em 1980, onde novamente sagrou-se campeão brasiliense, ficando em terceiro lugar na artilharia da competição. Disputou 19 jogos e marcou quinze gols.
Em 1981, disputou, pelo Brasília, o Torneio Centro-Oeste e o Campeonato Brasileiro. Sua última partida com a camisa do Brasília aconteceu em 31 de maio de 1981, na decisão do Torneio “Rádio Planalto”, quando o Brasília perdeu para o Gama, por 1 x 0.
Defendeu o Matsubara no campeonato paranaense de 1981. Suas boas atuações o levaram a fazer parte da “seleção do ano de 1981”, escolhida pelo jornal “O Estado do Paraná”. No dia 3 de dezembro de 1981 recebeu o troféu “Corujinha de Ouro” na festa de encerramento da temporada do futebol paranaense.
Em janeiro de 1982 foi contratado pelo Atlético Paranaense. No dia 21 fez sua estreia no Atlético Paranaense, justamente contra o Brasília, no amistoso acertado entre os clubes como forma de pagamento pela cessão do jogador.
Albeneir fez três dos quatro gols atleticanos na vitória de 4 x 2 sobre o Brasília.
No dia 24 de janeiro de 1982 fez sua estreia oficial no Atlético, no Estádio Joaquim Américo, na vitória de 2 x 0 sobre o Cascavel, pela Taça de Prata da Copa Brasil 1982. No jogo seguinte, contra o São Paulo, de Rio Grande (RS), Albeneir foi expulso de campo.
No dia 14 de fevereiro de 1982, em Volta Redonda ele marcou um dos gols da vitória de 2 x 0 sobre o Volta Redonda, gol que contribuiu para a classificação do Atlético Paranaense para a Taça de Ouro. Isso depois de passar toda a primeira fase da competição em branco.
A expulsão diante do São Paulo provocou uma suspensão de três jogos pelo Tribunal de Justiça da CBF.
Seu último jogo pelo Atlético Paranaense foi no dia 25 de março de 1982, contra o São Paulo, no Pacaembu.
Logo depois, transferiu-se para o Figueirense, de Florianópolis (SC), onde chegou em 5 de maio de 1982.
Seu jogo de estreia aconteceu uma semana depois, 12 de maio de 1982, no empate do Figueirense contra o Blumenau, em 2 x 2, no estádio Orlando Scarpelli. Não marcou gols, mas foi expulso no segundo tempo.
Foi artilheiro do campeonato catarinense de 1983, com 23 gols.
No clube catarinense disputou 241 partidas, onde venceu 121, empatou 74 e perdeu 46, marcando 93 gols, tornando-se o terceiro maior artilheiro da história do Figueirense.
Depois de três anos (1982 a 1984) balançando as redes em Santa Catarina foi levado pelo Grêmio por 270 milhões de cruzeiros - a maior transação do futebol catarinense até então.
Antes disso, disputou o Campeonato Brasileiro de 1984, emprestado ao Joinville, e foi convocado pelo técnico Jair Picerni para os amistosos que a seleção olímpica do Brasil faria se preparando para os Jogos Olímpicos de Los Angeles, nos Estados Unidos, em 1984. Disputou dois amistosos preparatórios: no dia 10 de junho de 1984, no Maracanã, com vitória de 1 x 0 sobre o Campo Grande, e em 21 de junho de 1984, no estádio Couto Pereira, quando marcou um dos gols da vitória de 2 x 0 sobre o Coritiba.
Quando Jair Picerni, imaginando um maior entrosamento para a equipe, decidiu convocar quase todo o time do Internacional, de Porto Alegre, Albeneir foi um dos jogadores cortados da delegação que seguiu para os Estados Unidos.
Sua estreia no Grêmio aconteceu no dia 4 de outubro de 1984, em jogo válido pelo campeonato gaúcho. O Grêmio venceu o Internacional, de Santa Maria, por 3 x 0, com um dos gols sendo marcado por Albeneir. Nesse ano, disputou apenas oito jogos e marcou três gols.
Em 28 de outubro de 1984, na partida entre Grêmio e Caxias, no estádio Centenário, após um choque com o goleiro Casagrande, do Caxias, Albeneir sofreu ruptura completa no ligamento cruzado anterior do joelho. Foi operado em novembro de 1984.
A cirurgia não foi bem sucedida e Albeneir teve de ser operado novamente. O implante de um ligamento artificial de fibra sintética importado dos Estados Unidos fez a revista Placar de 3 de março de 1986 chamá-lo de “o Cyborg dos Pampas”. Sua perna atrofiou e foi tido como acabado para o futebol. 
Albeneir deixou o hospital com 18 kg a menos e iniciou a recuperação sob as ordens do ex-jogador Paulo Lumumba, auxiliar técnico do Grêmio. Passava mais de 5 horas por dia na sala de musculação fazendo exercícios em aparelhos. Mais tarde foi entregue aos cuidados de Gilberto Tim, então preparador físico do time gaúcho, que o colocou novamente em condições de jogar futebol.
Só retornou aos gramados onze meses depois da cirurgia. Foi emprestado ao Figueirense. Brigou com o técnico Borba Filho e foi liberado. De volta ao Grêmio, a surpresa foi geral. Aquele jogador dado como acabado marcou quatro gols em seis jogos e reconquistou o lugar no time. Foram 28 jogos em 1986, sendo 21 vitórias, 3 empates e 4 derrotas, marcando 19 gols.
A última partida de Albeneir pelo Grêmio foi em 14 de maio de 1986, também em jogo válido pelo campeonato gaúcho, com derrota de 3 x 1 para o São Paulo, de Rio Grande.
Foi para o Goiás, onde disputou o Campeonato Brasileiro de 1986, tornando-se artilheiro da equipe (ao lado de Zezinho), com cinco gols nos 19 jogos que disputou.
Em março de 1987, o Figueirense foi buscar Albeneir na Internacional, de Limeira (SP).
Ficou no Figueirense até 1988. Depois disso passou por Aimoré, de São Leopoldo (RS), em 1988, novamente Figueirense em 1989, Glória, de Vacaria (RS), em 1990 e Marcílio Dias (SC), em 1991, para encerrar a carreira no Avaí, onde fez sua primeira partida em 25 de junho de 1992, num amistoso contra o Próspera (SC), com vitória de 4 x 0. Foi artilheiro do clube na temporada, marcando nove gols, mesmo não tendo mais a velocidade e a explosão muscular de outrora. Seu último jogo em 9 de junho de 1993, no empate em 0 x 0 com o Concórdia, pelo campeonato catarinense.
No dia 11 de abril de 1993, o goleiro do Avaí, Evelton, foi expulso e Albeneir terminou a partida como goleiro contra o Internacional, de Lages.
Teve início, então, outro drama na vida de Albeneir.
O sucesso dentro de campo foi duramente afetado pela vida que levava fora dos gramados: o vício do álcool. Alcoólatra assumido, Albeneir perdeu tudo para a bebida e teve a carreira encerrada prematuramente.
Somente em 6 de dezembro de 2006 é que Albeneir deu a volta por cima. Não tinha mais amigos, nem família. Não tinha onde morar, não se comportava como gente civilizada, não tinha nada. Pediu ajuda a um delegado de polícia e a um padre. Nesse dia ele admitiu que tinha perdido para o vício e resolveu se internar. Começou então um longo processo de recuperação, em que reencontrou a saúde, o amor próprio, o amor da família e os verdadeiros amigos.
Hoje ele faz parte de dois centros de tratamento de dependentes químicos, onde continua se tratando e compartilhando sua história com outras pessoas que precisam de apoio. Atua na prevenção do uso de droga, presidindo o Conselho Municipal de Entorpecentes de Biguaçu (SC) e como voluntário no Centro de Tratamento Recanto Silvestre.
Em 2011, a carreira de Albeneir serviu de tema para um trabalho de conclusão do curso de Jornalismo na Estácio de Sá, de São José (SC), das acadêmicas Aryani Andrade e Gabriela Maes.
Dividido em duas partes, o documentário pode ser visto nos links abaixo:



Em 23 de março de 2015 Albeneir foi homenageado pela Câmara Municipal de Florianópolis com o título de Cidadão Honorário.

Colaboraram com a pesquisa:
Adalberto Klüser
Gerliézer Paulo da Silva
João Batista Lopes

ACERVO ICONOGRÁFICO
















domingo, 24 de abril de 2016

O PRIMEIRO CAMPEONATO BRASILIENSE DE JUVENIS: 1976


Como dissemos na postagem anterior, a partir de 1976 é que o futebol do DF se tornou profissional em definitivo.
Sete equipes participaram do 1º campeonato brasiliense de profissionais, em 1976.
Por outro lado, o campeonato brasiliense de juvenis (ainda não eram conhecidos por juniores) começou com 11 participantes: Brasília, Campineira, Canarinho, CEUB, Corinthians, Flamengo, Gama, Grêmio, Humaitá, Olímpico e Taguatinga.
Posteriormente, assim como aconteceu entre os profissionais, o Ceub também foi eliminado do campeonato de juvenis, revertendo os pontos em favor de seus adversários.
O tempo de jogo foi de 80 minutos (40 x 40).
A primeira rodada ocorreu nos dias 26 e 27 de junho de 1976 apresentou os seguintes resultados: Corinthians 1 x 0 Flamengo, Gama 4 x 0 Canarinho, Campineira WO x 0 Grêmio, Brasília 7 x 0 Olímpico e Ceub 5 x 0 Humaitá. O Taguatinga folgou na primeira rodada.
A classificação final do 1º turno foi a seguinte:

CF
CLUBES
J
V
E
D
GF
GC
SG
PG
BRASÍLIA
10
9
0
1
28
4
24
18
CAMPINEIRA
10
6
2
2
15
6
9
14
GAMA
10
6
1
3
15
11
4
13
CORINTHIANS
10
5
2
3
15
12
3
12
GRÊMIO
10
5
1
4
13
14
-1
11
OLÍMPICO
10
5
1
4
15
19
-4
11
TAGUATINGA
9
4
3
2
11
8
3
11
HUMAITÁ
10
4
2
4
11
14
-3
10
CANARINHO
9
2
2
5
6
16
-10
6
10°
FLAMENGO
10
1
0
9
6
21
-15
2
11°
CEUB
10
0
0
10
0
10
-10
0

Para o 2º turno as dez equipes foram divididas em dois grupos, cada um com cinco clubes. Eis a classificação final do 2º turno:

GRUPO A

CF
CLUBES
J
V
E
D
GF
GC
SG
PG
BRASÍLIA
4
4
0
0
13
0
13
8
OLÍMPICO
4
2
1
1
6
4
2
5
GAMA
4
1
1
2
6
5
1
3
HUMAITÁ
4
1
0
3
1
6
-5
2
CRUZEIRO
4
1
0
3
1
12
-11
2

GRUPO B

CF
CLUBES
J
V
E
D
GF
GC
SG
PG
GRÊMIO
4
4
0
0
6
1
5
8
CAMPINEIRA
4
3
0
1
8
3
5
6
CORINTHIANS
4
2
0
2
4
5
-1
4
CANARINHO
4
1
0
3
2
7
-5
2

Obs.: o Taguatinga chegou a disputar um jogo nesse grupo (venceu o Grêmio, por 2 x 0). No dia 19, jogaria contra o Canarinho. As duas equipes não recolheram as taxas de arbitragem, consequentemente jogando em débito com a FMF. As duas equipes foram consideradas perdedoras da partida.
No Boletim nº 66/76, de 5 de outubro de 1976, aparece o comunicado do Diretor do Departamento Técnico: “por infringência ao Art. 24 do Regulamento Geral, foi eliminado do campeonato da Divisão de Juvenis de 1976 o filiado Taguatinga Esporte Clube”. Os pontos do único jogo que participou no 2º turno foram revertidos para o Grêmio.
Assim, Brasília, campeão do Grupo A, e Grêmio, vencedor do Grupo B, decidiriam em partida única quem seria o campeão do 2º turno.
No dia 16 de outubro de 1976, no Pelezão, o Brasília goleou o Grêmio e conquistou o segundo turno. Como também havia vencido o primeiro, não houve necessidade de jogo extra para se conhecer o campeão brasiliense de juvenis de 1976. O Grêmio foi o vice-campeão.
O artilheiro do campeonato foi Vilmar, do Brasília, com 12 gols. Já o goleiro menos vazado também foi do Brasília: Roriman, do Brasília, com 4 gols sofridos em 9 jogos.
Os 25 jogadores utilizados pelo Brasília foram:
Goleiros: Maurício, Roriman, Luiz e Lúcio;
Zagueiros: Edvaldo, Everton, Newton, Carlos Alberto, Pará, Jacy, Salvador, Gilvan e Amaury;
Meio-de-campo: Capela, Japão, Vilmar e Dino;
Atacantes: Toni, Carlos, Luiz Carlos, Jair, Willians, Gripp, Jovane e Edmar.
Técnico: Airton Nogueira.
Preparador Físico: Cássio Poli.