terça-feira, 31 de maio de 2016

JOGOS INUSITADOS: Guará 2 x 1 Seleção do Departamento Autônomo-RJ - 1960


Na tarde de 28 de agosto de 1960, o Clube de Regatas Guará venceu a Seleção do Departamento Autônomo da Federação Carioca de Futebol, por 2 x 1, em jogo movimentado que agradou ao público presente ao Estádio Israel Pinheiro.
Nos primeiros quarenta e cinco minutos de jogo, a seleção carioca apresentou um futebol melhor do que a equipe brasiliense.
O Guará, com Sabará e Maia armando as ações, tendo o vento desfavorável, não conseguiu completar com êxito as jogadas.
Por sua vez, a equipe carioca, jogando mais a base de deslocamentos de seus atacantes e confiando o trabalho de meio campo a Lulu e Jaci, trabalhou mais à vontade. O seu ataque criou situações delicadas para a meta de Laerte, concluídas sem atingir o objetivo.
O primeiro tempo apresentou lances eletrizantes, tendo sido desperdiçado um pênalti, mal cobrado por Maia.
No segundo tempo, logo aos três minutos, o zagueiro central Tostão cometeu falta em Paulinho. Jaci bateu magistralmente, colocando a bola no canto esquerdo de Laerte, assinalando o primeiro gol carioca.
Esse gol fez crescer os pupilos de Juvenal e o que se viu foi a melhoria de produção do quadro do Guará, com Sabará e Maia coordenando bem melhor as ações no meio do campo. Aos 13 minutos, após driblar seguidamente o médio Osmário, Sabará atirou de fora da área, marcando o gol de empate e o mais bonito da tarde.
Severo, após receber excelente passe de Maia, marcou o gol da vitória brasiliense aos 18 minutos da etapa complementar.
Tostão e Paulinho foram expulsos.
As equipes formaram assim:
Guará - Laerte, Pedrinho (Camilo) e Tostão; Sabará, Bimba e Clemente; Tanga (Carlinhos), Severo, Maia, Fernandinho (Paulo Reis) e Luisinho. Técnico: Juvenal.
Seleção do Departamento Autônomo - Albino (Waldir), Alemão e Jomery; Lulu, Osmário e Bilaco; Nenem, Guina, Paulinho, Jaci e Baduca (Zezinho).
O árbitro da partida foi José Pereira Junior, do Rio de Janeiro.




domingo, 29 de maio de 2016

FICHA TÉCNICA: Adriano



NOME COMPLETO: José Adriano Feitosa
APELIDO: Adriano
LOCAL E DATA DE NASCIMENTO: Campina Grande-PB, 14.04.1954
POSIÇÃO: Goleiro
CARREIRA NO FUTEBOL BRASILIENSE:
Grêmio (1970-1972)
Serviço Gráfico (1973)
Pioneira (1974)
Taguatinga (1975-1976)
Guará (1978-1981)
Taguatinga (1982-1985)
Brasília (1987)
Gama (1989)
Taguatinga (1990)
TÍTULOS CONQUISTADOS NO FUTEBOL BRASILIENSE:
Campeão brasiliense - 1970 - Grêmio
Campeão brasiliense - 1974 - Pioneira
Campeão brasiliense - 1987 - Brasília

JOGOS PELA SELEÇÃO BRASILIENSE:
23.07.1983 - Seleção do DF 3 x 2 Seleção do Sul

CARREIRA COMO TREINADOR DE GOLEIROS:
Sobradinho-DF (2004)
CFZ-DF (2004)
Plácido de Castro-AC (2009/2014)
AMAX-AC (2015)

Nota:
Quem tiver informações que torne mais completa essa ficha técnica, favor mandar para o e-mail jrca1957@gmail.com.


sábado, 28 de maio de 2016

VOCÊ SABIA?



Que em 1960 a Federação Desportiva de Brasília realizou um campeonato brasiliense de aspirantes?
Os oito clubes que disputaram a Primeira Divisão também participaram do certame de aspirantes. Esta foi a classificação final:


CF
CLUBES
J
V
E
D
GF
GC
SG
PG
DEFELÊ
7
7
0
0
24
4
20
14
RABELLO
6
4
1
1
14
6
8
9
NACIONAL
6
3
1
2
8
8
0
7
PLANALTO
5
3
0
2
11
6
5
6
GRÊMIO
6
3
0
3
11
14
-3
6
GUARÁ
7
1
2
4
3
7
-4
4
PEDERNEIRAS
5
0
1
4
3
11
-8
1
ALVORADA
6
0
1
5
5
23
-18
1

Além de campeão invicto, o Defelê não teve nenhum ponto perdido.
Pelé, do Defelê, foi o artilheiro da competição.
Equipe do Defelê que formou no último jogo: Afrânio, Juracy, Carneiro, Raw e Gavião; Paulinho e Dionísio; Otávio, Pelé, Ceará e Doca.

A campanha do Defelê foi a seguinte:
27.11.1960 - 4 x 1 Rabello;
04.12.1960 - 4 x 1 Pederneiras;
11.12.1960 - 3 x 1 Nacional;
15.12.1960 - 2 x 0 Planalto;
22.01.1961 - 5 x 1 Alvorada;
29.01.1961 - WO x 0 Guará; e
05.02.1961 - 5 x 0 Grêmio.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

DUELO: O CLÁSSICO “RABELÊ”





O clássico entre Rabello e Defelê sempre foi repleto de rivalidade e histórias. 
As equipes duelaram durante toda a década de 60 pela hegemonia do futebol na nova capital do Brasil.
Com o passar dos anos, Rabello (alvinegro fundado em 1957) e Defelê (alvirubro criado em 1960), ambos com sede na Vila Planalto, se transformaria no maior clássico do futebol brasiliense da década de 60.
A rivalidade dos dois esquadrões se tornou tradicional em Brasília, tornando o encontro dos dois clubes num acontecimento desportivo de larga repercussão capaz de levar a campo elevado número de torcedores que vibravam do primeiro ao último minuto da peleja.


A primeira vez que Rabello e Defelê se encontraram foi num amistoso, que não conseguimos descobrir a data e o placar final. Essa constatação só foi possível graças a um relato de um dos dirigentes do Defelê, afirmando que dentre os jogos invictos do Defelê, ocorridos desde sua fundação em 01.01.1960, constava um empate diante do Rabello. Esse teria sido o primeiro Rabello x Defelê.

O 1º RABELLO x DEFELÊ OFICIAL

De forma oficial, a primeira vez que se encontraram foi no dia 27 de novembro de 1960, em jogo válido pelo campeonato daquele ano. Apesar de bastante disputado, o jogo se arrastava para um 0 x 0, quando, aos 42 minutos do segundo tempo, Joãozinho marcou o gol decisivo do jogo e da vitória do Rabello por 1 x 0.
O campeonato de 1960 foi realizado em um único turno e o troféu do campeão levou o nome de Taça "Juscelino Kubitschek", indo parar nas mãos do Defelê.
O jogo foi realizado no Estádio “Paulo Linhares”, campo do Rabello. 
O Rabello jogou com Gaguinho, Paulo e Leocádio; Cazuza, Nozinho e Alberto; Joãozinho II (Motorzinho), Calado, Baiano, Nilo e Joãozinho. O Defelê com Matil, Euclides, Gavião, Zé Paulo, Pedrinho e Loureiro; Ramiro, Ely, Vitinho, Fino e Raimundinho. O árbitro da partida foi Moacyr Siqueira e a renda de Cr$ 18.000,00.

O troco do Defelê ocorreu no dia 5 de março de 1961, no Estádio Duílio Costa (do Planalto), em jogo válido pelo Torneio “Prefeito Paulo de Tarso”. O Defelê venceu por 1 x 0, gol de Invasão.

Considerando apenas jogos válidos pelo campeonato brasiliense, esse é o resumo dos confrontos Rabello x Defelê:


TOTAL DE JOGOS
21
VITÓRIAS DO RABELLO
12
VITÓRIAS DO DEFELÊ
2
EMPATES
7
GOLS A FAVOR DO RABELLO
38
GOLS A FAVOR DO DEFELÊ
21

Foi possível catalogar 42 jogos entre Rabello e Defelê. Nesses 42 encontros, amplo domínio do Rabello: foram 21 vitórias do Rabello e 7 do Defelê, ocorrendo ainda 14 empates. O Rabello marcou 81 gols e o Defelê 48.


DEFELÊ 2 x 2 RABELLO
Data: 26 de maio de 1968
Local: Estádio Ciro Machado do Espírito Santo, do Defelê
Árbitro: Eduino Edmundo Lima. 
Renda: NCR$ 331,00 (rodada dupla com Guará 1 x 0 Colombo). 
Gols: Arnaldo e Sabarazinho para o Defelê; Luís Carlos e Sabará para o Rabello. 
DEFELÊ: Zé Walter, Sir Peres, Farneze, Alaor Capella e J. Pereira; Djalma e Sabarazinho; Guairacá, Solon, Paulinho e Arnaldo. 
RABELLO: Dico, Wilson, Melo, Carlão (Luís) e Sérgio; João Dutra e Luiz Carlos; Sabará, Aloísio, Cid e Zé Maria.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

PERSONAGENS & PERSONALIDADES DO FUTEBOL BRASILIENSE: Hugo Mósca


Dirigentes do futebol brasiliense na década de 60: Hugo Mósca é o terceiro da direita para a esquerda

Nascido em 11 de setembro de 1916, Hugo Pinto da Luz Mósca foi o sexto Presidente da Federação Desportiva de Brasília, eleito em Assembleia Geral Extraordinária de 11 de abril de 1966, depois de seis anos presidindo o Tribunal de Justiça Desportiva da mesma Federação.
Em 1964, Hugo Mósca assumiu a presidência da Comissão Construtora do Estádio de Brasília, inaugurado de forma parcial em 21 de abril de 1965, quando Brasília comemorava seu 5º ano de existência.
A Comissão Executiva das obras era formada por Hugo Mósca, Wilson de Andrade e Luiz Fernando Muniz. Integravam a Comissão Técnica Ciro Machado do Espírito Santo, Gilberto Scarpa e Salvador Aversa.
Fora do futebol, Hugo Mósca foi Bacharel em Direito, Professor de Direito do Trabalho e Código de Processo Civil.
Ocupou os seguintes cargos: Diretor Geral da Secretaria do Supremo Tribunal Federal, onde trabalhou 30 anos, ex-Diretor do Departamento de Imprensa e Propaganda - DIP no governo Getúlio Vargas, ex-Chefe da Sala de Imprensa da Presidência da República no governo Getúlio Vargas, Diretor da Rádio Mauá e Rádio Continental, no Rio de Janeiro.
Recebeu as seguintes condecorações: Bolívia, Paraguai, Chile, Mérito da República, Mérito Nacional do Trabalho, Cruz Vermelha Brasileira e Buriti.
Hugo Mósca foi autor de duas obras sobre o Supremo Tribunal Federal e membro do Conselho Geral da Fundação Hospitalar na gestão Wadjô Gomide.


terça-feira, 24 de maio de 2016

BATE BOLA COM KABRINE





Para começar, diga o seu nome completo e, caso tenha algum apelido, como surgiu esse apelido?
Kabrine César de Oliveira Lima. Nunca tive apelido, sempre me chamaram de Kabrine.

O nome Kabrine é uma homenagem ao grande lateral da seleção da Itália, Antonio Cabrini, campeão mundial em 1982?
Sim, esse nome foi meu pai que colocou, em homenagem a esse jogador da Itália.

Qual o local e a data de seu nascimento?
Brasília (DF), 20 de setembro de 1987.

Quando você começou a jogar futebol?
Comecei a jogar futebol com 12 anos. Um amigo me levou para uma escolinha de futebol, que, na época, se chamava Jaguar Esporte Clube. Depois do Jaguar, estive no Guarani, de Campinas, onde fiquei pouco tempo, retornando a Brasília, indo para o Brasiliense Futebol Clube, no qual fiquei três anos e meio até minha estreia no profissional.

Quem foi seu primeiro treinador?
Quando comecei a jogar, com 12 anos, meu primeiro treinador tinha o nome de Ivo. No profissional, fiz minha estreia aos 16 anos, no Samambaia.

Conte um pouco de sua trajetória no futebol, citando os clubes e os anos em que jogou.
Como disse, fui formado nas categorias de base do Brasiliense. Daí em diante, passei pelos seguintes clubes:
Capital-DF (2006)
Brasiliense-DF (2007)
Atlético Goianiense-GO (2007)
Holanda-AM (2008)
Nacional-PR (2008)
Holanda-AM (2009)
Ceilandense-DF (2009)
Gama-DF (2010-11)
Coruripe-AL (2010)
Grêmio Anápolis-GO (2011)
Luziânia-DF (2012)
Ceilândia-DF (2012)
Gama-DF (2013)
Grêmio Maringá-PR (2013)
Santa Maria-DF (2013)
Sobradinho-DF (2014)
Anapolina-GO (2014)
C. A. Taguatinga-DF (2015)
Ceilândia-DF (2015/2016)

Quais os títulos que conquistou no futebol, tanto em Brasília quanto fora dela?
2007 - Campeão do DF, pelo Brasiliense;
2008 - Campeão amazonense, pelo Holanda;
2008 - Campeão da 2ª Divisão do DF, pelo Ceilandense;
2010 - Escolhido como melhor meio-campo do Campeonato Brasiliense de 2010 (parceria do portal Esporte Candango e Federação Brasiliense de Futebol).
2011 - Campeão goiano da 2ª Divisão, com direito ao acesso, pelo Grêmio Anápolis; e 
2012 - Campeão da Taça JK, pelo Luziânia.

Você já tem planos do que vai fazer, depois que encerrar a carreira de jogador? Pretende exercer alguma atividade relacionada ao futebol?
Ainda não sei o que vou fazer depois que parar de jogar futebol. Se, por ventura, surgir alguma oportunidade de trabalhar no futebol depois que parar, eu gostaria sim.

Qual sua opinião sobre o futebol de Brasília, sabidamente um futebol que não é valorizado pela imprensa brasileira?
O futebol de Brasília hoje é muito pouco falado e muito pouco divulgado para todo o Brasil. Até mesmo em Brasília quase não se fala do campeonato brasiliense. Infelizmente, temos que conviver com isso. Seria muito interessante o futebol aqui ser mais valorizado, mais divulgado pela imprensa local.

O que o futebol de Brasília tem de fazer para se tornar um dos melhores do Brasil?
Melhor infraestrutura nos clubes. Mais apoio do Governo, pois a maioria dos clubes não tem verbas. Vivem de alguns patrocínios que são muito poucos. Com mais apoio, mais patrocinadores, tenho certeza de que seria bem melhor.

Você acredita que a reinauguração do Mané Garrincha trará evolução ao futebol brasiliense?
O Estádio Nacional Mané Garrincha é maravilhoso! Com certeza foi um ganho muito grande para o futebol, não só de Brasília, mas para todo o Brasil. Seria mais interessante um time do DF na elite do futebol brasileiro. Isso iria tornar ainda melhor o futebol brasiliense.

Você considera que os grandes jogadores do futebol de Brasília tem categoria suficiente para atuar em qualquer clube do Brasil?
Com certeza! Aqui em Brasília tem grandes jogadores, que tem condições de disputar um campeonato na elite do futebol brasileiro. Temos muitos exemplos de grandes jogadores aqui de Brasilia e que já passaram pela elite do nosso futebol.

Se você fosse formar a seleção brasiliense de todos os tempos, quais seriam os onze jogadores que formariam a equipe titular?
Um grande time que trabalhei e aprendi muito e acredito ter sido um dos melhores onde tive a oportunidade de trabalhar. Goleiro: Alexandre Favaro; Laterais: Patrick e Augusto; Zagueiros: Gerson e Jairo; Volantes: Deda e Carlos Alberto; Meias: Allann Delon e Esquerdinha; Atacantes: Dimba e Warlei.

Quais foram os três melhores treinadores do futebol de Brasília com quem você pôde trabalhar?
Já trabalhei com grandes treinadores, mas hoje acredito que aprendi mais com Jair Picerni, Reinaldo Gueldini, Adelson de Almeida, Gerson e João Carlos Cavalo.

E os três melhores dirigentes?
Até hoje, na minha carreira, todos os dirigentes foram corretos comigo. Então, não tem algum específico, não.

Dá para se falar que existem grandes rivalidades no futebol de Brasília?
Sim, aqui em Brasília existem grandes rivalidades, grandes clássicos do nosso futebol brasiliense.

Você tem aquele jogo que considera inesquecível?
Sim. Eu estava no Gama naquele dia 31 de janeiro de 2010, no clássico contra o Brasiliense, no Bezerrão. Estádio cheio. Ganhamos de 3 x 1 e tive a oportunidade de fazer o primeiro gol desse jogo.

Além da lateral-esquerda, você atua também de meia-esquerda. Esqueça um pouco a modéstia e fale de suas características dentro de campo. 
Sou um jogador muito técnico. Minha principal função é deixar os atacantes na cara do gol, seja com um passe, seja após um cruzamento, numa bola parada. Mas, claro, se surgir alguma oportunidade tem que fazer gols também!!! rsrsrs

Quem é seu ídolo no futebol? Já teve oportunidade de estar em um campo de futebol ao lado dele?
Já vi grandes jogadores atuarem, mas dois em especial me chamaram mais a atenção: Roberto Carlos e Felipe, ex-Vasco da Gama. Não tive oportunidade de conhecer nenhum deles, mas quem sabe um dia.

Para quem quiser ver alguns lances do Kabrine, é só clicar no link abaixo:


ACERVO ICONOGRÁFICO