sexta-feira, 30 de junho de 2017

HÁ 40 ANOS NO FUTEBOL BRASILIENSE: Brasília perde para a Seleção da Iugoslávia


Já indicado para representar o futebol do DF no Campeonato Brasileiro e na liderança do campeonato brasiliense de 1977, o Brasília recebeu, no Pelezão, no dia 29 de junho desse ano, a Seleção da Iugoslávia, que no domingo anterior, 26 de junho de 1977, empatou em 0 x 0 com a Seleção do Brasil, no Mineirão.
Preparando-se para esse jogo, o selecionado da Iugoslávia fez um leve treino no dia 28 de junho, no campo do Minas Brasília Tênis Clube. Por volta das 18:30 horas, a delegação retornou ao Hotel Aracoara. Na manhã do dia do jogo, os iugoslavos fizeram uma visita de reconhecimento ao Pelezão e às 11 horas estiveram na Embaixada de seu país em Brasília.
O resultado final de 1 x 0 para a seleção da Iugoslávia não foi justo para a equipe brasiliense. O Brasília dominou a maior parte dos 90 minutos de ações, mostrando uma desinibição extraordinária e surpreendendo o quadro visitante, que provavelmente esperava encontrar alguma facilidade nesse amistoso que foi assistido por cerca de 18 mil pessoas.
Passados os primeiros minutos de jogo, o Brasília tomou as rédeas e ditou sua própria forma de jogar, obrigando os iugoslavos a se desdobrarem para conter suas avançadas. Diante desse quadro, só restou aos iugoslavos tentar chegar ao último reduto do adversário através de rápidos contra-ataques, a maioria deles barrados pela defensiva brasiliense, que marcava certo e exercia uma excelente cobertura, muito bem auxiliada pelo setor de meio de campo.
Fruto dessas avançadas, o Brasília teve, pelo menos, três oportunidades reais de abrir o marcador.
Numa delas, em bela jogada de Moreirinha pela esquerda, o jogador brasiliense deu dois cortes em Muzinic e bateu por cobertura, indo a bola tocar o ângulo superior da trave, com o arqueiro iugoslavo totalmente vencido.
Os iugoslavos também conseguiram boas jogadas de ataque. Num desses lances, perderam a chance de marcar através de Petrovic, que também acertou a bola na trave, com o goleiro Norberto já batido.
O resultado final do primeiro tempo foi 0 x 0.
No segundo tempo, o Brasília diminuiu um pouco o seu ritmo. Com isso, a Iugoslávia atirou-se mais para o ataque. Aos 14 minutos, depois da cobrança de um escanteio, num rebote, Rajkovic teve tempo de amortecer a bola, passar para o pé direito e chutar forte no canto direito de Norberto, anotando o único gol do jogo.
Rajkovic, o autor do gol
A partir daí, o Brasília voltou a pressionar o adversário, em busca de seu tento de empate. Só não o conseguiu porque a arbitragem não considerou gol um chute de Julinho, com a bola tocando o poste superior e caindo dentro da meta, saindo em seguida pelo efeito tomado no toque anterior.
Se não foi possível ao menos o empate, os torcedores saíram satisfeitos com o futebol apresentado pelo jovem, inexperiente e desacreditado time do Brasília.

Brasília 0 x 1 Seleção da Iugoslávia
Data: 29.06.1977
Local: Pelezão
Árbitro: Édson Rezende de Oliveira
Renda: Cr$ 216.860,00
Público: 18.000 (aproximadamente)
Gol: Rajkovic, 59
Brasília: Norberto, Fernandinho (Sidney), Jonas Foca, Luís Carlos e Newton; Uel, Moreirinha (Edmar) e Banana; Julinho, Léo e Nei (Jair Soares). Técnico: Airton Nogueira.
Seleção da Iugoslávia: Ivan Katalinic, Djordje Vujkov, Nenad Stojkovic, Velimir Zajec e Ante Rajkovic; Srecko Bogdan, Ilija Zavisic e Vladimir Petrovic; Dusan Savic, Drazen Muzinic e Ivica Surjak. Técnico: Marko Valok. Reservas: Petar Borota (goleiro), Slobodan Pavkovic, Milovan Obradovic, Slavisa Zungul, Borislav Djordjevic e Mustafa Hukic.



quinta-feira, 29 de junho de 2017

OS CLUBES DO DF: Real de Brasília


O Esporte Clube Real de Brasília foi fundado em 29 de junho de 1960, na residência de Francisco Alves Vieira, localizada no Acampamento do Departamento de Viação e Obras - DVO.
O clube foi fundado em virtude do mal tratamento dado aos atletas do acampamento pelo Grêmio Esportivo Brasiliense.
Foram fundadores do Real Aldair da Silva Pacheco, Antônio Pereira Reis, Antônio Rodolfo Filho, Aristeu Aragão Filho, Edson Martins de Deus, Fernando Rodrigues Nunes, Francisco Alves Vieira, Getúlio Fernandes Pereira, José Carlos Lima Cauby, José Eufrásio Feitosa, José Fonseca Guimarães, José Honestino de Carvalho, José Nobre da Conceição, José Vieira de Paiva, Mires Lopes de Oliveira, Nilson Faria, Osiel Simão de Sousa, Raimundo Maia Filgueiras, Salvador de Sá Guimarães, Trajano Augusto Sento Sé, Walter Barnabé da Silva, Weldas Dias Alves e Wilson Faria.
O nome do novo clube foi uma homenagem ao Real Madrid, da Espanha.
No mesmo dia da fundação, foi eleita a primeira diretoria do Real de Brasília, que ficou assim composta:
Presidente - Trajano Augusto Sento Sé;
Vice-Presidente - Aldair da Silva Pacheco;
1º Secretário - Salvador de Sá Guimarães;
2º Secretário - Weldas Dias Alves;
1º Tesoureiro - Francisco Alves Vieira;
2º Tesoureiro - Wilson Faria; e
Diretor de Esportes - José Nobre da Conceição.

Foram aprovados dois uniformes: o primeiro, composto de camisa grená com punhos e golas em azul, calção azul com filete grená dos lados e meias grenás; já o segundo uniforme era assim: camisa azul, calção branco e meias azuis.
O primeiro jogo do Real foi um amistoso no dia 7 de agosto de 1960, empatando em 2 x 2 com o Brasil Central. Aldair marcou os dois gols do Real.
Três dias depois, 10 de agosto de 1960, teve o seu estatuto aprovado pela Federação Desportiva de Brasília.
No dia 4 de setembro de 1960, tomou parte da primeira competição oficial promovida pela Federação, o Torneio Início, para o qual solicitaram inscrição 16 clubes. Conforme previa o regulamento, os jogos foram realizados em dois tempos de dez minutos cada, sem intervalo. No caso de empate, haveria a decisão por pênaltis, três para cada equipe, na primeira série.

No quarto jogo do dia, o Real foi derrotado pelo Sobradinho, por 1 x 0, gol contra de Zé Pateta. Formou com Weldas, Baganha, Walter, Hugo e Zé Pateta; Nilson e Norberto; Silva, Hildemar, Joãozinho e Hildeu. Técnico: José Nobre da Conceição.
Duas semanas depois, em virtude do elevado número de clubes inscritos (16), teve começo o torneio que determinaria as oito equipes que disputariam o campeonato da Primeira Divisão e as oito que comporiam a Segunda.
O Real fez parte do Grupo D, com jogos no campo do Rabello, juntamente com o clube anfitrião, o Alvorada e o Nacional.
Na primeira rodada do torneio classificatório, no dia 18 de setembro, o Real empatou em 1 x 1 com o Alvorada.
Uma semana depois, 25 de setembro de 1960, não resistiu ao poderio do Rabello, sendo goleado por 6 x 1.
Na terceira e última rodada do torneio classificatório, no dia 9 de outubro, aconteceu a primeira vitória do Real: 2 x 1 sobre o Nacional.
Após estes resultados, Nacional e Real estavam com três pontos ganhos na classificação do Grupo D. A goleada sofrida diante do Rabello fez com que ficasse em terceiro, no critério de desempate saldo de gols.
Aguardando pelo início dos jogos do campeonato da Segunda Divisão, em 16 de outubro de 1960 realizou um amistoso no campo do Grêmio. O Real venceu o Defelê, por 1 x 0, gol de Valentim.
Antes disso, em 13 de outubro de 1960, um dos clubes classificados para disputar a Primeira Divisão, a A. E. Edilson Mota encaminhou ofício a F.D.B. comunicando a sua extinção.
Para preencher a vaga na Primeira Divisão, a F.D.B. promoveu um torneio eliminatório entre os clubes da Segunda, iniciado em 30 de outubro de 1960. O Real não deu sorte e teve pela frente a fortíssima equipe do Defelê (que acabaria vencendo o campeonato daquele ano de 1960). Resultado: 6 x 1 a favor do Defelê e o sonho de passar para a Primeira Divisão desfeito.
Voltando a se preparar para disputar o campeonato da Segunda Divisão, em 21 de novembro disputou um amistoso com o Brasil Central, vencendo-o por 3 x 0.
O campeonato da Segunda Divisão contou com a participação de seis equipes. Além do Real, estiveram presentes: Guanabara, Brasil Central, Industrial, Sobradinho e o Trópicos. Foi disputado em turno único e o Real ficou com o vice-campeonato, apresentando a seguinte campanha: cinco jogos, três vitórias, um empate e uma derrota. Marcou 13 gols e sofreu 6. Somou sete pontos, dois a menos que o campeão Sobradinho.
Os resultados do Real foram: 04.12 – 2 x 0 Industrial, 11.12 – 3 x 0 Brasil Central, 18.12 – 2 x 2 Guanabara, 15.01.1961, 1 x 3 Sobradinho e 22.01.1961, 5 x 1 Trópicos.

Bugue, o segundo da esquerda para a direita, em pé
O jogador Bugue (que mais tarde seria treinador de destaque no futebol de Brasília) foi a revelação do Real.
Veio o ano de 1961 e a primeira participação do Real no ano foi o Torneio Início da Segunda Divisão. Ele aconteceu em 9 de julho de 1961. Logo no primeiro jogo, foi derrotado pelo Colombo, por 1 x 0.
No campeonato da Segunda Divisão, de 6 de agosto a 22 de outubro de 1961, não foi nada bem, vencendo apenas um jogo nos seis disputados (sofreu cinco derrotas nos demais).
A situação no Real não era nada boa no ano de 1962. Primeiramente, não enviou representante para a Assembléia de Clubes realizada no dia 12 de janeiro de 1962. Logo depois, através do Ofício nº 6/62, de 23 de maio, o Real solicitou dispensa do campeonato de futebol de 1962.
Com isso, perdeu seus dois melhores atletas para o Grêmio Brasiliense: o goleiro Weldas e o já citado Bugue.
Resolveu retornar em 1963 e disputou o campeonato da Segunda Divisão com outros quatro clubes: Clube de Regatas Barroso, Vila Matias E. C., Dínamo F. C. e Pederneiras F. C.
O campeonato teve início no dia 13 de julho e término em 5 de outubro de 1963.

O Real teve um péssimo desempenho, ficando na última colocação. O campeão foi o Dínamo, time da Polícia Militar.
No dia 8 de novembro de 1963, aconteceu a Assembléia Geral que aprovou a implantação do profissionalismo no futebol de Brasília. Na mesma reunião também foi decidida a desfiliação do Real.
Uma tentativa de reativar o Real aconteceu no dia 3 de maio de 1967, quando foi realizada uma Assembleia, tendo em vista que os antigos diretores abandonaram suas funções. A diretoria ficou assim composta: Valdivino Pereira de Melo (Presidente), Lúcio Lima Rey (Vice-Presidente Patrimonial), Gonçalo da Costa Neto (Vice-Presidente de Esportes), Venerando Vieira Filho (Vice-Presidente Social), João Batista Ferreira (Vice-Presidente Financeiro), Abílio José Neto (1º Secretário), Raimundo Maia Filgueiras (2º Secretário), Nilson Faria (1º Tesoureiro) e Aristeu Aragão Filho (2º Tesoureiro).
Mas o Real não voltou a disputar competições oficiais no futebol brasiliense.




quarta-feira, 28 de junho de 2017

OS TÉCNICOS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão de 1984


Mozair Barbosa


CLUBES/TÉCNICOS
TOTAL DE JOGOS
PERÍODOS
BRASÍLIA
31
Pedro Pradera
7
13 de maio a 16 de junho de 1984
Jorge Cardoso Medina
24
4 de julho a 28 de novembro de 1984
CEILÂNDIA
28
Fleury Renê Neves
2
16 e 20 de maio de 1984
Francisco Antônio da Silva (Chicão)
12
23 de maio a 5 de agosto de 1984
Eurípedes Bueno de Morais
14
19 de agosto a 11 de novembro de 1984
GAMA
28
Jaime Souza dos Santos
28
12 de maio a 11 de novembro de 1984
GUARÁ
28
Ivan Paixão Ferreira "Gradim"
14
12 de maio a 5 de agosto de 1984
Elício Lopes Soares
2
22 e 26 de agosto de 1984
Pedro Hugo
1
2 de setembro de 1984
Mozair Barbosa
11
9 de setembro a 10 de novembro de 1984
SOBRADINHO
36
Mozair Barbosa
20
16 de maio a 2 de setembro de 1984
Nielsen Elias
15
9 de setembro a 1º de dezembro de 1984
Altair Siqueira
1
8 de dezembro de 1984
TAGUATINGA
37
José Antônio Furtado Leal
10
12 de maio a 4 de julho de 1984
Edilson Braga
2
8 e 15 de julho de 1984
Antônio Humberto Nobre (Canhoto)
25
18 de julho a 8 de dezembro de 1984
TIRADENTES
30
Carlos Morales
7
13 de maio a 16 de junho de 1984
Ercy Rosa
17
4 de julho a 7 de outubro de 1984
Francisco Pereira Neto
6
14 de outubro a 11 de novembro de 1984
VASCO DA GAMA
28
Carlos José de Melo Passos
3
12 a 26 de maio de 1984
Fleury Renê Neves
25
2 de junho a 11 de novembro de 1984




terça-feira, 27 de junho de 2017

NOVOS CRITÉRIOS PARA ESCOLHER O TIME DOS SONHOS


As cinco primeiras edições do “Dream Team” (Time dos Sonhos) - Tiradentes, Gama, Luziânia, Ceilândia e Planaltina - aconteceram após consultarmos torcedores desses clubes.
Mesmo sabendo que esse tipo de enquete sempre gerará polêmicas, agradarão a uns poucos, desagradarão a muitos, achamos interessante a sua manutenção no blog.
Com o passar do tempo, fomos constatando que aumentava a dificuldade em encontrar torcedores dispostos a escalar o que seria, nas suas opiniões, o seu “time dos sonhos” dos clubes do DF.
Resolvemos, então, adotar, a partir de agora, critérios técnicos, somados aos matemáticos, para chegarmos aos melhores de cada time.
Estamos começando com o Clube de Regatas Guará.
1º critério - Foram selecionados os dez jogadores que mais defenderam o Guará no Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão, por posição, do goleiro ao ponta-esquerda, de 1976 a 2006, último ano em que o Guará participou dessa competição. Todos eles receberam uma pontuação, de 100 para o primeiro colocado até 10 pontos para o décimo.
2º critério - Dar pontos para os jogadores que mais marcaram gols com a camisa do Guará. O maior artilheiro do Guará receberá 100 pontos e o décimo 10.
3º critério - Dar pontos para aqueles jogadores que conseguiram conquistar o campeonato brasiliense, tendo disputado mais de 50% dos jogos. No caso do Guará, somente um título brasiliense, no ano de 1996. Esses jogadores receberão 50 pontos.
4º critério - Dar pontos para os jogadores do Guará que foram convocados para a seleção brasiliense ou fizeram parte da seleção dos melhores do ano, eleita pela imprensa especializada. Cada jogador nesse quesito receberá 30 pontos por evento.
5º critério - Sagrar-se campeão, defendendo o Guará, de competição regional ou nacional, com diferentes pontuações, logicamente. No caso do Guará, só pontuarão os jogadores que fizeram parte da equipe que conquistou o Torneio Centro-Oeste de 1984.
Como essa é uma pesquisa inédita, está sujeita a críticas. Os critérios podem não ser os melhores, mas entendam que tínhamos de partir de alguns para chegar nos melhores. As críticas construtivas serão bem recebidas e as boas sugestões poderão ser aproveitadas nas próximas enquetes.
Por outro lado, esse novo tipo de “seleção dos melhores” também servirá como uma espécie de desafio para os torcedores de cada clube: a partir de agora, verifiquem quais os jogadores que você não concorda com a “convocação” e participe relacionando nos comentários os que seriam os seus “substitutos”. Quem sabe, com uma participação muito grande, chegaremos a outros “times dos sonhos”.
Como os esquemas táticos mudaram muito nos últimos anos, resolvemos adotar o 4-3-3 como padrão para esse time e os demais. Justamente por isso ocorrerá de algum jogador ter atuado em duas ou até três posições. Quando isso acontecer, os colocaremos naquela em que ele mais atuou.
Aqui está o “Dream Team” do Guará:


A
B
C
1
Bocaiúva
Chaguinha
Marco Antônio
2
Ricardo Freitas
Cidão
Avelino
3
Luiz Fernando
Elson
Chiquinho
4
Carlinhos
Dias Baiano
Eusébio
5
Barão
Touro
Elmo
6
Geraldo Galvão
Carlos Eduardo
Marcelo
7
Moura
Ivonildo
Gil
8
Niltinho
Antunes
Edi Carlos
9
Éder Antunes
Alysson
Beijoca
10
Zé Maurício
Jânio
Flávio Katioco
11
Ricardo Henrique
Dionísio
Maurinho