domingo, 30 de novembro de 2014

CAMPEONATO DE FUTEBOL FEMININO DO DISTRITO FEDERAL - Campeãs e Vice-Campeãs

 

 

ANO

EDIÇÃO

CAMPEÃ

VICE-CAMPEÃ

1997

I

FLAMENGO ESPORTIVO TIRADENTES DE BRASÍLIA

CEILÂNDIA ESPORTE CLUBE

1998

II

ARUC - ASSOCIAÇÃO RECREATIVA UNIDOS DO CRUZEIRO

IATE CLUBE DE BRASÍLIA

1999

III

IATE CLUBE DE BRASÍLIA

SOCIEDADE ESPORTIVA DO GAMA

2000

IV

CFZ - CENTRO DE FUTEBOL ZICO

GUARANY FUTEBOL CLUBE

2001

V

CFZ - CENTRO DE FUTEBOL ZICO

CAESO - CAESB ESPORTIVA E SOCIAL

2002

VI

CFZ - CENTRO DE FUTEBOL ZICO

GUARANY FUTEBOL CLUBE

2003

VII

CFZ - CENTRO DE FUTEBOL ZICO

CAESO - CAESB ESPORTIVA E SOCIAL

2004

VIII

ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA APOLLO 4

PARANOÁ ESPORTE CLUBE

2005

IX

ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA APOLLO 4

GUARANY FUTEBOL CLUBE

2006

X

ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA LUZIÂNIA

CAESO - CAESB ESPORTIVA E SOCIAL

2007

XI

CRESSPOM - CLUBE RECREATIVO ESPORTIVO DOS SUBTENENTES E SARGENTOS DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

GUARANY FUTEBOL CLUBE

2008

XII

CRESSPOM - CLUBE RECREATIVO ESPORTIVO DOS SUBTENENTES E SARGENTOS DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

ASCOOP - ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA ESPORTIVA E RECREATIVA DOS COOPERADOS E FUNCIONÁRIOS DAS COOPERATIVAS DO DF

2009

XIII

CRESSPOM - CLUBE RECREATIVO ESPORTIVO DOS SUBTENENTES E SARGENTOS DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

CLUBE ATLÉTICO BANDEIRANTE

2010

XIV

ASCOOP - ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA ESPORTIVA E RECREATIVA DOS COOPERADOS E FUNCIONÁRIOS DAS COOPERATIVAS DO DF

CRESSPOM - CLUBE RECREATIVO ESPORTIVO DOS SUBTENENTES E SARGENTOS DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

2011

XV

CRESSPOM - CLUBE RECREATIVO ESPORTIVO DOS SUBTENENTES E SARGENTOS DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

CAPITAL CLUBE DE FUTEBOL/CATÓLICA

2012

XVI

CRESSPOM - CLUBE RECREATIVO ESPORTIVO DOS SUBTENENTES E SARGENTOS DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

MINAS BRASÍLIA TÊNIS CLUBE

2013

XVII

CAPITAL CLUBE DE FUTEBOL/CATÓLICA

CRESSPOM - CLUBE RECREATIVO ESPORTIVO DOS SUBTENENTES E SARGENTOS DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

2014

XVIII

CRESSPOM - CLUBE RECREATIVO ESPORTIVO DOS SUBTENENTES E SARGENTOS DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

SÃO SEBASTIÃO ESPORTE CLUBE


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

ESTATÍSTICAS DO CAMPEONATO BRASILIENSE DE 1986



CLUBES PARTICIPANTES: 8.
JOGOS REALIZADOS: 69.
GOLS ASSINALADOS: 165.
MÉDIA DE GOLS POR JOGO: 2,4.
MELHOR ATAQUE DO CAMPEONATO: Taguatinga e Brasília, 32 gols a favor.
PIOR ATAQUE DO CAMPEONATO: Guará, 8 gols a favor.
MELHOR DEFESA DO CAMPEONATO: Sobradinho, 14 gols contra.
PIOR DEFESA DO CAMPEONATO: Ceilândia, 27 gols contra.
MELHOR SALDO DE GOLS: Sobradinho, com 29.
MAIOR NÚMERO DE VITÓRIAS: Sobradinho, com 11.
MENOR NÚMERO DE VITÓRIAS: Guará, com 1.
MENOR NÚMERO DE DERROTAS: Sobradinho, com 3.
MAIOR NÚMERO DE DERROTAS: Guará, com 11.
MELHOR ÍNDICE DE APROVEITAMENTO: Sobradinho, com 69,0%.
MAIOR GOLEADA DO CAMPEONATO: 27.04.1986, Taguatinga 6 x 0 Ceilândia.
JOGO COM MAIOR NÚMERO DE GOLS MARCADOS: 02.04.1986, Brasília 6 x 2 Tiradentes.

ARTILHEIROS:

1º - Joãozinho (Taguatinga), 17 gols;
2º - Kleber (Brasília), 12;
3º - Tico (Planaltina), 10;
4º - Nei (Brasília), 8;
5º - Régis (Sobradinho), 7;
6º - Jânio e Serginho (Tiradentes) e Ademir (Gama), 6;
7º - Toni (Sobradinho), 5;
8º - Rildo (Sobradinho), Marquinhos (Taguatinga), Josimar (Brasília), Wadi e Vaguinho (Ceilândia) e Moura (Guará), 4;
9º - Michael (Sobradinho), Belini (Brasília), Serginho (Tiradentes), Nicácio (Planaltina), Gildásio e Carlinhos (Ceilândia), 3;
10º - Chiquinho e Jamil (Sobradinho), Marcelo, Som e Aguinaldo (Taguatinga), Arildo (Brasília), Helder e Carlinhos (Planaltina), Mazinho e Chiquinho (Gama) e Ricardo (Guará), 2; e
11º - Filó e Zé Nilo (Sobradinho), Visoto, Boni, Dorival, Marcelo Freitas e Mituca (Taguatinga), Erasmo, Ricardo e Bolão (Brasília), Travolta, Rafael, Gustavo e Ribamar (Tiradentes), Gilmar (Planaltina), Humberto, Gil e Adão (Ceilândia), Maninho, Maurício Pradera e Iramar (Gama) e Paulo Caju (Guará), 1 gol.

GOLEIROS

Sobradinho: Bocaiúva (13 gols/20 jogos) e Atayde (1 gol/1 jogo)
Taguatinga: Ronaldo (18 gols/21 jogos)
Brasília: Déo (12 gols/15 jogos) e Nena (5 gols/7 jogos)
Tiradentes: Hudson (15 gols/12 jogos) e Dias (6 gols/4 jogos)
Planaltina: Selmício (19 gols/13 jogos) e Celso (2 gols/1 jogo)
Ceilândia: Chicão (23 gols/13 jogos) e Salvador (4 gols/2 jogos)
Gama: Toinho (12 gols/9 jogos) e Edmilson (9 gols/6 jogos)
Guará: Larry (22 gols/11 jogos), Beleza (3 gols/1 jogo) e Reflexo (1 gol/2 jogos).

ÁRBITROS QUE MAIS ATUARAM

1º - José Mário Vinhas, 10 jogos;
2º - Luiz Vilhena do Nascimento, Tolistoi Batista e Edson Rezende de Oliveira, 8;
3º - Clésio José Penoni, 7;
4º - Nilton de Castro, 5;
5º - Aldemir Padilha, 4;
6º - Lincoln Costa, Walterley Pereira e José Cavalcante Ribeiro, 3;
7º - Francisco Guerreiro Chaves, Antônio Farneze, Francisco Portugal e Darci Kanitz, 2; e
8º - Ruy Ferreira e Narciso Bastos Portela, 1 jogo.

ESTÁDIOS UTILIZADOS:

1º - Mané Garrincha, 22 jogos;
2º - Serejão, 11;
3º - Augustinho Lima, 9;
4º - Abadião, Adonir Guimarães e CAVE, 7
5º - Bezerrão, 6.





quarta-feira, 26 de novembro de 2014

AS DECISÕES: CAMPEONATO BRASILIENSE DE 1974



Pioneira, a campeã de 1974
Jaguar, campeão do 1º turno, e Pioneira, vencedor do 2º, decidiram o campeonato brasiliense de 1974, ainda amador, em dois jogos, ambos disputados no Estádio Pelezão.
No primeiro jogo, disputado em 1º de dezembro de 1974, o Pioneira deu importante passo para a conquista do campeonato, ao derrotar o Jaguar por 3 x 0, em jogo assistido por um público apenas regular.
Não fosse a perícia dos jogadores do Pioneira, na cobrança de faltas, talvez o jogo terminasse com o placar em branco, pois foi flagrante a supremacia das defensivas sobre os ataques.
O zero a zero do primeiro tempo persistiu até os quinze minutos do segundo período, quando Nemias, cobrando uma falta próxima à área, inaugurou o marcador.
O segundo tento do Pioneira viria em seguida, aos 18 minutos. Seu autor foi China, também cobrando falta.
Logo depois, Vital, que entrou no lugar de Nemias, mostrou ser outro exímio cobrador de lance livre direto, fazendo 3 x 0 e fixando o placar definitivo do encontro.
Na direção da partida esteve Cacírio Marinho, com excelente trabalho. Seus auxiliares, Amphilophio Pereira da Silva e Reinaldo Serpa foram igualmente bons.
As equipes formaram assim:
PIONEIRA: Adriano, Aldair, Dão, Rui e Vaninho; Maurício e Nemias (Vital); Delfino, China, Boy (Peixoto) e Piau. Técnico: Eurípedes Bueno.
JAGUAR: Josué, Léo, Salvador, Décio e Tita; Luiz Antônio e Ariston; Ramos (Batista), Djalma, Jorge Luiz e Lula (Fernando). Técnico: Anísio Cabral de Lima.
Uma semana depois, 8 de dezembro de 1974, aconteceu o segundo jogo entre Pioneira e Jaguar.
Aproveitando-se dos desfalques do adversário (quatro titulares do Jaguar: Leocrécio, Salvador, Décio e Ariston viajaram com a equipe de juvenis do Ceub, emprestados ao clube universitário para a disputa da Taça Cidade de São Paulo de Juniors, além de ter que improvisar o goleiro Roberto como jogador de ataque), o Pioneira não teve qualquer dificuldade em repetir o triunfo, praticando um futebol inteligente, vistoso e de muita objetividade. Com a segunda vitória, fez-se justiça ao Pioneira, sem dúvida a melhor equipe durante quase a totalidade do campeonato.
Desde o início da partida o Pioneira exibiu melhor padrão de jogo. Contando com um sólido bloco defensivo, que destruía facilmente as tentativas de ataque do Jaguar, apoiado por um meio-de-campo eficiente e um ataque insinuante, não foi difícil para o Pioneira confirmar no marcador a vantagem que levava em campo. E o primeiro gol surgiu aos 19 minutos, por intermédio de Boy, depois de excelente jogada individual de Nemias. Com o gol o Pioneira continuou pressionando, na procura de decidir a partida ainda no primeiro tempo. Mas, apesar do maior volume de jogo do Pioneira, o Jaguar se defendia de forma brilhante e o placar não foi modificado até o final da primeira etapa.
No segundo tempo, em nada foi modificado o panorama da partida. Em raras ocasiões o Jaguar descia ao ataque, tentando chegar ao empate. Normalmente o que se via era o Pioneira com maior volume de jogo à procura do segundo gol que garantiria seu triunfo.
Ainda assim, o tento demorou bastante para surgir. E ele só veio mesmo aos 36 minutos, novamente por intermédio de Boy, em jogada pessoal, na qual driblou até o goleiro Josué.
A ficha técnica do jogo foi essa:
PIONEIRA 2 x 0 JAGUAR
Data: 08.12.1974
Local: Pelezão
Árbitro: Amphilóphio Pereira da Silva, auxiliado por Adélio Soares Nogueira e Volney Bezerril
Expulsão: Jorge Luiz (Jaguar)
Gols: Boy, 25 e 77
PIONEIRA: Adriano, Aldair, Dão (Diogo), Rui e Ivan; Maurício, Nemias e Vital (Déo); Delfino, Boy e Piau. Técnico: Eurípedes Bueno.
JAGUAR: Josué, Elci, Vicente, Batista e Tita; Luiz Antônio e Wellington; Roberto, Djalma, Fernando e Jorge Luiz. Técnico: Anísio Cabral de Lima.



terça-feira, 25 de novembro de 2014

O 21 DE ABRIL NA HISTÓRIA DO FUTEBOL BRASILIENSE: 1970


Capa do livro publicado na véspera da inauguração
de Brasília onde era possível encontrar todas
as atividades que seriam realizadas na cidade

A nova Capital da República, Brasília, foi inaugurada em 21 de abril de 1960. De lá para cá tornou-se uma tradição comemorar essa data com a realização de diversos eventos esportivos. O futebol sempre deu a sua parcela de contribuição.

Aos poucos contaremos fatos ocorridos nessa data e a sua importância na história do futebol brasiliense. Começaremos com o ano de 1970.

“Ao cumprir-se o décimo ano de vida de Brasília, junto-me, pelo pensamento, aos pioneiros humildes que a fizeram com as próprias mãos; aos que vieram depois e a adotaram como terra sua; aos que nela cumprem o seu dever transitório; às crianças que aqui nasceram; ao povo todo enfim que aqui vive e se orgulha desta cidade-capital.”

Esse foi um dos trechos da mensagem lida no rádio e na televisão, ao povo de Brasília, em 21 de abril de 1970, pelo então Presidente da República Emílio Garrastazu Médici.

Para comemorar o 10º aniversário da Capital Federal, a Federação Desportiva de Brasília promoveu uma rodada dupla no dia 21 de abril de 1970, tendo como local o Estádio Pelezão.

Na preliminar, o campeão brasiliense de 1969, o Coenge, e o Tupi, de Juiz de Fora (MG), não mexeram no placar: 0 x 0.
Esses foram os dados técnicos do jogo:

COENGE 0 X 0 TUPI
Árbitro: Mário José da Silva
Coenge: Carlos José, Jaimir, Elias, Mauro e Xixico; Bugue e Divino; Zezé (Agostinho), Zé Carlos, Pelezinho (Pelezão) e Oscar. Técnico: Carlos Morales. 
Tupi: Lumumba, Santana, Murilo, Jair e Danilo; Jailton e Osvaldo (Heleno); Milton (Edinho), Cristóvão (Hércules), Adair e Ninha.

O jogo de fundo reuniu o Grêmio, de Porto Alegre, e o Atlético Mineiro.
Dois dias antes do amistoso em Brasília, o Grêmio havia vencido no Mineirão a equipe do América, de Belo Horizonte, por 2 x 1.
Assim, as equipes viajaram no dia 20 de abril, no mesmo avião, de Belo Horizonte para Brasília. Cada clube recebeu a cota fixa de 15 mil cruzeiros.
O Atlético Mineiro homenageou o Presidente da República oferecendo-lhe um chaveiro de ouro com o escudo do clube.
O jogo foi realizado com os portões abertos e o público foi calculado em mais de 20.000 espectadores, um dos maiores que já compareceu ao Estádio Pelezão.
O jogo foi bem disputado e agradou ao público. Depois de um início de jogo equilibrado, o Grêmio passou a dominar a partida, explorando principalmente as falhas da zaga central atleticana.
Aos 22 minutos do 1º tempo, surgiu o primeiro gol do Grêmio. Depois de uma trama pelo centro do ataque, Volmir chutou forte da esquerda, entrando Flecha na corrida para tocar de primeira para as redes.
O segundo gol do Grêmio aconteceu aos 17 minutos do 2º tempo, num contra-ataque, quando a defesa do Atlético Mineiro cedeu um escanteio. Na cobrança pela direita, Volmir recebeu curto de Flecha e numa jogada muito aplaudida pelo público, driblou seguidamente três adversários, entrou na área e chutou. A bola bateu num zagueiro atleticano e sobrou para João Severiano emendar da marca do pênalti para dentro do gol.
A súmula do jogo foi a seguinte:

GRÊMIO 2 x 0 ATLÉTICO MINEIRO
Árbitro: Armando Marques
Gols: Flecha, 22 e João Severiano, 62
Grêmio: Breno, Espinosa, Ari Ercílio, Beto e Jamir; Jadir e Sérgio Lopes; Flecha (Paíca), João Severiano, Volmir e Loivo. Técnico: Carlos Froner.
Atlético Mineiro: Hélio, Humberto Monteiro, Normandes, Vander e Vantuir; Vanderlei Paiva e Amauri Horta (Humberto Ramos); Vaguinho, Lola, Lacy (Beto) e Tião. Técnico: Telê Santana.

Obs.: Todos os jogadores receberam uma medalha do Presidente da República Emílio Garrastazu Médici. Aos capitães das duas equipes foram entregues as taças comemorativas da partida.




segunda-feira, 24 de novembro de 2014

JOGOS INUSITADOS: CEUB x Seleção de Costa do Marfim

Hoje a seleção de Costa do Marfim é considerada uma das mais fortes da África, bem conceituada no mundo do futebol, disputou as três últimas Copas do Mundo, foi vice-campeã africana em 2006 e 2012 e revelou craques como Yaya Touré ou Didier Drogba.
Mas, nem sempre foi assim. Quarenta anos atrás, a seleção de Costa do Marfim veio ao Brasil para uma série de amistosos com o objetivo de aprender a jogar futebol.
Um deles aconteceu em Brasília, no estádio Pelezão, no dia 30 de janeiro de 1974.
E foi um jogo que não chegou ao fim, após acontecimentos deploráveis presenciados por um diminuto público.
A princípio a partida agradou. Ambas as equipes se apresentavam com grande disposição em campo, tocando a bola de primeira rumo ao gol adversário.
Nos primeiros quinze minutos, o Ceub aceitou o ritmo alucinante imposto pelos africanos e teve grande dificuldade em assumir o domínio das ações. Porém, logo após o quadro universitário passou a tocar a bola de primeira envolvendo por completo aos adversários e levando perigo a meta defendida pelo goleiro Clement.
Assim, boas oportunidades de gol foram perdidas aos 17, 21 e 26 minutos em boas jogadas ceubenses. O time brasiliense era todo pressão enquanto que a seleção marfinense apenas se defendia, às vezes com sete elementos, procurando, em contragolpes ligeiros, surpreender à defensiva do Ceub. O primeiro tempo chegou ao seu final com o 0 x 0 no placar.
Para o segundo tempo as equipes retornaram com o mesmo ritmo veloz de jogo e as jogadas violentas passaram a existir em maior profusão.
Aos dez minutos surgiu o tento isolado da partida. Péricles foi à linha de fundo, driblou a dois zagueiros e cruzou forte e rasteiro. Juraci deixou para Julinho, que completamente impedido, não teve o mínimo trabalho em concluir para as redes estabelecendo Ceub 1 x 0 Costa do Marfim.
Aos 27 minutos o início de toda a confusão. O quarto-zagueiro Irie cometeu falta comum em Péricles, infração que mereceria no máximo uma advertência com cartão amarelo, mas o jogador acabou sendo expulso pelo árbitro da partida. Os jogadores da Costa do Marfim se revoltaram com a atitude do mediador da partida e o jogo esteve interrompido por três minutos até que o atleta fosse retirado de campo.
A partir daí não mais houve futebol. Num ataque africano, o jogador Alencar cometeu falta desleal e desnecessária em Noel, numa jogada em que deveria ter sido excluído de campo pelo árbitro, que nem sequer o advertiu. A atitude do árbitro, usando interpretações diferentes para faltas iguais, revoltou aos jogadores da Costa do Marfim e a violência desenfreada voltou a imperar no gramado.
Aos 38 minutos, o fim de tudo. Num lance comum, Péricles se contundiu indo ao solo. Inexplicavelmente, o zagueiro Pedro Pradera deixou sua posição e partiu inteiramente fora de si contra os jogadores adversários procurando atingi-los de toda forma. O primeiro que encontrou pela frente, o goleiro Clement, foi duramente atingido por um pontapé e formou-se a confusão. Nela se envolveram quase todos os jogadores de ambas as equipes. Seguro o zagueiro do Ceub, todos esperavam que a situação fosse contornada, quando ele se soltou e voltou para distribuir pancadas.
Enquanto isso alguns torcedores que se aglomeravam junto ao alambrado na boca do túnel e que anteriormente haviam atingido ao jogador Alencar com uma pedrada no rosto, causando-lhe profundo corte, passaram a atirar pedras nos jogadores africanos, chegando a atingir vários deles.
Ainda era grande a confusão no gramado, inteiramente invadido pelos populares, quando o árbitro resolveu dar por encerrada a partida num momento em que não havia a mínima condição de reiniciá-la.
Apesar de toda a confusão reinante, em momento algum Esquerdinha, brasileiro treinador da Seleção de Costa do Marfim, perdeu a calma e dignidade que sempre o caracterizaram. Falando pausadamente ele se pronunciou a respeito dos fatos lamentáveis ocorridos no Pelezão: “A verdade é que o Ceub esperava encontrar um adversário fácil pela frente. Conseguimos endurecer a partida e eles acabaram apelando para a violência. Lamento porque sou brasileiro e esperava que nossa seleção, que vem ao Brasil com o intuito de aprender, fosse recebida de outra maneira. Estranhei não só a violência por parte dos jogadores do Ceub como principalmente o comportamento incompreensível por parte do público que nos agrediu a pedradas. Por tudo isso levaremos uma péssima impressão. Faltou ao Ceub e ao público brasiliense a mínima noção de ética e senso de hospitalidade”.

O Ceub formou com Valdir, Lauro, Pedro Pradera, Adevaldo e Rildo; Alencar e Péricles; Gilberto (Julinho), Juraci, Xisté e Gilbertinho (Gilberto).
A Seleção da Costa do Marfim alinhou Clement, Dié, Adama, Sagnaba e Irie; Chechery e Moh; Gohi, Noel, Kobernam e Tahi. Técnico: Esquerdinha.
A arbitragem da partida esteve a cargo de Adhemar Pereira da Cruz, auxiliado por Djalma Neves e Amphilophio Pereira da Silva. Ao árbitro coube quase que total responsabilidade pelos acontecimentos.


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

OS CLUBES DO DF: União, de Paracatu (MG)


Após a definitiva implantação do profissionalismo no futebol de Brasília, ocorrida em 1976, a primeira vez que a Federação Brasiliense de Futebol organizou um campeonato de Segunda Divisão foi em 1997. 

A Federação Metropolitana de Futebol foi surpreendida com o pedido de filiação de clubes de outros Estados, que perceberam ser mais viável economicamente disputar o campeonato do DF do que o de seus Estados de origem. A entidade então resolveu autorizar clubes de outras unidades da federação a participaram de suas competições desde que tivessem sede em cidades localizadas a menos de 200 km de Brasília, o popularmente chamado “Entorno de Brasília” (por ficar ao redor da cidade).
Oficialmente reconhecida como Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno, ela foi criada pela Lei Complementar nº 94, de 19 de fevereiro de 1998. É constituída pelo Distrito Federal e de alguns municípios de Goiás e Minas Gerais (sendo 19 de Goiás e 3 de Minas Gerais, totalizando 22), com uma área pouco menor que a Croácia, por exemplo, com uma população de aproximadamente 4 milhões de habitantes.
No campeonato de 1997, clubes de quatro cidades de outros Estados tomaram parte, sendo duas de Goiás (Cristalina e Formosa) e duas de Minas Gerais (Unaí e Paracatu). Desta última o representante foi o União Esporte Clube.

COMO SURGIU O UNIÃO
Com a criação da Liga Paracatuense de Futebol em 1968, os dirigentes da Liga Católica Esporte Clube resolveram mudar o nome do clube. Para tanto, convocaram uma reunião para o dia 1º de maio de 1968, no Cine Santo Antônio. A mudança visava definir melhor a finalidade do clube, que deixaria de ter uma ligação direta com as atividades sociais e religiosas e se tornaria uma associação esportiva.
Na assembléia, presidida por Ruy Costa Ulhoa, após várias propostas apresentadas e discutidas, ficou acertado que os presentes, em comum acordo, deliberavam fundar um clube esportivo sob forma de sociedade por cotas, com estatuto próprio e dentro das normas exigidas pela Federação Mineira de Futebol. 
O nome, UNIÃO ESPORTE CLUBE, foi escolhido pela maioria das pessoas ali presentes, e nasceu da sugestão do sócio Vivaldo Vicente Rocha. 
Em seguida, escolheu-se uma diretoria provisória, que ficou assim constituída:
Presidente: Ruy Costa Ulhoa; 1º Secretário: Diogo Alberto Rocha; 2º Secretário: Silvestre Furtado Assunção; 1º Tesoureiro: Diogo Alberto Rocha; 2º Tesoureiro: José Joaquim Costa; Diretor Social: Benito Klinger Ulhoa; Diretor de Esportes: Manoel Joaquim Pinheiro; Diretor de Patrimônio: Joaquim André Sobrinho e Consultor Jurídico: José Reinaldo Pinheiro.
Passou-se, então, à próxima etapa da concretização do novo clube esportivo: a aquisição do terreno para erguer o estádio.
O terreno do Comércio ficava no atual Bairro das Amoreiras, no local primitivamente chamado de Largo do Tainha.
Frei Norberto não perdeu tempo. Num trabalho de convencimento, conseguiu dos ex-sócios do Comércio a doação do imóvel para a Sociedade São Vicente de Paulo, pois conforme rezavam os estatutos da agremiação, em caso de sua dissolução, os seus bens passariam àquela sociedade beneficente. 
A participação do advogado e professor Antônio Ribeiro foi importante nas medidas necessárias à doação, inclusive por figurar como último presidente do Comércio Esporte Clube. Antônio encarregou-se de transição, colaborando decididamente para que o projeto de doação para a Sociedade São Vicente de Paulo se tornasse uma realidade. 
Cedida a área, iniciou-se a fase áurea da Liga Católica Esporte Clube, no tocante as conquistas no futebol.
Depois que foi fundado, o União passou a disputar as competições promovidas pela liga de Paracatu. Também já disputou o campeonato mineiro da terceira divisão nos anos de 1987 e 1988 e o campeonato mineiro Sub-20 em 2007, 2011 e 2012.

O UNIÃO NO CAMPEONATO BRASILIENSE
A primeira edição do Campeonato Brasiliense da Segunda Divisão foi disputada em 1997 e contou com a participação de Atlântida, Ceilândia e Taguatinga, representando o Distrito Federal, e União Esporte Clube, de Paracatu (MG), Clube Atlético Cristalinense, de Cristalina (GO), Formosa Futebol Clube, de Formosa (GO) e a Sociedade Esportiva Itapuã, de Unaí (MG).
O campeonato foi disputado em dois turnos, ao final dos quais os quatro primeiros colocados disputariam as semifinais e, os vencedores destas, a final.
O União estreou no dia 27 de abril de 1997, no estádio Frei Norberto, em Paracatu, goleando o Taguatinga por 5 x 0, com dois gols de Oscar e um de Ziel, Geraldo e Renato.
Ao final de doze rodadas, o União ficou em 4º lugar e foi um dos clubes a garantir vaga nas semifinais. Os demais foram Itapuã (1º colocado), Taguatinga (2º) e Atlântida (3º).
No primeiro jogo pelas semifinais, no dia 3 de agosto, atuando em casa o União venceu o Itapuã, por 2 x 1. Uma semana depois, 10 de agosto, foi até Unaí e perdeu a chance de ir para a final, ao ser goleado pelo Itapuã por 4 x 1.
A campanha do União (ficou em 3º lugar na classificação final) em sua única participação em um campeonato promovido pela Federação Brasiliense de Futebol foi a seguinte: 14 jogos, 5 vitórias, 4 empates e 5 derrotas. Marcou 22 gols (segundo melhor ataque) e sofreu 19.
Ziel, do União, foi o artilheiro da Segunda Divisão, ao lado de Muruim, do Itapuã, ambos com 8 gols. Os demais gols do União foram marcados por Oscar (5), Renato (3), Geraldo e Nacib (2), Marcelo e Robson (1).

FREI NORBERTO
O nome do estádio de Paracatu é uma homenagem ao Frei Norberto. Mas, quem foi Frei Norberto?
Frei Norberto Broemink nasceu em 1º de agosto de 1913, em Langeveen, Holanda. Professou na Ordem do Carmo em 1937 e ordenou-se sacerdote em 08-12-1941, na catedral provisória de Santa Efigênia, em São Paulo. Cursou Filosofia e Teologia em nosso instituto do Convento do Carmo em São Paulo.
De 1941 a 1950 viveu na Bahia como pregador de retiros, novenas e missões. Principalmente no médio São Francisco e como promotor de obras de assistência social. Transferiu-se para Paracatu em 1950 lá ficando até 1959. Exerceu as funções de subprior, vigário cooperador, promotor de assistência social aos pobres, tendo construído moderno posto de puericultura, salão de cinema e o campo de esporte da Liga Católica.
Esteve em Contagem de 1962 a 1966 como ecônomo e promotor de aparelhamento do Seminário São José. De 1966 a 1980 trabalhou como pároco em João Pinheiro. Construiu a nova Matriz, 10 capelas rurais e uma Escola Normal.
Em 1980 transferiu-se para o convento da Lapa no Rio de Janeiro.
Era um padre diferente por seu vigor e entusiasmo. Tudo que fazia, fazia-o com muito ardor e muito desgaste emocional. De temperamento agitado, não guardava raiva nem rancor.
Muito ligado ao povo, tendo o dom de se relacionar com jovens para os quais contava suas proezas por este mundo afora. Em Paracatu incentivou o esporte construindo um estádio que hoje traz seu nome.
Seu espírito aventureiro e empreendedor o levou a sempre ler muitos livros de teologia. Discutia qualquer assunto mesmo não sendo entendido, o que fazia de sua personalidade uma riqueza nos recreios da comunidade. Sempre se fez de moderno e de dinâmico, era provocado para estes assuntos pelos confrades e alegrava o ambiente comunitário.
Frei Norberto faleceu no dia 27 de setembro de 2005, depois de completar 92 anos de idade. Foi sepultado no Rio de Janeiro, no Cemitério São João Batista no Rio de Janeiro.



quarta-feira, 19 de novembro de 2014

SÉRIE "AS SELEÇÕES DE BRASÍLIA": Goiás retribuiu visita - 1961


Walter Moreira e Joãozinho, os autores dos gols
Erramos ao afirmar na postagem datada de 7 de novembro de 2014 que o amistoso com o Fluminense, do Rio de Janeiro, foi o terceiro disputado pela Seleção de Brasília em 1961.
Na verdade, esse amistoso foi o quarto.
Antes, no dia 30 de abril de 1961, a seleção de Goiás retribuiu a visita que a Seleção de Brasília fez a Goiânia duas semanas antes, mais precisamente no dia 16 de abril de 1961.
No terceiro amistoso de 1961, a Seleção de Brasília deu o troco na seleção goiana, derrotando-a por 2 x 0.

A ficha técnica do jogo foi a seguinte:

DISTRITO FEDERAL 2 x 0 GOIÁS
Local: Estádio Israel Pinheiro, Brasília (DF)
Renda: Cr$ 75.800,00
Árbitro: João Rodrigues
Gols: Walter Moreira, 22 e Joãozinho, 90
DISTRITO FEDERAL: Gaguinho, Jair, Marianelli, Edson Galba e Loureiro; Calado (Hiroito) e Walter Moreira (Nilo); Ubaldo, Dario, Gesil e Joãozinho.
GOIÁS: Uberaba, Clever, Manduca e Sérgio; Dias e Olacir; Caixeta, Elzevir, Carlinhos, Waltercides e Laércio.