quinta-feira, 28 de julho de 2011

OS CLUBES DO DF: Canarinho


O Esporte Clube Canarinho foi fundado em 20 de outubro de 1973, na Associação Portuguesa, na cidade de Taguatinga (DF).
As cores oficiais do novo clube eram a verde e a branca.
A primeira diretoria ficou assim composta: Presidente – Manoel Ramos dos Santos; Vice-Presidente – Evilásio Meira de Souza; Secretário Geral – Raimundo Meira de Souza; 1º Tesoureiro – Expedito Geraldo de Lima; 2º Tesoureiro – Alzerino Cardoso; Conselheiro – João Milani de Souza; Diretor de Futebol – Francisco Araújo Freitas; Diretor de Relações Públicas – Severino Erasmo de Lima; Vice-Diretor de Futebol – Ramiro Cardoso e Supervisor de Futebol – Manoel Gomes Feitosa Neto.
Participou da I Copa Arizona de Futebol Amador de 1975, torneio que reuniu 64 equipes amadoras de todo o Distrito Federal e foi iniciada em 19 de março. Não conseguiu classificação dentre os oito finalistas. 
No dia 25 de março de 1975 solicitou filiação à Federação Metropolitana de Futebol.
Sua primeira participação em torneios realizados pela Federação aconteceu neste mesmo ano. Foi o Torneio Quadrangular da FMF que contou com quatro clubes: o Canarinho, Guadalajara, Humaitá e Relações Exteriores.
E o Canarinho estreou ficando com o título de campeão. No dia 6 de julho, derrotou o Guadalajara, por 2 x 0. No dia 12 de julho, empate em 0 x 0 com o Relações Exteriores. O título veio após a vitória de 3 x 1 sobre o Humaitá, em 3 de agosto.
Logo depois, foi um dos oito clubes que disputaram o campeonato oficial de 1975. Fez sua estréia no dia 20 de setembro, com vitória de 1 x 0 sobre o Guadalajara, gol de Peba.
No final do campeonato, ficou na sexta colocação, na frente apenas de Humaitá e Guadalajara. Foram apenas duas vitórias (a outra foi contra o Ceub, por 2 x 0, em 8 de dezembro de 1975) nos 14 jogos que disputou. Conseguiu ainda quatro empates. Marcou 16 gols e sofreu 23.
No dia 15 de agosto de 1976 participou da reabertura do Estádio “Chapadinha”, em Brazlândia. Neste dia, em jogo válido pelo campeonato brasiliense de 1976, foi derrotado pelo Brasília, por 1 x 0. A partir desta data, passou a mandar seus jogos neste Estádio, não mais perdendo: 1 x 1 Gama, 3 x 0 Cruzeiro e 1 x 1 Humaitá.
Em 1976 esteve presente no campeonato brasiliense de profissionais. Sua estréia aconteceu no Estádio Pelezão, em 24 de abril, na derrota de 2 x 0 a favor do Ceub. Ficou na quinta colocação no geral, vencendo três dos quinze jogos disputados.
No ano de 1977 tomou parte de três competições. No primeiro deles, o Torneio Imprensa (disputado por nove equipes), de 5 de março a 7 de maio, ficou com o vice-campeonato. Logo depois, participou do campeonato brasiliense de 1977, ficando com a quarta colocação, somando 9 pontos, advindos de três vitórias e três empates nos treze jogos que disputou.
Passou a ficar conhecido nacionalmente de forma negativa, após um amistoso contra o Grêmio, de Porto Alegre, em 23 de novembro de 1977, no Pelezão. No final do jogo o placar apontava 11 x 0 a favor do tricolor gaúcho. Além da impiedosa goleada, teve um prejuízo de mais de 150 mil cruzeiros. Apenas 1.130 pessoas foram ver o jogo, proporcionando a renda de Cr$ 35.690,00. O Grêmio tinha um time fortíssimo e não foi difícil chegar aos onze gols, marcados por Tarcísio (2), Ladinho, Éder (2), Alcindo (3), Vilson e Leandro (2).
Por último, participou do Torneio Incentivo, juntamente com Desportiva Bandeirante, Gama, Grêmio e Taguatinga. Chegou a vencer o segundo turno mas uma suspeita levou a Federação a formular uma consulta ao Departamento Jurídico da Confederação Brasileira de Desportos-CBD com relação a condição de jogo dos atletas profissionais do Canarinho.
Em 2 de fevereiro de 1978, o Esporte Clube Canarinho encaminhou ofício pedindo licenciamento junto a Federação Metropolitana de Futebol, por um ano.
Nunca mais voltou a disputar competições oficiais no Distrito Federal.



quarta-feira, 27 de julho de 2011

AS DECISÕES: Torneio Incentivo de 1977


Obs.: Este foi o primeiro título de campeão da história do Gama.

GAMA 2 x 0 TAGUATINGA
Data: 26 de março de 1978
Local: Estádio Walmir Campelo Bezerra (Bezerrão), Gama (DF)
Árbitro: Edson Rezende de Oliveira
Auxiliares: José Raimundo Leite e Walterley Pereira
Renda: Cr$ 10.000,00
Gols: Niltinho, 47 e Roldão, 64
Expulsões: Júlio e Aldair, no primeiro tempo
GAMA: Chico, Júnior, Marinho, Carlão e Oswaldo; Santana, Júlio e Manoel Ferreira; Roldão, Niltinho e Tico. Técnico: Airton Nogueira.
TAGUATINGA: Carlos José, Araújo, Wanner, Aldair e Wellington; Elmo, Maurício e Hilton; Silas, Zezinho e Ozanan. Técnico: João da Silva.




ARQUIVOS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Torneio Incentivo de 1977


PARTICIPANTES:

GRÊMIO ESPORTIVO BRASILIENSE
TAGUATINGA ESPORTE CLUBE
SOCIEDADE ESPORTIVA DO GAMA
ESPORTE CLUBE CANARINHO
DESPORTIVA BANDEIRANTE

1º TURNO

20.10.1977 – Estádio Pelezão
CANARINHO 2 x 2 GAMA

22.10.1977 – Estádio Pelezão
TAGUATINGA 1 x 2 GRÊMIO

29.10.1977 – Estádio Pelezão
BANDEIRANTE 2 x 1 CANARINHO

05.11.1977 – Estádio Pelezão
GRÊMIO 1 x 0 BANDEIRANTE

09.11.1977 – Estádio Pelezão
CANARINHO 1 x 0 TAGUATINGA

12.11.1977 – Estádio Pelezão
TAGUATINGA 0 x 1 BANDEIRANTE

13.11.1977 – Estádio do Gama
GAMA 1 x 1 GRÊMIO

20.11.1977 – Estádio do Gama
CANARINHO 2 x 1 GRÊMIO
GAMA 5 x 1 TAGUATINGA

26.11.1977 – Estádio Pelezão
BANDEIRANTE 2 x 5 GAMA

CLASSIFICAÇÃO DO 1º TURNO

CF
CLUBES
J
V
E
D
GF
GC
PG
GAMA
4
2
2
0
13
6
6
CANARINHO
4
2
1
1
6
5
5
GRÊMIO
4
2
1
1
5
4
5
BANDEIRANTE
4
2
0
2
5
7
4
TAGUATINGA
4
0
0
4
2
9
0

2º TURNO

01.12.1977 – Estádio Pelezão
GRÊMIO 2 x 3 CANARINHO

04.12.1977 – Estádio Pelezão
CANARINHO 0 x 0 BANDEIRANTE
GAMA 2 x 1 GRÊMIO

10.12.1977 – Estádio Pelezão
GAMA 3 x 1 BANDEIRANTE

17.12.1977 – Estádio Pelezão
TAGUATINGA 0 x 1 CANARINHO
BANDEIRANTE 3 x 2 GRÊMIO

29.01.1978 – Estádio Pelezão
TAGUATINGA 1 x 1 BANDEIRANTE

12.02.1978 – Estádio Bezerrão
GAMA 0 x 1 TAGUATINGA

19.02.1978 – Estádio Bezerrão
TAGUATINGA 1 x 0 GRÊMIO (WO)
GAMA 0 x 2 CANARINHO

Obs.:
Logo depois dessa rodada, a Federação Brasiliense de Futebol formulou consulta ao Departamento Jurídico da CBD com relação a condição de jogo dos atletas profissionais do filiado E. C. Canarinho.
Antes mesmo da resposta da CBD, o Canarinho pediu licenciamento por um ano.
No começo do ano de 1978, o Grêmio comunicou sua desistência do 2º turno da competição.
Com isso, para fins da classificação do 2º turno, a Federação considerou apenas os jogos entre Bandeirante, Gama e Taguatinga, assim ficando:

CF

CLUBES

J

V

E

D

GF

GC

PG

TAGUATINGA

2

1

1

0

2

1

3

GAMA

2

1

0

1

3

2

2

BANDEIRANTE

2

0

1

1

2

4

1


DECISÃO

26.03.1978 – Estádio Bezerrão
Gama 2 x 0 Taguatinga

Campeão: Gama

Artilheiro: Roldão, do Gama, com 6 gols.


quinta-feira, 21 de julho de 2011

PERSONAGENS & PERSONALIDADES: Wander Abdalla

Wander na A. E. EBE em 1959
Wander Marques Abdalla nasceu em 20 de maio de 1937, em Conquista, pequeno município localizado na região de Uberaba, no Triângulo Mineiro.
Começou sua carreira no futebol como jogador do Ponte Alta, clube que defendeu de 1954 a 1957 e que disputava o campeonato da Liga de Uberaba.
No início do ano de 1958, chegou a fazer testes no América, de Belo Horizonte (MG). Nesta época, os dirigentes do Bela Vista, de Sete Lagoas (MG), encontravam-se na capital mineira, à procura de reforços para o campeonato estadual. Chegando ao América, seu treinador o indicou para o clube de Sete Lagoas.
No Bela Vista, disputou o turno de classificação do Campeonato Mineiro de 1958, atuando com médio-volante.
Ainda neste ano, sagrou-se campeão do Torneio “Mário Gomes”, ao empatar com o Pedro Leopoldo (1 x 1). No jogo realizado na vizinha cidade de Pedro Leopoldo, Wander jogou na posição de zagueiro-direito.
Em fevereiro de 1959 foi treinar no Goiânia (GO), não ingressando no então bicampeão goiano, pois era profissional e para atuar no futebol de Goiás deveria acontecer a reversão de profissional para amador.
Saindo de Goiânia, resolveu se aventurar e tentar a sorte em Brasília, cidade que oferecia muitas oportunidades de emprego, mas onde fixar residência era uma tarefa árdua e exigia abnegação, pois se encontrava no início de sua construção.
Aqui chegou em junho e já no dia 6 de julho de 1959 era admitido como Escriturário da Novacap.
Logo procurou se inteirar dos locais onde se praticava o futebol. Primeiramente, treinou no Guará, passando logo depois para o Grêmio, sendo campeão da cidade em 1959, título não reconhecido pela FMF.
Nos anos de 1960 e 1961, foi bicampeão pelo Defelê, um dos maiores clubes do DF e que ajudou a fundar. Wander e outros funcionários do Departamento de Força e Luz gostavam muito de jogar futebol nas horas de folga, chegando ao ponto de jogarem peladas com bola de meia. A pedido dos seus colegas de trabalho, Wander tomou à frente do projeto de organizar um time de futebol para jogar contra as equipes dos outros Departamentos da Novacap, como DVO, DTU e EBE. Inicialmente, passou uma lista visando arrecadar fundos para a aquisição de uma bola oficial. Vencida esta etapa, realizou pesquisa para identificar o nível técnico dos funcionários do Departamento. Poucos sabiam realmente jogar futebol, tais como Samuel, Lacir Pedersoli, Ely (filho de Roberto, que acabara de chegar em Brasília e havia sido jogador dos juvenis do Madureira), os outros se esforçavam para completar a equipe. Montada a equipe, reuniu-se com os diretores da empresa, cobrando uma maior participação deles. Quando estes perceberam que a equipe prometia, resolveram ajudar diretamente. Wander começou como jogador e também era o treinador, função que logo abandonou, pois passou a ser mal interpretado por alguns que anteviam um certo protecionismo no fato dele ser praticamente o “dono do time”; assim, com o aval da diretoria da empresa, convidou Waldyr de Carvalho, o Didi, para ser o treinador do clube. O clube, então, passou a adotar um sistema semi-profissional, logo destacando-se como o melhor de Brasília no começo dos anos 60. Por sempre defender os interesses dos jogadores junto a diretoria da empresa, teve um relacionamento difícil com alguns deles. Por toda essa situação, ficou muito visado e entrou na linha de fogo da diretoria
Quando entendeu que sua participação naquele clube tinha se esgotado, resolveu mudar de ares e, no biênio 1962/1963 esteve na Associação Esportiva Cruzeiro do Sul.
O início do seu lado de cartola aflorou ainda mais em 1964, quando criou o Milionários, ironicamente formado com jogadores que estavam parados oficialmente, recrutados por Wander, que era treinador e dono do time. Realizava jogos-exibição por todo o DF. Muitos jogadores deste time voltaram a atividade por muitos anos depois.
Abandonou de vez a idéia de ser jogador e, após uma passagem como técnico do Luziânia em 1966, treinou o Defelê em 1970, afastando-se do esporte e passando a se dedicar aos negócios, como empresário do setor de papel, inicialmente trabalhando na Gestetner (1973 a 1976) e, posteriormente, cuidando de sua própria firma, a SP Comercial de Papéis (que funcionou de 1977 a 1985). 
Nas suas horas de folga, jogava pelo Gerovital F.C., famoso time de peladas de Brasília e integrado por profissionais das mais diversas áreas de trabalho.
Retornou ao futebol em 1976, contratado para supervisionar o Departamento de Futebol Profissional do Grêmio Esportivo Brasiliense, que também voltava a disputar competições oficiais.
Chegou a deixar o cargo, depois de se desentender com o Diretor de Futebol, Antônio Martins Filho, situação contornada depois de uma boa conversa. O Grêmio sagrou-se campeão do Torneio Imprensa, a primeira competição oficial da nova fase do futebol do Distrito Federal.
De 1981 a 1983 foi Vice-Presidente de Futebol do Taguatinga E.C. Sagrou-se campeão brasiliense em 1981, garantindo vaga na Taça de Ouro da CBF.
Deixou o Taguatinga e passou a ser Supervisor do Guará na Taça de Prata de 1983. 
No início de 1984 voltou a ser Diretor de Futebol do Taguatinga. Chegou a ser o treinador da equipe no jogo de abertura do Torneio Seletivo.
Além do seu envolvimento com a administração dos clubes, encontrava tempo para se dedicar a outros eventos em prol do futebol brasiliense, chegando a promover, em dezembro de 1984, juntamente com o preparador físico Marreta, a festa de encerramento das atividades do futebol de Brasília, reunindo uma equipe de ex-jogadores e jogadores do futebol profissional do DF atuava contra uma equipe de Brasília. O encontro tem por objetivo reunir em congraçamento todos os que fazem e lutam pelo desenvolvimento do futebol brasiliense.
Em janeiro de 1985 apresentou proposta de trabalho no sentido de tornar a equipe do Gama novamente competitiva; juntamente com o ortopedista Flory Machado, associou-se ao clube (passando a ser seu Vice-Presidente de Futebol) para implantar uma nova política administrativa no futebol.
Em 1986, foi um dos candidatos à Presidência da Federação Metropolitana de Futebol, concorrendo com mais duas chapas, lideradas por Hezir Espíndola (apoiada pelo governador José Aparecido), e Wagner Marques, ex-presidente do Brasília E.C. Wander era, na opinião dos jornalistas esportivos, o candidato favorito às eleições para a FMF. Apesar disso, não ganhou. A eleição aconteceu em 10 de março e o eleito foi Wagner Marques.
Em 1987, retornou ao Taguatinga, tornando-se Vice-Presidente de Futebol. Graças a um trabalho perseverante que foi realizado nos bastidores por Wander Abdalla, o bicampeão mundial Nilton Santos, a “Enciclopédia do Futebol”, tornou-se treinador do Taguatinga no mesmo ano.
Aclamado por unanimidade pelos 21 conselheiros do clube, tornou-se presidente do Clube de Regatas Guará, em 1988, permanecendo à frente do clube até o final de 1991. Conseguiu envolver o quadro de conselheiros, os empresários e a torcida, todos com uma parcela de contribuição que juntos reergueram o Guará. Quando assumiu, encontrou o futebol do clube sem a menor estrutura: não tinha time nem comissão técnica.
Em 1989, convidou outro bicampeão mundial, Djalma Santos, para ser treinador do Guará; promoveu o retorno do artilheiro Beijoca, contratando também Ataliba e Mauro, dois ex-corintianos. O Guará disputou as finais do campeonato brasiliense.
Antes de se afastar novamente do futebol, teve uma rápida passagem pelo Ceilândia.
Em 14 de novembro de 2007 foi nomeado para exercer cargo em comissão na Secretaria de Esporte do Distrito Federal. 
Até hoje permanece vinculado ao futebol, colaborando sempre com sua longa experiência adquirida nos mais de 50 anos dedicados ao futebol de Brasília.
Wander Abdalla sempre teve como ideal ver o futebol de Brasília competindo em igualdade de condições com os clubes dos grandes centros. Na sua opinião, isso só vai acontecer quando acabar a mentalidade amadorística dos dirigentes, que vem sendo sustentada desde a inauguração de Brasília.


quarta-feira, 20 de julho de 2011

GRÊMIO x GUARÁ, EM 1959


Os 19 clubes inscritos no primeiro campeonato de futebol de Brasília, em 1959, foram divididos em duas chaves: Zona Sul, com nove clubes, e Zona Norte, com dez.
Da Zona Sul fizeram parte os maiores favoritos ao título: Grêmio e Guará.
Conforme estabelecido no regulamento, os clubes jogariam dentro de suas respectivas zonas, em turno e returno, com os vencedores decidindo, numa série “melhor-de-três”, o título de campeão da cidade.
Grêmio e Guará chegaram à sétima rodada em igualdade na pontuação, ambos com dois pontos perdidos.
O esperado confronto aconteceu no dia 11 de outubro de 1959, no Estádio Israel Pinheiro, de propriedade do Guará.
O jogo foi violento e bastante tumultuado (segundo palavras do jornal Diário Carioca-Brasília: “numa péssima demonstração de educação esportiva”). Não tardou a aparecer os primeiros desentendimentos, redundando em conflitos e paralisação da partida.
O primeiro tempo terminou em 2 x 1 para o Grêmio, marcando Roberto e Amauri para o clube da Metropolitana, e Severo para o Guará. No segundo tempo, Severo voltou a marcar e deu números definitivos ao marcador: 2 x 2.
Assim jogaram as duas equipes:
Guará: Maia, Pesão, Vandoca e Homero; Cazuza e Múcio; Zezinho, Severo, Íris, Luís Maia e Nereu. O treinador do Guará era o ex-zagueiro do Vasco da Gama e da Seleção Brasileira,
Augusto da Costa.
Grêmio: Bosco, Hugo, Amauri e Remis; Alemão e Ralph; Nilo, Carlinhos, Jair, Edson e Roberto. Técnico: Rubens
Porfírio da Paz.
O árbitro foi Heraclis Nicolaidis, auxiliado por Dirceu Basílio e Anfrido Ziller.
Grêmio e Guará continuaram com o mesmo número de pontos, até a última rodada. Quando todos já esperavam por um novo Grêmio x Guará, eis que, surpreendentemente o Guará empatou com a EBE, deixando que o Grêmio alcançasse o título de campeão da Zona Sul.
Diante desses resultados, Grêmio e Planalto (campeão da Zona Norte) decidiriam o título máximo do futebol de Brasília numa série “melhor-de-três”. O título ficou com o Grêmio.

domingo, 17 de julho de 2011

TORNEIO INTERESTADUAL EM TAGUATINGA - 1967


O torneio interestadual foi realizado em comemoração ao 9º aniversário da cidade de Taguatinga.
Dele tomaram parte o Cruzeiro do Sul e Defelê, de Brasília, o anfitrião Flamengo, de Taguatinga, e o Clube do Remo, de Belém (PA).
Os jogos foram disputados no recém-inaugurado (28 de maio) estádio do Flamengo (Ruy Rossas do Nascimento).
No dia 16 de junho de 1967, o Cruzeiro do Sul estragou a festa do Flamengo, vencendo-o por 3 x 2. No jogo principal, o Clube do Remo ganhou do Defelê, por 1 x 0.
Dois dias depois, em 18 de junho, o Flamengo sofreu nova derrota, desta vez para o Defelê, por 2 x 1.
Na decisão do torneio, o Cruzeiro do Sul venceu o Clube do Remo por 1 x 0, gol de Ribamar, conquistando o título de campeão. O maior destaque do Clube do Remo na época era o jogador Amoroso.



domingo, 10 de julho de 2011

AS DECISÕES: 1961


Rabello, campeão do 1º turno, e Defelê, vencedor do 2º, decidiram o campeonato brasiliense de 1961.
E foram necessárias quatro partidas para se conhecer o campeão daquele ano.
O primeiro jogo da série “melhor-de-três” aconteceu no dia 12 de novembro de 1961, no Estádio “Aristóteles Góes”, do Nacional. Com arbitragem de Jorge Cardoso e renda de Cr$ 75.800,00, foi registrado o empate de 1 x 1. Joãozinho marcou para o Rabello e Raimundinho para o Defelê.
Uma semana depois, em 19 de novembro de 1961, foi realizado o segundo jogo, no Estádio “Israel Pinheiro”, do Guará. E novamente ocorreu empate, desta vez sem gols. Jorge Cardoso foi o árbitro de novo e a renda de Cr$ 60.600,00.
Mais uma semana e desta vez todos esperavam que se conhecesse o campeão brasiliense. Mas, ainda não foi desta vez. No dia 26 de novembro de 1961, novamente no Estádio Aristóteles Góes, Rabello e Defelê voltaram a empatar pelo placar de 1 x 1, gols de Zé Paulo para o Defelê e Carioca para o Rabello. Pela terceira vez consecutiva Jorge Cardoso foi o árbitro do encontro. A renda foi de Cr$ 102.000,00.
O quarto jogo tomou uma importância tão grande que até se trouxe um árbitro da Federação Carioca de Futebol, Amílcar Ferreira, auxiliado por Josué Costa Araújo e Nilzo de Sá.
Finalmente, no dia 3 de dezembro de 1961 a cidade de Brasília conhecia o seu campeão. E este foi o Defelê, que venceu o Rabello por 3 x 1, sagrando-se bicampeão brasiliense.
A torcida que compareceu ao Estádio Aristóteles Góes proporcionou uma renda de Cr$ 137.000,00, recorde absoluto do futebol de Brasília.
No primeiro tempo, o placar foi de 1 x 0 a favor do Defelê, com um gol de Ely, aos 39 minutos. O mesmo Ely ampliou para 2 x 0 aos 12 minutos do 2º tempo. Sérgio, aos 23, ampliou para 3 x 0. Dois minutos depois, cobrando pênalti, Sabará marcou o gol de honra do Rabello.
Assim formaram os quadros:
DEFELÊ: Matil, Zé Paulo, Oswaldo, Alonso Capela e Gavião; Bimba e Fino; Ramiro, Sérgio, Ely e Raimundinho.
RABELLO: Gaguinho, Paulo, Leocádio, Pernambuco e Roberto; Calado e Bugue, Sabará, Nilo, Joãozinho e Arnaldo.



sábado, 9 de julho de 2011

A PRIMEIRA EXCURSÃO INTERNACIONAL


Depois de duas viagens frustradas pela falta de seriedade dos empresários José da Gama e Emílio Alonso, finalmente o Ceub conseguiu realizar o grande sonho de excursionar pela primeira vez ao exterior.
Uma excursão engraçada: não recebeu cota por jogo, pois apenas alugou seu elenco de 18 profissionais a Elias Zacour, recebendo um total líquido de 90.000 cruzeiros. Além disso, o empresário ficou responsável por passagens, hospedagem, alimentação e pagamento de salários e diárias aos jogadores durante os noventa dias de contrato.
Realizou um total de 16 jogos, obtendo 7 vitórias, 2 empates e 7 derrotas.
Com uma equipe muito jovem, Paulo Vitor (18 anos), Moreirinha (17), Nenê (18), Péricles (20) e Alencar foram os destaques, além de Ivanir e Toninho, ambos emprestados pelo Flamengo, do Rio de Janeiro. Jogaram também Pedro Pradera, Emerson, Cláudio, Déo, Xisté, Julinho, Gilbertinho, Fernandinho e Marco Antônio.
A equipe que mais vezes atuou foi: Paulo Vitor, Renê, Cláudio Oliveira, Emerson e Nenê; Alencar, Moreirinha e Xisté; Julinho, Ivanir e Péricles.
A estréia aconteceu no dia 1º de maio, em Casablanca, Marrocos. O Raja local venceu por 1 x 0. Ainda no Marrocos, realizou mais três jogos, vencendo um (3 x 0 sobre o COD Meknes) e sendo derrotado nas outras (2 x 1 a favor da Seleção Olímpica de Marrocos e 1 x 0 para o MAT Tetouan).
Recuperou-se na Argélia, quando empatou com Chabab Belcourt, vice-campeão argelino (1 x 1), e derrotou por duas vezes a Seleção de Argel (2 x 1 e 4 x 1), selecionado que dias antes havia empatado com o Botafogo, do Rio de Janeiro, e derrotado a Juventus, da Itália.
Na França, voltou a decepcionar, perdendo para o Troyes (3 x 0) e Reims (2 x 0) e vencendo o Strasbourg (2 x 0).
Na Iugoslávia, o Ceub perdeu as duas primeiras partidas (3 x 0, para o Olimpija Ljubliana, em 01.06.1975, e 2 x 0, para o Rijeka, em 03.06.1975) e empatou com um combinado em Brdsko (1 x 1), em 05.06.1975.
Foi na Espanha, entretanto, que o Ceub conquistou seus melhores resultados, vencendo o Deportivo La Coruña, em 08.06.1975 (2 x 0, gols de Péricles e Alencar), ao Betis (no momento, 7º colocado no campeonato espanhol e invicto a 19 jogos em seu estádio), em 10.06.1975, por 2 x 1 (gols de Alencar e Péricles, contra um de Rogério), e o Tenerife (2 x 0), em 13.06.1975.



quinta-feira, 7 de julho de 2011

ARQUIVOS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Torneio Quadrangular de 1975


PARTICIPANTES:

ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA RELAÇÕES EXTERIORES
ESPORTE CLUBE CANARINHO
ESPORTE CLUBE GUADALAJARA
HUMAITÁ ESPORTE CLUBE

06.07.1975
HUMAITÁ 3 x 0 RELAÇÕES EXTERIORES
CANARINHO 2 x 0 GUADALAJARA

12.07.1975
CANARINHO 0 x 0 RELAÇÕES EXTERIORES
13.07.1975
GUADALAJARA 1 x 1 HUMAITÁ

03.08.1975 
RELAÇÕES EXTERIORES 6 x 3 GUADALAJARA
CANARINHO 3 x 1 HUMAITÁ

Campeão: Canarinho, 5 pontos ganhos
Vice-Campeão: Humaitá, 3;
3º colocado: Relações Exteriores, 3
4º colocado: Guadalajara, 1.