OS CLUBES DO DF: ARUC - 2ª parte

Em 2002, continuou com a parceria ARUC/Gama e, mesmo com outro início desastroso (sofrendo três goleadas nos cinco primeiros jogos: 0 x 5 Ceilândia, 1 x 4 Bandeirante e 0 x 4 CFZ), por pouco não foi para o hexagonal decisivo, perdendo a vaga ao empatar com o Brazlândia na última rodada da Primeira Fase. Manteve a sétima colocação no geral, após a seguinte campanha:

CF	J	V	E	D	GF	GC	SG	PG
7º	16	6	3	7	19	28	-9	21

Tendo como treinador José Lopes de Oliveira, o Risada, e com um grupo formado exclusivamente por ex-juniores do Gama, a luta da ARUC continuou sendo para evitar o rebaixamento. Entre os bons valores que fizeram parte desse elenco destacamos Padovani, Goeber, Didão e o habilidoso meia Fabinho. O entrosamento desses jogadores fez com que a equipe da ARUC chegasse a sonhar com uma vaga no hexagonal decisivo.

Em 2003 a parceria com o Gama acabou e a ARUC trabalhou com a fórmula barata de um time amador profissionalizado com o propósito de cortar gastos. Utilizou boa parte do elenco de um clube amador, o Jardim, que foi vice-campeão da Copa Peladão. No gol se destacava o goleiro Serjão, com 114 quilos. Depois de defender um pênalti no 1 x 1 com o Unaí, Serjão virou figurinha carimbada no programa da TV Globo, o Globo Esporte. Porém o time acabou fazendo uma campanha muito ruim e sendo rebaixado para a Segunda Divisão.

CF	J	V	E	D	GF	GC	SG	PG
11º	11	2	3	6	13	24	-11	9

Naquele ano, 2003, a Federação Brasiliense de Futebol permitia que um clube rebaixado no primeiro semestre do ano, disputasse o certame da Segunda Divisão no segundo semestre do mesmo ano. Foi assim que a ARUC (e mais nove equipes) disputaram o campeonato brasiliense da Segunda Divisão ainda em 2003. Mas, não conseguiu voltar.

Na primeira fase, fez parte do Grupo B, juntamente com Ceilandense, Paranoá, Samambaia e Santa Maria, com quem disputou oito partidas de ida e volta, de 2 de agosto a 5 de outubro de 2003. Classificavam-se os dois primeiros colocados para as semifinais da competição. A ARUC ficou em quarto lugar no seu grupo, com a seguinte campanha:

CF	J	V	E	D	GF	GC	SG	PG
4º	8	4	0	4	19	15	4	12

Em 2004 tentou, sem sucesso, a volta à elite.

Na Primeira Fase, disputada de 11 de setembro a 20 de outubro de 2004, os treze clubes foram divididos em três grupos (sendo A e B com quatro e o C, da ARUC, com cinco equipes), nos quais jogaram todos contra todos, em jogos de ida e volta. A classificação final do Grupo C foi a seguinte:

CF	CLUBES	J	V	E	D	GF	GC	SG	PG
1º	ARUC	8	4	2	2	16	9	7	14
2º	SAMAMBAIA	8	4	2	2	12	6	6	14
3º	RENOVO	8	4	1	3	11	9	2	13
4º	CEILANDENSE	8	2	2	4	8	14	-6	8
5º	CRUZEIRO	8	2	1	5	10	19	-9	7

Na Segunda Fase, porém, a ARUC não foi bem e ficou de fora do quadrangular final que apontaria os dois clubes promovidos para a Primeira Divisão de 2005.

CF	CLUBES	J	V	E	D	GF	GC	SG	PG
1º	SANTA MARIA	6	4	1	1	14	8	6	13
2º	BRASÍLIA	6	2	2	2	6	6	0	8
3º	ARUC	6	2	1	3	10	10	0	7

E em 2005, a ARUC acabou rebaixada para a recém-criada Terceira Divisão, decretando o licenciamento do clube do futebol profissional. Até os dias atuais o clube se encontra desativado.

CF	CLUBES	J	V	E	D	GF	GC	SG	PG
1º	CAPITAL	7	4	2	1	19	8	11	14
2º	CEILANDENSE	7	3	3	1	8	5	3	12
3º	ESPORTIVO	7	3	3	1	7	5	2	12
4º	BRAZLÂNDIA	7	3	3	1	14	13	1	12
5º	RENOVO	7	2	3	2	7	9	-2	9
6º	CRUZEIRO	7	2	2	3	11	11	0	8
7º	SAMAMBAIA	7	0	3	4	3	8	-5	3
8º	ARUC	7	0	3	4	4	14	-10	3

Em 2017 até aconteceu uma movimentação para que a ARUC, depois de doze anos afastada dos gramados, voltasse a disputar um campeonato brasiliense de futebol profissional. A tradicional agremiação azul e branca do Cruzeiro chegou a firmar parceria com uma empresa (Pirma) e resgatou a sua vaga na justiça como antiga filiada da hoje Federação de Futebol do Distrito Federal e iria disputar a Segunda Divisão em 2017. Mas a diretoria resolveu ser cautelosa e, depois de uma demora da CBF em entregar a documentação necessária, disputar apenas a categoria de juniores do DF em 2017, tentar uma vaga na próxima Copa São Paulo de Futebol Junior e se preparar com mais afinco para a Segunda Divisão em 2018.