Iniciou sua carreira de jogador em Fernandópolis, interior de São Paulo, atuando pela Associação Bancária de Esportes (que mais tarde viraria Fernandópolis Futebol Clube), ali permanecendo de 1962 a 1966, na segunda e terceira divisões de profissionais do Estado.
A A.B.E. estreou em campeonatos paulistas em 1963, na Quarta Divisão.
Em 1964 o campeonato da quarta divisão era disputado em duas chaves (interior e capital). Os campeões de cada chave faziam a final do campeonato. A A.B.E. foi campeã da chave do interior e decidiu com o São José E. C., de São José dos Campos, o título do campeonato. Após perder por 2 x 1 em Fernandópolis, acabou empatando por 0 x 0 em São José dos Campos, ficando com o vice-campeonato.
Pela conquista da chave do interior, realizou um amistoso em Fernandópolis contra o São Paulo Futebol Clube, no dia 25 de novembro de 1964, para a entrega das faixas. O São Paulo venceu por 4 x 1.
A A.B.E. conquistou acesso a Terceira Divisão (atual A-3) de 1965. Em 1966, já como Fernandópolis Futebol Clube, disputou a Terceira Divisão.
Passou para o São Paulo no ano de 1967. Sua estreia aconteceu no dia 28 de fevereiro de 1967, num amistoso internacional disputado em Buenos Aires, quando o São Paulo venceu o Atlanta, da Argentina, por 2 x 1.
Foi titular do São Paulo durante boa parte do então torneio Robertão de 1967. Como não conseguiu se manter na posição, acabou voltando para o banco de reservas. No São Paulo, Canhoto disputou 22 jogos (8 vitórias, 8 empates e 6 derrotas), todos em 1967, sendo seu único título um vice-campeonato paulista nesse mesmo ano.
Mas teve a sorte de sair para o Internacional, de Porto Alegre, onde teve passagem marcante, sagrando-se tricampeão gaúcho como titular entre 1968 e 1971. Foi até convocado para uma Seleção Gaúcha como melhor ponta-esquerda da temporada.
Saiu em 1971 porque teve o único atrito de sua carreira com um treinador. Dino Sani queria obrigar Canhoto a dormir no estádio. Como era um jogador de responsabilidade e tinha sua moradia certa e de longo tempo na cidade, não concordou com Dino Sani. Comunicou à diretoria do clube que não aceitava dormir no estádio e rescindiu o seu contrato.
No mesmo ano foi para o Londrina, do Paraná. No Londrina encontrou um presidente que o apadrinhou nos seus estudos. Lá jogou de 1971 a 1977 e encerrou a carreira de jogador.
Nesse intervalo, formou-se em 1974 na Universidade Estadual de Londrina.
Canhoto chegou ao DF em 1979, quando sua esposa foi transferida para servir no Ministério da Justiça. Ele estava gerenciando um posto de gasolina e um restaurante que tinha em São Paulo. Como era formado em jornalismo, veio decidido a encarar a profissão. Já estava com tudo acertado para trabalhar como repórter do Jornal de Brasília à tarde e à noite como revisor.
Um dia, foi ao supermercado Carrefour fazer compras. Viu uns refletores por detrás do estabelecimento comercial e perguntou o que era aquilo. Informaram-lhe que era o estádio Pelezão. Resolveu dar uma passada por lá para ver se havia algum time treinando e, quem sabe, pudesse ajudar a encontrar Julinho, com quem tinha jogado no Londrina e ficou sabendo que estava em Brasília. Quis o destino que tudo caminhasse para seu retorno aos gramados. Ocorreu exatamente isso. Dias depois do treino, um diretor do Taguatinga apareceu à procura de alguém que pudesse dirigir os juvenis de seu clube. Julinho o apresentou e o indicou para o cargo. Canhoto desistiu de trabalhar no jornal.
O Taguatinga perdeu o 1º turno do campeonato de profissionais, o treinador Bugue caiu e ele foi convidado para assumir o time de profissionais. Ficou horrorizado com o futebol de Brasília. Encontrou jogadores com seis meses de salário atrasado e outros que trabalhavam para complementar a renda. Depois que Froylan Pinto assumiu o Taguatinga o futebol passou a ser outra realidade.
Adepto do futebol-força e admirador de Rubens Minelli, Canhoto armou um time valente e competitivo, que lutava do primeiro ao último minuto de jogo.
Sua estreia no comando do Taguatinga foi em 26 de julho de 1981, no Serejão, com empate de 2 x 2 com o Sobradinho. Levou o Taguatinga à decisão do 2º turno (que perdeu para o Brasília) e à final do 3º turno, superando o Guará. Foram 18 jogos no comando do Taguatinga e a conquista do primeiro título de campeão brasiliense na história do clube, levando a melhor num triangular final contra Guará e Brasília.
Permaneceu no Taguatinga, entre jogos válidos pelo campeonato brasiliense e brasileiro no período de 1982 a 1984, obtendo como melhor colocação apenas um terceiro lugar no campeonato brasiliense de 1983.
Depois de dirigir a equipe Sub-20 do Londrina nos anos de 1984 e 1985, retornou ao futebol do Distrito Federal, onde treinou o Gama no campeonato brasiliense de 1985 e o Tiradentes no de 1986.
Novamente foi treinador do Sub-20 do Londrina de 1986 a 1988, ano em que voltaria a ser o treinador do Taguatinga nos anos de 1988 e 1989, neste último conquistando mais um título de campeão brasiliense.
Em 1990 foi técnico do Mogi Mirim no Campeonato Paulista.
No ano de 1994, foi o técnico do Taguatinga no Campeonato Brasiliense.
Em 1995, o PSTC - Paraná Soccer Technical Center formou a sua primeira comissão técnica liderada por Canhoto, fazendo sucesso com sua primeira participação.
Em 1996, Canhoto foi contratado pelo Paraná Clube.
Em 1998, passou pelo Londrina.
Em 2003, foi campeão alagoano dirigindo o ASA, clube que ainda dirigiu em 2004.
Em 2012, esteve comandando a equipe Sub-18 do ASA no campeonato alagoano dessa categoria.
A última referência que encontramos sobre Canhoto atuando no futebol é que ele foi o técnico dos Masters do São José no Campeonato Gaúcho de 2014.
Depois que largou o futebol, foi morar em Curitiba, onde se encontra hoje cuidando da família e da saúde.