sábado, 11 de maio de 2024

CRAQUES DE ONTEM E DE HOJE: Cassius


Cassius Loquingen Lima Santos nasceu em Brasília (DF), no dia 11 de maio de 1975.
Começou a jogar no profissional um pouco tarde, por estar sem trabalho. Só pensava em jogar futebol amador, nos campos de terra da Ceilândia. Trabalhou desde os 14 anos, depois que seus pais se separaram, como “office-boy” de uma corretora de imóveis. Depois que a empresa faliu, passou dois anos desempregado, até o presidente José Beni Monteiro, do Ceilândia convidá-lo a jogar no clube.
Seu começo, como o de muitos outros no futebol do DF, foi difícil, sem estrutura nenhuma, com uma pequena ajuda de custo e passando por muitas dificuldades. Faltavam bons campos, bolas e chuteiras, mas não desistiu.
Seu primeiro treinador foi Sílvio de Jesus e, quando começou nas categorias de base do Ceilândia, não passava de um lateral-direito. Num jogo pelos juvenis contra a ASMEC, em 1992, um atacante estava suspenso. Sem opção, resolveram escalar Cassius no ataque, pois ele marcava muitos gols. Fez quatro gols e o time venceu por 5 x 1. Logo depois, teve que interromper a carreira por causa do alistamento militar. Só voltou a jogar, pelo mesmo Ceilândia, em 1996, por necessidade financeira.

Então trocou o futebol amador e os campos de terra para começar a carreira profissional aos 21 anos. Sua estreia como profissional aconteceu em 10 de março de 1996, no Diogão: Planaltina 3 x 1 Ceilândia. Depois fez mais três jogos. O Ceilândia foi rebaixado nesse mesmo ano.
Em 1997, mesmo em uma equipe muito fraca (o Ceilândia ficou em sexto lugar entre os sete clubes participantes), foi vice-artilheiro da competição, com sete gols.
No ano seguinte, 1998, foi campeão e artilheiro da Segunda Divisão atuando pelo Ceilândia. Nas semifinais, marcou os três gols da vitória de 3 x 1 sobre o Comercial, e um gol em cada jogo da final, com vitórias sobre o Brazlândia: 2 x 1 e 1 x 0.
Disputou o campeonato brasiliense da Primeira Divisão pelo Ceilândia, em 1999.
No 1º semestre de 2000 participou do campeonato brasiliense da Primeira Divisão pelo Ceilândia e, no segundo (o regulamento permitia isso), repetiu a façanha de tornar-se artilheiro da Segunda Divisão, com 11 gols, jogando pelo 26 F. C. Também nesse ano teve a sua primeira participação em uma competição nacional, a Série B, defendendo o Bandeirante.

Em 2001, depois de marcar seis gols nas sete primeiras rodadas, uma fracassada negociação com o Grêmio Inhumense-GO o afastou por quatro rodadas. Mesmo assim, terminou a corrida dos artilheiros em quinto lugar. Ainda nesse ano, chegou a atuar no Baré, de Roraima, nas finais do Estadual, e pelo Brasiliense na Série C, emprestado pelo Ceilândia.
Na primeira rodada do campeonato brasiliense de 2002, o Ceilândia goleou a ARUC por 5 x 0 e Cassius marcou quatro gols. Nesse ano, recusou convite do Araçatuba para disputar a Segunda Divisão paulista.
Jogou ainda no CFZ-Brasília (2003), Legião (3ª Divisão em 2006), Unaí (1ª Divisão em 2007), Bandeirante (3ª Divisão em 2007), Brazsat (3ª Divisão em 2008), Capital (vice-artilheiro da Segunda Divisão de 2010), Sobradinho (vice-artilheiro da Segunda Divisão, com 15 gols) e Samambaia (Segunda Divisão de 2014). Em muitos desses anos, esteve no Ceilândia. Ainda jogou no CFZ-Rio, Guará, Paranoá, Brasília e Formosa.
Tem 6 títulos em Brasília: duas vezes na Primeira Divisão com o Ceilândia (2010 e 2012), duas vezes na Segunda Divisão (com o Ceilândia, em 1998, e Samambaia, em 2014) e duas vezes da Terceira Divisão, com o Legião, em 2006, e o Brazsat, em 2008.

Cassius é o único jogador a se tornar artilheiro nas três divisões do DF: em 1998 e 2000, na Segunda, com 8 e 11 gols, respectivamente, em 2003 da Primeira, com 13 gols e em 2006 da Terceira, com 12 gols.
Nas suas contas, como profissional já marcou mais de 200 gols.
Cassius considera como jogo inesquecível a final do segundo turno do Campeonato Brasiliense de 2012, no dia 6 de maio, jogando pelo Ceilândia. Foram campeões no Augustinho Lima lotado, em cima do Sobradinho, que jogava pelo empate e era o favorito. Fez dois gols e deu duas assistências. Placar final: 4 x 1 para o Ceilândia.
Com 1,85 m de altura, Cassius era um centroavante de área, bom cabeceador e finalizador. Chutava bem com os dois pés.



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