quarta-feira, 22 de maio de 2024

CRAQUES DE ONTEM E DE HOJE: Carlos Zampietro



José Carlos Zampietro nasceu em Jaboticabal (SP), no dia 22 de maio de 1942.
Com 18 anos chegou à Brasília, com o objetivo de trabalhar. Quando encontrou, ao preparar a documentação para tomar posse, durante uma conversa com seus futuros colegas, surgiu o assunto futebol. Foi aí que ele disse que tinha passado pelos juvenis da Portuguesa de Desportos e imediatamente foi convidado a fazer parte do time de futebol da empresa.
O clube era o Brasil Central (onde foi registrado com o número 169), que tinha como um dos seus fundadores Hugo Mósca, que viria a ser Presidente da Federação Desportiva de Brasília.
Um dos primeiros amistosos de Carlos no Brasil Central aconteceu em 21 de agosto de 1960, quando seu time foi derrotado pela forte representação do Rabello, por 4 x 2. A escalação do Brasil Central foi esta: Leitão, Goiano, Odilon e Jacinto; Miltinho e Eurípedes; Nelson, Jasson, Carlos, Martins e Escurinho.
Logo depois (14.09.1960), seria iniciado o Torneio Classificatório para o Campeonato Brasiliense de 1960. Em virtude do elevado número de clubes inscritos (16), a Federação Desportiva de Brasília resolveu fazer um torneio para determinar as oito equipes que disputariam o campeonato da Primeira Divisão e as oito que comporiam a Segunda.
O Brasil Central venceu dois jogos e perdeu um, terminando o grupo na terceira colocação, com o mesmo número de pontos ganhos de Grêmio e Consispa (os classificados por terem melhor saldo de gols).
Passou, então a disputar o campeonato da Segunda Divisão, que contou com a participação de seis equipes. Foi disputado em turno único e o Brasil Central ficou com a quinta e antepenúltima colocação, com a seguinte campanha: 5 jogos, 1 vitória, 4 derrotas, 3 gols a favor e 9 contra.
O Brasil Central licenciou-se no ano seguinte, 1961, e Carlos ficou sem clube.
Chegou a disputar um amistoso contra o Guará, em 9 de julho de 1961, com vitória do clube goiano por 6 x 2.
Uma semana depois, acertou com o Alvorada, de Brasília, onde estreou, de forma oficial, na primeira rodada do Campeonato Brasiliense, no dia 16 de julho de 1961, na derrota para o Defelê, por 2 x 0. O time do Alvorada formou com Pena (Roberto), Ibê, Fontenelle e Zeca; Venino e Cícero; Luizinho, Zé Carlos, Jasson, Walquir e Chico. Técnico: José Lins.
O Alvorada terminaria o campeonato de 1961 na sétima colocação, entre as oito equipes participantes. Como curiosidade, fazia parte do time do Alvorada Valquir Pimentel, que ficou famoso no mundo do futebol como árbitro.
Foi para o Luziânia Esporte Clube, que nesta época não fazia parte da Federação Desportiva de Brasília. Um dos poucos registros de sua passagem pelo Luziânia foi o amistoso realizado no dia 25 de novembro de 1962, contra o Taguatinga. No Estádio Francisco das Chagas Rocha, em Luziânia, vitória de 4 x 1 sobre o clube de Brasília. Carlos Zampietro marcou dois gols (Tôco e Tiãozinho marcaram os outros dois). Formou o Luziânia com Girau, Coquinho, Tiãozinho, Bimba e Ciliu; Wanderlan e Osmar Tormin; Carlos Zampietro, Tôco, Peru e Francisco de Bilo. Técnico: Landico.
A partir de 1963, o Luziânia decidiu filiar-se à Federação Desportiva de Brasília e a disputar o seu campeonato oficial da Segunda Divisão, com mais cinco equipes. Logo em sua estreia na competição, empate em 1 x 1 com o C. R. Barroso, com o gol marcado por Carlos Zampietro.
O Luziânia conquistaria o vice-campeonato.
No ano de 1964, aconteceu a implantação do futebol profissional no Distrito Federal. Uma das exigências ao novo clube era gramar o seu estádio e isso aconteceu em 17 de maio de 1964, após o amistoso contra o Atlético Goianiense, para quem perdeu por 4 x 2. Carlos Zampietro fez parte do time do Luziânia.
A estreia no profissionalismo do Luziânia foi em 15 de março de 1964, no estádio Israel Pinheiro (do Guará), com derrota de 2 x 1 para o Colombo, em jogo válido pelo Torneio “Prefeito Ivo de Magalhães”, a primeira competição de futebol no novo regime. O Luziânia fomou com Toninho, Coquinho, Eufrásio, Félix e Peru; Bugue e Tôco; Bubu, Invasão, Carlos Zampietro e Francisco de Bilo. Técnico: Raimundo Laranjeiras.
O primeiro jogo do Luziânia no campeonato profissional foi em 11 de outubro de 1964, novamente no estádio Israel Pinheiro, com derrota de 1 x 0 para o Rabello (que acabaria vencendo a competição).
No dia 9 de setembro de 1964 foi convocado pelo técnico Didi de Carvalho para tomar parte dos treinamentos da Seleção do Distrito Federal que enfrentou a seleção de Goiás.
Nos anos de 1965 e 1966, Carlos Zampietro disputou diversas partidas oficiais pelo campeonato brasiliense e muitos amistosos, com destaque para o que fez parte dos festejos da tradicional Festa do Divino, no dia 29 de maio de 1966, quando o Luziânia venceu o Defelê, por 2 x 1, com dois gols de Carlos Zampietro.
Nos anos de 1967 e 1968, o futebol do Luziânia atravessou séria crise, afastando o clube das competições oficiais do Distrito Federal.
Zampietro aproveitou-se do momento também para dar um tempo no futebol.
No início dos anos 70, passou a disputar os campeonatos internos de clubes sociais, como o Minas Brasília e o Cota Mil.
A última experiência de Zampietro no futebol do DF foi em 1975, quando disputou, pelo time da FIBRA (Federação das Indústrias de Brasília), o campeonato do Departamento Autônomo da Federação Brasiliense de Futebol, disputado por nove equipes, dentre elas Campineira e Demabra, que chegaram a disputar competições oficiais.
Era um campeonato muito disputado. Alguns jogadores que participaram do campeonato do Departamento Autônomo foram: Ernâni Banana, do time da Brasal, Jonas Foca e Uel, na Demabra, Sir Peres e Zé Afonso, na Campineira, o goleiro Cacalo e Nemias, na ASMIT.
O time da FIBRA ficou na quarta colocação.
Depois disso, Carlos Zampietro parou com o futebol em definitivo.
Em 1979, transferiu residência para a cidade de Alter do Chão, Santarém, Pará, onde passou a ser proprietário do Beloalter Hotel.
Além disso, passou a trabalhar como Agente Municipal de Tucumã, em São Félix do Xingu, e foi Presidente do Conselho de Desenvolvimento Comunitário – CODETUC.

Colaboração:
José Egídio Pereira Lima
José Jorge Farah Neto







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