No dia de hoje a cidade de Planaltina está completando 156 anos de fundação, mas há relatos de alguns historiadores de que a cidade possua mais de duzentos anos.
A “Semana Planaltina”, de 19 de agosto a 26 de agosto, será nossa homenagem à centenária cidade, quando estaremos contando uma pequena parte da história de seu futebol e de personagens e entidades relacionadas.
O nosso calendário está assim definido:
19.08 - Histórico da cidade
20.08 - Primórdios do futebol em Planaltina
21.08 - Futebol Profissional
22.08 - Estádio Adonir Guimarães
23.08 - Personagens do futebol de Planaltina
25.08 - Futebol Amador
26.08 - Categorias de Base
Começamos com um pequeno histórico da cidade de Planaltina.
Os documentos existentes não indicam a data exata da fundação de Planaltina. No
entanto, a data convencionada de sua fundação é 19 de agosto de 1859.
O primeiro nome do povoado foi Mestre D'Armas, devido ao fato de que na região se
instalou um ferreiro, perito na arte de consertar e manejar armas, que recebeu
o título de Mestre, expressão que passou a identificar o local. A cidade também
já foi chamada de Altamir. Em 14 de julho de 1917 pela lei nº 451, a cidade
passa a se chamar Planaltina.
Atribui-se, entretanto, a fundação do núcleo em que se originou Planaltina a
José Gomes Rabelo, fazendeiro que se transferiu da então Capital da Província
de Goiás para a Lagoa Bonita, estendendo posteriormente suas posses até à
morada do "Mestre D'Armas". Foi construída uma capela de taipa, em
pagamento de voto feito a São Sebastião, para se livrarem de uma epidemia que
os atacava na época. Dona Marta Carlos Alarcon encomendou de Portugal uma
imagem do santo, trabalhada em madeira, para ser colocada na capela, sendo mais
tarde substituída por outra maior, ao ampliarem a construção. A atual Igreja de
São Sebastião conserva até hoje as mesmas características de sua criação.
O território onde se situava "Mestre D'armas" pertenceu, de início, à
Vila de Santa Luzia (hoje Luziânia), tendo-se transferido para o Julgado de
Couros (hoje Formosa) em 20 de junho de 1837. Sucessivas anexações e
desanexações ocorreram, a partir de então, provocadas por manifestações da
população local, levando o povoado a pertencer, de acordo com as preferências
do poder dominante, ora a Vila de Santa Luzia, ora a Vila de Formosa.
Em 19 de agosto de 1859, pela Lei nº 3 da Assembleia Provincial de Goiás,
criou-se o Distrito de Mestre D'Armas, que nos termos da Lei ficou pertencendo
ao município de Formosa. De acordo com o disposto no artigo 2º do Decreto nº
571, de 19 de janeiro de 1967, o prefeito do Distrito Federal, Plínio
Cantanhede, baixou esse decreto fixando 19 de agosto de 1859 como data oficial
de fundação da cidade de Planaltina.
No ano de 1892, aconteceu um fato que ligaria definitivamente a história de
Planaltina à de Brasília. Em maio de 1892 o presidente Floriano Peixoto criou a
Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil. O astrônomo belga Luís
Cruls chefiou a missão exploratória de 22 pesquisadores que, a partir do Rio de
Janeiro, viajou pelo interior do país para escolher o local onde seria
construída a nova capital do Brasil. Em 29 de junho de 1892 a comissão sai de
Uberaba destinada a Pirenópolis. Em 14 de julho chega a Catalão e no dia 1º de
agosto em Pirenópolis. No dia 9 de agosto, em Formosa, quando se dividem em
quatro grupos que formarão as delimitações de cada lado do quadrilátero que
contava com 14.400 km². No sertão goiano a comissão foi guiada por três
moradores de Mestre D'Armas: João Gomes, Carolino de Souza e Viriato de Castro.
A Missão Cruls foi um fator essencial para a mudança econômica e política da
região. A partir de 1892 surgem várias empresas destinadas à habitação e à
viação, chegando Planaltina a ter uma hidrelétrica feita por líderes locais. O
movimento mudancista leva a cidade a almejar altos voos e a se desenvolver
exponencialmente.
Em 1922, o então Presidente da República Epitácio Pessoa baixou o decreto nº
4.494, de 18 de janeiro daquele ano, determinando o assentamento da Pedra
Fundamental. No dia 7 de setembro de 1922, foi lançada a pedra fundamental onde
se pretendia construir a futura capital do Brasil.
A partir do dia 21 de abril de 1960, data da inauguração de Brasília como capital
do Brasil, Planaltina teve seu território desmembrado em duas partes. A antiga
sede do município goiano estava localizada na parte que ficou dentro da
extensão do Distrito Federal e foi ajuntada à estrutura administrativa que se
implantou, na categoria de região administrativa do Distrito Federal. A outra
parte do município, que ficou fora do quadrilátero do Distrito Federal,
continuou a pertencer ao estado de Goiás e sua nova sede recebeu o nome de
Planaltina de Goiás, popularmente conhecida como Brasilinha.
Planaltina é uma cidade de grande riqueza cultural e histórica que guarda vivos
os registros de uma população que com muito trabalho ajudou a construir a
capital do País.
Assim como as outras cidades do Distrito Federal, Planaltina sofreu grandes
alterações e expansão demográfica desde sua criação original. Hoje não é mais
apenas uma cidade dormitório e vive de suas riquezas, como as geradas pelo
comércio instalado e da exploração da sua rica agricultura e pecuária, que
abastecem grande parte do Distrito Federal.
A área de Planaltina é de 1.534,69 km e sua população atual é de 164.939
habitantes (2010).
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