quinta-feira, 15 de setembro de 2022

OS TÉCNICOS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Gil Campos



Gil Campos iniciou no esporte como treinador de futebol de salão em Caratinga (MG), sua cidade natal.

Quando se transferiu para Brasília, foi trabalhar no Ministério da Educação e Cultura, em 1961. Lá fez grandes amizades e não demorou para lhe pedirem que colaborasse com a formação da equipe de futebol de salão chamada de Funcionários, que passou a disputar os campeonatos de futebol de salão promovidos pela Federação Desportiva de Brasília.

A equipe era formada, como o próprio nome sugere, por funcionários do MEC e não dava para encarar os verdadeiros atletas das demais equipes. Jogavam pelo prazer de competir, jamais almejando um lugar de destaque no salonismo de Brasília.

No ano em que assumiu o comando da equipe, estavam a poucas rodadas do final da competição e nada mais poderia fazer para melhorar o conjunto. O Funcionários ficou em sétimo lugar.

Depois, Gil conseguiu arrebanhar uma grande equipe, como Beto Pretti, por exemplo, venceram um torneio e ficaram invictos durante 48 partidas, provando a todos que eram a melhor equipe da cidade.

Esteve à frente do selecionado brasiliense que enfrentou o Vila Isabel, no aniversário de Brasília. O clube carioca era considerado a melhor equipe do Brasil.

Foi aí que, em 1963, a pedido de Beto Pretti (jogador) e Jackson Roedel (dirigente), Gil Campos teve sua primeira experiência no futebol de campo e foi para a Associação Esportiva Cruzeiro do Sul, dirigir seu quadro principal.

Quando chegou ao Cruzeiro, até então dirigido pelo ex-jogador da Seleção Brasileira, Juvenal, a equipe tinha quatro gols marcados. Depois que Gil Campos assumiu e até o final, quando o Cruzeiro se sagrou campeão brasiliense pela primeira e única vez em sua história, quebrando a sequência de três anos do Defelê, 35 gols foram marcados.

Quando a editoria de esportes do jornal Diário Carioca-Brasília divulgou a relação dos destaques do ano de 1963, Gil Campos foi premiado como “Melhor Técnico do Ano”.

Mas já no ano seguinte, 1964, Gil Campos voltaria ao futebol de salão. Nesse ano, foi convidado e aceitou o convite para dirigir o selecionado brasiliense de futebol de salão.

Também em 1964, o Clube dos Funcionários, em conjunto com a Federação Desportiva de Brasília, passou a promover o Torneio “Gil Campos”.

Em 1965 foi convidado pela Federação Desportiva de Brasília a formar numa Comissão Técnica que seria responsável pela convocação da seleção de Brasília que deveria participar do campeonato brasileiro de juvenis (16 a 19 anos).

Juntamente com Cleber Soares do Amaral e Alfredo Rodrigues, se candidatou a cargos diretivos na Federação Brasiliense de Futebol de Salão, visando dinamizar a entidade em todos os sentidos.

Não abandonou totalmente o futebol de campo, tornando-se Diretor de Futebol do Clube de Regatas Guará em 1965.

Em 1966, assumiu a direção do Departamento de Futebol de Salão do Brasília Motonáutica Clube e passou a promover trabalho de reorganização daquele importante setor no clube.

Passou a ser Diretor de Futebol do Rabello em 1966, clube que deixou em 1967, transferindo-se para Belo Horizonte (MG).

Não mais tivemos notícias dele...


Nenhum comentário:

Postar um comentário