Mineiro
de Belo Horizonte, Edilson Braga, cujo nome verdadeiro era Edson Braga, nasceu
no dia 4 de novembro de 1927.
A
vida de Edilson no futebol começa quando ele, ainda garoto, jogava nas equipes
infantis do Tiro de Santa Tereza, um bairro da capital mineira.
Em
1943 foi campeão juvenil e subiu para o time amador que disputava o campeonato
de Belo Horizonte, sendo campeão da cidade em 1943, 1944, 1945, 1946 e 1947.
Chegando
à idade militar, entrou para a Aeronáutica e deixou Belo Horizonte para fazer o
curso de Sargento no Rio de Janeiro, mas quando regressou ao Estado natal
tornou-se um dos mais destacados defensores do Asas, de Lagoa Santa. Foi
campeão amador do interior mineiro em 1952 e do Torneio Início do Campeonato
Mineiro de Profissionais no mesmo ano, o que lhe valeu uma convocação para a
Seleção Mineira, fato que ocorreu durante cinco anos.
Edilson
integrou a Seleção Militar Brasileira que disputou o Campeonato Mundial
Militar, em Buenos Aires, Argentina, de 7 a 14 de julho de 1957, enfrentando os
selecionados da Argentina, Itália e França (a campeã) e entrou nas cogitações
do Botafogo para substituir Juvenal, que havia encerrado a carreira. Mas não
houve acordo financeiro entre ele e o clube carioca, pois sendo militar teria
de pedir baixa para se dedicar ao futebol profissional.
Ainda
em 1957, Edilson quase acertou com o Santos. Ele foi fazer um estágio militar
em Santos e jogou por um clube da Base Aérea local que disputava o campeonato
amador da cidade. Foi então que o Santos Futebol Clube ficou interessado em seu
futebol, mas também não houve acordo.
Foi
para o Cruzeiro, de Belo Horizonte, onde não chegou a ser titular. Voltou ao
Asas e em 1960 transferiu-se para Brasília. A partir de 21 de janeiro de 1962
passou a jogar na A. E. Cruzeiro do Sul, de Brasília. Em 21 de abril de 1962,
integrou a seleção brasiliense pela primeira vez, no amistoso diante do Vasco
da Gama, do Rio de Janeiro (1 x 1). Seria convocado mais três vezes em 1962.
Em
1963 disputou todas as 16 partidas que levaram o Cruzeiro do Sul ao título de
campeão brasiliense desse ano. Na última partida o Cruzeiro formou com Zezinho,
Aderbal, Edilson Braga, Morales e Pedersoli; Paulinho e Beto Pretti; Ceará
(Raimundinho), Ceninho, Quarteroli e Zezé.
No
final de 1963 passou para o Rabello e foi campeão candango em 1964, parando em
1965.
Como
dirigente, a vida de Edilson Braga começou em 1966, supervisionando o Rabello e
já obtendo o título de campeão brasiliense.
No
ano seguinte, cuidou da parte física e da supervisão técnica do Rabello.
No
dia 10 de julho de 1969, tomou posse no cargo de Diretor do Departamento de
Árbitros da Federação Desportiva de Brasília, substituindo Rosalvo Azevedo.
Em
1970, acumulou os cargos de Chefe da delegação, Tesoureiro e Supervisor Técnico
da Seleção do DF que disputou VI Campeonato Brasileiro de Futebol Amador
(categoria juvenis), em Santo André (SP), nos meses de fevereiro e março.
Ainda
em março de 1970, aceitou o convite para ser o técnico do Grêmio Esportivo
Brasiliense. Depois que deixou o Grêmio, voltou a trabalhar como árbitro de futebol.
Em
1971, jogou várias partidas nos veteranos do Colombo.
Daí
parou com o futebol e só voltou em 1972, para trabalhar no CEUB, onde ficou,
também como Supervisor e Diretor Administrativo, até 1975, quando passou para o
Brasília.
Edilson
foi um dos maiores responsáveis pelo desenvolvimento do futebol brasiliense a
partir desse ano, quando ajudou a formar um dos principais clubes da história
do futebol do DF, o Brasília Esporte Clube.
Em
1976, juntamente com Rubens de Freitas e Velha, Edilson Braga foi um dos
técnicos que dirigiram o Brasília na campanha para a conquista do título de
campeão brasiliense de 1976.
Voltou
a ser Supervisor em 1977 e foi bicampeão brasiliense e campeão do Torneio
Imprensa pelo Brasília.
Nos
anos de 1978 e 1979 continuou como Supervisor no Brasília e fez parte da
Comissão Técnica da Seleção Brasiliense de Juniores
No
ano de 1980 foi Supervisor do Guará e, a partir de julho deste ano, do Gama,
onde ficou até 1981.
Depois
passou a exercer essa função no Taguatinga nos anos de 1982 e 1983, quando
passou para o Guará (em 1983) e retornou ao Taguatinga em 1984.
Em
1985, se sentindo bastante desgastado, resolveu parar com o futebol. E assim
permaneceu até 1989, quando recebeu convite do Taguatinga, aceitou e se tornou
campeão brasiliense pela última vez. Depois disso, parou de vez.
Além
do futebol profissional, Edilson Braga foi Diretor Técnico da Federação
Brasiliense de Futebol de Salão e responsável pela organização do campeonato de
futebol do Minas Brasília Tênis Clube.
Edilson
Braga nos deixou no dia 8 de julho de 2009.
Colaboração:
João
Batista Lopes da Silva
Márcio Almeida
Fontes
consultadas:
Correio Braziliense
Jornal
de Brasília
Jornal
dos Sports
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