terça-feira, 14 de junho de 2016

HISTÓRICO DOS CLUBES DO DF NO CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE D - 1ª parte - 2009 a 2012


No último domingo, Luziânia e Ceilândia fizeram suas estreias na Série D do Campeonato Brasileiro.

Esta será mais uma oportunidade para que um clube do DF tente realizar uma boa campanha e consiga ao menos uma das quatro vagas que lhe dará acesso à Série C em 2017.

Oficialmente criada em 2008, para ser disputada a partir de 2009, a Série D é uma competição que reúne representantes de todos os Estados do Brasil. Foram 39 em 2009, 40 nos anos de 2010 a 2013 e 41 em 2014. Em 2015 esse total voltou a ser de 40 e em 2016 serão 68 clubes.
Hoje e amanhã estaremos contando como foi a participação dos clubes do DF nessa competição.

2009

O Campeonato Brasileiro da Série D de 2009 foi a primeira edição da quarta divisão do futebol brasileiro. 
Inicialmente estavam previstas 40 equipes, mas nenhum clube do Estado do Acre se habilitou para a disputa, reduzindo o número de clubes participantes para 39.

O único representante do DF nessa competição foi o Brasília. A vaga foi garantida após perder a final do campeonato brasiliense de 2009 para o Brasiliense, que fazia parte neste ano da Série B.
Após nove anos, o Brasília voltava a disputar uma competição de nível nacional. A última vez foi no ano de 2000, quando atuou no módulo branco (uma espécie de terceira divisão) da Copa João Havelange.
Na primeira fase, os 39 clubes foram divididos em nove grupos de quatro clubes cada e um de três clubes, agrupados regionalmente. Os dois primeiros de cada grupo classificaram-se à fase seguinte.
Com pouco tempo de preparação, a equipe comandada pelo técnico Augusto César contava com alguns jogadores experientes para conseguir uma das duas vagas para a segunda fase. O maior destaque do time era o habilidoso canhoto Wellington Dias.
O Brasília fez parte do Grupo 8, juntamente com Anapolina, de Anápolis, e CRAC, de Catalão, ambos de Goiás e o Araguaia, de Alto Araguaia (MT). Classificou-se em segundo lugar e passou para a Segunda Fase.
Na segunda fase, os 20 clubes classificados jogaram em sistema eliminatório em jogos de ida e volta, qualificando o clube vencedor para a terceira fase. 
Coube ao Brasília enfrentar o vencedor do Grupo 7, o Uberaba (MG).
No primeiro jogo, no Bezerrão, em 15 de agosto de 2009, o Brasília saiu perdendo de 2 x 0 e demonstrou um grande poder de superação, ao virar o marcador para 3 x 2. 
Uma semana depois, em 22 de agosto, no segundo jogo, desta vez no Uberabão, o Brasília não teve a mesma sorte e perdeu por 2 x 0, dando adeus à competição.
Na classificação final, o Brasília ficou com a 19ª colocação, com essa campanha: 8 jogos, 2 vitórias, 3 empates e 3 derrotas; marcou 14 gols e sofreu 15.

2010

O Campeonato Brasileiro da Série D de 2010 contou com a participação de 40 clubes na Primeira Fase, quando foram divididos em dez grupos, cada um com quatro equipes, jogando entre si, em turno e returno, classificando os dois primeiros para a Segunda Fase.

Ao contrário da primeira edição, 2009, quando o DF teve apenas um representante (o Brasília), em 2010 foram três: Botafogo-DF, Brasília e Ceilândia. A eles se juntou no Grupo A-6, na Primeira Fase, o Araguaína, de Tocantins. Esse grande número de clubes do DF chegou a levar alguns torcedores a acreditar que haveria uma grande possibilidade de, pela primeira vez, dois clubes brasilienses passarem para a Segunda Fase. 

Mas, não foi isso que aconteceu. O clube de Tocantins acabou sendo um dos promovidos para a Série C de 2011, ao chegar na terceira colocação na classificação final.
As quatro equipes chegaram à sexta e última rodada com chances de classificação para a Segunda Fase da competição.

Num dos jogos, o Ceilândia - que chegou como líder do grupo - precisava apenas de um empate para assegurar a vaga. Já o Brasília precisava vencer o Ceilândia para garantir sua classificação. E foi o que aconteceu. O Brasília levou a melhor e garantiu o passaporte para a próxima fase da competição e de quebra como líder do grupo.
No outro jogo da última rodada, a tarefa era bastante complicada para o Botafogo-DF se classificar. Sem nenhuma vitória na Série D, o Botafogo-DF precisava vencer o Araguaína, na casa do adversário, e torcer por uma combinação de resultados para continuar disputando a competição. 

Mas o time de Tocantins venceu por 1 x 0 e garantiu a classificação para a segunda fase, ao lado do Brasília.
Na Segunda Fase, os 20 clubes foram divididos em dez grupos com dois clubes cada. Jogaram em ida e volta, 
dentro de cada grupo. Os vencedores de cada chave passavam para a terceira fase.



O adversário do Brasília na Segunda Fase foi o Fluminense, de Feira de Santana (BA)
No primeiro jogo, na cidade baiana, o Fluminense venceu por 1 x 0. No jogo de volta, o Brasília não tomou conhecimento do Fluminense e da vantagem que esse time tinha para seguir em frente na Série D. No dia 12 de setembro, o Brasília fez bonito ao superar o rival por 3 x 0, garantindo-se na próxima fase da competição. 
Na Terceira Fase, os 10 clubes classificados foram divididos em cinco grupos com dois clubes cada. Jogaram em ida e volta, dentro de cada grupo. Classificavam-se os vencedores de cada grupo e mais os três melhores perdedores com base na campanha no torneio.
O adversário do Brasília na Terceira Fase foi, novamente, o Araguaína, a quem já havia enfrentado na Primeira Fase, em dois jogos, ambos empatados.
No primeiro jogo, em 25 de setembro, o Brasília desperdiçou uma grande oportunidade de sair em vantagem no confronto com o Araguaína. Jogando no estádio Mirandão, o Brasília abriu uma vantagem de 3 x 0, mas sofreu uma inacreditável virada do Araguaína, que fez 4 x 3 na segunda etapa, em apenas 16 minutos (do 23º minuto ao 39º do segundo tempo).
No dia 2 de outubro, o Brasília desperdiçou, mais uma vez, outra chance de sair com a vitória. Além de perder a partida, o Brasília deu adeus e acabou eliminado da próxima fase da Série D do Brasileiro. Venceu o 1º tempo por 1 x 0. No segundo tempo veio uma nova virada e a desclassificação da Série D para o Brasília.

2011

Gama e Bosque Formosa foram os representantes do futebol do DF no Campeonato Brasileiro da Série D de 2011. O Gama, por ter sido rebaixado no Campeonato Brasileiro da Série C de 2010, ao chegar na 19ª e penúltima colocação, e o Bosque Formosa como terceiro colocado do Campeonato Brasiliense de 2011, atrás do Gama e do Brasiliense (com vaga na Série C).
Pela primeira vez na competição cinco clubes compuseram os grupos: nas duas edições anteriores, os grupos foram integrados por quatro equipes. Também pela primeira vez os clubes do DF tentaram a classificação para a Segunda Fase em grupos diferentes: o Gama no A-5, juntamente com Anapolina, de Anápolis, e Itumbiara, ambos de Goiás, Tocantinópolis, de Tocantins, e o Tupi, de Juiz de Fora (MG). 

Fizeram companhia ao Bosque Formosa no grupo A-6 o São Mateus, do Espírito Santo, Audax, do Rio de Janeiro (ex-Sendas), Villa Nova, de Nova Lima (MG) e o Volta Redonda, do Rio de Janeiro.
Gama e Bosque Formosa não conseguiram classificação para a Segunda Fase. As campanhas das duas equipes foram tão parecidas que ambas chegaram na quarta colocação em seus grupos, com duas vitórias, três empates e três derrotas.

2012

A edição de 2012 do Campeonato Brasileiro da Série D foi a primeira em que a Confederação Brasileira de Futebol - CBF custearia as despesas de todos os clubes.



Devido ao imbróglio que impediu o seu início e à demora em sua resolução, muitos clubes desistiram de disputar a Série D em 2012. O campeão brasiliense desse ano, o Ceilândia, seria o único representante do Distrito Federal na competição. Um dos que desistiu de participar foi o Gurupi, de Tocantins. Nenhuma outra equipe desse Estado se interessou pela vaga, assim como nenhuma equipe de Goiás, Estado melhor posicionado no Ranking Nacional das Federações - RNF. O Luziânia, vice-campeão do DF, recusou o convite sendo este oferecido ao Sobradinho, ambos do Distrito Federal, segunda federação melhor posicionada no RNF.


Após quase um mês de guerra nos bastidores, a bola enfim rolou. O longo período de espera para o Ceilândia serviu como uma espécie de preparação para a competição, que apresentou novos reforços e disputou amistosos. Por outro lado, devido às circunstâncias, o Sobradinho usou a base do time que terminou em terceiro lugar no campeonato brasiliense e passou a ter pouco mais de uma semana para planejar a sua participação.
Os clubes do DF integraram o Grupo A-5, do qual faziam parte também o CRAC, de Catalão, e Aparecidense, de Aparecida de Goiânia, ambos do Estado de Goiás, e o CENE, de Campo Grande (MS). 
Como era de se esperar, as duas equipes realizaram campanhas bem diferentes. 

Na última rodada, já classificado à próxima fase da competição, o Ceilândia foi goleado pela eliminada Aparecidense (segunda derrota seguida) no estádio Abadião e deixou escapar o primeiro lugar do grupo para o CRAC. O clube goiano recebeu em seu campo o já eliminado Sobradinho, que encerrou sua participação na Série D sem conseguir ao menos uma vitória.
O adversário do Ceilândia na Segunda Fase foi a Friburguense, de Nova Friburgo (RJ).
No primeiro jogo, no dia 2 de setembro de 2015, no Estádio Abadião, as equipes não mexeram no marcador, resultado que não era tão ruim para o Ceilândia que poderia conseguir qualquer empate com gols no jogo de volta para ficar com a vaga nas quartas de final da competição.
No jogo de volta, no dia 9 de setembro, no Estádio Eduardo Guinle, em Nova Friburgo, o Ceilândia saiu na frente, manteve o 1 x 0 ao final do 1º tempo, mas sofreu a virada na etapa complementar, dando adeus à Série D de 2012.

Nenhum comentário:

Postar um comentário