sexta-feira, 24 de novembro de 2017

FICHA TÉCNICA: Edigar Junio


Edigar Junio Teixeira Lima nasceu no Gama (DF), em 6 de maio de 1991.
Começou a jogar futebol de forma mais organizada na Escolinha de Futebol do Setor Sul (campo do SENAI), no Gama, entre 8/9 anos. Ele é filho de Bibi, artilheiro do futebol amador do Gama nos anos 80/90, que iniciou no Palmeiras, do Gama, e foi destaque como campeão em vários clubes da cidade.
É um dos destaques do Campeonato Brasileiro da Série A de 2017, atuando pelo Bahia, e um dos responsáveis pela recuperação do tricolor baiano no Brasileiro. Faltando duas rodadas para terminar a competição, Edigar Junio é o artilheiro do Bahia no campeonato, com 12 gols (dez deles nos últimos nove jogos). Titular absoluto com o técnico Paulo César Carpegiani, o camisa 11 tem sido decisivo na arrancada rumo à permanência na Série A e a entrar no páreo por uma vaga na Taça Libertadores da América de 2018.

Escolinha do Setor Sul: Edigar Junio é a terceira criança 
agachada, da esquerda para a direita, com a mão na bola
Edigar Junio rodou por várias escolinhas em Brasília, entre elas a do ex-jogador Romualdo, ídolo do Gama, e a do Guaraense, do técnico Carlos Morales - que também lapidou atletas como o atacante Henrique Almeida e o zagueiro Lucão. Edigar Junio ainda passou pelas escolinhas do São Paulo e do Internacional em Brasília. Em 2004, fez dois testes no tricolor paulista, mas não foi aproveitado.
No segundo semestre daquele ano, foi avaliado no Barueri. Teve poucas oportunidades e acabou dispensado, saindo de lá chateado pois seu pai teve dificuldade para pagar as passagens e quando chegou lá nem o deixaram treinar direito.
Depois, saiu da escolinha do São Paulo e foi para a do Internacional. Enquanto treinava na escolinha do clube gaúcho, surgiu a oportunidade de fazer testes em equipes espanholas. Foi aprovado em dois clubes, o Centre d’Esportes L’Hospitalet e o Europa, mas não pôde ficar por não ter passaporte comunitário.

De volta ao Brasil, acabou aprovado no Fluminense, lá ficando por oito meses, mas foi dispensado após o comando da categoria de base mudar e fazer uma limpa.
Em 2007, Edigar Junio voltou a Brasília para treinar na Escolinha da CAESO - CAESB Esportiva e Social. Logo depois, passou a jogar na escolinha de Carlos Morales (falecido em 2012). Em um dos torneios disputados pelo time, se destacou e foi chamado por olheiros do PSTC, do Paraná. Sagrou-se campeão paranaense em cima do Coritiba, marcando dois gols na final.
O PSTC - Paraná Soccer Technical Center (Centro de Treinamento de Futebol do Paraná) é um clube reconhecido no cenário brasileiro de futebol por ser uma equipe que revelou vários jogadores de qualidade, entre eles Dagoberto, o goleiro Guilherme (que está na Rússia), Jádson (Corinthians) e Rafinha (Bayern Munich). Entre todos os jogadores revelados pelo PSTC destacam-se dois: Fernandinho (Manchester City) e Kleberson, que defenderam a seleção brasileira nas Copas do Mundo de 2014 e 2002, respectivamente.

Então, o Atlético Paranaense, que tem parceria com o PSTC, o levou para a categoria de juniores, chegando ao clube em agosto de 2008.
No período 2008/2011, Edgar Junio disputou 64 jogos e marcou 13 gols.
O primeiro jogo como profissional foi marcante: derrota por 3 x 1 para o Fluminense, no estádio Nilton Santos, em 30 de junho de 2011, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro da Série A. Edigar Junio substituiu Paulo Baier, ídolo do Atlético Paranaense. Aos 41 minutos do segundo tempo, marcou seu primeiro gol, numa cabeçada contra as redes de Diego Cavalieri. O Atlético Paranaense foi muito mal na competição e acabou rebaixado para a segunda divisão.
Em 2012, Edigar Junio amargou jejum nas seis vezes que entrou em campo na Série B do Campeonato Brasileiro. Em 10 de junho de 2013 foi emprestado ao Joinville, de Santa Catarina, por onde disputou a Série B do Campeonato Brasileiro, mas o clube ficou apenas em sexto lugar. Mesmo assim, o clube catarinense renovou o contrato de empréstimo dele para a temporada 2014. Com grande contribuição de Edgar Junio - artilheiro da equipe, com 12 gols, ao lado de Jael, o Joinville sagrou-se campeão da Série B nacional.

Uma de suas grandes atuações aconteceu na 31ª rodada do campeonato, no dia 21 de outubro de 2014, na Arena Joinville, quando anotou os três gols da vitória de 3 x 0 sobre o ABC. No último jogo, o Joinville atuou com Ivan, Edson Ratinho, Bruno Aguiar, Guti e Rogério; Naldo, Anselmo (Fabinho), Everton e Marcelo Costa (Wellington Saci); Fernando Viana (Furlan) e Edigar Junio. Técnico: Hemerson Maria.
A atuação de Edigar Junio chamou a atenção de outros times da Série A, mas o Atlético Paranaense reintegrou Edigar Junio ao seu elenco para o Campeonato Brasileiro da Série A de 2015, porém, ele não conseguiu repetir o bom desempenho: foram dois gols em 25 jogos.
Em 29 de julho de 2015, Edigar Junio foi emprestado novamente ao Joinville. Dessa vez o empréstimo era válido até o final do ano.
Em 2016 acertou com o Bahia para disputar a temporada. No tricolor baiano, Edigar Junio marcou cinco vezes em 19 jogos pela Série B de 2016.
No entanto, em 2017, ele virou protagonista no elenco. A temporada não começou bem. Em janeiro, uma lesão no pé direito num jogo contra o Wolfsburg, pela Florida Cup, o deixou no departamento médico até o fim de março.
Edigar Junio voltou a tempo de participar das últimas fases da Copa do Nordeste. Foi no segundo jogo da final da competição, em 24 de maio de 2017, que caiu de vez na graça da torcida. Ele fez o gol da vitória por 1 x 0 sobre o Sport Recife. O atacante marcou cortando o zagueiro Durval e encobrindo o goleiro Magrão na Fonte Nova lotada - o golaço acabou sendo comparado a um de Romário num clássico entre Barcelona e Real Madrid em 1994. O resultado assegurou o terceiro título do tricolor no torneio.

Depois, Edigar Junio passou quase três meses longe dos gramados se recuperando de uma lesão na perna. Voltou a jogar no dia 11 de setembro durante o empate em 1 x 1 com o Atlético Goianiense. Na ocasião, o Bahia era comandado por Preto Casagrande. Com o atual auxiliar, sentou no banco também contra Cruzeiro, Grêmio e Coritiba, até voltar a ser titular na estreia do técnico Paulo César Carpegiani. Não decepcionou e assinalou os dois gols do Bahia no empate em 2 x 2 com o Palmeiras, no dia 12 de outubro, após estar perdendo por 2 x 0.
Passou em branco contra Corinthians e Flamengo, mas garantiu o triunfo por 2 x 1 no clássico Ba-Vi, ao marcar o gol da vitória, e voltar a fazer gol no empate em 1 x 1 com o Fluminense, no Maracanã, no dia 29 de outubro.
Logo depois, num jogo de suma importância com a Ponte Preta, em 5 de novembro, marcou um dos gols da vitória de 2 x 0.
Três dias depois, os dois gols de Edigar Junio foram responsáveis pela virada para cima do Avaí, fora de casa.

No dia 12 de novembro, marcou os dois gols do empate em 2 x 2 com o Atlético Mineiro.
No dia 16 de novembro, Edigar Junio marcou um dos gols da vitória de 3 x 1 sobre o Santos.
Não marcou contra o Sport Recife e espera poder ajudar o Bahia nos dois últimos jogos (Chapecoense e São Paulo) a garantir uma vaga numa competição internacional em 2018 (Libertadores ou Sul-Americana).
Aos 26 anos, o atacante tem contrato com o Bahia até o final de 2018 e quer confirmar de uma vez a permanência na Série A para buscar vaga em um torneio internacional.
Edigar Junio é daqueles atacantes que faz gol de tudo que é jeito: recebendo lançamento, entrando em diagonal, de cabeça, recebendo cruzamento ou de oportunismo. Tudo fruto de muito treinamento. Não foram poucas as vezes que, ao final dos treinos, ele fazia trabalho em separado, sempre ficando um tempo treinando situações específicas de jogo, sempre muito dedicado e com muita concentração.
Confiram alguns gols de Edigar Junio:




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