O
Brasil Central Atlético Clube foi fundado, inicialmente, com a denominação de
Fundação da Casa Popular Futebol Clube, em 8 de dezembro de 1957 por, dentre
outros, Décio de Souza Reis, Hugo Mósca, José Pereira, José da Silva Sobrinho e
Otávio Lago.
A
Fundação da Casa Popular foi criada pelo Decreto-lei nº 9.218, de 1º de maio de
1946, para ser o primeiro órgão federal destinado a promover a habitação social
e que viria a ser, mais tarde, absorvido pelo Sistema Financeiro de Habitação
(SFH).
Em
9 de março de 1959 foi reorganizado com o nome de Brasil Central Atlético
Clube. Foi um dos fundadores da Federação Desportiva de Brasília.
Logo
depois de sua reorganização, em 20 de maio de 1959 realizou Assembléia Geral
para eleger sua primeira diretoria, que ficou assim composta: Presidente -
Paulo Dionísio Augusto (ex-Assiban); Vice-Presidente - Ubiraci Dutra Gusmão;
Secretário-Geral - Décio de Souza Reis; 1º Secretário - Carlos Canalerges da
Silva; 1º Tesoureiro - Cyro Torres e Diretor de Esportes: José da Silva
Sobrinho.
Poucos
dias depois, disputou o 1º Torneio Início de Futebol em Brasília, no dia 24 de
maio de 1959, no campo do Clube de Regatas Guará, denominado Estádio Provisório
“Israel Pinheiro”. O Clube de Regatas Guará foi o vencedor do Torneio.
Para
o primeiro campeonato de futebol de Brasília, em 1959, se inscreveram 19
equipes, que foram divididas em duas chaves: Zona Sul e Zona Norte. O Brasil
Central fez parte da Zona Sul, juntamente com Grêmio, Taguatinga, IPASE, EBE,
Expansão, A.A. Bancária (IAPB), Guará e Brasil (Coenge).
Eis
alguns resultados da campanha do Brasil Central no campeonato: 3 x 2 Expansão,
6 x 1 Brasília, 6 x 0 Coenge, 4 x 2 Taguatinga, 1 x 1 EBE, 2 x 3 Grêmio e 3 x 7
Guará.
Foi
o quarto colocado na fase classificatória da Zona Sul, atrás de Grêmio, Guará e
EBE.
Em
1960 o Brasil Central participou do Troféu Danton Jobim, em homenagem ao Diário
Carioca-Brasília e aos jornalistas brasileiros. Os doze clubes foram divididos
em três chaves. O Brasil Central integrou a Chave A, juntamente com Edilson
Mota, Planalto e Consispa.
Os
jogos foram realizados nos dias 3, 10 e 17 de julho de 1960. O Brasil Central
perdeu seus três jogos para o Edilson Mota (2 x 7), Consispa (3 x 4) e Planalto
(0 x 3).
No
mês de agosto de 1960, antes do início das competições oficiais, os clubes
filiados realizaram muitos amistosos. Intensa era a atividade dos clubes,
procurando acertar seus quadros visando as competições oficiais. Num desses
amistosos, no dia 7 de agosto, o Brasil Central empatou com o Real em 2 x 2.
No
dia 9 de agosto de 1960 aconteceu a Assembléia Geral da Federação Desportiva de
Brasília que aprovou os estatutos do Brasil Central Atlético Clube.
Em
4 de setembro de 1960 aconteceu o Torneio Início, que levou o nome de Taça
"Governador Roberto Silveira" e teve e a inscrição de 16 clubes. Os
jogos foram realizados no Estádio Israel Pinheiro, do Guará, em dois tempos de
dez minutos cada, sem intervalo. No caso de empate, haveria a decisão por
pênaltis, três para cada equipe, na primeira série. No quinto jogo do dia, o
Brasil Central perdeu para o Edilson Mota, por 1 x 0.
Em
virtude do elevado número de clubes inscritos (16), a Federação Desportiva de
Brasília resolveu fazer um torneio para determinar as oito equipes que
disputariam o campeonato da Primeira Divisão e as oito que comporiam a Segunda.
Os
16 clubes foram divididos em 4 grupos. Os clubes com campos em condições de
jogo foram cabeças-de-chave. O Brasil Central fez parte do Grupo B, com jogos
no campo do Grêmio, com Consispa, Expansão e Grêmio.
No
dia 18 de setembro, na primeira rodada do torneio classificatório, quando
aconteceria a sua estréia, seu adversário, o Expansão, não compareceu ao campo,
ficando a vitória a favor do Brasil Central, por WO.
Uma
semana depois, em 25 de setembro de 1960, o Brasil Central venceu o Consispa
por 2 x 1. Joaquim e Babá marcaram os gols da vitória.
Veio
a terceira e última rodada do torneio, no dia 9 de outubro de 1960, com derrota
diante do dono da casa, o Grêmio, por 2 x 0.
Brasil
Central, Grêmio e Consispa ficaram com o mesmo número de pontos ganhos (4) mas,
no critério de desempate “saldo de gols” o Brasil Central ficou em terceiro e
desclassificado para a Primeira Divisão.
Uma
nova esperança surgiu quando, em 13 de outubro de 1960, a A. E. Edilson Mota
(um dos classificados) encaminhou ofício a F.D.B. comunicando a sua extinção.
Para
preencher a vaga na Primeira Divisão, a FDB promoveu um torneio eliminatório
entre os clubes da Segunda, iniciado em 30 de outubro de 1960. Naquele dia, o
Brasil Central venceu o Industrial, por 3 x 2, com um detalhe: o gol da vitória
do Brasil Central foi marcado na prorrogação.
No
dia 6 de novembro de 1960 o torneio classificatório prosseguiu. O Brasil
Central não deu sorte e cruzou com o Defelê, sendo derrotado por 1 x 0 e
perdendo a chance de continuar na luta pela vaga na Primeira Divisão. Nota: o
Defelê acabaria vencendo o campeonato de 1960.
Passou,
então a disputar o campeonato da Segunda Divisão, que contou com a participação
de seis equipes: A. A. Guanabara, Brasil Central A. C., E. C. Industrial, E. C.
Real de Brasília, Sobradinho E. C. e o Trópicos A. C.
Foi
disputado em turno único e o Brasil Central ficou com a quinta e antepenúltima
colocação, com a seguinte campanha: 5 jogos, 1 vitória, 4 derrotas, 3 gols a
favor e 9 contra.
Aos
poucos foi perdendo a ajuda da Fundação da Casa Popular, licenciou-se nos anos
de 1961 e 1962, encerrando suas atividades em junho de 1963.
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