segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

STJD CONFIRMA BRASÍLIA COMO CAMPEÃO DA COPA VERDE 2014






No dia 21 de abril de 2014, no Estádio Mané Garrincha, o Brasília venceu o Paysandu, de Belém (PA), no tempo normal de jogo pelo placar de 2 x 1, mesmo resultado verificado na capital paraense, a favor do Paysandu, no dia 8 de abril de 2014. Com isso, foi necessária a decisão do torneio na cobrança de pênaltis, quando o Brasília venceu por 7 x 6 e sagrou-se campeão da primeira edição da Copa Verde.
Dois dias depois, o jornal paraense Diário On Line, publicou uma nota dizendo que o Paysandu iria denunciar o Brasília por escalação irregular de jogadores: o lateral-direito Fernando, o zagueiro Índio, o meia Gilmar e o atacante Igor.
Os quatro jogadores tinham contrato com o Brasília até 20 de abril de 2014, e, de acordo com o clube brasiliense, tiveram seus vínculos prorrogados por um mês entre os dias 15 e 17 de abril. O problema estava no registro das renovações: o Brasília afirmava que os nomes dos atletas jamais deixaram de aparecer no Boletim Diário Informativo (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e que as prorrogações foram anotadas no Documento Único de Registro e Transferência (DURT) de cada jogador. Já o Paysandu, que denunciou a irregularidade, afirmava que o Brasília não verificou que, nos 15 dias após a transmissão da renovação do contrato, poderiam ser necessários até 15 dias para ser publicado, prazo que poderia ser abreviado se o clube buscasse medidas como mandado de garantia ou medida cautelar obrigando a publicação.
A disputa judicial ficou ainda mais complicada por conta de um ofício assinado pelo diretor de Registro e Transferências da CBF, Luiz Gustavo Vieira de Castro. No documento, o dirigente atestava que os jogadores do Brasília “tiveram as respectivas prorrogações de seus contratos de trabalho regulamente registradas” e que, “em razão de reprogramação de nosso sistema de informática, tais prorrogações dos contratos de trabalho (…) somente foram publicadas no BID, com efeitos retroativos, em 18 de junho de 2014”, assumindo uma falha do departamento de registro da entidade máxima do futebol.
No dia 18 de junho de 2014, o procurador Alessandro Kioshino fez a denúncia, e no dia 28 de julho de 2014, por decisão unânime da Primeira Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da CBF, o Brasília foi excluído da Copa Verde, perdeu o título que conquistou e também a vaga para a Copa Sul-Americana de 2015, além de ter sido multado em R$ 100,00. Com a decisão, a taça e o direito de disputar a competição internacional passaram a ser do Paysandu.
No dia 1º de agosto, porém, o Brasília conseguiu um efeito suspensivo da decisão, retomando o título temporariamente. A resolução final do caso seria julgada pelo Tribunal Pleno do STJD, no dia 14 de agosto de 2014, mas foi adiada por conta do mau tempo que interditou o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, impedindo que alguns auditores e o presidente da corte, Caio César Rocha, chegassem a tempo de participar daquela sessão.
Depois, o julgamento ficou para o dia 11 de setembro de 2014, quando o presidente da Comissão, José Arruda Silveira Filho, devido à complexidade do caso, pediu mais tempo para os auditores revisarem o processo.
O julgamento foi remarcado para o dia 2 de outubro de 2014, porém adiado outra vez devido a um pedido do Paysandu, uma vez que o relator do processo não poderia estar presente.
No dia 7 de novembro de 2014, ficou definido que o julgamento final aconteceria no dia 13 de novembro de 2014, após mais de um mês de indefinição. Porém, mais uma vez o julgamento foi adiado, pois o Paysandu alegou que um de seus advogados não poderia comparecer. 
Assim, o pleito foi adiado para o dia 27 de novembro de 2014, quando finalmente o Pleno decidiu a favor do Brasília, confirmando o título da Copa Verde e a vaga na Copa Sul-Americana de 2015. 
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu voltar atrás da exclusão do Brasília do torneio por suposta irregularidade na escalação dos quatro atletas na final do torneio.
Os auditores, por maioria de votos (3 x 2 a favor do Brasília), entenderam que não houve má fé do clube brasiliense no uso dos quatro jogadores que não estavam inscritos e sim erro de registro por parte da CBF, negando a acusação do Paysandu de que quatro jogadores haviam atuado de maneira irregular na decisão da competição.
Com isso, o título da Copa Verde é do Brasília, que se tornará o primeiro clube do Distrito Federal a disputar uma competição internacional no ano que vem, a Copa Sul-Americana (prevista para ser realizada no período de 19 de agosto a 9 de dezembro de 2015).


Quem pode se beneficiar desta decisão do Pleno do STJD é o Brasiliense. O time de Taguatinga deve herdar a vaga da Copa do Brasil de 2015, atuando ao lado do Luziânia, campeão do Distrito Federal de 2014.

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