domingo, 31 de janeiro de 2016

QUEM É QUEM NO CAMPEONATO BRASILIENSE DE 2016


A 41ª Edição do Campeonato Brasiliense teve início no dia de ontem, 30 de janeiro. Serão 12 clubes em busca do título de campeão brasiliense, além das duas vagas para a Copa do Brasil e Copa Verde e a vaga para a série D de 2016 e excepcionalmente também 2017.

ATLÉTICO TAGUATINGA

O campeão da Segunda Divisão de 2015, o Clube Atlético Taguatinga é um dos estreantes na Primeira em 2016. A equipe perdeu boa parte da base que conquistou o acesso no ano passado. O elenco será comandado por Jairo Araújo. Como enfrentou dificuldades na montagem do elenco, deve lutar para não ser rebaixado.

BOSQUE FORMOSA

O Bosque Formosa reformulou todo o elenco de 2015 e contratou 20 jogadores para a disputa do campeonato de 2016, entre eles dois equatorianos (Bryan Mera e Fabry Caicedo, ambos do Colón, campeão da Série C do Equador em 2015) e o brasileiro naturalizado português Haygnner. Para comandar a equipe, Marquinhos Bahia, com passagens por vários clubes do DF.
Foi sexto colocado em 2015, com a seguinte campanha: 12 jogos, 4 vitórias, 4 empates e 4 derrotas (aproveitamento de 44,4%); 11 gols a favor e 14 contra.

BRASÍLIA

Vice-campeão nas três últimas edições do campeonato brasiliense, o Brasília procurou se reforçar para quebrar essa sequência. Contratou o volante Baiano, ex-Gama, e também trouxe jogadores da base do Flamengo, além de promover aos profissionais nove jogadores que disputaram recentemente a Copa São Paulo de Futebol Junior.
A equipe será comandada por Omar Feitosa, que foi à Alemanha para um período de reciclagem.
No vice-campeonato do ano passado sua campanha foi: 16 jogos, 8 vitórias, 5 empates e 3 derrotas; 21 gols a favor e 13 contra, com aproveitamento de 60,4%.
A diretoria do Brasília está empenhada em tentar conseguir realizar alguns dos seus jogos no estádio Mané Garrincha.

BRASILIENSE

A última vez que o Brasiliense conquistou o título de campeão do DF foi em 2013. Depois disso, o Brasiliense resolveu mudar de estratégia, ao trocar as contratações de nomes conhecidos por jogadores das categorias de base ou que despontaram no próprio futebol do DF. O responsável por comandar a equipe no campeonato brasiliense de 2016 será o técnico Everton Goiano.
O Brasiliense foi o terceiro colocado em 2015, após vencer seis jogos, empatar outros seis e perder apenas dois jogos. Marcou 17 gols e sofreu 12. Seu aproveitamento foi de 57,1%.

CEILÂNDIA

Apontado como um dos favoritos para a conquista do campeonato brasiliense de 2016, o Ceilândia resolveu apostar suas fichas em dois jogadores veteranos: o meia Allann Delon e o centro-avante Cassius, dupla que levou o clube aos títulos de campeão do DF em 2010 e 2012. Para comandá-los o mesmo treinador das duas conquistas e que estava no clube no ano passado: Adelson de Almeida.
Com um aproveitamento de 47,2% no ano passado, o Ceilândia foi quinto colocado no campeonato brasiliense, vencendo quatro jogos, empatando cinco e perdendo três. Marcou 16 gols e sofreu 11.

CRUZEIRO

Em seu segundo ano na elite do campeonato brasiliense, o Cruzeiro tem como principal objetivo melhorar a colocação obtida em 2015, quando foi 9º colocado, com apenas duas vitórias nos dez jogos que disputou, marcando apenas sete gols. Com esse baixo rendimento (30%) não passou para a Segunda Fase do campeonato.
Também foi outro que teve de reformular seu elenco (dos 35 jogadores utilizados em 2015, vinte não eram do Cruzeiro) e será formado por muitos jogadores jovens.
O técnico será José Lopes de Oliveira, o Risada, com larga experiência no futebol do DF, e que terá à disposição nomes conhecidos como Clein e Thiago Silva.

GAMA

A parceria com uma empresa suíça de material esportivo foi a maior responsável pela contratação do treinador italiano Amedeo Mangone, que terá como auxiliar técnico Reinaldo Gueldini.
Também foram contratados jogadores com passagens pelo exterior, porém perdeu para o Brasília o seu capitão Baiano.
Entra na competição como o maior favorito para a conquista do bicampeonato brasiliense. Sua campanha em 2015 foi a seguinte: 16 jogos, 10 vitórias, 2 empates e 4 derrotas; 18 gols a favor e 8 contra, aproveitamento de 66,7%.

LUZIÂNIA

O Luziânia quer repetir o feito alcançado em 2014, quando se tornou o primeiro clube fora do DF a conquistar o título de campeão brasiliense.
Para isto, conta com a longa permanência do técnico Ricardo Antônio à frente da equipe, que terá à sua disposição oito jogadores remanescentes daquela conquista. Junto a eles estarão dez reforços contratados pelo clube.
Fez uma campanha regular em 2015, chegando na quarta colocação, após a seguinte campanha: 14 jogos, 5 vitórias, 5 empates e quatro derrotas; 19 gols a favor e 14 contra, com aproveitamento de 47,6%.

PARACATU

Nove reforços chegaram para tentar melhorar o desempenho realizado pelo Paracatu em 2015, quando chegou na oitava colocação após doze jogos (com três vitórias, três empates e seis derrotas).
O Paracatu terá como treinador Gauchinho, que já passou pelo clube. 

PLANALTINA-GO

Em sua estreia na Primeira Divisão do DF, o vice-campeão da Segunda Divisão, o Planaltina-GO, resolveu trazer de volta ao futebol brasiliense o técnico Jorge Medina, retornando depois de dez anos parado.
Também aposta num jogador que já brilhou no campeonato brasiliense, o meia Iranildo.
Para compensar a debandada ocorrida, contratou mais de 17 jogadores que vieram do Rio de Janeiro e de Tocantins.

SANTA MARIA

O técnico Christian Ramos estará fazendo sua estreia na Primeira Divisão do campeonato brasiliense. 
Esteve no Planaltina-GO no ano passado, quando começou sua carreira de técnico, e ao se transferir para o Santa Maria levou consigo nada mais, nada menos, que 17 jogadores do Planaltina-GO.
No Santa Maria sobrou apenas um jogador da péssima campanha de 2015, quando ficou na décima e penúltima colocação (10 jogos, 1 vitória, 3 empates e 6 derrotas; 10 gols a favor e 16 contra, com aproveitamento de 20%).

SOBRADINHO

Dos vinte jogadores que representaram o Sobradinho na Copa São Paulo de Futebol Junior, quinze se profissionalizaram para disputar o campeonato brasiliense de 2016.
Serão comandados por Élio Junior, o Juninho, que será efetivado no time de profissionais após quatro anos de trabalho nas categorias de base do Sobradinho.
Se juntarão aos garotos os experientes Welder (goleiro) e o atacante Edicarlos, artilheiro do campeonato brasiliense da Segunda Divisão de 2015 atuando pelo C. A. Taguatinga.
Essa será a aposta da diretoria do Sobradinho para melhorar o seu desempenho em 2015, quando o clube chegou na sétima colocação, após campanha com 41,6% de aproveitamento (12 jogos, 3 vitórias, 6 empates e 3 derrotas; 12 gols a favor e 10 contra).


quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

NOVA SEÇÃO: DUELO






Estamos lançando uma nova seção no blog, o DUELO!
Nela, procuraremos disponibilizar os confrontos diretos entre os clubes que disputarão o próximo Campeonato Brasiliense, a partir de 30 de janeiro de 2016.
Dias antes de cada rodada, serão escolhidos alguns jogos, geralmente envolvendo os de maior tradição, de mais história para contar.
Estaremos efetuando levantamento estatístico para demonstrar como está o confronto direto entre esses clubes. Quantos jogos já ocorreram, quem leva vantagem, quantos gols cada clube marcou, as maiores goleadas, os principais artilheiros, registros e fatos curiosos.
A primeira rodada do Campeonato Brasiliense de 2016 será disputada no próximo final de semana (sábado, 30, e domingo, 31 de janeiro) e prevê a realização de seis jogos: Sobradinho x Bosque Formosa, Brasília x C. A. Taguatinga, Ceilândia x Cruzeiro, Gama x Planaltina-GO, Luziânia x Paracatu e Brasiliense x Santa Maria.
Desses jogos, Brasília e C. A. Taguatinga nunca se enfrentaram, da mesma forma, Gama e Planaltina-GO. Assim sendo, estaremos informando como estão os confrontos diretos nos demais jogos: Sobradinho x Bosque Formosa, Ceilândia x Cruzeiro, Luziânia x Paracatu e Brasiliense x Santa Maria.

OS DUELOS DA PRIMEIRA RODADA

SOBRADINHO x BOSQUE FORMOSA

Nessa primeira rodada o jogo de maior histórico é Sobradinho x Bosque Formosa.
A primeira vez que se enfrentaram foi em 26 de março de 2000, no estádio Augustinho Lima, quando o Sobradinho venceu por 2 x 0, gols de Gelo e Maycon. Nesse mesmo campeonato, em 28 de maio de 2000, em jogo válido pelo 2º turno, voltaram a se enfrentar, desta vez no Diogão, em Formosa, acontecendo empate em 0 x 0.
Com as subidas e descidas que ambos passaram a enfrentar depois de 2000, só voltaram a se defrontar no ano de 2012. No único jogo entre eles, no Augustinho Lima, no dia 25 de fevereiro de 2012, aconteceu a maior goleada desse confronto: 5 x 1 a favor do Sobradinho.
Por questões de rebaixamento, não se enfrentaram em 2013.
Nos últimos dois anos, 2014 e 2015, voltaram a medir forças.
Em 2014, apenas um jogo: em 26 de fevereiro, no Augustinho Lima, Sobradinho 2 x 1 Bosque Formosa.
Finalmente, no dia 25 de janeiro de 2015, o Bosque Formosa conseguiu vencer o Sobradinho. Com os portões fechados do Augustinho Lima (fato que vem ocorrendo com frequência nos últimos anos), o Bosque Formosa venceu o Sobradinho por 1 x 0, gol de Fred Neves.

RESUMO DO CONFRONTO SOBRADINHO x BOSQUE FORMOSA

Total de jogos = 5
Vitórias do Sobradinho = 3
Vitórias do Bosque Formosa = 1
Empate = 1
Gols a Favor do Sobradinho = 9
Gols a Favor do Bosque Formosa = 3

BRASILIENSE x SANTA MARIA

Brasiliense e Santa Maria já se enfrentaram quatro vezes. Em todas elas aconteceram vitórias do Brasiliense, ou seja, o Santa Maria nunca derrotou o Brasiliense.
A primeira vez foi em 22 de janeiro de 2005, no estádio Mané Garrincha, com vitória do Brasiliense por 3 x 0, com dois gols de Igor e um de Giovani. Nesse mesmo ano, mais precisamente no dia 23 de fevereiro de 2005, foi registrado o maior placar entre ambos: Brasiliense 4 x 0 Santa Maria. Igor voltou a marcar dois gols.
Depois disso, só voltaram a se encontrar nos anos de 2014 e 2015, um jogo em cada ano. Em 2014, vitória do Brasiliense por 2 x 1, e em 2015, Brasiliense 1 x 0 Santa Maria.

Total de jogos = 4
Vitórias do Brasiliense = 4
Vitórias do Santa Maria = 0
Empate = 0
Gols a Favor do Brasiliense = 10
Gols a Favor do Santa Maria = 1

LUZIÂNIA x PARACATU

Luziânia e Paracatu já se enfrentaram duas vezes nos anos de 2014 e 2015, com uma vitória para cada lado: em 2014, quando o Unaí passou a ser chamado de Paracatu, o Luziânia venceu por 2 x 1. No ano seguinte, o Paracatu deu o troco, ganhando por 3 x 1.

Total de jogos = 2
Vitórias do Luziânia = 1
Vitórias do Paracatu = 1
Empate = 0
Gols a Favor do Luziânia = 3
Gols a Favor do Paracatu = 4

CEILÂNDIA x CRUZEIRO

Esse confronto só aconteceu uma vez, no campeonato brasiliense do ano passado. No dia 14 de março de 2015, com os portões do estádio Abadião fechados, Ceilândia e Cruzeiro empataram em 1 x 1. Badhuga marcou para o Ceilândia e Gabriel empatou para o Cruzeiro.



Até os próximos duelos!

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

TÚNEL DO TEMPO: HÁ TRINTA ANOS NO FUTEBOL BRASILIENSE


O TORNEIO INÍCIO

O Torneio Início foi disputado no dia 26 de janeiro de 1986, no Estádio “Mané Garrincha”, em Brasília.
Essa foi a ordem dos jogos:
1º - Planaltina 1 x 0 Ceilândia, gol de Tico
2º - Brasília 0 x 0 Sobradinho (nos pênaltis: Brasília 5 x 4)
3º - Taguatinga 1 x 0 Tiradentes, gol de Ahlá (contra)
4º - Gama 1 x 0 Guará, gol de Rogério
5º - Brasília 0 x 0 Planaltina (nos pênaltis: Brasília 5 x 4)
6º - Taguatinga 1 x 0 Gama, gol de Joãozinho.
Na decisão do torneio, Taguatinga e Brasília não saíram do 0 x 0, obrigando-os a definirem quem seria o campeão através das cobranças de penalidades máximas, quando o Taguatinga foi mais feliz e venceu por 5 x 4.
Sob a arbitragem de Luiz Vilhena, as duas equipes formaram assim:
Taguatinga: Ronaldo, Junior, Bilzão, Zinha e Adilson; Boni, Som e Marquinhos; Aguinaldo (Neomar), Joãozinho e Marcelo.
Brasília: Nena, Ricardo (Bolão), Iranil, Sérgio Carvalho e Valdo; Manoel Ferreira, Marco Antônio e Josemar; Kleber, Arildo e Nei.




segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

BATE BOLA COM HERMES CARNEIRO






Para começar, diga seu nome completo e apelido, caso tenha um, local e data de seu nascimento.
Meu nome é Hermes Carneiro e o apelido Bodão. Nasci em Luziânia (GO), no dia 22 de outubro de 1948.

Quando você começou a jogar futebol?
Comecei no Vasquinho, treinado pelo seu fundador José Lopes de Oliveira, o Zé Preto, de quem guardo boas lembranças. Ele era um entusiasta do futebol. Se não ensinou muito do futebol, como pessoa ensinou-me o respeito aos mais velhos, a necessidade de estudar, a honestidade, a responsabilidade e muitas outras coisas boas. Quando casou e teve o segundo filho (Neury), aí me convidou para batizar o garoto, o que foi uma honra para mim.

Como veio parar na Capital Federal? 
Brasília sempre ofereceu melhores condições que Luziânia, para os jovens em todos os aspectos. Vim para estudar e trabalhar. Fui jogar no Colombo, de “seu” Adolfo, no Núcleo Bandeirante, estudar no CEUB e trabalhar no Itamarati, na função de vigilante. Após ser campeão pelo Colombo, o CEUB me ofereceu emprego, bolsa na faculdade de Matemática e dormitório nas instalações do prédio B. Aí fiquei perto de tudo, sem haver necessidade de deslocamento, pois até as refeições aconteciam nas proximidades.

Conte com detalhes sua trajetória no futebol, citando os clubes e os anos em que jogou.
Como disse antes, comecei no Vasquinho e fiquei até os 13 anos. Os mais habilidosos do Vasquinho já eram reservas dos “aspirantes” do Luziânia. Aconteciam poucos jogos no ano, nem campeonato havia. Já com 14 anos, comecei a jogar no time titular, pois já contava com boa altura e resistência física. Fui estudar em Goiânia, onde joguei no juvenil do Goiânia, em 1965, conquistando o vice-campeonato goiano de juvenis. No mesmo ano, fui convocado para a seleção goiana de juvenis, tendo participado da inauguração do estádio Zico Brandão, em Inhumas. Passei pelos aspirantes do Vila Nova e depois fui para o juvenil do Vasco da Gama, do Rio de Janeiro, tudo isso em 1966. No mesmo ano retornei para Luziânia, onde fui vice-campeão de profissionais. Em dezembro de 1966 fui convocado para a Seleção Brasiliense de Juvenis que participou do Campeonato Brasileiro dessa categoria, em 1967. Em fevereiro de 1968, fui negociado com o Defelê e no mês de abril do mesmo ano fui trocado pelo jogador Roberto, do Rabello. Voltei para o Luziânia em 1969. Em 1970 fui para o Colombo (DF), tendo sido campeão brasiliense de forma invicta em 1971. Depois fui para o CEUB. 
Fui convocado pelo técnico Gualter Portela para defender a Seleção Brasiliense Universitária nos XXll Jogos Universitários em Porto Alegre, tendo sido artilheiro dos jogos com 4 gols, ao lado de Ivo, ex-jogador do Grêmio e do América. 
Em 1972, fui contratado pelo Ceub, tendo disputado o campeonato brasileiro de 1973, ano em que retornei para Luziânia, clube no qual disputei os campeonatos amadores do Distrito Federal de 1973 e 1974.

Quais os títulos que conquistou no futebol, tanto em Brasília quanto fora dela?
Vice-campeão goiano Juvenil, pelo Goiânia (1965); vice-campeão brasiliense pelo Luziânia (1966) e campeão brasiliense invicto pelo Colombo (1971). Além disso, fui artilheiro da Seleção Universitária Brasiliense (1971) e da seleção juvenil de Brasília (1967).

Onde e quando encerrou a carreira de jogador?
Quando faltava um semestre para me formar, o CEUB ia disputar o Campeonato Brasileiro. Achei melhor terminar os estudos. Formei-me em 1973 e fui lecionar no Colégio Antônio Valdir Roriz, tendo sido o primeiro professor formado em Matemática a lecionar em Luziânia. Depois, só as peladas com os amigos. Até hoje, com 67 anos, ainda participo da Gincana do CSL, com os estudantes. Fico parado, só esperando a bola, porém sempre ganho a medalha de artilheiro. Atualmente sou empresário e proprietário do Colégio Santa Luzia.

Depois que encerrou a carreira de jogador, exerceu alguma atividade relacionada ao futebol, tais como treinador, dirigente de clube, árbitro de futebol, massagista, preparador físico etc.?
Ajudei a fundar a Associação Atlética Luziânia, tendo sido até seu Presidente. Aconteceu na sala nº 5 do Colégio Santa Luzia, de minha propriedade. No Campinense, do futebol amador de Luziânia, fui treinador.

Qual sua opinião sobre o futebol de Brasília, sabidamente um futebol que não é valorizado pela imprensa brasileira?
O futebol em Brasília não empolga muito. Os clubes das cidades do Entorno são mais motivados pela população. O Plano Piloto não criará uma grande equipe, por falta de área para os campos de pelada e porque os jovens dali querem é estudar, conquistar um emprego público, como são seus pais e garantirem o futuro e não arriscando em esportes.
Os times mais competitivos sairão das cidades satélites e daquelas do Entorno, pois o torcedor é bairrista e quer torcer por aqueles times onde moram: Gama, Taguatinga, Guará, Sobradinho, Luziânia, Formosa etc. O que a imprensa vai noticiar? Pra quem? Já trouxe o Weber Magalhães aqui em Luziânia para criarmos uma “escolinha de futebol”. Em função de seu relacionamento até como vice da CBF, se conseguir recursos financeiros, acredito que, em até 5 anos formaremos grandes atletas (M e F) por aqui. Estou aguardando uma oportunidade nesse sentido.

O que o futebol de Brasília precisa fazer para se tornar um dos melhores do Brasil?
Mais clubes participando. Formar campeonatos para as categorias de base.

Você acredita que a reinauguração do Mané Garrincha trará evolução ao futebol brasiliense?
Só ele não. Faltam atletas, público e espetáculos para completá-lo. Ele foi construído na cidade errada. Foi vaidade política.

Você acredita no crescimento do time do Luziânia?
Enquanto estiverem formando times só para uma temporada de três meses, não vai crescer.

Você considera que os grandes jogadores do futebol de Brasília tem categoria suficiente para atuar em qualquer clube do Brasil?
Mesmo nivelando por baixo, poucos daqui se destacam. Falta troca, intercâmbio entre os atletas. Vão aparecer aos poucos quando houver mais jogos contra equipes maiores.

Se você fosse formar a seleção brasiliense de todos os tempos, quais seriam os onze jogadores que formariam a equipe titular e os onze que seriam reservas imediatos?
Em função de habilidades, marcações, sistemas táticos e outros, formar uma seleção de todos os tempos serei injusto para com alguns. Mesmo dentro de uma década, não seria feliz na escolha. Prefiro não citar nomes.

Quais foram os três melhores treinadores do futebol de Brasília com quem você pôde trabalhar?
Cláudio Garcia, Carlos Morales e Toninho Baiano.

E os três melhores dirigentes?
Adolfo Rizza, Adilson Peres e Hugo Mósca.

Dá para se falar que existem grandes rivalidades no futebol de Brasília?
Está começando agora. Só irá crescer a partir da continuidade das equipes. Alguns clubes dos anos 60, 70 e 80 já não existem mais. Daí perde a rivalidade. Luziânia enfrentando Rabello, Defelê, Colombo ou Guará era clássico. Aqui sempre era casa cheia.

Você tem aquele jogo que considera inesquecível?
CEUB 3 x 1 Estudiantes, da Argentina, que tinha sido campeão mundial, no dia 30 de julho de 1972, no Pelezão, com um gol meu.

Esqueça um pouco a modéstia e fale de suas características dentro de campo. 
Sempre predominou a vontade de ganhar. Cada partida era uma guerra. Nunca gostei de perder. Lutava, brigava, era expulso, tudo para dar a vitória ao meu time.

Quem era o seu ídolo no futebol? Teve oportunidade de estar em um campo de futebol ao lado dele?
Belini, zagueiro do Vasco da Gama. Não tive oportunidade de estar ao lado dele. Dos jogadores com quem joguei, meu ídolo foi o Toco, joguei e aprendi muito com ele. Outro jogador de destaque foi Fabiano, igualzinho ao Beckenbauer, da seleção alemã.


ACERVO ICONOGRÁFICO















sábado, 23 de janeiro de 2016

HÁ 50 ANOS NO FUTEBOL BRASILIENSE: Rabello 3 x 1 Seleção de Taguatinga


Com renda a ser revertida em benefício das vítimas das enchentes dos Estados do Rio de Janeiro, Guanabara e Minas Gerais, o Rabello e a Seleção de Taguatinga realizaram um amistoso no dia 23 de janeiro de 1966, no Estádio Paulo Linhares, de propriedade do Rabello.
O jogo terminou com a vitória do Rabello pelo placar de 3 x 2. Os gols do Rabello foram marcados por Didi (2) e Ceninho, enquanto Carlito e Zé Antônio assinalaram os tentos da Seleção de Taguatinga.
Formaram as equipes com essas constituições: 
Rabello – João (Zé Maria II), Ulisses (Leocádio), Lima, Jairo (Vanderlei) e Wilson; Moacir e Pedrinho (Beto Pretti); Agostinho, Didi (Zezé), Ceninho (Zé Maria I) e Raimundinho. 
Seleção de Taguatinga – Barbosinha (Cleber), Macedo, Zé Carlos, Gaúcho Branco (Cerly) e Darlan; Natalício e Jaime (Arthur); Zé Antônio, Altair (Elias), Gaúcho Preto e Carlito (Toninho).
A arbitragem esteve a cargo de Rubem Pacheco e a renda ultrapassou os 220 mil cruzeiros.
Antes do encontro, a Federação Desportiva de Brasília entregou ao desportista Paulo Linhares o diploma de “Benemérito do Esporte Brasiliense”, pelos serviços prestados ao desporto da Capital Federal.



sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

A HISTÓRIA DO FUTEBOL NAS CIDADES SATÉLITES: Taguatinga - 1983


O Campeonato de Futebol Amador de Taguatinga teve início no dia 20 de março e contou com a participação de 13 equipes: AIRES-Associação de Integração Recreativa Esportiva e Social, América, Guarani, Ideal, Internacional, Juventus, L Norte, M Norte, Musa, São José, União, 21 de Abril e Viracopos.
Guarani, Juventus, Musa e União se classificaram para o quadrangular final do 1º turno, vencido pelo Juventus, com essa formação: Charuto, Lanco, Léo, Gilson e Uniladson; Ciro, Beri e Delei; Cotonete, Maranhão e Pedrão.
O Musa foi o vencedor do 2º turno.
Além desses dois, o Guarani também se classificou para o triangular final, por ter obtido o maior número de pontos durante a competição.
A competição foi promovida pela União dos Esportes de Taguatinga - UET.
O primeiro jogo aconteceu no dia 6 de novembro de 1983, no campo do Guarani, que ficava atrás da garagem da Viação Alvorada, na QNH 11, Taguatinga Norte. O Guarani venceu por 1 x 0.
No segundo jogo, realizado em 13 de novembro de 1983, Musa e Guarani empataram em 0 x 0.
O terceiro jogo do triangular final ocorreu em 20 de novembro de 1983, com vitória do Musa sobre o Juventus, por 2 x 1.
Com a vitória do Musa, fez-se obrigatória a decisão do campeonato em uma partida extra entre Guarani e Musa. Essas duas equipes já haviam jogado entre si quatro vezes nesse campeonato, empatando todas elas.
A partida extra aconteceu uma semana depois, em 27 de novembro de 1983, no campo do Guarani. O jogo não chegou sequer ao final do 1º tempo, quando o Musa vencia por 1 x 0. Aos 30 minutos o árbitro marcou um pênalti a favor do Guarani e o tempo fechou. Dirigentes do Musa invadiram o campo e começaram a pressionar o árbitro. Alguns jogadores do Musa passaram a isolar a bola, impossibilitando a continuação da partida. O árbitro resolveu pegar a súmula do jogo e deixar o campo. A UET resolveu anular a partida e marcar uma nova para o dia 18 de dezembro de 1983.
O jogo decisivo foi disputado com alguns lances mais violentos das duas partes, apesar da excelente atuação do árbitro, que punia logo com advertência a qualquer falta mais dura. Numa entrada desleal, ele não teve dúvidas em expulsar Jair, do Musa.
O jogo somente foi decidido a favor do Musa aos 31 minutos do 2º tempo, com um chute desferido por Chiquinho, com a bola sendo desviada no zagueiro Zecão. Placar final: Musa 1 x 0 Guarani.
O Musa formou com Índio, Zeca, Gaieta, João Lúcio e Pio; Jair, Piau e Leônidas; Cao, França e Juraci. O Guarani jogou com Romildo, Marcos, Elson, Geraldão e Padeiro; Vaca, Zecão e Bira; Bidoca, Luís e Gilberto.
Mesmo com a euforia da conquista do campeonato, o time do Musa tinha motivos para se sentir apreensivo, pois não tinham certeza se a equipe participaria do campeonato de 1984, por falta de apoio da Construtora Musa.

Nota:
O Guarani era o time mais antigo de Taguatinga, fundado em 1º de maio de 1969. Era formado por vários ex-jogadores do futebol do DF, tais como Bira, ex-Brasília, Zecão, ex-Taguatinga, Geraldão, ex-Tiradentes, e Messias, ex-Tiradentes e Ceilândia.

SELEÇÃO DOS MELHORES DO CAMPEONATO

A União dos Esportes de Taguatinga - UET, através de seu Diretor de Relações Públicas, Vicente de Paula Filho, divulgou a seleção do campeonato de 1983, que ficou assim formada: Dagoberto (América), Marcos (Guarani), Gaieta (Musa), Geraldão (Guarani) e Pio (Musa); Vaca (Guarani), Delei (Juventus) e Bira (Guarani); Cotonete (Juventus), França (Musa) e Pedrão (Juventus).


quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

TÚNEL DO TEMPO: HÁ 40 ANOS NO FUTEBOL BRASILIENSE



A "MÁQUINA" EM BRASÍLIA

Desfalcado de Paulo César Caju, com contratura muscular na coxa esquerda, o Fluminense chegou à Brasília para o seu segundo jogo da temporada, no dia 21 de janeiro de 1976.
Seu adversário, o Ceub, enfrentava sérios problemas financeiros (havia perdido três jogadores para o Goiânia: Emerson, Péricles e Marco Antônio) e estava sem técnico: Cláudio Garcia, no momento treinando o Brasília, orientou a equipe nesse jogo.
No começo do jogo tinha-se a impressão de que o Ceub iria dificultar as coisas para o Fluminense, pois o time entrou com muita disposição, lutando por cada palmo do terreno e limitou bastante o raio de ação que poderia ser explorado pelos cariocas. Pura impressão, pois aos poucos o Fluminense foi se mostrando uma equipe mais coesa.
Logo aos quatro minutos, o Fluminense teve boa oportunidade, com Dirceu completando passe de Gil: a bola passou rente ao travessão.
Aos 8 minutos, outra chance do Fluminense marcar: Gil recebeu um passe de Rodrigues Neto, passou por Adalberto, que ainda tentou lhe derrubar, e sem olhar para o miolo da área, preferiu o chute direto ao gol, com a bola batendo no poste inferior esquerdo da meta de Wandeir, indo para fora de campo.
Mesmo com o Fluminense mais organizado e com mais facilidade de chegar ao gol, foi o Ceub que abriu a contagem, com um gol de Junior, aos 10 minutos. Ele recebeu uma bola pela ponta direita, ninguém lhe deu combate, ele progrediu e chutou para o gol da intermediária, com Renato falhando na defesa.
O Ceub não conseguia se encontrar em campo. Moreirinha jogava mais pela esquerda e pouco caía pelo meio; Afonso mostrava-se muito pesado e com pouca mobilidade; Paghetti nem foi ponteiro nem ajudou o meio campo. Com isso, Cléber tomou conta do setor e o gol de empate do Fluminense foi apenas questão de tempo.
Este veio aos 32 minutos, com um cruzamento fechado de Marco Antônio, que subiu no apoio. Nenê ficou parado olhando Doval entrar e o atacante não teve trabalho para marcar seu primeiro gol no Fluminense e o gol de empate.
Até o final do primeiro tempo o Fluminense preferiu se resguardar para liquidar o Ceub na etapa seguinte, confiando, principalmente, na atuação do ponteiro Gil, que dava um trabalho incrível a Adalberto e Paulo Roberto.
O segundo tempo foi inteiramente do Fluminense. Inicialmente, os jogadores do Fluminense trocaram as travas das chuteiras - estavam escorregando muito no 1º tempo, com travas de borracha, por causa do gramado molhado - e o time melhorou de produção.
Didi liberou mais Marco Antônio e com isso Dirceu passou a cair pelo meio de campo. Percebendo a situação, Cláudio Garcia colocou Xisté no lugar de Paghetti e o atacante pelo menos conseguiu prender Rodrigues Neto na defesa e Alencar ficou incumbido de vigiar as manobras de Dirceu.
Mesmo com o esforço tático do Ceub, o Fluminense continuou melhor e a única jogada de perigo feita pelo Ceub foi uma cabeçada de Junior, que Rodrigues Neto salvou em cima da linha e Renato pegou na recarga.
O gol de desempate dos cariocas veio aos 23 minutos, com Rivelino cobrando uma falta sofrida por Dirceu. Na hora do chute, Carlos Alberto Torres e Marco Antônio fizeram corta-luz e a bola ainda tocou na barreira, deslocando o goleiro do Ceub.
Doval encerrou a contagem aos 41, depois de um trabalho de Gil, que driblou Paulo Roberto e cruzou rasteiro. Wandeir não conseguiu interceptar e Doval entrou livre para marcar o terceiro gol do Fluminense.
A arrecadação total não foi fornecida, pois ainda faltava computar o montante dos postos de venda fora do estádio, contudo os alto falantes anunciaram a segunda parcial, que foi de 170 mil cruzeiros.
Ficha técnica do jogo:
CEUB 1 x 3 FLUMINENSE (RJ)
Local: Estádio Presidente Médici, Brasília (DF)
Árbitro: Edson Rezende de Oliveira
Gols: Junior, 10; Doval, 32; Rivelino, 68 e Doval, 86
CEUB: Wandeir, Fernandinho, Paulo Roberto, Nenê e Adalberto; Alencar, Renê e Moreirinha; Junior, Paghetti (Xisté) e Afonso (Zé Maria). Técnico: Cláudio Garcia.
FLUMINENSE: Renato, Rodrigues Neto, Carlos Alberto Torres, Luiz Fernando e Marco Antônio; Carlos Alberto Pintinho, Cléber e Rivelino; Gil, Doval e Dirceu. Técnico: Didi.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

OS GOLEIROS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Bocaiúva


Irineulir Antônio Fróes, o Bocaiúva, ganhou esse apelido em alusão à cidade onde nasceu, no interior de Minas Gerais, no dia 5 de setembro de 1954.
Iniciou a carreira num time amador de sua cidade, o Juventus Futebol Clube. Ainda com 15 anos, jogava na equipe principal desse time. Com 16 anos foi levado para um período de testes nas categorias de base do Cruzeiro Esporte Clube, de Belo Horizonte (MG).
Aprovado, foi promovido ao profissional do Cruzeiro em 1975, permanecendo na reserva dos goleiros Raul e Hélio, primeiramente, e depois, Vítor. A primeira vez que disputou uma partida na equipe principal foi no dia 22 de setembro de 1975, quando substituiu Hélio no amistoso em Sobral-CE, quando o Cruzeiro goleou o Guarany local por 6 x 2.
Dois dias depois, em 24 de setembro de 1975, fez sua estreia oficial em um jogo válido pelo Campeonato Brasileiro. Naquele dia, o Cruzeiro venceu o Moto Club, em São Luís-MA, por 4 x 0.
Em 1976 fez parte do elenco do Cruzeiro, campeão da Taça Libertadores da América.
No ano seguinte, saiu pela primeira vez do Cruzeiro, sendo emprestado ao hoje extinto ESAB Esporte Clube, de Contagem, para a disputa do Campeonato Mineiro de 1977, revezando a titularidade com Itamar.
No primeiro semestre de 1978, Bocaiúva disputou o Campeonato Brasileiro pelo Operário, de Campo Grande (MS). Sua primeira participação aconteceu no dia 2 de abril de 1978, em Anápolis, quando o Operário empatou em 1 x 1 com a Anapolina. Não conseguiu se tornar titular da equipe, pois essa posição pertencia a um dos maiores goleiros de todos os tempos, Manga.
No segundo semestre de 1978, Bocaiúva foi jogar no futebol carioca. Foi quando o São Cristóvão, do Rio de Janeiro, fez um convênio com o Cruzeiro, de Belo Horizonte (MG), transformando o clube carioca numa espécie de sucursal do clube mineiro. Doze jogadores foram emprestados pelo Cruzeiro ao São Cristóvão, dentre eles Bocaiúva.
Sua estreia se deu no dia 10 de setembro de 1978, no empate de 3 x 3 com o Bonsucesso.
Uma semana depois (17.09.1978) teve boa atuação na vitória de 1 x 0 sobre o Bangu.
Bocaiúva foi o maior responsável pelo empate de 1 x 1 do São Cristóvão com o Botafogo, no dia 20 de setembro, no Maracanã.
Dez dias depois desse jogo, mais precisamente em 30 de setembro, levou o São Cristóvão a uma vitória de 2 x 0 sobre o Fluminense. No returno, o São Cristóvão fez péssima campanha. O último jogo de Bocaiúva com a camisa do São Cristóvão foi em 25 de novembro de 1978, na vitória de 1 x 0 sobre o Madureira.
Bocaiúva voltou ao Cruzeiro após a saída de Raul. No dia 7 de julho de 1980, seguiu com a delegação do Cruzeiro para uma excursão de 50 dias por países da América do Sul e América do Norte. Substituiu Luís Antônio em duas ocasiões: em 10 de agosto, na vitória de 2 x 1 sobre a Seleção da Guatemala, e em 14 de agosto, no empate de 0 x 0 diante do Monterey, do México.
Em abril de 1981, o técnico Procópio Cardoso apresentou uma lista de jogadores que poderiam ser emprestados, dentre eles estava Bocaiúva, que foi defender as cores do Uberlândia.
O ano de 1982 foi o último de Bocaiúva no Cruzeiro, que se sagrou campeão da Taça Minas Gerais.
A trajetória de Bocaiúva pelo futebol brasiliense teve início em 1983, quando foi contratado pelo Clube de Regatas Guará, ganhando a posição do veterano Jonas. Estreou no dia 25 de maio de 1983, no CAVE, com vitória sobre o Gama por 2 x 0. Suas boas atuações ajudaram o clube a se tornar vice-campeão brasiliense em 1983. Bocaiúva foi o goleiro menos vazado do campeonato, sofrendo 28 gols nos 46 jogos que disputou, média de 0,61 gols por jogo.
Além disso, foi convocado em duas oportunidades para defender o arco da Seleção do Distrito Federal. Na primeira, quando a Seleção do DF enfrentou a Seleção de Santa Catarina, no “Jogo da Solidariedade”, no dia 4 de agosto de 1983, no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC), ficou no banco. Por outro lado, no dia 15 de dezembro de 1983, foi o titular do gol da seleção do DF que enfrentou a Seleção Brasileira de Novos no Mané Garrincha, perdendo por 2 x 1.
Na temporada seguinte, chegou a quebrar a perna, recuperando-se a tempo de permanecer como titular do gol do Guará, quando disputou 16 jogos.
De 1985 a 1987, Bocaiúva defendeu o gol do Sobradinho Esporte Clube, sagrando-se bicampeão brasiliense em 1985 e 1986. Fez sua estreia no dia 7 de julho de 1985, no Estádio Adonir Guimarães, em Planaltina, na supergoleada que o Sobradinho aplicou no Planaltina: 10 x 0.
Novamente foi o goleiro menos vazado do campeonato desse ano, sofrendo 13 gols em 24 jogos, média de 0,54 gols por jogo, levando o Sobradinho ao seu primeiro título de campeão do Distrito Federal.
O bicampeonato do Sobradinho foi também o segundo ano consecutivo em que Bocaiúva foi o goleiro menos vazado do campeonato: 13 gols em 20 jogos, média de 0,65 gols/jogo. Bocaiúva não atuou na primeira rodada da competição (quando foi substituído por Atayde) e depois teve uma sequência de 20 jogos como titular.
Disputou o Campeonato Brasileiro de 1986, revezando a titularidade do gol do Sobradinho com Déo. Suas defesas contra o Clube do Remo, no dia 14 de setembro de 1986 o levaram a ser escolhido como “Goleiro do Fantástico”, da TV Globo.
Em 1987, seu último ano no Sobradinho, disputou 17 dos 21 jogos do campeonato brasiliense desse ano. O Sobradinho ficou na quinta colocação.
Defendeu o Taguatinga em 1988, sendo titular em 28 dos 29 jogos que o clube disputou pelo campeonato brasiliense. O Taguatinga foi o clube que somou mais pontos ganhos, mas perdeu as semifinais para o Guará e ficou com a terceira colocação. Bocaiúva foi indicado para concorrer ao IV Troféu “Melhores do Esporte Brasiliense” de 1988, promoção da Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos - ABCD. Concorreram Beto Fuscão, Moura e Zé Maurício (Tiradentes), Bocaiúva (Taguatinga), Josimar (Brasília) e Pedro César (Guará). O vencedor foi Moura, do Tiradentes.
Transferiu-se para o Guará no ano seguinte (1989). Novamente teve participação ativa na boa campanha do clube que o levou a chegar entre os quatro primeiros colocados. O Guará venceu o 1º turno e ficou em 4º lugar no quadrangular final. Bocaiúva participou de 23 dos 26 jogos que o clube disputou na competição.
Em 1990, já pensando em pendurar as chuteiras, Bocaiúva passou pelo Tiradentes, trabalhando como treinador de goleiros, jogador e administrador do clube social e profissional.
No dia 22 de abril de 1990, foi o goleiro da Seleção Brasiliense de Masters que enfrentou a seleção brasileira da mesma categoria, no Mané Garrincha, perdendo por 1 x 0, gol de Zico.
Em 1991, continuou no Tiradentes, revezando o banco e o gramado. Como jogador, disputou apenas quatro jogos, sendo o primeiro em 19 de maio e o último de sua carreira em 9 de junho de 1991, no Serejão, contra o Taguatinga.
A partir de 15 de setembro de 1991 passou a substituir José Antônio Furtado Leal no comando técnico da equipe. Foram seis jogos como treinador, o último deles em 9 de outubro de 1991.
Também trabalhou como professor de futebol na Escolinha de Futebol do DEFER, ao lado da “enciclopédia” Nilton Santos.
Por essa época, Bocaiúva já tinha retornado aos estudos, se formando em 2008, concluindo o Curso Superior em Redes de Computador e Pós-Graduação em Redes de Comunicação.
Atualmente, Bocaiúva é funcionário da empresa Algar Tech, prestando serviços ao Ministério da Educação como Administrador de Redes.

ACERVO ICONOGRÁFICO


Juventus, de Bocaiúva

Juvenis do Cruzeiro

Primeiro jogo como titular do Cruzeiro

No ESAB

São Cristóvão

Uberlândia


Campeão no Sobradinho

Bicampeão no Sobradinho

No Guará, com Mirandinha

Seleção Brasiliense, na reinauguração do Mané Garrincha