Time do Taguatinga, com Félix, primeiro à esquerda, em pé, e Dirceu Lopes, penúltimo à direita, agachado |
O Estádio de Taguatinga, com o nome
oficial de “Elmo Serejo Farias” (homenagem ao governador do Distrito Federal no
período de 1974 a 1979) foi inaugurado, parcialmente, em 29 de agosto de 1976.
Naquele dia, o Taguatinga venceu o Vila Nova, de Goiânia, por 1 x 0, com um gol
olímpico de Dinarte, aos 42 minutos do segundo tempo.
Somente em 1978 ele teve suas obras
concluídas.
O estádio passou a ser um dos melhores
e mais modernos da Capital Federal. Foi construído numa área de 48.812,21 m²,
para 34.386 pessoas sentadas e 6 mil em pé, com uma capacidade total para
40.386 pessoas.
O custo da obra foi de Cr$
16.058.000,00.
O estádio possuía campo para futebol e
pista para atletismo. O campo tinha as medidas oficiais (110 m x 75 m), com
8.250 m². A pista de atletismo, em toda a extensão do campo, ocupava uma área
de 3.500 m².
As instalações compreendiam: Tribuna de
Honra, em área de 682 m², com 102 cadeiras especiais fixas, com quatro cabines
de rádio, duas cabines para TV, banheiros femininos e masculinos, uma sala de
espera, uma sala de imprensa, uma sala para autoridades e uma sala, com cela,
para a segurança, e bar. Arquibancadas em concreto armado, num total de
34.386,59 m², extensão de 735,60 metros, com duas passarelas (superior e
inferior). Vestiários, com área de 438,42 m², compreendendo dois vestiários
para atletas, com 14 vasos, 32 chuveiros e área de 19,80 metros, sala para médicos
e dois vestiários para árbitros. Bilheterias, duas, com quatro guichês.
O estádio tinha, ainda, moderníssimo
sistema de irrigação, rede de águas pluviais, sistema de drenagem transversal e
alambrado fixado em mureta de concreto.
O jogo de inauguração foi realizado no
dia 23 de abril de 1978 e com atuações destacadas de Clebinho e Robertinho, o time
misto do Fluminense deu um verdadeiro show de bola perante um público bem
numeroso, goleando a equipe do Taguatinga, por 4 x 1.
O jogo transcorreu favoravelmente aos
tricolores, que abriram a contagem logo aos cinco minutos, num lance
sensacional de Clebinho, que invadiu a área, driblou o goleiro e colocou a bola
fora do alcance dos zagueiros que tentaram evitar a queda de sua meta.
Aos trinta minutos, numa falha de
Félix, Gilcimar aumentou para 2 x 0. Robertinho fez o terceiro aos trinta
minutos do segundo tempo, aproveitando o rebote de uma bola largada por Félix.
Dirceu Lopes, numa virada sensacional,
marcou o único gol do Taguatinga, aos 40 minutos. Robertinho encerrou o
marcador aos 42 minutos do segundo tempo.
Sob a boa arbitragem de Adélio Nogueira,
as equipes formaram assim: TAGUATINGA: Félix, Aldair, Nonato, Wanner (Toinho) e
Luiz Fernando (Déo); Renê (Valdo), Joãozinho (Maurício) e Dirceu Lopes; Belo, Paulo
Hermes e Paulo César (Zé Vieira). Técnico: Arlindo Louchards.
FLUMINENSE: João Luís (Paulo Roberto),
Joel (Delei), Wiler (Flávio), Jorge Batata e Zezinho; Cléber Silva, Clebinho
(Mário Jorge) e Pipoca; Gilcimar, Robertinho e Mário (Adãozinho). Técnico: José
Faria.
Presente aos festejos de inauguração do
estádio o General de Exército João Batista de Figueiredo, então Ministro-Chefe
do SNI e futuro Presidente da República, que não fez segredo de sua condição de
torcedor do Fluminense. Também se fez presente um grande público, propiciando a
arrecadação de 342.740,00 cruzeiros, com 19.817 pagantes, embora o estádio
estivesse quase lotado.
Dirigentes, autoridades e torcedores
homenagearam o Presidente do Taguatinga, Justo de Magalhães Moraes, que pondo
em prática a sua política audaciosa de desenvolver o futebol profissional em
sua cidade-satélite, trouxe duas feras para a festa de inauguração do estádio: o
goleiro Félix e Dirceu Lopes.
Como vencedor do amistoso, o Fluminense
recebeu o Troféu “Vital Ramos de Andrade”, nome do Administrador Regional de
Taguatinga, um dos maiores batalhadores pela construção do estádio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário