Em
um campo de terra atrás do terminal rodoviário de Formosa, cidade do interior
de Goiás, um grupo de amigos decidiu se juntar e formar um time de futebol.
Surgiu, então, o “Time do Bosque”, nome que faz referência ao bairro onde o
time dava seus primeiros passos.
As
primeiras disputas do até então “Time do Bosque”, com suas atividades iniciadas
em 21 de setembro de 1978, se dava contra outros times dos demais bairros da
cidade de Formosa.
Os
anos 80 e início dos anos 90 para o Time do Bosque foram anos em que o time
concentrava suas atividades em partidas esporádicas contra equipe de outros
bairros e equipes da zona rural do município de Formosa. Contudo com o passar
dos anos e com o aumento da frequência dos jogos o Time do Bosque criou
condições para, mais tarde, se estabelecer como equipe de futebol formalizada e
com personalidade jurídica.
1995 |
Em
1995, o Time do Bosque deu um importante passo para sua consolidação como clube
de futebol. Encabeçado pelo desportista Cacildo de Paula Cassiano, o Time do
Bosque passou a se chamar Bosque Futebol Clube, passando a ter CNPJ e Estatuto.
O
registro oficial se deu no dia 5 de janeiro de 1995, na cidade de Formosa,
Estado de Goiás, como uma associação civil de caráter desportivo, cultural e
social, sem fins econômicos. Vinte e nove novos sócios assinaram a ata de
fundação do Bosque Futebol Clube.
Logo
no seu primeiro ano (1995) de equipe de futebol legalmente constituída o Bosque
se sagrou campeão de futebol amador de Formosa.
1999 |
O
ano de 1999 foi um especial para a história do Bosque. Neste ano o Bosque
Futebol Clube, se tornou clube de futebol profissional, sendo credenciado junto
à CBF - Confederação Brasileira de Futebol e filiando-se à Federação de Futebol
do Distrito Federal. A partir disso adquiriu o direito de participar de
competições de futebol profissional organizadas por essas entidades.
Entusiasmado
com a profissionalização, o clube participou da disputa da segunda divisão do
Campeonato Brasiliense desse mesmo ano e conseguiu o título e o direito de
disputar a primeira divisão no ano seguinte.
A
estreia do Bosque aconteceu no dia 22 de agosto de 1999, no estádio Rio Preto,
em Unaí (MG), empatando em 2 x 2 com o local Itapuã. Canguçu, aos 25 minutos, e
Eraldo, aos 36, fizeram os gols do Bosque, ainda no primeiro tempo. No segundo
tempo, o Itapuã foi buscar o empate, já nos acréscimos.
Nos
demais nove jogos, o Bosque só perdeu um jogo (para o Comercial, do Núcleo
Bandeirante - 2 x 0), venceu seis e empatou mais dois. Marcou 15 gols e sofreu
apenas cinco. Teve um aproveitamento de 70%.
Sua
campanha foi a seguinte:
22.08,
Rio Preto, Unaí (MG) - ITAPUÃ 2 x 2 BOSQUE
29.08,
Diogão, Formosa (GO) - BOSQUE 1 x 0 COMERCIAL
07.09,
Diogão, BOSQUE 0 x 0 SAMAMBAIA
12.09,
Diogão, BOSQUE 1 x 0 ATLÂNTIDA
19.09,
Adonir Guimarães, Planaltina (DF), PLANALTINA 0 x 0 BOSQUE
26.09,
Diogão, BOSQUE 1 x 0 ITAPUÃ
03.10,
Metropolitana, Núcleo Bandeirante (DF), COMERCIAL 2 x 0 BOSQUE
10.10,
Diogão, BOSQUE 5 x 1 SAMAMBAIA
17.10,
Metropolitana, Núcleo Bandeirante (DF), ATLÂNTIDA 0 x 2 BOSQUE e
23.10,
Diogão, BOSQUE 3 x 0 PLANALTINA
Canguçu,
do Bosque, foi o vice-artilheiro do campeonato, com sete gols, ao lado de Mycon,
do Planaltina, e um a menos que Joãozinho, do Comercial.
2000 |
Em
sua estreia na primeira divisão do Campeonato Brasiliense, em 2000, o Bosque sentiu
o peso de enfrentar as tradicionais equipes do Distrito Federal e não conseguiu
repetir o feito do ano anterior e acabou sendo rebaixado para a segunda divisão
novamente.
Seu
primeiro jogo na Primeira Divisão do DF aconteceu no dia 13 de fevereiro de
2000, no Adonir Guimarães, em Planaltina (DF), sendo derrotado por 1 x 0 pelo
Dom Pedro II.
Apesar
do rebaixamento, o Bosque conseguiu resultados expressivos para um novato:
venceu o Ceilândia no turno e no returno (1 x 0 em ambos os jogos) e empatou
uma vez com o Guará (1 x 1) e Sobradinho (0 x 0) e duas vezes com o Brazlândia (3
x 3 e 0 x 0) e Bandeirante (2 x 2 em ambos os jogos).
Após
essa precoce queda, a equipe passaria por uma longa fila de espera perambulando
pela segunda e até mesmo pela terceira divisão do Campeonato Brasiliense.
2007 |
Em
meio às dificuldades do início dos anos 2000, em 2007 ocorreu um fato
significativo e de grande importância para a agremiação e para a cidade de
Formosa. O então Bosque Futebol Clube passaria a se chamar Bosque Formosa
Esporte Clube, sendo chamado a partir daí, pela imprensa, torcedores e
adversários apenas como Formosa Esporte.
O
clube que já levava a bandeira do município em seu escudo, acrescentou também o
nome da cidade, aumentando ainda mais a ligação com suas origens e com o povo de
Formosa.
Dez
anos depois do rebaixamento, o Bosque Formosa retornaria à elite do futebol
brasiliense ao se tornar vice-campeão da Segunda Divisão do DF.
Foram
dez jogos, com cinco vitórias, dois empates e três derrotas, uma delas, na
decisão do torneio, para o CFZ (1 x 0).
Marcou
nove gols e sofreu seis, terminando a competição com 56,7% de aproveitamento.
2011 |
A
ano de 2011 é um capítulo à parte na história do Bosque Formosa, devido aos
curiosos e surpreendentes fatos ocorridos, tanto pelo lado positivo, como pelo
lado negativo. O time que havia conquistado o acesso a primeira divisão no ano
anterior chegou para disputar o Campeonato Brasiliense de 2011 com o objetivo
de se manter na elite do futebol do DF, a essa altura um grande feito, afinal
de contas, na única vez que disputou a primeira divisão acabou sendo rebaixada.
Com
uma gestão arrojada e competente, aliado ao apoio financeiro da Prefeitura
Municipal e de algumas empresas de Formosa, montou-se uma forte equipe, com
atletas experientes e alguns com grande rodagem no futebol brasileiro, sob o
comando técnico de Auecione Alves.
Aos
poucos a equipe foi se entrosando e ganhando confiança, à medida que os
resultados positivos vieram. Juntamente com a escalada do time na tabela de
classificação a torcida abraçou a equipe e embalou ainda mais o Bosque Formosa.
Ver o Diogão com suas arquibancadas tomadas pela torcida alviverde foi uma cena
comum em 2011.
A
empolgação e o desempenho foram surpreendentes de tal forma que surgiu, através
da ideia e voz do cronista esportivo Lecy Vaz, a expressão “Tsunami do Cerrado”.
O Bosque Formosa então viveu dias de glória, ganhando jogos e dando espetáculo
e orgulho ao torcedor. O ano de 2011 marcou também a despedida dos gramados do
jogador Heli Carlos. O jogador, nascido em Formosa, após jogar por diversas
equipes brasileiras pendurou as chuteiras com a camisa do Bosque Formosa no
jogo frente ao Atlético Ceilandense, no Estádio Diogão. Na ocasião, e com casa
cheia, o atleta recebeu uma singela homenagem, recebendo da diretoria uma
camisa com o número 100, simbolizando a centésima partida do jogador com a
camisa alviverde.
Tudo
era festa para os lados do Bosque Formosa e o clube atingia um patamar jamais
imaginado. Porém, no dia 30 de abril de 2011, o clube enfrentaria o já
eliminado Botafogo. Ao Bosque Formosa bastava um empate para avançar à etapa
final da competição. Com o Diogão lotado, o Bosque Formosa chegou a abrir o
placar, se aproximando ainda mais de alcançar o seu objetivo. No entanto, após
o retorno do intervalo o que se viu em campo foi um time “apático e estranho”,
e o resultado dessa apatia foi o placar de 4 x 1 a favor do Botafogo. A derrota
acachapante provocou a ira dos torcedores, que queimaram bandeiras e camisas.
Mesmo
com a eliminação o Bosque Formosa terminou num honroso 3º lugar e conquistou o
direito de disputar a Série D do Campeonato Brasileiro pela primeira vez em sua
história. No entanto, daquele ano, ao qual disputou e foi eliminada ainda na
fase de grupos.
Até começou
bem sua participação no Grupo 6, indo até São João do Meriti (RJ) no dia 17 de
julho e empatando com o Audax Rio (0 x 0). Uma semana depois, em seu segundo
jogo, venceu o São Mateus (ES), por 1 x 0, em Formosa. Conheceu sua
primeira derrota em seu terceiro jogo, em Nova Lima (MG), diante do Villa Nova
(1 x 0).
De volta à
Formosa, o Bosque empatou em 0 x 0 com o Volta Redonda, do Rio de Janeiro, em
seu quarto compromisso pela competição.
Iniciando o
returno, contra o mesmo Volta Redonda, no Raulino de Oliveira, foi goleado (4 x
0), passando a ficar mais afastado dos dois primeiros colocados (Villa Nova e
Volta Redonda), na luta pela classificação para a fase seguinte.
Recuperou-se
ao causar uma grande surpresa no dia 4 de setembro de 2011, no Diogão, quando
derrotou o então líder invicto, o Villa Nova, por 1 x 0. Continuou na quarta
colocação, agora com a mesma pontuação do Audax Rio (oito pontos) e a um do
segundo, o Volta Redonda, que tinha nove.
Na
penúltima rodada, foi até Sernamby (ES) e empatou em 3 x 3 com o São Mateus,
chegando aos nove pontos também. Só não contava com a vitória do Volta Redonda
em Nova Lima, frente ao Villa Nova, resultado que manteve os três pontos de
diferença para o clube carioca e praticamente o classificou para a fase
seguinte, pois, mesmo que o Formosa vencesse o Audax Rio na última rodada,
empataria em número de vitórias com o clube carioca (três), mas dificilmente
conseguiria tirar o saldo de gols: estava com três negativos contra cinco
positivos do Volta Redonda.
Essa
matemática não precisou ser feita, pois o Volta Redonda goleou o São Mateus (4 x
1). Para piorar ainda mais, o Bosque Formosa também sofreu goleada dentro de
seus domínios para o Audax Rio (4 x 0), ficando com a quarta colocação.
Com
muita desconfiança da torcida e ainda sofrendo os reflexos da fatídica
eliminação no ano anterior, o Bosque Formosa fez uma campanha muito abaixo da
expectativa no Campeonato Brasiliense de 2012 e acabou sendo rebaixado para a
segunda divisão, iniciando uma era de dificuldades financeiras, desencontros
administrativos e descrédito junto ao torcedor.
Em
2013, com o forte desejo de retornar à elite do futebol brasiliense, o Bosque
Formosa reuniu forças e montou uma equipe competitiva, com atletas experientes e
sob a batuta de João Carlos Cavalo no comando técnico para a disputa da Segunda
Divisão do campeonato brasiliense. A equipe fez um grande campeonato e se
sagrou campeão de forma invicta. Disputou nove jogos, vencendo seis e empatando
três; marcou 23 gols e sofreu oito, conquistando o direito de voltar a disputar
a primeira divisão do DF.
O
ano de 2014 deixou múltiplas sequelas no Bosque Formosa. Com um planejamento
financeiro e esportivo precipitado o clube montou um elenco caro, para os
padrões que até então estava habituado e diante das receitas previstas. O
resultado disso foi uma equipe que pouco fez em campo, mas fora dele causou
grandes estragos.
Com
um elenco de altos salários e pouco futebol o clube se viu sem condições de
honrar os compromissos financeiros assumidos com atletas, fornecedores e
funcionários e isso arruinou as finanças do Bosque Formosa, desencadeando em
ações trabalhistas e pendências financeiras que iriam prejudicar o clube ainda
mais nos anos seguintes.
2015 |
Em
2016, pelo terceiro ano consecutivo, o Bosque Formosa disputou a divisão
principal do futebol do DF. No entanto, fez uma campanha com oscilação de boas
e más atuações e terminou a competição em 10º lugar. Apesar do desempenho aquém
das expectativas da torcida e da imprensa, o ano ainda reservava boas notícias
para o clube.
Um
grupo de empresários, executivos e profissionais liberais se uniram ao
propósito de resgatar a imagem e a credibilidade do Bosque Formosa, que a essa
altura encontrava-se arranhada pelos dissabores ao longo dos anos. A eleição
foi realizada no fim de 2016 e a nova diretoria foi eleita para o quadriênio
2017-2020, com o compromisso de sanar as pendências financeiras do clube e
trazer um novo olhar administrativo, jurídico e esportivo para o Bosque
Formosa. A partir daí, foi iniciado um longo trabalho de reorganização e
modernização do clube, iniciando pela estrutura estatutária, passando pelo
marketing esportivo, pela estruturação das categorias de base e pela
organização administrativa.
Com
a energia renovada e novos ares trazidos pela nova diretoria, eleita no fim de
2016, o Bosque Formosa iniciou o ano de 2017 cercado de expectativas de
novamente triunfar e assim reconquistar o respeito e apoio do torcedor. Várias
mudanças administrativas foram realizadas, aliando o clube com as boas práticas
de gestão, inserindo o clube em um contexto de maior modernidade e instaurando
um pensamento voltado para uma administração transparente, dinâmica com visão
de longo prazo. Empresas e parceiros foram buscados, houve grande adesão por parte
do empresariado de Formosa e do torcedor. Dentro do campo as coisas não
caminharam tão bem quanto administrativamente. Novamente, a equipe oscilou e
por algumas rodadas namorou o rebaixamento e em outras sonhou com a
classificação, chegando a última rodada precisando vencer o já classificado
Paracatu em seus domínios e ainda torcer para uma combinação de resultados.
Empatou esse jogo e terminou a competição em 9º lugar.
Em
2018, novamente realizou campanha irregular, terminando o campeonato
brasiliense da primeira divisão em oitavo lugar, com 14 pontos ganhos,
provenientes de três vitórias e cinco empates (ainda perdeu outros cinco
jogos). Ficou com déficit no saldo de gols, após marcar doze e sofrer dezoito.
Seu aproveitamento foi inferior a 40%.
Fonte:
site do Bosque Formosa.
Diogão |
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