No dia de hoje, a Sociedade Esportiva Ceilandense está completando mais um ano de vida!
O embrião da S. E. Ceilandense foi um time de supermercado. Um grupo de companheiros de trabalho, liderado
por Manoel da Silva Santos (então um vendedor de aparelhos de som no Jumbo, primeiro
hipermercado do Grupo Pão de Açúcar) resolveu criar em 1976 uma equipe para bater
uma bolinha nos finais de semana. Nascia o Tagua-Jumbo, de Taguatinga.
Santos logo notou que o time
tinha condições de disputar um campeonato de amadores.
Aos oito dias de outubro
de 1977 esses companheiros de trabalho reuniram-se à QNM 19, Conjunto J, Casa 46,
Ceilândia, para tratar da fundação da Sociedade Esportiva e Recreativa L Norte.
Dentre os presentes estavam Manoel da Silva Santos (eleito Presidente), Antenor
Veloso Borges, José Carlos Augusto de Oliveira, Hermes Alves Porto, Marcos Antônio
R. Veloso, Agenor Veloso Borges, Paulo Henrique R. Veloso, Carlos José Melo Passos,
Anísio P. de Sousa e José Jacinto de Freitas.
A nova equipe foi inscrita
no Campeonato de Futebol Amador de Taguatinga. Nessa época, boa parte dos jogadores
pioneiros não atuava mais e os novos atletas eram escolhidos pela cidade mesmo.
A equipe participou ainda dos campeonatos da própria L Norte e da Ceilândia – neste
último conquistou dois títulos invicta.
Em 1993, Manoel da Silva
Santos deixou o L Norte um pouco de lado para assumir a comissão que dirigiria o
Ceilândia Esporte Clube no Campeonato Brasiliense, em lugar do presidente Antônio
Cardoso.
No ano seguinte, Santos não
quis continuar na comissão e resolveu profissionalizar seu próprio clube.
No dia 10 de março de 1994
foi realizada uma assembleia com a participação de todos os diretores e sócios para
alteração da razão social da associação. A Sociedade Esportiva e Recreativa L Norte
passou a se chamar Sociedade Esportiva Ceilândia. Foi acrescentada aos estatutos
do clube a seguinte redação sobre o escudo do novo clube: “terá em sua insígnia
a cabeça de um dragão ao centro envolvido por duas bolas e uma coroa simbolizando
a caixa d’água na cabeça do mesmo, desenhada em vermelho e azul com fundo branco,
cores oficiais do clube”. Nota: a caixa d’água é o monumento mais famoso da cidade
da Ceilândia. É um dos maiores símbolos da cidade e fica no centro de Ceilândia,
erguida no local onde foi fixada a pedra fundamental de Ceilândia.
Pouco mais de um mês depois
o nome sofreu outra alteração. Em assembleia de 15 de abril de 1994 foi alterado,
por unanimidade, de Sociedade Esportiva Ceilândia para Sociedade Esportiva Ceilandense.
Na mesma assembleia, Antônio Roberto Reis foi escolhido para ocupar o cargo de Vice-Presidente.
A estreia do Ceilandense
no campeonato brasiliense de profissionais aconteceu no dia 1º de maio de 1994.
Naquele dia, foi até o Estádio Adonir Guimarães e empatou em 1 x 1 com o time da
casa, o Planaltina.
Lourival Perseguini, o Lola,
foi o autor do primeiro gol da história da Ceilandense.
O técnico Bira de Oliveira
mandou a campo a seguinte equipe: Canela, Flávio, Tonho, Tião e Lira; Bezerra, Boni
e Lola; Marquinhos, Paulinho e Vlad.
Em seu segundo jogo, uma
semana depois, conseguiu um grande resultado ao empatar em 0 x 0 com o Gama, que
acabaria vencendo o campeonato daquele ano.
Porém, a equipe, modesta,
terminou na nona colocação, na frente apenas do Comercial, do Núcleo Bandeirante.
Menos mal que ainda não havia rebaixamento para a Segunda Divisão.
Foram 18 jogos, com quatro
vitórias e cinco empates. Marcou apenas dez gols e sofreu dezessete. Somou 13 pontos
na classificação final.
Em 1995 melhorou um pouco,
ficando com a sexta colocação entre dez participantes, à frente de Tiradentes e
Taguatinga, por exemplo.
Neste mesmo ano, participou,
pela primeira vez do Campeonato Brasileiro, integrando a Terceira Divisão ou Série
C. Fez parte do Grupo 9, ao lado de Tiradentes, de Brasília, e dos goianos Anápolis
e Vila Nova.
Na estreia, no dia 27 de
agosto, com a equipe reformulada, fez o que para muitos parecia impossível: venceu
o campeão goiano, Vila Nova, por 1 x 0, no Serejão, gol de Wendell, aos 30 minutos
do segundo tempo. Chegou aos nove pontos ganhos, não suficientes para passar de
fase. Foram três vitórias e três derrotas.
No ano em que o Campeonato
Brasiliense foi disputado por 14 clubes, 1996, o Ceilandense ficou com a sexta colocação,
à frente de clubes maiores como Brasília, Tiradentes, Taguatinga e Ceilândia, por
exemplo.
Quinto colocado no Campeonato
Brasiliense de 1997, neste ano voltou a disputar o Brasileiro da Série C, sem também
conseguir resultados de expressão. Jogando contra Palmas e Tocantinópolis, ambos
de Tocantins, e o Brasília, ficou em quarto e último lugar. As duas vitórias conseguidas
foram contra os clubes de Tocantins.
Permaneceu na Primeira Divisão
do Campeonato Brasiliense até 1999, quando chegou em nono e penúltimo lugar, sendo
rebaixado para a Segunda Divisão.
No ano seguinte, 2000, quase
voltou, perdendo a chance de garantir uma das duas vagas para a Primeira Divisão
ao ser eliminado, após dois jogos, pela ARUC, nas semifinais.
Em 2001, perdeu outra chance
de retornar à elite do campeonato brasiliense, ao ser novamente derrotada nas semifinais,
desta vez pelo Brasília.
Permaneceu mais um ano na
Segunda Divisão em 2002, depois de não vencer um jogo sequer dentre os oito que
disputou.
Em 2003, novamente ficou
de fora da disputa pelas vagas para a Primeira Divisão, ao chegar em terceiro lugar
no seu grupo (classificavam-se para as semifinais os dois primeiros colocados dos
grupos A e B).
Chegou na oitava colocação
no campeonato de 2004 e ainda não foi desta vez que conseguiu retornar à Primeira
Divisão.
Em 2005, chegou muito perto
de retornar para a Primeira Divisão. Na final, após dois jogos contra o Capital,
ficou com o vice-campeonato (apenas o campeão era promovido).
Foi quarto colocado em 2006,
quinto em 2007 e terceiro em 2008. Em 2009, finalmente, conseguiu retornar para
a Primeira Divisão, após campanha bastante regular, perdendo apenas um jogo dos
nove disputados. Na final, derrotou o Botafogo-DF, por 2 x 1. Edicarlos, do Ceilandense,
foi o artilheiro do campeonato, com 7 gols, ao lado de Túlio Maravilha, do Botafogo-DF.
Na final, o time formou com
Veloso, Alex, Lídio, André Nunes e Djalminha; Betson, Oliveira (Gustavo), Iron e
Kabrine (Gleison); Edicarlos e Geraldo (Keké). O técnico foi o ex-zagueiro Gerson
Vieira. Foi o primeiro caneco de campeão levantado pelo Ceilandense.
Antes da final com o Botafogo-DF,
o Ceilandense fechou uma parceria com o Atlético Goianiense. E para surpresa de
todos, os jogadores entraram em campo com um uniforme rubro-negro. Todos acharam
que era pura provocação ao rival alvinegro.
O clube mudou seu nome, seu
escudo, seu uniforme e seu mascote, passando a se chamar Sociedade Atlético Ceilandense.
O Atlético Ceilandense fez
uma boa campanha em sua volta à Primeira Divisão, chegando em quarto lugar no campeonato
de 2010.
O clube conseguiu um sexto
lugar em 2011 e em 2012 quase foi rebaixado, ficando com o mesmo número de pontos
ganhos do 11º colocado, o Formosa.
Em 2013 foi o sexto lugar
entre os doze participantes, garantindo, assim, sua presença na Primeira Divisão
de 2014.
A Sociedade Atlético Ceilandense
funcionou até 2013. No ano seguinte, voltou a ser Sociedade Esportiva Ceilandense.
A parceria com o Atlético Goianiense não deu certo e voltaram a usar o nome de antes
em 2014.
Antes de começar o campeonato
brasiliense de 2014, uma briga de cartolas quase deixou o Atlético Ceilandense sem
jogadores para disputar a competição. Um time inteiro (11 jogadores) deixou o Atlético
Ceilandense. Ari Vieira, gestor do Ceilandense em 2013, deixou o clube após desentendimentos
com o presidente Manoel Santos. Quando Ari assumiu a presidência do Santa Maria,
levou os jogadores do Ceilandense que tinham os direitos econômicos pertencentes
a ele. Foi um baque!
Foi o último time a começar
a preparação para o campeonato de 2014. Os amistosos de pré-temporada não davam
muitas esperanças aos torcedores do Ceilandense: em quatro jogos preparatórios,
venceu apenas um e foi goleado nos outros três. Não conseguiu o entrosamento desejado
e foi o 10º colocado em 2014, escapando por pouco do rebaixamento (doze clubes disputaram
a competição e Capital e Legião desceram).
E esse rebaixamento
quase aconteceu fora de campo. O clube foi acusado de obter vantagem por usar dois
CNPJs no decorrer do campeonato brasiliense, o que é proibido de acordo com o
Código Brasileiro Disciplinar do Futebol. Após alguns adiamentos, o Tribunal de
Justiça Desportiva do Distrito Federal (TJD-DF) deu ganho de causa ao
Ceilandense e este permaneceu na Primeira Divisão para 2015. A argumentação
principal foi de que em 17 de janeiro de 2014 a Federação Brasiliense de Futebol
havia encaminhado ofício comunicando que a Sociedade Esportiva Ceilandense, CNPJ
nº 04.129.520/0001-50, havia regularizado a situação junto à CBF.
O ano de 2014 foi
terrível para o Ceilandense. Além das pendências jurídicas, teve o menor público
do Brasil em 2014, no Campeonato Brasiliense. No Bezerrão, nove pessoas pagaram
R$ 10,00 para assistir a Ceilandense 2 x 1 Legião.
A passagem de Alex Oliveira
como técnico do Ceilandense durou 18 dias. Ele foi demitido por telefone, com a
explicação de que o clube não teria como pagá-lo. Em quatro jogos, Alex Oliveira
tirou o time da lanterna do campeonato e o conduziu à salvação, com duas vitórias
e um empate.
Em 2015 o Ceilandense ficou
com a 11ª colocação, sem conseguir ao menos uma vitória, e foi rebaixado para a
Segunda Divisão de 2016.
Permaneceu na Segunda Divisão
em 2016 após realizar apenas quatro jogos (venceu dois, empatou um e perdeu um).
Os nove clubes foram divididos em dois grupos e o Ceilandense ficou em quarto no
seu (somente os dois primeiros colocados de cada grupo passavam para as semifinais).
No ano em que completou 40
anos (2017), fez uma das suas piores campanhas no Campeonato Brasiliense da Segunda
Divisão. Na Primeira Fase, o Ceilandense terminou na lanterna do Grupo A, com quatro
derrotas em quatro jogos. Na classificação geral, ficou em nono e penúltimo lugar,
à frente apenas do Planaltina. A campanha foi tão ruim, que o jogo Ceilandense x
Planaltina não foi realizado a pedido dos clubes envolvidos.
Última equipe a definir
treinador e iniciar os trabalhos de preparação para a disputa do Campeonato
Brasiliense da Segunda Divisão de 2018, essa falta de planejamento foi uma das
responsáveis por, novamente, não fazer uma boa campanha: entre onze equipes
participantes, ficou com a nona e antepenúltima colocação. Nos quatro jogos que
disputou, venceu apenas um e perdeu os outros três. Pelo menos no que se refere
a saldo de gols, terminou de forma positiva: marcou onze e sofreu nove. Quase
cem por cento desses gols foi alcançado no dia 25 de agosto de 2018, no Serra
do Lago, quando o Ceilandense aplicou a incrível goleada de 10 x 3 sobre o CFZ.
Também não deu sorte na
formação dos grupos. Do seu fizeram parte o campeão Capital e o vice-campeão
Taguatinga, para quem vendeu caro a derrota: 2 x 1 para o Capital e 1 x 0 para
o Taguatinga. A outra derrota foi para o Brazlândia. Com isso, ficou de fora da
disputa pelas duas vagas na Primeira Divisão de 2019.
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