Passava
seu tempo de menino jogando bola nas ruas de sua cidade. Levado por seu irmão
Antônio começou a jogar bola no Barão E. C., de Padre Bernardo.
Aos 18
anos, Joãozinho se mudou com os pais e os seis irmãos para Brazlândia, onde defendeu
clubes amadores como o Auto Esporte, Atlético e o Brazlândia E. C.
Em 16 de
março de 1979, aconteceu um amistoso no Bezerrão no qual Joãozinho começaria a
mostrar seu futebol para os outros clubes de Brasília: Seleção do Gama 2 x 0
Seleção de Brazlândia. Joãozinho começou no banco e entrou no segundo tempo na
Seleção de Brazlândia. Não demorou para ser levado por Antônio Cardoso para fazer
um teste no Ceilândia, onde passou a integrar as categorias de base. Na equipe
profissional fez sua estreia no dia 15 de maio de 1983, marcando o gol do
empate de 1 x 1 com o Gama. Marcou três gols no campeonato daquele ano.
No ano
seguinte, 1985, foi contratado pelo Taguatinga. Em seu novo clube, marcou 7
gols no campeonato brasiliense.
Tornou-se
artilheiro do campeonato brasiliense pela primeira em 1986, quando marcou 16
gols, além de ter sido artilheiro do Torneio Paralelo do Campeonato Brasileiro
de 1986 (uma espécie de divisão inferior), com 11 gols.
Seu bom
desempenho em 1986 o levou para a Seleção Brasileira de Novos, treinada por
Jair Pereira, fato que tem mais mérito ainda por sabermos como é difícil um
jogador da Região Centro-Oeste ser chamado para servir o selecionado
brasileiro, independente da categoria.
Começou
como titular, disputou seis jogos (quatro amistosos e dois oficiais), não
marcou nenhum gol e acabou perdendo a vaga de titular para Wallace, do
Flamengo, filho do ex-atacante Silva, o Batuta.
Dentre os
jogos oficiais, dois foram pelo Campeonato Sul-Americano de Futebol, disputado
no Chile, em busca de uma classificação para os Jogos Pan-Americanos de
Indianápolis (EUA), em 1987.
Joãozinho
disputou o primeiro jogo (1 x 1) contra o Paraguai, em 25.11.1986. Nos jogos
contra Bolívia e Colômbia, foi barrado por Wallace, que foi o artilheiro da
equipe, com três gols. Voltou a jogar na decisão do 3º lugar, entrando no
segundo tempo do jogo em que o Brasil venceu o Chile por 1 x 0, em 06.12.1986.
O Brasil ficou em terceiro lugar e garantiu participação nos Jogos
Pan-Americanos de 1987. Apesar disso, Joãozinho não foi mais convocado para a
seleção no ano seguinte.
A
formação básica daquela Seleção Brasileira foi: Rafael, Polaco, Everaldo,
Henrique (Marcão) e Dida (Élcio); Dunga, Renê e Gilmar Popoca; Mauricinho
(Edson), Joãozinho (Marlon) (Wallace) e Carlos Alberto (Paulinho).
Em
fevereiro de 1987, juntamente com Marquinhos Bahia, foi emprestado ao
Confiança, de Aracaju (SE). Ficou pouco tempo e retornou ao Taguatinga. Logo
depois, foi emprestado ao Bahia, onde chegou a conquistar o título baiano de
1987.
Em 1988,
o empresário carioca Bené Ataíde comprou o passe de Joãozinho e o emprestou ao
PAOK Salonica, da Grécia. Terminado o empréstimo, foi devolvido ao Taguatinga, onde
disputou os campeonatos brasilienses de 1988 e 1989, marcando oito e seis gols,
respectivamente. Em 1989 sagrou-se campeão brasiliense pela primeira vez. No
mesmo ano, disputou o Brasileiro da Divisão Especial, quando marcou seis gols
atuando pelo Taguatinga.
No ano de
1991, Joãozinho foi campeão brasiliense pela segunda vez. Além disso, foi
convocado para a Seleção do Distrito Federal que disputou o Campeonato
Brasileiro de Seleções Estaduais de 1991 e para amistosos contra Flamengo e
Vasco da Gama. Marcou três gols pelo Taguatinga no Campeonato Brasileiro de
1991.
Seu
melhor ano foi o de 1992. Sagrou-se tricampeão brasiliense e artilheiro do campeonato pela segunda vez,
decretando o recorde de gols marcados em um campeonato até os dias de hoje: 25.
No final do ano, foi um dos vencedores do Troféu ABCD, entregue aos
Melhores do Esporte no ano.
Sagrou-se
campeão brasiliense pela quarta vez em 1993, ajudando o Taguatinga a chegar ao
título com seus 16 gols.
Mais uma
vez tentou a sorte no futebol europeu em 1994, desta vez na Alemanha, quando
foi emprestado ao VfB Oldenburg, da Segunda Divisão. Depois, retornou ao
Brasil, quando disputou o Campeonato Brasileiro daquele ano pelo Taguatinga,
marcando cinco gols.
Marcou
doze gols no campeonato brasiliense de 1995, seu último ano atuando pelo
Taguatinga.
No mesmo
ano, realizou um sonho ao participar da fundação da S. E. Brazlândia.
Nos anos
de 1996 e 1997, disputou o campeonato brasiliense pelo Brazlândia, marcando
onze e oito gols, respectivamente. Teve uma breve passagem pelo América, de
Belo Horizonte, em 1997.
Em 1998
marcou cinco gols e tornou-se Presidente do Brazlândia.
No ano de
1999 conseguiu um feito inédito: tornou-se goleador máximo das duas divisões do
futebol do Distrito Federal num mesmo ano. No primeiro semestre, disputando a
primeira divisão ele foi o artilheiro da competição, assinalando 12 gols pelo
Brazlândia. No segundo, atuando pelo Comercial, foi o artilheiro do Campeonato
Brasiliense da Segunda Divisão, com 8 gols. Desconhecemos outra situação igual
em campeonatos estaduais.
A última
vez em que Joãozinho balançou as redes defendendo um clube da Primeira Divisão foi
em 2000, quando atuava pelo Brazlândia. Foi no empate por 1 x 1 com o
Sobradinho, no Augustinho Lima, no dia 13 de fevereiro.
Deixou o
futebol, mas foi lembrado pelo Sobradinho para disputar a Segunda Divisão de
2003, depois desse clube amargar o vexatório rebaixamento no primeiro semestre.
Estava com 43 anos. Na vitória do Sobradinho por 2 x 0 sobre o Planaltinense,
em 17 de agosto de 2003, pela terceira rodada marcou a volta ao futebol do
artilheiro Joãozinho.
Marcou
seus últimos três gols em sua carreira nos dias 30 de agosto (vitória sobre o
Brasília, por 4 x 1), 6 de setembro (3 x 1 sobre o Bosque) e 28 de setembro, na
goleada sobre o Planaltinense, por 4 x 0.
Sua
experiência e seus gols ajudaram ao Sobradinho retornar à Primeira Divisão.
Mais de
uma década depois de pendurar as chuteiras, aos 53 anos e com cinco filhos,
Joãozinho trabalha com empreendimentos esportivos e garante que quer ajudar suas
duas maiores paixões no futebol de Brasília: quer continuar trabalhando pelo
time do Brazlândia e também ajudar o Taguatinga a voltar em 2015.
É
considerado pela imprensa esportiva brasiliense o maior goleador da história do
futebol do Distrito Federal.
Infelizmente hj, ele veio a falecer, decorrente a dengue hemorragica/ complicações de covi 19
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