Eleito presidente do Fluminense em 1975, o advogado e Juiz de Direito Francisco Horta causou uma verdadeira revolução no futebol carioca ao montar o maior time da história do clube e que ficou eternizado para sempre como “A Máquina Tricolor”.
O primeiro grande feito de sua administração foi trazer do Corinthians, numa transação milionária para a época, um dos maiores jogadores do futebol brasileiro de todos os tempos, o meia Roberto Rivelino que estava desgastado com a torcida corinthiana pela perda do campeonato paulista de 1974 para o Palmeiras.
Horta montou um grande time, onde, além de Rivelino, brilhavam Toninho, Carlos Alberto Pintinho, Marco Antônio, Paulo César Lima, Gil, Mário Sérgio e a revelação, Edinho.
Com uma campanha brilhante, o Fluminense se sagrou campeão carioca, além de fazer um grande campeonato brasileiro, perdendo na semifinal para o Internacional que acabou conquistando o título.
No ano seguinte, além de reforçar ainda mais a equipe com as contratações do capitão do tri Carlos Alberto Torres (Santos), o ponta Dirceu (Botafogo) e o zagueiro Miguel, do Vasco, todos jogadores de seleção, ainda provocaria outra grande motivação para o campeonato ao promover o famoso troca-troca com o Flamengo cedendo o goleiro Roberto, o lateral Toninho e o ponteiro Zé Roberto e recebendo em troca o goleiro Renato, o lateral Rodrigues Neto e o atacante argentino Doval, grande ídolo da torcida rival e de quem Horta era grande admirador.
A Máquina Tricolor continuou encantando seus torcedores e acabaria como bicampeã carioca em 1976. Correspondendo às expectativas de Horta, Doval terminou como artilheiro da competição, com 20 gols.
No campeonato brasileiro daquele ano, embora com uma campanha brilhante, foi novamente eliminado na semifinal, agora pelo Corinthians na decisão por pênaltis, após empate de 1 x 1 no tempo normal de jogo. Este jogo, inclusive, entrou para a história do futebol brasileiro devido à invasão da torcida corinthiana que colocou no Maracanã mais de 70 mil torcedores.
No dia 21 de janeiro de 1976 esse time esteve em Brasília, para enfrentar o Ceub. E tomou um susto aos dez minutos de jogo, quando Junior Brasília abriu o marcador. Depois, o Fluminense virou o jogo e venceu por 3 x 1. Eis a súmula do jogo:
CEUB 1 x 3 FLUMINENSE
Data: 21 de janeiro de 1976
Local: Estádio Presidente Médici, Brasília (DF)
Árbitro: Edson Resende de Oliveira, de Brasília
Gols: Junior Brasília, 10; Doval, 32; Rivelino, 70 e Doval, 77.
CEUB: Vandeir, Fernandinho, Nenê, Paulo Roberto e Adalberto; Alencar, Renê e Paghetti (Xisté); Junior Brasília, Moreirinha e Afonso (Zé Maria).
FLUMINENSE: Renato, Rodrigues Neto, Carlos Alberto Torres, Fernando e Marco Antônio; Carlos Alberto Pintinho, Cléber e Rivelino; Gil, Doval e Dirceu. Técnico: Didi.
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