A HISTÓRIA DA SEGUNDA DIVISÃO NO DF - Parte 4 (1998)

O Campeonato Brasiliense da Segunda Divisão de 1998 teve o mesmo número de participantes (7), mas tivemos novidades em relação aos clubes do ano anterior: permaneceram Atlântida, Ceilândia e Formosa; disputaram a competição pela primeira vez o Comercial (Núcleo Bandeirante), o Samambaia e o Brazlândia, todos do Distrito Federal, e um único “estrangeiro”, a Associação Atlética Alexaniense, de Alexânia (GO). Dois clubes que disputaram a categoria em 1997 ficaram de fora em 1998: o União, de Paracatu (MG), e o Cristalinense, de Cristalina (GO).

A forma de disputa foi a mesma do ano anterior, ou seja: na primeira fase os clubes jogaram entre si, em dois turnos, com jogos de ida e volta, classificando os quatro primeiros para a disputa das semifinais e os vencedores destas fazendo a final.

Na primeira fase, o Ceilândia fez a melhor campanha. Disputou doze jogos, vencendo seis, empatando quatro e perdendo dois, somando 22 pontos ganhos. Dois pontos atrás ficou o Brazlândia e um ponto atrás deste a Alexaniense. A quarta vaga ficou com o Comercial, que totalizou quinze pontos.

As semifinais foram assim formadas: Ceilândia (1º) x Comercial (4º) e Brazlândia (2º) x Alexaniense (3º).

No primeiro jogo, em 7 de novembro, mesmo jogando fora de casa, o Ceilândia venceu o Comercial, por 3 x 1, com seus três gols marcados pelo artilheiro Cassius. Carlos Roberto marcou o único gol do Comercial.

No dia seguinte, 8 de novembro, a Alexaniense recebeu o Brazlândia e venceu por 2 x 1. Gilmar e Flávio Katioco marcaram os gols da Alexaniense e Joãozinho assinalou o tento do Brazlândia.

Nos jogos de volta, no dia 14 de novembro, no Serejão, o Ceilândia classificou-se para a final ao empatar em 0 x 0 com o Comercial. No outro jogo, no dia seguinte, o Brazlândia reverteu a vantagem da Alexaniense aplicando-lhe uma goleada de 5 x 2. Marquinhos Brazlândia, três vezes, Jânio e Jackson fizeram os gols do Brazlândia, enquanto Gilmar e Marquinhos os da Alexaniense.

No primeiro jogo da final, no dia 22 de novembro, no Chapadinha, em Brazlândia, o Ceilândia não tomou conhecimento do mando de campo de seu adversário e venceu por 2 x 1. Cassius e Serginho assinalaram os gols do Ceilândia e Baiano o do Brazlândia.

Uma semana depois, 29 de novembro, aconteceu a final no estádio Serejão, em Taguatinga, mando de campo do Ceilândia. E o time de melhor campanha em todo o campeonato, o Ceilândia, confirmou seu favoritismo vencendo por 1 x 0, com um gol do artilheiro Cassius, e conquistou o título e o direito de integrar a primeira divisão em 1999.

Foram realizados 48 jogos e assinalados 107 gols (média de 2,2 gols por jogo).

Os principais artilheiros foram: 

1º Cassius (Ceilândia) e Gilmar (Alexaniense), 8 gols

2º Flávio (Alexaniense) e Joãozinho (Brazlândia), 7

3º Marco Antônio, Jackson e Baiano (Brazlândia), 5

4º Edilson (Comercial) e Marquinhos (Alexaniense), 4

O goleiro menos vazado foi Tobias, do Ceilândia, que sofreu 3 gols em 9 jogos.

A Taça Disciplina ficou com o Brazlândia, que teve 8,7 pontos negativos.

A classificação final foi esta:

CF	CLUBES	J	V	E	D	GF	GC	SG	PG
1º	CEILÂNDIA	16	9	5	2	16	8	8	32
2º	BRAZLÂNDIA	16	7	2	7	26	16	10	23
3º	ALEXANIENSE	14	6	4	4	23	18	5	22
4º	COMERCIAL	14	4	4	6	10	12	-2	16
5º	FORMOSA	12	4	2	6	12	21	-9	14
6º	SAMAMBAIA	12	3	4	5	9	14	-5	13
7º	ATLÂNTIDA	12	3	3	6	11	18	-7	12

 

O Ceilândia formou mais vezes com a seguinte equipe: Tobias (Régis), Flávio (Pedrão), André Martins (Cassius Clay), Trajano e André Luís (Márcio); Andrade (Clayton), Gomes (Tadeu), Udmy e Pacheco (Tob); Serginho (Luiz Otávio) e Cassius (Rômulo). Os técnicos que passaram pelo Ceilândia foram Ricardo Freitas, Adelson de Almeida e Jorgenei Nery da Silva.

 

Outros técnicos que passaram pela Segunda Divisão em 1998:

Alexaniense: Antônio P. Neves (Bochecha), Joy Teixeira Lobo e Luís Carlos Farias;

Comercial: Clever Rafael Santos e Jurailton Cerqueira de Carvalho

Atlântida: Francisco Edvar Machado

Formosa: José Marques Domenes

Samambaia: Edair Rosa de Souza

Brazlândia: Valdson Pereira da Silva (Som) e Eurípedes Bueno de Morais.