Seus primeiros jogos de futebol foram na QNP 15, na Ceilândia Norte, onde mora até hoje. Nessa quadra eram promovidos muitos campeonatos para a garotada (10/12 anos), ele passou a jogar em vários times, todos montados pelos próprios meninos, que tingiam suas camisas com as cores do time que passariam a defender. Começou a jogar na Udinese, passou para a Atalanta, foi para o Flamenguinho, Planalto (da Expansão), Estrelinha e Juventude, esse último um dos maiores times do futebol amador da Ceilândia.
Seu primeiro treinador no futebol amador foi Lindomar, do Juventude. Já entre os profissionais, no Gama, foi Filinto Holanda.
Começou nos juniores do Gama, em 1994, quando assinou seu primeiro contrato como profissional. Pelo Gama disputou a Copa São Paulo de Futebol Junior de 1995. No jogo do dia 8 de janeiro, quando o Gama perdeu para o Palmeiras, por 1 x 0, Maninho foi o destaque do jogo e despertou o interesse de alguns clubes como o Guarani, de Campinas (SP), Juventude (RS) e Fluminense (RJ). Ainda em 1995, foi emprestado ao Guarani, onde, além de participar da equipe de juniores, chegou a fazer parte do banco de reservas em alguns jogos do time profissional.
Disputou a Copa São Paulo da categoria de 1996, chegando a marcar o gol da vitória de 1 x 0 sobre o XV de Piracicaba, no dia 10 de janeiro de 1996. Logo depois, no dia 1º de fevereiro de 1996, no empate de 2 x 2 diante do União São João, fez sua estreia no time principal do Guarani, entrando no lugar de Da Silva. Sua boa atuação fez com que o técnico Sérgio Ramírez garantisse sua presença como titular da equipe no jogo seguinte, no dia 4, contra o Juventus. Ainda disputou vários jogos pelo campeonato paulista de 1996, quase sempre começando no banco de reservas e substituindo um companheiro.
Gama - 1997 |
Ainda em 1996, retornou ao Gama, para disputar o Campeonato Brasileiro da Série B, reestreando no dia 18 de agosto, contra o Atlético Goianiense (0 x 0).
Foi tetracampeão brasiliense pelo Gama, de 1997 a 1999 e 2001, além de conquistar o Campeonato Brasileiro da Série B de 1998. Não foi pentacampeão brasiliense, pois em 2000 foi emprestado ao Paysandu, de Belém (PA) - sete meses, onde fez parte do time campeão paraense desse ano, e à Anapolina-GO - quatro meses.
No final de 2001, abriu um processo contra o Gama por atraso de salários e não-pagamento de 13º Salário e Férias. Depois disso, jogou por esses clubes:
Ceilândia - 2002 |
2002 - Ceilândia-DF / Anápolis-GO / CFZ-DF (Campeonato Brasileiro da Série C)
2003 - CFZ-DF (campeonato brasiliense e Copa do Brasil) / Brasília-DF (Segunda Divisão)
2004 - CFZ-DF / Flamengo-PI
2005 - Estava no Paranoá-DF, quando sofri uma contusão muito séria. No dia 22 de janeiro de 2006, voltei a jogar bola defendendo as cores do CFZ, depois de um ano e sete meses de recuperação de cirurgia no joelho.
2006 - CFZ-DF / Ceilandense-DF
Ceilândia - 2007 |
2007 - Esportivo Guará-DF / Ceilândia-DF (Campeonato Brasileiro da Série C) / Brazlândia-DF (campeão brasiliense da Segunda Divisão)
2008 - Dom Pedro II-DF / Brasília-DF (Segunda Divisão do DF) / Holanda-AM (Campeonato Brasileiro da Série C)
2009 - Dom Pedro II-DF / Brasiliense-DF (Campeonato Brasileiro da Série B)
2010 - Atlético Ceilandense-DF / Brazlândia-DF
2011 - Botafogo-DF / Sobradinho-DF
2012 - Brazlândia-DF
2013 - Botafogo-DF / Piauí-PI
2015 - Cruzeiro-DF
Brazlândia - 2007 |
Tinha parado com a bola em 2013, atuando pelo Piauí, quando o time perdeu a semifinal do campeonato piauiense para o River. Ficou parado todo o ano de 2014. Em 2015, recebeu convite do técnico Risada para disputar quatro partidas pelo Cruzeiro, do Distrito Federal. Sua última partida foi no dia 14 de março de 2015, no Abadião, no empate de 1 x 1 contra o Ceilândia.
Projeto "Maninho Gol" |
Depois que encerrou a carreira de jogador, chegou a ser treinador da equipe de juniores do Gama. A partir de 2013, passou a trabalhar com dois projetos sociais na QNP 15, na Ceilândia Norte: o Maninho Gol, em conjunto com o GBA - Grupo Boas Ações, e o Gueto Unido, uma parceria com o pessoal do skate da Ceilândia.
Maninho considera seu jogo inesquecível Sobradinho 1 x 1 Gama, no dia 13 de julho de 1997, no Augustinho Lima, pelas semifinais do Campeonato Brasiliense daquele ano. Antes dos dez minutos do 1º tempo, sobrou uma bola para Maninho, dentro do círculo do meio-de-campo. Acertou um chutaço e a bola foi cair dentro do gol. Um dia depois, o Globo Esporte passou a escolher o gol mais bonito da rodada (quase sempre selecionado do Campeonato Brasileiro em andamento), chamando de “Gol de Ouro” e o primeiro gol a ser escolhido foi o de Maninho. Depois que mostraram o gol na Globo, deu muitas entrevistas, até para TVs da Venezuela e da Bolívia. Ficou um pouco mais conhecido no futebol do DF graças a esse gol.
Esse gol pode ser conferido no link abaixo:
Maninho foi um jogador versátil, que chegava à frente para apoiar e marcar gols. Sua maior preocupação sempre era dar assistência aos atacantes para que eles fizessem os gols. Sempre teve facilidade em dar passe longo e não era bom nos passes curtos. Tinha facilidade em bater com os dois pés e uma boa visão de jogo. Habilidade nos dribles em velocidade. Apesar dos meus 1,68 m de altura, tinha excelente impulsão.
Seu ídolo do futebol foi Marcelinho Carioca.
Em 2009, o procuraram para falar sobre a realidade do futebol no Distrito Federal. No documentário "Fora de Campo", de 52 minutos, do diretor Adirley Queirós, foram mostradas várias situações negativas ocorridas no futebol do DF. Maninho foi um dos entrevistados e aproveitou para mostrar para todo mundo a dura realidade do futebol brasiliense.
Louvo a Deus pela vida dessa cara. Ele é um exemplo.Deus te abençoe mano.
ResponderExcluirjá te admirava muito pela pessoa que és,pelo pouco que conheci,mas,lendo essa entrevista e tendo a certeza que é tudo vdd a minha admiração aumentou 200%.
ResponderExcluirpena que um jogador tão bom e disciplinado não teve seu devido valor pago (falo do financeiro) abraços maninho e saiba que aquelas palavras que vc nos deu lá em cs naquela pequena reunião(ou culto em cs pode-se dizer assim) em 2006 nunca foram esquecidas por mim...homem de DEUS. att: Márcio Veras.
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