quinta-feira, 14 de setembro de 2017

OS GOLEIROS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Rogério


Rogério Castro Bahr, o Rogério, nasceu em Rio Branco do Sul (PR), no dia 14 de setembro de 1947.
Começou sua carreira de goleiro nas categorias de base do Coritiba, clube onde permaneceu até 1969, quando se transferiu, por empréstimo, para o Água Verde, também da capital paranaense.
Suas boas atuações no campeonato paranaense de 1969, chamaram a atenção da Portuguesa de Desportos, de São Paulo, clube que o levou para a disputa do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão, desse ano. Permaneceu na reserva de Orlando durante quase toda a competição. Somente em duas oportunidades Rogério foi titular da equipe, nas duas últimas rodadas da fase de classificação, a primeira em 22 de novembro de 1969, em General Severiano, no Rio de Janeiro, na vitória sobre o Vasco da Gama, por 1 x 0, e no dia 25 do mesmo mês, na derrota de 2 x 0 para o Palmeiras.
Como a Portuguesa de Desportos não conseguiu classificação para o quadrangular final, Rogério foi devolvido ao Coritiba, onde permaneceu até 1971.
Foi, então, contratado pelo Grêmio, de Porto Alegre, onde ficou até 1973.
Do Grêmio foi transferido para o CEUB, quando este clube brasiliense participou pela primeira vez do Campeonato Brasileiro. Foi tão bem durante o torneio que despertou o interesse do América, do Rio de Janeiro.
Foi para o América graças a uma das melhores transações do futebol brasileiro nos últimos anos: a troca de Tarciso por ele, Ivo e Flecha.
No América, logo ganhou notoriedade com ótimas atuações, fechando o gol com grandes defesas, tornando-se um dos pontos importantes do clube, que tinha jogadores de alto nível, sagrando-se campeão da Taça Guanabara de 1974.
Tudo isso, porém, foi esquecido depois de falhar num jogo contra o Flamengo, ao ponto de o América, na hora da renovação de contrato, oferecer-lhe salário menor do que vinha recebendo. Criado o impasse e, sem jogar, resolveu retornar para o Paraná e passou a treinar no Colorado, onde estava para ser contratado, inclusive tinha tudo acertado, mas o América não o liberou alegando que havia abandonado o clube sem cumprir o contrato.
Resolveu, então, parar com o futebol profissional e foi trabalhar na loja de materiais de construção de seu pai, em Curitiba.
Rogério foi presidente da Associação Masters Paraná de Natação em 1991 e 1992 e amava a pescaria profissional. Em seus últimos anos de vida estava muito triste pelo falecimento de sua esposa, teve depressão profunda, pouco se alimentava e faleceu em 21 de outubro de 2006, de leptospirose.

ROGÉRIO NO CEUB

Rogério esteve em Brasília pela primeira vez no dia 19 de julho de 1973, ainda como jogador do Grêmio, quando iniciou entendimentos com a diretoria do Ceub, para assinar contrato e passar a defender o clube no Campeonato Brasileiro desse ano.
Pouco tempo depois, acertou sua transferência para o Ceub, onde fez sua estreia no dia 8 de agosto de 1973, no amistoso que marcou a reabertura do Pelezão, contra o Atlético Mineiro, que saiu vencedor por 1 x 0. Três dias depois, novamente no Pelezão, enfrentou seu ex-clube, o Grêmio, em outro amistoso, que terminou empatado em 1 x 1.
No dia 25 de agosto de 1973, na estreia do Ceub no Campeonato Brasileiro, foi o maior responsável pelo marcador de 0 x 0 diante do Botafogo, do Rio de Janeiro, uma atuação que se tornou inesquecível para Rogério. Nesse dia o Ceub jogou com Rogério, Oldair, Paulo Lumumba, Emerson e Rildo; Jadir e Cláudio Garcia; Marco Antônio, Dario, Péricles e Walmir. Técnico: João Avelino.
Outras grandes atuações foram contra o América (vitória de 1 x 0) e o São Paulo (empate em 0 x 0). No Ceub, atravessou a melhor fase de sua carreira. Foram 23 jogos válidos pelo Campeonato Brasileiro de 1973.
Seu último jogo com a camisa do Ceub foi em 15 de dezembro de 1973, no Pelezão, no empate em 0 x 0 com o Remo.
Rogério considerava a sua maior defesa no futebol a que ele realizou pelo Ceub, contra o Nacional, em Manaus, no dia 29 de setembro de 1973.
Dizia que o melhor técnico com quem trabalhou foi Danilo Alvim, o Príncipe.
Quando perguntado por quem mais influenciou seu estilo, citava os goleiros Gilmar, Rei e o alemão Sepp Maier.




Um comentário: