O 26 Futebol Clube foi
fundado no dia 7 de setembro de 1979, na Ceilândia, por um grupo de dissidentes
do então Dom Bosco, considerado o maior clube de futebol amador dessa cidade satélite. Dentre os fundadores estavam Irênio (principal mentor), Adilson,
Cardoso, Aroldo, Pelezinho (que jogou na Coenge) e Oscar.
Foi criado com o nome 26 porque
a maioria de seus fundadores morava na Quadra 26 da Ceilândia Norte.
No dia da reunião, foram
adotadas as cores vermelha e preta como oficiais do novo clube, porque quase
todos os fundadores eram torcedores do Flamengo, do Rio de Janeiro.
O escudo do 26 tinha outro
desenho em 1998, o número 26 dentro de um círculo. O atual escudo do 26 foi
bolado por Adelson de Almeida, hoje técnico do Ceilândia, juntamente com o
ex-presidente, já falecido, Raimundo Ribeiro de Queiroz. Eles procuraram
colocar as duas mãos em forma de uma caixa d’água.
Nota: a
caixa d’água é o monumento mais famoso da cidade de Ceilândia. É um dos maiores
símbolos da cidade e fica no centro, erguida no local onde foi fixada a pedra
fundamental de Ceilândia.
Logo depois de sua
fundação, o 26 passou a participar dos campeonatos de futebol amador da
Ceilândia. Não demorou para conquistar seu primeiro título, em 1983, quando se
sagrou campeão invicto, ganhando os dois turnos da competição.
Formou mais vezes com 1.
Gustavo, 2. Bode (in memoriam), 3. Dão, 4. Lelé e 6. Pisquila; 5. Irênio, 8.
Edson Beiçola e 10. Adilson; 7. Luizinho (in memoriam), 9. Risadinha e 11.
Tatu. O treinador foi Chico da Macaca.
Essa equipe ficou 51
partidas sem conhecer derrota.
Isso foi antes da
unificação das ligas amadoras da Ceilândia. A Ceilândia, antigamente, tinha
várias ligas não registradas (UEC, LIFAC, AFAC e LICIC). Foi feita uma fusão
(UEC, LIFAC e AFAC) e fundaram a LUFAC, para organizar campeonatos adultos, e a
LECIC, para realizar campeonatos das categorias de base. Em 1992, as equipes se
desentenderam com o presidente, Paulo Gomes, e abandonaram a LUFAC, se filiando
a LECIC, que passou a organizar campeonatos em todas as categorias.
O 26 conquistou os títulos
de campeão amador da cidade nos anos de 1994, 1998 e 2008.
Em 1999, venceu o
campeonato de futebol amador do Distrito Federal, promovido pela então
Federação Metropolitana de Futebol. Essa competição foi disputada por 12
equipes que, na Primeira Fase, foram divididas em dois grupos. O 26 integrou o
Grupo A e terminou em 1º lugar após a seguinte campanha: 3 x 2 Maringá, 3 x 3
Armagedon, 1 x 0 Planaltina, 2 x 0 América e 3 x 1 A. A. Classista Neon Toldos.
Nas semifinais, nos dias 5
e 12 de dezembro, contra o Colorado, venceu a primeira partida por 4 x 1 e
perdeu a segunda (única derrota na competição) por 3 x 1, garantindo vaga na
final.
Na decisão do campeonato,
nos dias 19 e 22 de dezembro, venceu duas vezes a A. A. C. Neon Toldos, ambas
pelo placar de 3 x 0, e ficou com o título de campeão.
O time base do 26 que
venceu o campeonato foi formado por: 1. Leudo, 2. Kelvis, 3. Nilton, 4. Lira e
6. Jefferson; 5. Ediubênio (in memoriam), 8. Cléber Bocão e 10. Zé Carlos; 7.
Bosquinho, 9. Paulinho e 11. Cassius. O treinador foi Ari de Almeida.
Além do título, teve também
o goleiro menos vazado: Jocileudo Dias Leite (Leudo), que sofreu 10 gols em 9
jogos.
No ano seguinte, em 2000, o
26 Futebol Clube resolveu se profissionalizar. José Beni Monteiro de Oliveira,
que foi presidente do Ceilândia entre 1997 e 2003 (falecido em 7 de fevereiro
de 2016) teve participação fundamental no processo de profissionalização do 26.
Cassius |
O 26 realizou uma boa
campanha no campeonato brasiliense da Segunda Divisão de 2000. Ficou com a
terceira colocação no geral, entre 14 participantes. Foram 14 jogos, com sete
vitórias, três empates e quatro derrotas. Marcou 24 gols e sofreu 6. Nas semifinais,
segundo colocado do Grupo A, teve pela frente o então novato Brasiliense. Na
primeira partida, realizada no dia 19 de novembro, no Mané Garrincha, perdeu
por 3 x 1. Na segunda, no dia 26 de novembro, também no Mané Garrincha, infringiu
ao adversário a sua primeira (e única) derrota na competição, ao vencer por 1 x
0, gol de Cassius.
A combinação de resultados
deu a classificação para a final ao Brasiliense (que acabaria vencendo a
competição).
Além da boa campanha, teve
Cassius como artilheiro da competição (junto com Petróleo, do Itapuã), com 11
gols.
O 26 voltou a disputar a
Segunda Divisão do DF em 2001 (que teve 16 participantes), ficando na sexta
colocação, após campanha muito parecida com a de 2000: 16 jogos, 7 vitórias, 4
empates e 5 derrotas; 23 gols a favor e 16 contra.
No entanto, o 26 não teve
vida longa no profissionalismo. Tinha, basicamente, a mesma diretoria e
comissão técnica do Ceilândia. Não demorou para seus dirigentes perceberem que
não havia necessidade em ter dois times profissionais na cidade. Assim, a
diretoria do 26 migrou para o Ceilândia. Os irmãos Adelson, Almir e
Ari de Almeida passaram do papel de torcedores símbolos para, tempos depois,
conduzirem o 26 com cargos diretivos. O 26 voltou ao futebol amador, onde paralisou suas atividades em 2008.
O 26 nunca teve um grande
rival, mas, em épocas diferentes, travou grandes jogos contra equipes como
Apollo 4, Real Sociedade e por fim o ECON.
Registros &
Curiosidades
No período de amadorismo, o
26 teve grandes artilheiros, tais como Leto, irmão mais novo de Dorival,
Cacimba e Risadinha, que viria a marcar o primeiro gol da história do
Ceilândia, depois que esse foi criado.
Também teve grandes
goleiros, com maior destaque para Gustavo e Leudo.
O 26 também foi um clube
onde jogadores se mostravam fiéis às suas cores. Irênio e Lelé, por exemplo,
depois que fundaram o 26, nunca mais jogaram por outro clube, até pararem de
jogar futebol.
Etevaldo Batista, que foi
árbitro de futebol em Brasília, também foi treinador do 26 enquanto amador.
Colaboração: Adelson de
Almeida.
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