No Flamengo, agachado, ao centro |
José Carlos da Silva Lemos, conhecido como Caio e
também Caio Cambalhota, nasceu em Niterói (RJ), no dia 11 de setembro de 1949.
É irmão de César Maluco e Luisinho Lemos, outros
centroavantes que fizeram história no futebol brasileiro.
Caio começou a carreira nas categorias de base do
Botafogo, do Rio de Janeiro, onde permaneceu de 1966 a 1969.
Por indicação do técnico Zagalo, ele foi contratado
pelo Flamengo, em 1970.
Muito jovem ainda, no mesmo ano foi emprestado para a
Ponte Preta. Caio também jogou por empréstimo no América, do Rio de Janeiro, em
1971 e 1973.
Um dos melhores anos da carreira de Caio foi o de
1972. Foi nessa época que surgiu a cambalhota nas comemorações de gols, uma
marca registrada do atacante. Caio conta que a maneira de vibrar depois do gol
aconteceu de forma acidental.
Em 1973 defendeu o Tiradentes do Piauí, marcando
muitos gols pela equipe, inclusive um que considera um dos mais lindos de sua
carreira, contra o Coritiba, pelo Brasileiro daquele ano.
Pelo Flamengo, Caio realizou 134 jogos e marcou 48
gols. O atacante participou de várias conquistas importantes, entre elas o
Campeonato Carioca de 1974.
Caio permaneceu na Gávea até 1976, ano em que teve seu
passe comprado pelo Atlético Mineiro. Chegou ao Atlético Mineiro para ser reserva de
Reinaldo, o outro centroavante. Mas o técnico Barbatana optou por improvisá-lo
como ponta-direita. Com a camisa atleticana, Caio fez parte da equipe
vice-campeã brasileira de 1977.
Depois do Galo, Caio defendeu por empréstimo o América
Mineiro, em 1978, e no mesmo ano seguiu para o futebol português, onde jogou no
Braga e permaneceu até 1989. Depois jogou pelo Tunsing, de Hong Kong (em 1989)
e pelo Al Tadamon, do Catar (em 1990).
Em 1991, Caio retornou ao Brasil. Defendeu a Caldense
(MG), o Rio Branco de Andradas (MG), o Tupi (MG), o Tiradentes (DF), a
Votuporanguense (SP) e a Portuguesa Carioca, seu último clube, onde encerrou a carreira
com 43 anos e fazendo parte da equipe campeã carioca da segunda divisão.
NA SELEÇÃO BRASILEIRA
Caio não teve chance de defender a seleção brasileira
principal, mas chegou a ser convocado pelo técnico Antoninho para a seleção Sub-20,
em 1970.
COMO TREINADOR
Como técnico, Caio trabalhou na categoria de juniores
do América, do Rio de Janeiro, e como profissional do Goytacaz (RJ), Rio Branco,
de Andradas (MG), Caldense (MG), Rio Branco (ES) e Flamengo (PI).
PASSAGEM POR BRASÍLIA
Caio foi contratado pelo Tiradentes, de Brasília, para
reforçar a equipe no Campeonato Brasileiro da Série C de 1988.
Sua estreia aconteceu no dia 23 de outubro de 1988, no
estádio José Fragelli, em Cuiabá (MT), com vitória do Tiradentes por 2 x 1. O Tiradentes formou com Déo, Beto Guarapari, Kidão, Beto Fuscão e Gilberto; Touro, Bé e Zé Maurício (Marco Antônio); Moura, Caio Cambalhota e Pedrinho. Técnico: Jair Marinho.
No jogo seguinte, em 27 de outubro, no Mané Garrincha,
Caio marcou o primeiro gol com a camisa do Tiradentes, no empate de 1 x 1 com o
Anápolis (GO).
No dia 30 de outubro, passou em branco no empate em 0
x 0 com o Tagatinga. Mas voltaria a marcar um gol no dia 2 de novembro, na
vitória de 2 x 0 sobre o Mixto, no Mané Garrincha.
Mesmo sem marcar nos jogos de 6 e 9 de novembro (3 x 1
no Anápolis e 2 x 1 no Taguatinga), o Tiradentes ficou com a primeira colocação
no seu grupo.
Antes do início da Segunda Fase, alegando problemas
particulares inesperados, Caio foi para o Rio de Janeiro e deixou a rescisão do
contrato assinada, não voltando a atuar no Tiradentes.
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