quarta-feira, 11 de junho de 2025

CRAQUES DE ONTEM E DE HOJE: Ernâni Banana - 1ª parte


Ernâni José Rodrigues, o Banana, nasceu em Araguari (MG), no dia 11 de junho de 1955, sendo o terceiro de sete irmãos (ainda tem duas irmãs). Curiosamente, só Banana e Elmo se dedicaram ao futebol profissional. Outros três irmãos, Ronaldo, Reginaldo e Genésio chegaram a treinar no Taguatinga e no Brasília, mas preferiram o futebol de salão, defendendo a LIFUSTA - Liga de Futebol de Salão de Taguatinga.
Morou em Araguari até os 12 anos, estudando no colégio dos padres e já batia suas peladas.

O apelido de Banana foi colocado ainda moleque, pois era muito mole e no futebol vivia caindo à toa. Foi crescendo e o apelido o acompanhou.
Quando seus pais vieram para o Distrito Federal, em 1968, foi morar na QND-35, em Taguatinga, passando a estudar no Centro Educacional Taguatinga Norte - CETN, onde jogava no time do colégio, isso em 1969. Começou a trabalhar cedo, ajudando o pai na feira e se virando em uma cantina no Tribunal de Justiça.

Banana no SESI, o segundo
da esquerda para a direita
Em 1970, se mudou para a QNF-24 e logo depois foi inaugurado o Centro Desportivo do SESI. Como ele morava próximo, acabou indo para a escolinha do SESI, dirigida por Antônio Fabiano Ferreira, o Raimundinho. Lá ficou de 1970 a 1974, passando pelas categorias infantil, infanto-juvenil e juvenil. Nessa época o SESI tinha uma equipe com bons jogadores, dela saindo, além de Banana, Roberto César, que iria brilhar no Cruzeiro, de Belo Horizonte, Bosco, pai de Kaká, que era um bom zagueiro, com 1,90 metros de altura e que chegou a fazer testes no Atlético Mineiro, Aldair e Elmo, irmão de Banana, entre outros. Passou também pelo Dom Bosco, da Ceilândia.
De 1974 até o final de 1975 esteve no juvenil do Ceub, disputando inclusive o campeonato de Brasília. Naquele tempo, trabalhava na Gráfica Alvorada de dia e estudava à noite, não encontrando muito tempo para dedicar ao futebol. Mesmo assim, houve interesse do Ceub em profissionalizá-lo. Além disso, chegou a jogar por seleções amadoras do DF e na Copa Arizona e foi campeão brasileiro sindical de futebol, competição organizada pelo Ministério do Trabalho, pela seleção brasiliense dirigida por Raimundinho, no ano de 1974.
Em 1975, disputou o campeonato do Departamento Autônomo defendendo a equipe da Brasal. No final deste ano, o Pioneira (da empresa de ônibus Pioneira) montou uma equipe e o técnico Eurípedes Bueno de Morais o convidou para integrar o time. Então largou a gráfica e passou a se dedicar somente ao futebol. Em 1976, o Pioneira se transformou no Taguatinga, clube que passou a participar de competições oficiais promovidas pela Federação Metropolitana de Futebol na qualidade de equipe profissional.
Banana no Taguatinga
A primeira competição foi o Torneio Imprensa, no qual o Pioneira estreou no dia 14 de fevereiro de 1976, no Estádio Pelezão, vencendo o Humaitá por 2 x 0. Banana não marcou gol.
Em compensação, no dia 20 de março de 1976, ainda no Pelezão, Banana marcou o gol da vitória de 1 x 0 sobre o Brasília.
Marcou seu segundo gol no dia 3 de abril, na goleada do Taguatinga sobre o Gama, por 4 x 1.
O Taguatinga fez boa campanha no Torneio Imprensa, chegando na segunda colocação, com o mesmo número de pontos do Grêmio, o campeão, para o qual perdeu o título no saldo de gols. Banana conseguiu aparecer com destaque. A imprensa de forma geral começou a dar força e o público passou a prestigiar os jogos do Taguatinga. A torcida do Taguatinga era bastante animada e começou a ir aos jogos conduzindo folhas de bananeira para saudar Banana. Primeiramente foram seus amigos, parentes, vizinhos e depois muitos outros torcedores passaram a fazer o mesmo. Banana passou a ser o primeiro jogador do futebol brasiliense a ter torcida própria. Acabou tendo uma repercussão enorme, com as rádios, as televisões e os jornais noticiando e comentando a forma dos torcedores em saudar Banana.
A equipe de esportes do Jornal de Brasília elegeu a seleção do torneio. Banana foi escolhido o destaque da competição, obtendo votação unânime.
Logo depois do Torneio Imprensa, teve início o campeonato brasiliense. Ao final do primeiro turno, o jornal Correio Braziliense escolheu a “seleção do primeiro turno”, dentre os quais estava Banana, do Taguatinga.
Apareceram clubes, como o Ceub, querendo contratar Banana, mas o Taguatinga não quis conversa. No campeonato, o time estava bem, quando aconteceu a paralisação, com o Ceub e o Brasília querendo a vaga do Distrito Federal no Campeonato Brasileiro e a CBD deixando ambos de fora. Foi quando apareceu um representante do Vasco da Gama e fez uma proposta para levar Banana para São Januário.

Banana no Vasco da Gama
Quando foi para o Vasco da Gama, em julho de 1976, Banana ainda era muito imaturo e teve um choque muito grande com aquela mudança radical. Sair do Taguatinga, um clube que estava iniciando no profissionalismo para um dos maiores clubes do Brasil, o abalou muito.
Ele estava inscrito para o vestibular na UnB. Dois dias antes do início das provas estava viajando para o Rio de Janeiro. Lá, de repente, se viu cercado por repórteres de rádio, TV e jornal, todos querendo entrevista, todos querendo saber quem era Banana.
O jornal carioca “O Globo” destacou em sua edição de 13 de julho de 1976: “Banana vem de Brasília para reforçar o Vasco”. Abaixo dessa matéria, outra chamada: “Ídolo do Taguatinga e artilheiro do time”.
Ficou meio apavorado, foi levado para assinar contrato e não fez nenhuma exigência. Concordou com tudo o que os dirigentes do Vasco da Gama propuseram.
Com menos de uma semana em São Januário, sem ter feito um único coletivo, foi lançado na equipe num amistoso contra o próprio Taguatinga, no dia 21 de julho de 1976. Banana entrou no lugar de Roberto Dinamite, aos 30 minutos do 1º tempo. Aos 15 minutos do 2º tempo, Banana chutou uma bola no travessão, na única boa jogada que realizou durante todo o tempo em que esteve em campo. O Vasco da Gama venceu o Taguatinga por 3 x 0. Esse jogo foi bastante promovido e houve até televisionamento direto para Brasília, pela TV Nacional.
Depois desse amistoso, passou a fazer trabalho de musculação e a treinar entre os profissionais. No coletivo realizado em São Januário, no dia 11 de agosto de 1976, os titulares venceram os reservas por 2 x 1. Jair Pereira e Helinho marcaram para os titulares, enquanto Banana descontou para os reservas.
Banana estava bem e mostrava isso nos treinos. Esperava que fosse ter uma chance no time. Como o Vasco da Gama estava disputando o terceiro turno do campeonato carioca, imaginou que o técnico Paulo Emílio não quisesse mexer na equipe. Então, passou a integrar o time misto em amistosos pelo interior do Rio de Janeiro e ficou alguns jogos no banco de reservas no campeonato carioca. Se destacou nos jogos amistosos e o Vasco da Gama passou a cobrar uma taxa mais alta por apresentação com a presença de Banana.
Logo depois veio o Campeonato Brasileiro e quando achou que ia ser relacionado para disputar a competição, isso acabou não acontecendo, sentindo-se marginalizado no elenco vascaíno.
Quando terminou o período de empréstimo, o Vasco da Gama queria que ele permanecesse por lá, mas ofereceu muito pouco ao Taguatinga pelo seu passe. Como Banana também estava querendo retornar a Brasília, não houve acerto entre os dois clubes, e Banana voltou para o Taguatinga.
Quando Banana voltou para Brasília, o futebol estava vivendo uma crise seríssima. O Ceub havia encerrado suas atividades. O Grêmio seguiu o mesmo caminho. O Taguatinga tinha dispensado quase todos os seus jogadores. Banana voltou em dezembro de 1976. Em fevereiro de 1977 venceu seu contrato com o Taguatinga. Como no tempo hábil o clube não manifestou, oficialmente, interesse na renovação do contrato, Banana acabou pleiteando na justiça desportiva a posse do passe e saiu vitorioso. Com o passe na mão, outros clubes o procuraram querendo contratá-lo. O Goiás e o Remo chegaram a fazer propostas. Preferiu, no entanto, vender seu passe ao Brasília e ficar na cidade, uma vez que a experiência vivida no Vasco da Gama ainda estava muito recente e ele com receio de sofrer outra decepção.


terça-feira, 10 de junho de 2025

GRANDES RESULTADOS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Excursão do CEUB em 1975


Delegação do CEUB momentos antes do embarque

O Ceub Esporte Clube foi o primeiro time do Distrito Federal a excursionar por gramados do exterior. De 1º de maio a 13 de junho de 1975, fez um giro de 16 jogos pelos continentes africano e europeu, obtendo sete vitórias, dois empates e sete derrotas. Levou vantagem no saldo de gols, marcando 20 e sofrendo 19.
Depois de duas viagens frustradas pela falta de seriedade dos empresários José da Gama e Emílio Alonso, finalmente o Ceub conseguiu realizar o grande sonho de excursionar ao exterior. Levado pelo empresário Elias Zacour, o Ceub faturou 90 mil cruzeiros de cota.
Desacreditado inicialmente, o Ceub acabou por apresentar um futebol bem acima da expectativa, surpreendendo nos jogos em países de melhor tradição, como na Iugoslávia e Espanha.
Contando com uma equipe jovem – média de idade de 20 anos, a delegação de 20 jogadores foi assim composta: Paulo Victor e Déo, goleiros; Pedro Pradera, Fernandinho, Márcio, Emerson, Nenê e Cláudio Oliveira, zagueiros; Renê, Alencar, Péricles, Toninho e Xisté, meio de campo; Julinho, Humberto, Ivanir, Gilberto e Marco Antônio, atacantes. Toninho e Ivanir foram emprestados pelo Flamengo. O treinador foi João Avelino.
Foram quatro jogos no Marrocos, vencendo apenas um.
Recuperou-se na Argélia, quando empatou um jogo e venceu dois.
Na França, voltou a decepcionar, perdendo dois e vencendo um jogo.
Na Iugoslávia, o Ceub perdeu as duas primeiras partidas e empatou a terceira.
Foi na Espanha, entretanto, que o Ceub conquistou seus melhores resultados, vencendo ao Betis (no momento, 7º colocado no campeonato espanhol e invicto a 19 jogos em seu estádio), por 2 x 1, o La Coruña (2 x 0) e o Tenerife (2 x 0).


CEUB 2 x 0 LA CORUÑA
Data: 7 de junho de 1975
Local: Estádio Riazor, La Coruña
Árbitro: Carreira Abad
Gols: Péricles, 86 e Alencar, 89
Ceub: Paulo Vitor, Renê, Pedro Pradera, Emerson e Nenê; Alencar, Péricles e Xisté (Gilbertinho); Julinho, Ivanir e Toninho (Moreirinha).
La Coruña: Cañedo (Seoane), Pardo, Canario e Belló; Luís (Piña) e Vales (Rivas); Piño (Juan Carlos), García, Castro (Seijas), Muñoz e Rabadeira.

CEUB 2 x 1 BETIS
Data: 10 de junho de 1975
Local: Estádio Benito Villamarín, em Sevilha.
Árbitro: o local Gallardo
O Ceub jogou com Paulo Victor, Renê, Pedro Pradera, Emerson e Nenê; Alencar, Péricles e Xisté (Gilbertinho); Julinho, Ivanir e Toninho (Moreirinha).
Betis: Esnaola (Garcia Fernández), Bizcocho, Iglesias (Orúe) e Biosca; Cobo Kramer (Lobato); Alabanda, Cardeñosa, Mamelli (Rogélio), Ladinszki e Anzarda.

Alencar abriu o marcador aos 14 minutos do primeiro tempo. No começo do segundo, Emerson cometeu pênalti em Cobo Kramer, que Rogélio converteu para o Betis. O gol da vitória do Ceub foi marcado no minuto final, através de Péricles.
Segundo o jornal espanhol ABC, os melhores jogadores do Ceub foram o goleiro Paulo Victor e o armador Péricles.

Encerrando a excursão, no dia 13 de junho de 1975 o Ceub foi até Tenerife e venceu o clube local do mesmo nome por 2 x 0.

sexta-feira, 6 de junho de 2025

ESQUECIDOS PELO TEMPO: Leocrécio (in memoriam)



Leocrécio Alves Ribeiro, o Leocrécio, também chamado de Léo, nasceu em Timóteo-MG, no dia 6 de junho de 1957.
Atuava como zagueiro.
No futebol do DF, defendeu:
Jaguar, nos anos de 1973 e 1974 (vice-campeão brasiliense)
CEUB, em 1975
Grêmio Esportivo Brasiliense em 1976 e 1977 e
Guará, em 1979 e 1980.
Foi convocado pelo técnico Bugue para defender a Seleção do Distrito Federal, no amistoso contra o Atlético Mineiro, em 21 de abril de 1977.
Fato curioso na carreira de Leocrécio: foi um dos quatro jogadores (os outros foram Salvador, Décio e Ariston) a desfalcar o Jaguar na decisão do Campeonato Brasiliense de 1974, contra o Pioneira, por terem viajado, dias antes, com a equipe de juvenis do CEUB, emprestados ao clube universitário para a disputa da Taça Cidade de São Paulo de Juniores, na primeira participação de um clube do DF nesta competição.
Leocrécio faleceu no dia 27 de novembro de 2024.




quinta-feira, 5 de junho de 2025

OS PRIMÓRDIOS DO FUTEBOL EM TAGUATINGA


Fundada em 5 de junho de 1958, a cidade de Taguatinga está comemorando mais um aniversário no dia de hoje.
O Almanaque do Futebol Brasiliense pesquisou e homenageia a cidade contando um pouco dos primórdios do futebol em Taguatinga.
A primeira referência que encontramos foi a presença da Associação Esportiva de Taguatinga (ex-JK Futebol Clube) na reunião de 1º de abril de 1959, quando foi incluída no quadro de associados da recém criada Federação Desportiva de Brasília (fundada em 16 de março de 1959).
Pouco tempo depois teve início o primeiro campeonato de futebol realizado em Brasília, antes mesmo de sua inauguração.
Os 19 clubes inscritos no primeiro campeonato de futebol de Brasília foram divididos em duas chaves: Zona Sul e Zona Norte. A Associação Esportiva de Taguatinga fez parte da Zona Sul.
Sua estreia aconteceu em 31 de maio de 1959, diante do Grêmio, que acabaria se tornando o primeiro campeão brasiliense de futebol. O Grêmio venceu por 3 x 0.
Com o decorrer dos jogos muitos clubes desistiram de continuar na competição. Foi o caso da A. E. de Taguatinga.
Retornou no ano seguinte, 1960, aproveitando-se do momento em que todos os clubes estavam empenhados na melhoria de seus quadros, realizando jogos, adquirindo jogadores, promovendo o intercâmbio com outros centros através de amistosos interestaduais/excursões, intensificando os treinos e organizando suas diretorias.
No mês de maio, a A. D. Taguatinga realizou três amistosos. No dia 8, empatou com o Defelê.
Uma semana depois, no campo do Grêmio Esportivo Brasiliense, voltou a enfrentar o Defelê e foi derrotado por 2 x 0.
No dia 22, jogando em Taguatinga, empatou em 1 x 1 com o Expansão. Carlos marcou o gol do Taguatinga aos 28 minutos do 2º tempo. O Taguatinga formou assim: Clésio, Amauri e Carlos; Edinho, Índio e Adolfo; Martins, Pernambuco, Morbeck, Joãozinho e Fabrício. Técnico: Paulista. Esse jogo teve o seu término antecipado em virtude de um conflito surgido aos 35 minutos do segundo tempo, quando torcedores exaltados entraram em campo e iniciaram luta corporal com os jogadores.
Grande número de associados, jogadores e esportistas compareceram no dia 28 de maio à sede provisória da A. E. de Taguatinga para assistir à posse da nova diretoria eleita.
Eis como ficou formada a primeira diretoria do Taguatinga:
Presidentes de Honra: Ernesto Silva e José Maciel de Paiva; Presidente: Valter Lima da Cruz; Vice-Presidente: José Mazzaro; Presidente Social: Ricardo Leopoldo; 1º Tesoureiro: Anfrido Ziller; 2º Tesoureiro: Adriano Francisco Oliveira; 1º Secretário: João Daniel Neves; 2º Secretário: José Barbosa; Diretor Esportivo: Antônio Alves da Silva; Diretor de Publicidade: Valdir Fernandes Neves; Diretor Técnico: Odraci Silvério de Alencar e Assistente Técnico: Valdomiro da Silva.
Uma grande assistência compareceu no dia 29 de maio de 1960 ao campo da Escola Técnica de Taguatinga, para presenciarem o encontro entre a equipe da A. E. de Taguatinga e o quadro da ECEL, verificando-se o elevado placar de 9 x 0 favorável aos locais. Os gols foram marcados por Edinho, Índio, Morbeck (2), Pernambuco (3) e Joãozinho (2). 
Formou a A. E. de Taguatinga com Clésio, Martins e Tati; Alcides, Evangelista e Morbeck; Pernambuco, Edinho, Orides (Índio), Joãozinho e Adolfo.
No dia 5 de junho de 1960, a cidade de Taguatinga realizou grandes festividades pela passagem de seu segundo aniversário. Do programa constavam várias provas esportivas, sendo uma das principais a realização de um triangular de futebol entre A. E. de Taguatinga, Colégio Brasília e o Colégio São Francisco, de Anápolis. A Comissão Organizadora dos Festejos resolveu adiar para o dia 12 de junho. Com esse adiamento, o colégio de Anápolis desistiu de jogar em Taguatinga.
Nesse dia, a A. E. de Taguatinga enfrentou e venceu o Colégio Brasília por 2 x 0, gols de Joãozinho, aos 32 minutos do 1º tempo, e Batista aos 33 do segundo. Formou o Taguatinga com Clésio, Tati e Carlos; Edinho, Martins e Adolfo; Batista, Pernambuco, Orides (Pelé), Joãozinho e Claudiovir.
Entre esses jogadores: Martins, duas vezes campeão da Primeira Divisão de Anápolis, Amauri e Carlos, ex-defensores do Coritiba, do Paraná, e Orides, ex-Canto do Rio.
Esteve fazendo teste no Taguatinga o jogador Cremonês, que esteve alguns dias no São Paulo F. C., da capital paulista.
No dia 19 de junho de 1960, no campo da Escola Técnica de Taguatinga, a A. E. de Taguatinga conseguiu mais uma vitória, vencendo o quadro da ENACO pela contagem de 2 x 1. Pernambuco marcou o único gol do 1º tempo, logo aos dez minutos de jogo.
No início do segundo tempo, aos cinco minutos, novamente Pernambuco voltou a marcar. O quadro do Taguatinga no jogo foi Clésio, Amauri e Carlos; Edinho, Martins e Cremonês; Pernambuco, Pelé, Batista, Joãozinho e Claudionor.
Jogando desfalcado de seis titulares, a A. E. de Taguatinga foi presa fácil para o Grêmio Esportivo Brasiliense no jogo realizado no dia 10 de julho de 1960, no campo do Grêmio, no Núcleo Bandeirante. Foi goleado por 7 x 0. Formou com Clésio, Gordo (Goiano) e Tati; Edinho, Martins e Fabrício; Pernambuco, Batista, Osmar (Pelé), Joãozinho e Nemésio (Claudecir). Técnico: Paulista.
Jogando amistosamente no dia 7 de agosto de 1960, em seu campo, o Rabello colheu vitória difícil sobre a representação da Associação Esportiva de Taguatinga. Após 90 minutos de partida, o marcador acusava 5 x 4 em favor do Rabello. Para o Taguatinga marcaram Nembequinha (2), Índio e Pernambuco. O quadro de Taguatinga atuou com Clésio, Alcides e Martins; Edinho, Batista e Pelé; Índio, Pernambuco, Nembequinha, Joãozinho e Enézio.
Em 16 de agosto de 1960, quase um mês antes do início do torneio que a Federação Desportiva de Brasília resolveu fazer para determinar as oito equipes que disputariam o campeonato da Primeira Divisão e as oito que comporiam a Segunda, aconteceu a Assembleia Geral da entidade que desfiliou a Associação Desportiva de Taguatinga.
O futebol de Taguatinga só voltaria a ter um representante no campeonato brasiliense no ano de 1964, quando o Vila Matias disputou o certame amador.



quarta-feira, 4 de junho de 2025

OS GOLEIROS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Osmair


NOME COMPLETO: Osmair Gonzaga de Santana
APELIDO: Osmair
LOCAL E DATA DE NASCIMENTO: Jaraguá (GO), 4 de junho de 1975.
POSIÇÃO EM CAMPO: Goleiro

LINHA DO TEMPO

1991
Juvenil do Goiás, levado por Tuíra, ex-atacante do Goiás e Vila Nova na década de 70, e que foi coordenador das categorias de base do Goiás Esporte Clube durante dez anos.

1992 e 1993
Juniores do Goiás, onde foi treinado pelo ex-jogador Matinha. Teve uma rápida passagem pelo Matsubara, de Cambará (PR), em 1993.

1994
Se profissionalizou no Goiânia.

1995
De 9 de abril a 7 de junho disputou a repescagem do campeonato goiano, pelo Uruaçu. De 1º de outubro a 3 de dezembro, defendeu o Uruaçu no campeonato goiano da Segunda Divisão. O Uruaçu perdeu a chance de subir para a Primeira Divisão ao ser derrotado pelo Bom Jesus, em casa, em sua única derrota na competição.

1996
O zagueiro Édson, que também é de sua cidade natal, o levou para o Guarani, de Campinas, onde ele amargou a reserva por todo o período que esteve por lá.

1998 a 2000
No Campeonato Goiano da Segunda Divisão de 1998, o Goianésia foi o terceiro colocado. Em 1999, Osmair ajudou o clube a subir para a divisão principal do campeonato goiano. Perdeu a titularidade no dia 22 de agosto de 1999, no empate em 3 x 3 diante do União, de Inhumas.

1999
Disputou 17 jogos pelo Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão, levando o Dom Pedro II ao vice-campeonato do DF.

2000
Osmair disputou três competições pelo Dom Pedro II: o Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão (20 jogos), a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro da Série C.

2001
No Guará, disputou 13 jogos válidos pelo Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão.

2002
No Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão disputou 19 jogos, sendo 14 no Luziânia, na Primeira Fase, e cinco pela Fase Final, no Ceilândia.

2003
Defendeu o Luziânia em treze jogos válidos pelo Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão.
Sagrou-se campeão brasiliense da Segunda Divisão atuando pelo Sobradinho. Na partida decisiva, em 2 de novembro de 2003, no Augustinho Lima, o Sobradinho venceu o Paranoá, por 1 x 0, com essa formação:
Osmair, André Souza, Piu, Panda e Bobby; Coquinho, Ricardinho, Iron e Edinho Paraíba (Jocelmo); Giovani (Zé Ricarte) e 7. André Carioca (Joãozinho). Técnico: Everton Goiano.

2004
Vice-campeão brasiliense pelo Gama, disputando 14 jogos por esse clube.
Foi o goleiro do Gama no confronto pela Copa do Brasil no dia 7 de abril de 2004, que eliminou o Botafogo, do Rio de Janeiro, em pleno Maracanã: vitória de 3 x 2.
Na tradicional votação promovida pelo jornal Correio Braziliense com treinadores e imprensa do Distrito Federal para se conhecer os melhores do ano, em 2004, a seleção do campeonato ficou assim formada: Osmair (Gama), Patrick (CFZ), Emerson (Gama), Jairo (Brasiliense) e Rochinha (Brasiliense); Deda (Brasiliense), Cleison (Brasiliense), Tiano (Brasiliense) e Rodriguinho (Gama); Creedence (Brasiliense) e Bispo (CFZ).

2005
Começou esse ano disputando o Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão pelo Luziânia (nove jogos). Em março, fez sua estreia no campeonato mato-grossense, no Juventude, de Primavera do Leste-MT, que tinha como treinador Everton Goiano.
No segundo semestre de 2005, acompanhou o treinador Everton Goiano e disputou a Segunda Divisão do Campeonato Goiano pelo CRET - Clube Recreativo Esporte Tocantins, de Minaçu-GO.

2006
Disputou oito jogos pelo Dom Pedro II no Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão.
Beneficiado pelo curto período de disputa do Campeonato Brasiliense de 2006, o técnico Marquinhos Bahia levou sete jogadores do futebol do DF para servir de base da ADESG, de Senador Guiomard, no Campeonato Acreano, dentre eles Osmair. A ADESG venceu os dois turnos e, de forma invicta, sagrou-se campeã acreana de 2006, sem a necessidade de disputar uma final.
A ADESG quebrou uma marca: pela primeira vez um clube do interior acreano se tornava campeão estadual.
Na decisão do primeiro turno, contra o Rio Branco, houve empate em 1 x 1 no tempo normal. Nas penalidades, a ADESG venceu por 8 x 7, com Osmair defendendo uma das cobranças.
Na decisão do dia 28 de maio de 2006, contra o Independência, a ADESG formou com Osmair, Clein, Badu, Piu e Carlos Eduardo (Zinho); Vavau (Cacique), Ricardinho (Rogerinho Quinari), Mário Zan e Rogerinho; Michel e Samuel. Técnico: Marquinhos Bahia.

2007
No primeiro semestre, disputou o Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão pelo Esportivo, do Guará, que estreava na competição.
No segundo semestre, tomou parte do Campeonato Goiano da Terceira Divisão pelo Jaraguá, time de sua cidade natal. O Jaraguá terminou em sétimo e penúltimo lugar.

2008
Disputou 14 jogos pelo Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão pelo Dom Pedro II.

Logo após o encerramento dessa competição, a equipe de esportes da Rádio Comunidade FM escolheu a seleção do campeonato brasiliense de 2008. Ficou assim: Osmair (Dom Pedro II), Patrick (Brasiliense), Ozéia (Gama), Rodrigo Mello (Dom Pedro II) e Kaká (Legião); Welton (Brazlândia), Zé Ricarte (Dom Pedro II), Mazinho Brasília (Dom Pedro II) e Maninho (Dom Pedro II); Ésley (Gama) e Michel (Dom Pedro II). Técnico: José Lopes de Oliveira (Risada), do Dom Pedro II. A revelação foi Jóbson, do Brasiliense.
Pela primeira vez na história uma seleção de futebol do Distrito Federal realizou uma excursão internacional, disputando dois amistosos em países da África, nos dias 1º e 3 de abril de 2008. Osmair foi um dos 22 jogadores convocados.
No dia 1º de abril, a Seleção do DF, com Osmair na meta, venceu o selecionado de Botswana, por 1 x 0. Formou a seleção do DF com Osmair, Paulo Ricardo, Padovani e Kaká; Agenor, Perivaldo, Luís Fernando (Rodrigo Félix) e Adrianinho (Welton); Ésley (Mazinho Brasília) e Michel (Léo Guerreiro). Osmair não participou do segundo jogo, quando esteve no arco da seleção do DF Rafael Córdova.
No segundo semestre de 2008, disputou o Campeonato Brasiliense da Terceira Divisão, ajudando o CFZ a subir para a Segunda.
Disputou dois jogos pelo Brasiliense, válidos pelo Campeonato Brasileiro da Série B.

2009
Sagrou-se campeão brasiliense da Primeira Divisão de 2009, defendendo o Brasiliense. Por este clube, disputou o Campeonato Brasileiro da Série B.

2010
Disputou o Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão pelo Brasiliense e oito jogos do Campeonato Brasileiro da Série D pelo Brasília.

2011
No Atlético Ceilandense, disputou dez jogos pelo Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão.
No dia 26 de junho de 2011 aconteceu o segundo jogo da final do Campeonato Paraense, entre Paysandu e Independente, de Tucuruí. O goleiro titular, Dida, do Independente, foi afastado por suspeita de ter sido subornado por dirigentes do Paysandu para facilitar a vida do clube da capital na disputa do título. Reserva imediato de Dida, o goleiro Osmair foi escalado e entrou em seu lugar, numa verdadeira "fogueira".
Após empate em 3 x 3 no tempo normal de jogo, a decisão foi para as cobranças de pênaltis e deu Independente pelo placar de 3 x 0. O Independente marcou as três cobranças, enquanto o Paysandu desperdiçou todas elas. Foram três chutes por cima da trave. Osmair comemorou um feito inédito: em 103 anos de Campeonatos Paraense, esta foi a primeira vez que um time do interior do Estado conquistou o título de campeão.
Depois que voltou ao futebol do DF, sagrou-se vice-campeão brasiliense da Segunda Divisão, disputando nove jogos.

2012
Ainda no Sobradinho, disputou o Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão e o Brasileiro da Série D.

2013
Em seu último ano como jogador, primeiramente Osmair sagrou-se campeão de Tocantins, defendendo o Interporto, de Porto Nacional. O Interporto não conquistava esse título desde 1999. Osmair foi um dos reforços contratados pelo clube. Os jogos da final aconteceram nos dias 5 e 8 de junho de 2013, contra o Gurupi. No primeiro jogo, empate em 1 x 1 e, no segundo, vitória de 1 x 0.
Logo depois, a partir de 20 de julho, passou a disputar o Campeonato Brasiliense da Segunda Divisão pelo Santa Maria, quando se tornou vice-campeão. Atuou em cinco das nove partidas do Santa Maria. Seu último jogo foi contra o Dom Pedro II, no dia 17 de agosto de 2013, no estádio da Metropolitana, com empate em 1 x 1. O Santa Maria formou com Osmair, Bruninho, Badhuga, Cauê e Kabrine; David, Leís (Yan), Thompson e Allan (Elvis); Léo Borges (Amauri) e Edicarlos. Técnico: Reinaldo Gueldini.
Uma inflamação do nervo ciático fez com que abandonasse a posição de goleiro. Nesse mesmo ano, começou a trabalhar como treinador de goleiros do Brasília, função que desempenhou em 2014 no Brasília e no Atlético Ceilandense, em 2015 no Brasília e a partir de 2017 no Sobradinho.

2017
No período de 30 de abril a 4 de maio, Osmair fez parte da equipe do Minas-Brasília Tênis Clube que conquistou, em Algarve, Portugal, a Copa AFIA (entidade que cuida do futebol amador master no mundo inteiro), competição que reuniu equipes de veteranos de vários países. Osmair foi um dos destaques da vitoriosa campanha do Minas-Brasília, ao ser eleito o melhor na posição.

2018
Como treinador de goleiros, Osmair sagrou-se campeão brasiliense com o Sobradinho. O último título do Sobradinho havia sido em 1986.
Além de treinador de goleiros, Osmair continua batendo bola nos campeonatos de veteranos de clubes sociais de Brasília, tais como Minas-Brasília e ABR.

Colaboração: José Egídio Pereira Lima.





terça-feira, 3 de junho de 2025

GRANDES RESULTADOS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Brasiliense 1 x 0 Atlético Mineiro - 2006


BRASILIENSE 1 x 0 ATLÉTICO MINEIRO (MG)
Campeonato Brasileiro - Série B
Data: sábado, 3 de junho de 2006
Local: Serejão, Taguatinga (DF)
Árbitro: Marcelo Hugo Silva Nunes (GO)
Renda: R$ 35.926,00
Público: 8.328 pagantes
Expulsão: Deda, do Brasiliense
Gol: Jonhes, 75
BRASILIENSE: Alexandre Fávaro, Maricá (Agenor), Pedro Paulo, Jairo e Augusto; Deda, Carlos Alberto, Iranildo (Nélio), Allann Delon (Breno) e Rodriguinho; Jonhes. Técnico: Lula Pereira.
ATLÉTICO MINEIRO: Bruno, Márcio Araújo, Lima, Marcos e Thiago Feltri; Rafael Miranda, Zé Antônio (Éder Luís), Bilu e Ramon (Galvão); Danilinho (Dinelson) e Marinho. Técnico: Levir Culpi.



domingo, 1 de junho de 2025

O QUE ACONTECEU HÁ 60 ANOS: 01 a 30.06.1965



03.06.1965

Foram inauguradas as novas instalações da Federação Desportiva de Brasília.

05.06.1965

Por iniciativa do Subprefeito Gileno Mendes foi fundado o Brazlândia Esporte Clube. Na ocasião foi empossada a primeira diretoria, tendo Luiz Ramos Porto sido eleito Presidente. Os demais cargos foram assim preenchidos: Vice-Presidente - Noraldino Ladeira e Geraldo Maurício Maia; 1º Secretário – Dário Luiz de Oliveira; 2º Secretário – Antônio Santana Balbino e Diretor Tesoureiro – José Alves Martins e Helvécio Dutra.