PASSARAM POR AQUI: Carlos Alberto Dias

Ao contrário de outros jogadores que já passaram por essa seção, em sua maioria fazendo carreira antes de virem para Brasília, Carlos Alberto Dias nasceu em Brasília e nem teve tempo para disputar ao menos um jogo válido pelo campeonato brasiliense.

Carlos Alberto Costa Dias está completando 50 anos no dia de hoje, tendo nascido em 5 de maio de 1967.

Meia armador de muita habilidade, logo chamou a atenção de olheiros de outros Estados, indo parar nas categorias de base do Matsubara, do Paraná, em 1985.

Naquela época o Matsubara, clube do interior paranaense fundado por japoneses, fazia um trabalho de contratar garotos bons de bola para negociá-los mais tarde, repassando-os a clubes do Brasil e do Japão.

Com 18 anos, em 1986, Carlos Alberto Dias tornou-se um dos primeiros brasileiros a atuar no futebol do Japão, antes mesmo de nascer a J-League (campeonato local), em 1992. Foi contratado pelo Bellmare Hiratsuka - clube que não existe mais no Japão. Ficou no Japão até 1988, quando retornou ao Brasil, para atuar no Coritiba, onde foi campeão paranaense de 1989.

Transferiu-se, depois, para o Botafogo, do Rio de Janeiro. O jogador foi pivô de uma disputa judicial, na qual o Coritiba praticamente não lucrou com sua transferência para o clube carioca, na época presidido pelo “bicheiro” Emil Pinheiro.

No Botafogo viveu a melhor fase de sua carreira entre 1990 e 1992, participando da conquista do bicampeonato carioca em 1990 (quando marcou o gol da vitória de 1 x 0 sobre o Vasco da Gama, na final) e fazendo parte da excelente equipe alvinegra vice-campeã brasileira em 1992, ano em que também foi convocado para a Seleção Brasileira, enfrentando a seleção da Finlândia no dia 15 de abril, sua única vez a vestir a camisa da seleção brasileira.

Em 31 de agosto de 1992 fazia sua estreia pelo Vasco da Gama e passou a ser uma das peças fundamentais do meio de campo vascaíno, conquistando duas vezes o título carioca pelo clube (1992 e 1993). Foram 50 jogos no Vasco da Gama, marcando 14 gols.

Deixou o clube para disputar o Campeonato Brasileiro de 1993 pelo Grêmio, de Porto Alegre.

Passou depois por Flamengo, onde fez seu primeiro jogo no dia 6 de fevereiro de 1994 (empate de 1 x 1 com o Madureira). No rubro-negro carioca foram dezoito jogos e cinco gols.

Nesse mesmo ano, voltou ao futebol paranaense, para defender o Paraná.

Em 1995, Carlos Alberto Dias retornou ao futebol japonês para defender o Shimizu S-Pulse, marcando um dos gols mais bonitos daquela temporada, com um chute do meio-de-campo. Assinalou 18 gols na temporada.

Na sequência, defendeu Paraná-PR (1996), Verdy Kawasaky, do Japão (1997), América, de São José do Rio Preto-SP (1998), Coritiba-PR (1998), Fluminense-RJ (1998), Paraná-PR (1999), Ceará-CE (2000), Madureira-RJ (2001), Vila Nova-GO (2003), Shizuoka, do Japão (2004), Operário, de Várzea Grande-MT (2004), Bragantino-SP (2005), Operário, de Ponta Grossa-PR (2005), Nacional, de Rolândia-PR (2005), Marcílio Dias-SC (2006), Operário, de Ponta Grossa (2006) e ABC-RN (2006), seu último clube como jogador.

Depois da aposentadoria como jogador de futebol, Carlos Alberto Dias passou a trabalhar com garotos, com objetivo de achar futuros craques para o Brasil, mas também para o Japão. Dono de um Centro de Treinamento na cidade de Colombo, na região metropolitana de Curitiba, Carlos Alberto Dias passou a garimpar jovens talentos no Sul, em parceria com o Shizuoka, do Japão. Quando os jovens atingiam 18 anos, se transferiam para o Japão.

Passou a viajar a cada três meses para o Japão, a fim de relatar a evolução do projeto no Brasil.

Como técnico de futebol, Carlos Alberto Dias estreou em 2014, comandando o Castanhal, do Pará, em apenas três jogos. Passou ainda por Bacabal, do Maranhão, e Frei Paulistano, onde foi campeão da Série A-2 do Campeonato Sergipano de 2016.

Chegou a ser contratado pelo Itumbiara para a disputa do Campeonato Goiano de 2017, mas a contratação foi reprovada pela torcida desse clube.

Em fevereiro de 2017 foi oficializado como novo treinador do Paragominas, do Pará.

No começo de 2017, Carlos Alberto Dias esteve visitando o Centro de Treinamento Ninho do Periquito, do Gama.