A Associação Atlética
Relações Exteriores foi fundada em Brasília (DF), no dia 4 de agosto de 1973,
por funcionários do Ministério das Relações Exteriores.
A primeira diretoria foi
escolhida nessa mesma data e ficou assim constituída: Presidente – Hermínio
Affonso; Vice-Presidente Administrativo – Olavo Coelho Pinho; Vice-Presidente
de Esportes – Hélio de Oliveira; Vice-Presidente Recreativo – José Antônio Diogo;
1º Secretário – Ângelo Vicente; 2º Secretário – Adilson Dantas da Silva; 1º
Tesoureiro – Ênio Flores de Lyra; 2º Tesoureiro – Newton da Costa Ribeiro;
Diretor Social – Hélio José Xavier; Diretor de Esportes – Zeferino Féo; Diretor
de Patrimônio – Nilton Soares da Costa; Diretor de Relações Públicas – Carlos
Alberto Lopes da Silva; Diretor Infanto-Juvenil – Rubens Álvares de Almeida;
Diretor Médico – Nelson Miranda e Diretor Jurídico – Geraldo Affonso Muzzi.
A sede provisória do clube
era a sala 13 do subsolo do prédio representativo do Ministério das Relações
Exteriores.
As cores oficiais da nova
agremiação passaram a ser a verde e a branca, tendo por escudo as iniciais AARE
e como símbolo a configuração da pedra que fica em frente à sede do Ministério das
Relações Exteriores.
O uniforme número um do
Relações Exteriores era composto de camisas e calções brancos com detalhes em
verde e os meiões verdes. O número dois tinha camisa verde com detalhes em
branco, calções e meiões brancos.
No dia 16 de agosto de 1973
aconteceu a Assembleia Geral da Federação Desportiva de Brasília que aprovou a
filiação de vários clubes, dentre eles a A. A. Relações Exteriores.
Poucos dias depois, já
fazia sua estreia no campeonato brasiliense de futebol amador. No dia 25 de agosto
de 1973, no Estádio Pelezão, perdeu para a A. A. Serviço Gráfico, por 2 x 0.
Formou com Tião, Valete (Paulo), Zé Mauro, Grossi e Robson;
Edmilson, Palito e Arnaldo; Lula (Axel), Zequinha e Paulo César. Técnico: José
Carlos D’Almeida.
A primeira vitória e o
primeiro gol vieram aconteceram na segunda rodada, no dia 2 de setembro de 1973,
ao bater o Jaguar, por 2 x 1. Zequinha foi o autor do primeiro gol da história
do Relações Exteriores. Redi marcou o segundo.
Não teve um bom desempenho
no 1º turno, ficando com a sétima colocação entre os dez participantes. Nos
nove jogos que disputou, venceu quatro e perdeu cinco. Marcou onze gols e
sofreu treze.
Veio o segundo turno (sem
a presença do Serviço Gráfico) e demonstrou um poder de recuperação
impressionante, permanecendo invicto nessa fase, ao vencer sete jogos e empatar
um. Foram dezessete gols a favor e apenas quatro contra. Ficou um ponto a
frente do Ceub, vencedor do 1º turno.
Com isso, conforme
previsto no regulamento da competição, Relações Exteriores e Ceub decidiriam,
em melhor-de-três o campeonato brasiliense de 1973.
Nos dois primeiros jogos,
realizados nos dias 10 e 17 de fevereiro de 1974, aconteceu empate em 1 x 1.
No terceiro e decisivo
jogo, perdeu a chance de conquistar o título em seu primeiro ano de existência,
ao ser derrotado por 1 x 0, no dia 19 de fevereiro de 1974, no Estádio Pelezão.
Neste jogo formou com Wilsinho, Paulo, Rodolfo, Zé Mauro e Grossi; Edmilson,
Arnaldo e Zequinha; Bispo, Lula e Redi.
Sua campanha no
campeonato de 1973 foi: 20 jogos, 11 vitórias, 3 empates e 6 derrotas.
Assinalou 30 gols e sofreu 20. Totalizou 25 pontos.
Seu
centro-avante Humberto foi o artilheiro da competição, com 12 gols.
Alguns
jogadores que defenderam o Relações Exteriores em 1973: Goleiros
- Wilsinho, Tião e Daniel; Defensores - Valete, Catuca, Paulo, Grossi,
Reginaldo, Zé Mauro, Rodolfo, Edmilson, Chico, Robson e Sirlei; Atacantes -
Lula, Alex, Palito, Bispo, Benê, Zequinha, Humberto, Arnaldo, Renato, Paulo
César e Redi. O técnico era José Carlos D’Almeida, professor de Educação Física
da Academia Nacional de Polícia. A média de idade dos jogadores era inferior
aos 23 anos.
Quando a imprensa especializada
apontou a Seleção do Ano de 1973, três jogadores do Relações Exteriores faziam
parte dela: o goleiro Wilsinho, o zagueiro Grossi e o atacante Humberto.
Também no campeonato
brasiliense de futebol de 1974 o Relações Exteriores fez um péssimo primeiro
turno irregular. Entre sete equipes participantes, ficou na quinta colocação,
isso porque dois clubes acabaram desistindo de continuar disputando o
campeonato, empatando dois jogos e perdendo quatro, com direito a um grande
vexame.
No dia 15 de setembro de
1974, no Estádio Pelezão, sofreu uma tremenda goleada diante do Unidos de
Sobradinho, por 8 x 0. Detalhe: a equipe do Relações Exteriores
inicou a partida com apenas sete jogadores. A partida foi interrompida aos 38
minutos do 1º tempo, quando o atleta do Relações Exteriores, João Luiz,
contundiu-se e o clube ficou com apenas seis atletas (número de jogadores
insuficiente para uma equipe prosseguir o jogo). Posteriormente, com a
desistência do Unidos de Sobradinho, o Relações Exteriores recuperou os pontos
perdidos.
Esperava-se uma melhor
campanha no segundo turno, tal qual acontecera em 1973. Mas isso não aconteceu!
Perdeu os quatro jogos que disputou e, novamente, deu vexame no dia 17 de
novembro de 1973, quando foi goleado pelo Ceub, por 4 x 0. A equipe do
Relações Exteriores iniciou a partida com apenas oito jogadores. O
jogo foi
encerrado aos 40 minutos do 1º tempo, logo
depois da marcação do quarto gol, em razão da equipe do Relações
Exteriores haver ficado reduzida a seis atletas.
Começou o ano de 1975
disputando um torneio quadrangular promovido pela Federação, juntamente com
Canarinho, Guadalajara e Humaitá. Ficou na terceira colocação, após esses
resultados: 0 x 3 Humaitá, 0 x 0 Canarinho e 6 x 3 Guadalajara.
No campeonato, disputado
por um total de oito equipes, o Relações Exteriores teve o mérito de ser a
equipe que mais somou pontos. Por um desses caprichos do regulamento, o
campeonato foi dividido em dois turnos, quando foi segundo colocado em ambos:
no primeiro, ficou atrás do CSU, e no segundo, do Campineira. Esses dois clubes
decidiram o campeonato. O Relações Exteriores ficou com o terceiro lugar, com a
seguinte campanha: 14 jogos, 9 vitórias, 3 empates e 2 derrotas; 29 gols a
favor e 16 contra.
A Associação Atlética
Relações Exteriores foi desativada em 1976, após reconhecer que não tinha
estrutura para acompanhar a implantação definitiva do profissionalismo no
futebol do Distrito Federal.
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