Sérgio Luiz Tolentino de Carvalho, o Luizão, nasceu na
antiga enfermaria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRRJ), no dia 27
de agosto de 1951.
Luizão deu seus primeiros passos no gramado como
atleta amador nos times da cidade de Seropédica, município da região de
Itaguaí, interior do Rio de Janeiro, entre eles Grêmio Esportivo do Km 49 e
Seropédica Atlético Clube.
Depois de peregrinar por outros clubes amadores como o
Lajes, de Piraí, o Flamengo, de Volta Redonda, e de ser reprovado em um teste
para jogar no Campo Grande, Luizão chegou ao Bangu, em 1976. Sua estreia aconteceu no
dia 18 de janeiro de 1976, no empate em 1 x 1 com o Madureira.
Virou ídolo da torcida, graças aos
seus gols e ao seu carisma. Luizão nunca foi um jogador técnico, ao contrário,
valia-se do seu porte físico para ganhar as divididas, mas era eficiente.
Atrapalhado, trombador, porém artilheiro.
Tornou-se campeão e goleador do
Torneio da Integração de 1976. Continuou no Bangu nas temporadas de 1977, 1978
e 1979 (quando fez um excelente Campeonato Carioca, marcando sozinho mais da
metade dos gols do Bangu).
Luizão ganhou notoriedade nacional num duelo com o
Palmeiras, no Parque Antárctica, no dia 6 de abril de 1980, ao marcar dois gols
na inacreditável vitória do Bangu por 3 x 2.
Foram 249 jogos com a camisa do Bangu e 69 gols
marcados, até 1984, quando aconteceu sua
despedida do Bangu no dia 9 de maio de 1984, na vitória de 5 x 2 sobre o
Rio Negro, do Amazonas.
Além de jogar no Bangu, Luizão foi um verdadeiro nômade do
futebol, jogando no Sport Recife-PE, Santos-SP, Volta Redonda-RJ, Operário-MT,
CSA-AL, Olaria-RJ, Itabuna-BA, Campo Grande-RJ, Atlético Júnior, da Colômbia, Ceará-CE,
Tupi (onde foi o artilheiro máximo do Campeonato Mineiro - Módulo I, de 1987,
com 12 gols) e Sport, ambos de Juiz de Fora, Tiradentes-DF, Esportivo-MG e
Mariense-MG, onde encerrou sua carreira em 1992.
Depois que largou o futebol, Luizão passou a trabalhar
como professor da escolinha de futebol da Prefeitura de Seropédica, passando a
comandar 300 atletas divididos em cinco categorias.
PASSAGEM POR BRASÍLIA
Roberval de Paula, Supervisor, e Jorge Medina,
Treinador, do Tiradentes, viram uma reportagem com Luizão na revista Placar e
resolveram ir até Juiz de Fora para convencer o artilheiro a se transferir para
o Tiradentes, de Brasília.
Com fama de artilheiro, Luizão fez sua estreia na
segunda fase, do segundo turno do campeonato brasiliense, no dia 26 de junho de
1988, no CAVE, no empate em 1 x 1 com o Guará. O Tiradentes formou com Déo,
Beto Guarapari, Amaral, Beto Fuscão e Ahlá; Touro, Marco Antônio (Gilberto) e
Zé Maurício; Moura, Bé (Joel) e Luizão. Técnico: Jorge Medina.
O primeiro gol veio quase um mês depois de sua estreia,
mas foram logo três, marcados na vitória de 5 x 2 sobre o Sobradinho no
Serejão, em 23 de julho de 1988.
Na decisão do campeonato diante do Guará, no Serejão,
no dia 14 de agosto de 1988, o Tiradentes jogava pelo empate (no tempo regulamentar
e na prorrogação) para se sagrar campeão brasiliense pela primeira vez em sua
história. O Guará saiu na frente com um gol de Beijoca. Faltando um minuto para
terminar o primeiro tempo, Luizão marcou o gol de empate. No segundo tempo, Zé
Maurício colocou o Tiradentes em vantagem, mas Eusébio empatou para o Guará. No
primeiro tempo da prorrogação, Ailton Lira colocou o Guará à frente do
marcador. No segundo tempo da prorrogação, Luizão marcou o gol de empate,
resultado que deu o título de campeão brasiliense ao Tiradentes.
Foram apenas nove jogos de Luizão pelo Tiradentes, com
seis gols marcados.
O time que se sagrou campeão brasiliense foi o
seguinte: Déo, Beto Guarapari, Kidão, Beto Fuscão e Gilberto; Touro (Ricardo),
Bé e Zé Maurício; Moura, Luizão e Pedrinho (Marco Antônio). Técnico: Roberto
Ruben Delgado.
Fonte: Almanaque do Bangu
Timaço
ResponderExcluirOrgulho de Seropedica. Carisma e simplicidade em pessoa.
ResponderExcluirFui treinado por ele no grêmio esportivo Seropédica.
ResponderExcluir