quinta-feira, 10 de agosto de 2017

FICHA TÉCNICA: Marquinhos Bahia - 2ª parte


Marquinhos começou o ano de 1992 disputando o Campeonato Brasileiro pelo Cruzeiro até abril desse ano. No dia 12 de abril de 1992, no Mineirão, disputou sua última partida com a camisa do Cruzeiro, no empate de 0 x 0 com o Náutico. Logo depois teve uma rápida passagem pelo Ituano, de São Paulo.
Poucos lembram, mas Marquinhos teve uma passagem meteórica pelo Vitória, da Bahia, e quase fez parte daquele time que conquistou o vice-campeonato brasileiro, onde jogavam o goleiro Dida, Vampeta e Alex Alves, dentre outros.

Depois disso, ainda em 1993, retornou ao futebol do DF, mais precisamente ao Taguatinga. Por conta da marcante passagem pelo Bahia e também por ter encontrado outro Marquinhos no Taguatinga, o Carioca, fez com que Marquinhos passasse a ser conhecido por um novo sobrenome "artístico": Marquinhos Bahia. No Taguatinga chegou a tempo de se tornar campeão brasiliense nesse ano. Sua reestreia aconteceu no dia 14 de novembro de 1993, no CAVE, na vitória de 1 x 0 sobre o Guará.
O Taguatinga formou com Nilton, Márcio Franco, Zinha, Jânio e Adelmo; Paulo Lima (Marquinhos Carioca), Sílvio e Tuta; Almir, Joãozinho e Marquinhos (Henrique). Técnico: Froylan Pinto.
Foram apenas oito jogos, com dois gols marcados.
Em 1994 Marquinhos disputou a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro da Série C como jogador do Taguatinga.
Disputou o Campeonato Brasiliense de 1995 pelo Samambaia e, também nesse ano, foi mais uma vez convocado para defender a seleção do Distrito Federal, no amistoso realizado em 11 de maio de 1995, quando o selecionado brasiliense empatou com o Botafogo, do Rio de Janeiro, em 0 x 0.
Em 1996, defendeu o Ceilandense em onze jogos pelo campeonato brasiliense, marcando três gols. No ano seguinte, 1997, fez suas primeiras tentativas em ser treinador, dirigindo o Ceilandense em dez oportunidades. No terceiro ano no Ceilandense, em 1998, voltou a ser somente jogador nos vinte jogos que disputou, marcando quinze gols e se tornando artilheiro do campeonato brasiliense. Eis os jogos em que Marquinhos assinalou os seus gols:

 

DATA

LOCAL

GOLS

01.02.1998

Serra do Lago

LUZIÂNIA

1

x

2

CEILANDENSE

2

15.02.1998

Serejão

CEILANDENSE

1

x

1

SOBRADINHO

1

22.02.1998

Chapadinha

CEILANDENSE

3

x

2

BRASÍLIA

1

01.03.1998

Chapadinha

CEILANDENSE

2

x

1

DOM PEDRO II

1

15.03.1998

Chapadinha

CEILANDENSE

2

x

1

LUZIÂNIA

1

22.03.1998

Adonir Guimarães

PLANALTINA

1

x

2

CEILANDENSE

1

29.03.1998

Chapadinha

CEILANDENSE

2

x

1

ITAPUÃ

1

12.04.1998

Mané Garrincha

BRASÍLIA

2

x

4

CEILANDENSE

2

10.05.1998

Bezerrão

GAMA

4

x

1

CEILANDENSE

1

31.05.1998

Chapadinha

CEILANDENSE

4

x

2

TAGUATINGA

4


Teve também discretas e rápidas passagens pela Áustria e El Salvador.
Voltou ao Brasil e encerrou sua carreira no ano de 2001, jogando pelo mesmo time que o projetou para o futebol brasileiro, o Ceilândia. Foram 17 jogos, com 3 gols marcados em 2000, e 16 jogos e três gols marcados em 2001.
O último jogo disputado por Marquinhos com a camisa do Ceilândia foi no dia 6 de maio de 2001, no Abadião, no empate em 1 x 1 com o Brasília. Jogou o Ceilândia com essa formação: Tobias, Biro, Gilson, Fausto e Magal; Clayton, Francinaldo, Tiago Negão e Marquinhos; Cassius e Bobby. Técnico: John Kleber Bernardo Araújo.

CARREIRA COMO TREINADOR

A primeira experiência de Marquinhos Bahia como treinador foi no Jaguar, equipe das categorias de base de Brazlândia, em 2001. Em janeiro de 2002, recebeu um convite para assumir o comando técnico do Ceilândia. Já estava tudo certo com o Ceilândia, mas Marquinhos achou que as perspectivas no Brasiliense eram melhores e no dia 4 de janeiro de 2002 foi apresentado como assistente-técnico de Gerson Andreotti no Brasiliense.
Chegou a ser o treinador do Brasiliense nos jogos dos dia 6 de abril de 2002, contra o Comercial-MS, em substituição a Édson Porto, e 13 de abril de 2002, contra o Palmas, ambos pelo Campeonato do Centro-Oeste.
Logo depois, no segundo semestre de 2002, Marquinhos Bahia deixou o papel de auxiliar do time principal para assumir o cargo de treinador do Samambaia na Segunda Divisão do DF. Na verdade, o Samambaia foi representado pela equipe de juniores do Brasiliense, mesma equipe que Marquinhos Bahia comandou na Copa São Paulo de Futebol Junior em janeiro de 2003.
Logo depois, em julho de 2003, Marquinhos Bahia também foi o treinador do Brasiliense na Taça BH, a segunda competição mais importante da categoria Sub-20 no Brasil. Ainda no final desse mês de julho, o Brasiliense venceu a Copa Brasília Sub-20, numa decisão contra o Samambaia. Detalhe: os finalistas eram, na verdade, matriz e filial do Brasiliense e treinavam juntos sob o comando de Marquinhos Bahia.
Em novembro de 2003, depois que Vágner Benazzi foi dispensado, Marquinhos Bahia assumiu novamente de forma interina a equipe principal do Brasiliense. Também assumiu no Brasileiro da Série B, depois que Mauro Fernandes saiu. Era técnico dos juniores.
Em janeiro de 2005 novamente foi o treinador do Brasiliense na Copa São Paulo de Futebol Junior.

A três dias do começo do Campeonato Brasiliense de 2005, Marquinhos Bahia foi contratado para ser o treinador do time principal do Dom Pedro II, começando a trabalhar no dia 13 de janeiro de 2005. O Dom Pedro II surpreendeu a todos, venceu seus dois primeiros jogos (um deles, um 7 x 3 sobre o Bandeirante) e terminou a competição em 7º lugar entre os doze times disputantes. Marquinhos Bahia foi o treinador do Dom Pedro II nos dez jogos que o clube disputou.
Logo após o encerramento do campeonato brasiliense, os dirigentes da ADESG, de Senador Guiomard (AC) chegaram ao Distrito Federal com o objetivo de contratar o treinador Marquinhos Bahia para assumir o comando da equipe visando a disputa do Estadual de 2005.
O treinador chegou na madrugada de 8 de abril de 2005 e levou com ele onze jogadores do futebol brasiliense, para tentar chegar ao título. Ficou com o vice-campeonato acreano naquele ano.
No segundo semestre foi treinador do Ceilandense na Segunda Divisão do DF, com o clube chegando na segunda colocação no final, perdendo a vaga na Primeira Divisão para o Capital (nesse ano só subia o primeiro colocado).
Voltou a comandar o Dom Pedro II em janeiro de 2006, ficando à frente do clube em oito jogos.

ADESG
O campeonato brasiliense durou menos de três meses, de 15 de janeiro a 2 de abril. A eliminação antecipada do Dom Pedro II fez com que o técnico Marquinhos Bahia levasse vários jogadores do futebol brasiliense para disputarem o campeonato acreano, no período de 26 de março a 28 de maio de 2006, defendendo a ADESG.
Na decisão do campeonato, vencido pela ADESG, o clube contou com sete jogadores titulares e mais o técnico, todos participantes do campeonato brasiliense daquele ano. Foram eles: o meia Mário Zan e o goleiro Osmair, ambos ex-Gama; os laterais Clein e Carlos Eduardo, ex-Bandeirante; o volante Ricardinho, ex-Ceilândia; e o zagueiro Piu (o outro zagueiro, Panda, não pôde jogar a final) e o atacante Michel, ex-Dom Pedro II. Todos eles passaram a acrescentar em seus currículos o título de campeão acreano de 2006!
Tendo retornado à Brasília, voltou a treinar o Ceilandense na Segunda Divisão de 2006, disputada no segundo semestre desse ano. O Ceilandense terminou essa competição na quarta colocação.
Logo depois do encerramento da competição, o Esportivo Guará, campeão da Segunda Divisão, contratou Marquinhos Bahia para ser seu treinador na Primeira Divisão de 2007. Em sua estreia na principal divisão do futebol brasiliense, sob o comando de Marquinhos Bahia, depois de garantir participação na Série C do Campeonato Brasileiro, o Esportivo Guará chegou ao vice-campeonato do DF. Em maio de 2007, o jornal Correio Braziliense escolheu Marquinhos Bahia como o melhor treinador do campeonato desse ano. Ele recebeu 11 votos do total de 12 repórteres e comentaristas, sinal do excelente trabalho realizado com uma equipe modesta. Ainda nesse mês, o Esportivo não chegou a um acordo para renovar o contrato com Marquinhos Bahia e trocou de treinador, contratando Mozair Barbosa para o seu lugar.

No mês seguinte, Marquinhos Bahia passou a ser treinador do Ceilândia visando a disputa do Campeonato Brasileiro da Série C. No segundo semestre de 2007 foi treinador do Ceilandense na Segunda Divisão do DF (terminou em quinto lugar).
Em 2008, Marquinhos Bahia voltou a ser treinador do Esportivo Guará na Primeira Divisão do DF e também na inédita participação na Copa do Brasil de 2008. Não foi bem em nenhuma das duas competições e, depois de ser rebaixado para a Segunda Divisão do DF com três rodadas de antecedência, no começo de abril Marquinhos Bahia acertou sua saída do Esportivo.
No dia 10 de abril de 2008, Marquinhos Bahia foi apresentado como novo técnico do Holanda, do Amazonas, para dirigir a equipe na reta final do Estadual. Com ele levou quatro jogadores do Brasiliense. Sua estreia no comando da equipe foi no dia 20 de abril, justamente contra o Fast, vencedor do 1º turno. Venceu por 1 x 0, ficou com a primeira colocação de seu grupo e, a partir daí, arrancou para a conquista do título da Taça Cidade de Manaus (equivalente ao segundo turno). Na final, contra o Fast, em dois jogos (1º e 4 de maio), empatou o primeiro (0 x 0) e venceu o segundo por 1 x 0, chegando ao título de campeão amazonense de 2008 e garantindo vaga no Campeonato Brasileiro da Série C de 2008 e na Copa do Brasil de 2009.


Em agosto de 2008, durante o Campeonato Brasileiro da Série C, Marquinhos Bahia foi substituído pelo técnico João Carlos Cavalo.
Quando o Ceilândia se apresentou visando a temporada para a disputa do campeonato brasiliense de 2009, em 3 de dezembro de 2008, Marquinhos Bahia era o seu treinador.
Duas rodadas depois de iniciado o campeonato (uma vitória e um empate), no dia 26 de janeiro de 2009 Marquinhos Bahia foi demitido pelo Ceilândia.
No segundo semestre de 2009, Marquinhos Bahia assumiu o comando do Botafogo na Segunda Divisão do DF. Contando com jogadores de renome, tais como Túlio Maravilha, o Botafogo garantiu vaga na Primeira Divisão de 2010, após perder a final do campeonato para o Ceilandense.
Dirigiu o Botafogo em oito jogos válidos pelo campeonato brasiliense de 2010.

Em 2011, foi treinador do Atlético Ceilandense, em seis jogos, e do Ceilândia, em quatro.
Em 2013, assumiu o comando técnico do Luziânia em substituição a Esquerdinha, na Taça Dr. Sócrates, e foi o técnico na participação inédita do Luziânia na Copa do Brasil de 2013. Foram sete jogos, com uma vitória, dois empates e quatro derrotas, com três gols marcados e seis sofridos.
No final de 2015, foi contratado para ser o treinador do Bosque Formosa. No campeonato brasiliense dirigiu a equipe em seis jogos. Foi seu último trabalho como treinador de uma equipe do futebol brasiliense.
Hoje, casado e pai de dois filhos, Marquinhos Bahia não conseguiu ganhar muito dinheiro com o futebol, que garantisse uma vida cercada de conforto. Faz parte do plantel daqueles ex-jogadores que enfrentam dificuldades financeiras. Integra o corpo de funcionários da Empresa Fox, sediada em Brasília, especializada em oferecer serviços terceirizados para prédios e condomínios da capital federal. Ele trabalha como porteiro de um prédio na cidade de Taguatinga.


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