Marquinhos começou o ano de
1992 disputando o Campeonato Brasileiro pelo Cruzeiro até abril desse ano. No
dia 12 de abril de 1992, no Mineirão, disputou sua última partida com a camisa
do Cruzeiro, no empate de 0 x 0 com o Náutico. Logo depois teve uma rápida
passagem pelo Ituano, de São Paulo.
Poucos lembram, mas Marquinhos
teve uma passagem meteórica pelo Vitória, da Bahia, e quase fez parte daquele
time que conquistou o vice-campeonato brasileiro, onde jogavam o goleiro Dida,
Vampeta e Alex Alves, dentre outros.
Depois disso, ainda em
1993, retornou ao futebol do DF, mais precisamente ao Taguatinga. Por conta da
marcante passagem pelo Bahia e também por ter encontrado outro Marquinhos no
Taguatinga, o Carioca, fez com que Marquinhos passasse a ser conhecido por um
novo sobrenome "artístico": Marquinhos Bahia. No Taguatinga chegou a
tempo de se tornar campeão brasiliense nesse ano. Sua reestreia aconteceu no
dia 14 de novembro de 1993, no CAVE, na vitória de 1 x 0 sobre o Guará.
O Taguatinga formou com Nilton,
Márcio Franco, Zinha, Jânio e Adelmo; Paulo Lima (Marquinhos Carioca), Sílvio e
Tuta; Almir, Joãozinho e Marquinhos (Henrique). Técnico: Froylan Pinto.
Foram apenas oito jogos,
com dois gols marcados.
Em 1994 Marquinhos disputou
a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro da Série C como jogador do Taguatinga.
Disputou o Campeonato
Brasiliense de 1995 pelo Samambaia e, também nesse ano, foi mais uma vez
convocado para defender a seleção do Distrito Federal, no amistoso realizado em
11 de maio de 1995, quando o selecionado brasiliense empatou com o Botafogo, do
Rio de Janeiro, em 0 x 0.
Em 1996, defendeu o
Ceilandense em onze jogos pelo campeonato brasiliense, marcando três gols. No
ano seguinte, 1997, fez suas primeiras tentativas em ser treinador, dirigindo o
Ceilandense em dez oportunidades. No terceiro ano no Ceilandense, em 1998, voltou
a ser somente jogador nos vinte jogos que disputou, marcando quinze gols e se
tornando artilheiro do campeonato brasiliense. Eis os jogos em que Marquinhos
assinalou os seus gols:
LOCAL |
GOLS |
||||||
01.02.1998 |
Serra do
Lago |
LUZIÂNIA |
1 |
x |
2 |
CEILANDENSE |
2 |
15.02.1998 |
Serejão |
CEILANDENSE |
1 |
x |
1 |
SOBRADINHO |
1 |
22.02.1998 |
Chapadinha |
CEILANDENSE |
3 |
x |
2 |
BRASÍLIA |
1 |
01.03.1998 |
Chapadinha |
CEILANDENSE |
2 |
x |
1 |
DOM PEDRO II |
1 |
15.03.1998 |
Chapadinha |
CEILANDENSE |
2 |
x |
1 |
LUZIÂNIA |
1 |
22.03.1998 |
Adonir Guimarães |
PLANALTINA |
1 |
x |
2 |
CEILANDENSE |
1 |
29.03.1998 |
Chapadinha |
CEILANDENSE |
2 |
x |
1 |
ITAPUÃ |
1 |
12.04.1998 |
Mané Garrincha |
BRASÍLIA |
2 |
x |
4 |
CEILANDENSE |
2 |
10.05.1998 |
Bezerrão |
GAMA |
4 |
x |
1 |
CEILANDENSE |
1 |
31.05.1998 |
Chapadinha |
CEILANDENSE |
4 |
x |
2 |
TAGUATINGA |
4 |
Teve também discretas e
rápidas passagens pela Áustria e El Salvador.
Voltou ao Brasil e encerrou
sua carreira no ano de 2001, jogando pelo mesmo time que o projetou para o
futebol brasileiro, o Ceilândia. Foram 17 jogos, com 3 gols marcados em 2000, e
16 jogos e três gols marcados em 2001.
O último jogo disputado por
Marquinhos com a camisa do Ceilândia foi no dia 6 de maio de 2001, no Abadião, no
empate em 1 x 1 com o Brasília. Jogou o Ceilândia com essa formação: Tobias,
Biro, Gilson, Fausto e Magal; Clayton, Francinaldo, Tiago Negão e Marquinhos;
Cassius e Bobby. Técnico: John Kleber Bernardo Araújo.
CARREIRA COMO TREINADOR
A primeira experiência de
Marquinhos Bahia como treinador foi no Jaguar, equipe das categorias de base de
Brazlândia, em 2001. Em janeiro de 2002, recebeu um convite para assumir o
comando técnico do Ceilândia. Já estava tudo certo com o Ceilândia, mas
Marquinhos achou que as perspectivas no Brasiliense eram melhores e no dia 4 de
janeiro de 2002 foi apresentado como assistente-técnico de Gerson Andreotti no
Brasiliense.
Chegou a ser o treinador do
Brasiliense nos jogos dos dia 6 de abril de 2002, contra o Comercial-MS, em
substituição a Édson Porto, e 13 de abril de 2002, contra o Palmas, ambos pelo
Campeonato do Centro-Oeste.
Logo depois, no segundo
semestre de 2002, Marquinhos Bahia deixou o papel de auxiliar do time principal
para assumir o cargo de treinador do Samambaia na Segunda Divisão do DF. Na
verdade, o Samambaia foi representado pela equipe de juniores do Brasiliense,
mesma equipe que Marquinhos Bahia comandou na Copa São Paulo de Futebol Junior
em janeiro de 2003.
Logo depois, em julho de
2003, Marquinhos Bahia também foi o treinador do Brasiliense na Taça BH, a
segunda competição mais importante da categoria Sub-20 no Brasil. Ainda no
final desse mês de julho, o Brasiliense venceu a Copa Brasília Sub-20, numa
decisão contra o Samambaia. Detalhe: os finalistas eram, na verdade, matriz e
filial do Brasiliense e treinavam juntos sob o comando de Marquinhos Bahia.
Em novembro de 2003, depois
que Vágner Benazzi foi dispensado, Marquinhos Bahia assumiu novamente de forma
interina a equipe principal do Brasiliense. Também assumiu no Brasileiro da
Série B, depois que Mauro Fernandes saiu. Era técnico dos juniores.
Em janeiro de 2005
novamente foi o treinador do Brasiliense na Copa São Paulo de Futebol Junior.
A três dias do começo do
Campeonato Brasiliense de 2005, Marquinhos Bahia foi contratado para ser o
treinador do time principal do Dom Pedro II, começando a trabalhar no dia 13 de
janeiro de 2005. O Dom Pedro II surpreendeu a todos, venceu seus dois primeiros
jogos (um deles, um 7 x 3 sobre o Bandeirante) e terminou a competição em 7º
lugar entre os doze times disputantes. Marquinhos Bahia foi o treinador do Dom
Pedro II nos dez jogos que o clube disputou.
Logo após o encerramento do
campeonato brasiliense, os dirigentes da ADESG, de Senador Guiomard (AC) chegaram
ao Distrito Federal com o objetivo de contratar o treinador Marquinhos Bahia
para assumir o comando da equipe visando a disputa do Estadual de 2005.
O treinador chegou na
madrugada de 8 de abril de 2005 e levou com ele onze jogadores do futebol
brasiliense, para tentar chegar ao título. Ficou com o vice-campeonato acreano
naquele ano.
No segundo semestre foi
treinador do Ceilandense na Segunda Divisão do DF, com o clube chegando na segunda
colocação no final, perdendo a vaga na Primeira Divisão para o Capital (nesse
ano só subia o primeiro colocado).
Voltou a comandar o Dom
Pedro II em janeiro de 2006, ficando à frente do clube em oito jogos.
ADESG |
O campeonato brasiliense
durou menos de três meses, de 15 de janeiro a 2 de abril. A eliminação
antecipada do Dom Pedro II fez com que o técnico Marquinhos Bahia levasse vários
jogadores do futebol brasiliense para disputarem o campeonato acreano, no
período de 26 de março a 28 de maio de 2006, defendendo a ADESG.
Na decisão do campeonato,
vencido pela ADESG, o clube contou com sete jogadores titulares e mais o
técnico, todos participantes do campeonato brasiliense daquele ano. Foram eles:
o meia Mário Zan e o goleiro Osmair, ambos ex-Gama; os laterais Clein e Carlos
Eduardo, ex-Bandeirante; o volante Ricardinho, ex-Ceilândia; e o zagueiro Piu
(o outro zagueiro, Panda, não pôde jogar a final) e o atacante Michel, ex-Dom
Pedro II. Todos eles passaram a acrescentar em seus currículos o título de
campeão acreano de 2006!
Tendo retornado à Brasília,
voltou a treinar o Ceilandense na Segunda Divisão de 2006, disputada no segundo
semestre desse ano. O Ceilandense terminou essa competição na quarta colocação.
Logo depois do encerramento
da competição, o Esportivo Guará, campeão da Segunda Divisão, contratou
Marquinhos Bahia para ser seu treinador na Primeira Divisão de 2007. Em sua
estreia na principal divisão do futebol brasiliense, sob o comando de
Marquinhos Bahia, depois de garantir participação na Série C do Campeonato Brasileiro,
o Esportivo Guará chegou ao vice-campeonato do DF. Em maio de 2007, o jornal
Correio Braziliense escolheu Marquinhos Bahia como o melhor treinador do
campeonato desse ano. Ele recebeu 11 votos do total de 12 repórteres e
comentaristas, sinal do excelente trabalho realizado com uma equipe modesta. Ainda
nesse mês, o Esportivo não chegou a um acordo para renovar o contrato com
Marquinhos Bahia e trocou de treinador, contratando Mozair Barbosa para o seu
lugar.
No mês seguinte, Marquinhos
Bahia passou a ser treinador do Ceilândia visando a disputa do Campeonato Brasileiro
da Série C. No segundo semestre de 2007 foi treinador do Ceilandense na Segunda
Divisão do DF (terminou em quinto lugar).
Em 2008, Marquinhos Bahia
voltou a ser treinador do Esportivo Guará na Primeira Divisão do DF e também na
inédita participação na Copa do Brasil de 2008. Não foi bem em nenhuma das duas
competições e, depois de ser rebaixado para a Segunda Divisão do DF com três
rodadas de antecedência, no começo de abril Marquinhos Bahia acertou sua saída
do Esportivo.
No dia 10 de abril de 2008,
Marquinhos Bahia foi apresentado como novo técnico do Holanda, do Amazonas,
para dirigir a equipe na reta final do Estadual. Com ele levou quatro jogadores
do Brasiliense. Sua estreia no comando da equipe foi no dia 20 de abril,
justamente contra o Fast, vencedor do 1º turno. Venceu por 1 x 0, ficou com a
primeira colocação de seu grupo e, a partir daí, arrancou para a conquista do
título da Taça Cidade de Manaus (equivalente ao segundo turno). Na final,
contra o Fast, em dois jogos (1º e 4 de maio), empatou o primeiro (0 x 0) e
venceu o segundo por 1 x 0, chegando ao título de campeão amazonense de 2008 e
garantindo vaga no Campeonato Brasileiro da Série C de 2008 e na Copa do Brasil
de 2009.
Em agosto de 2008, durante
o Campeonato Brasileiro da Série C, Marquinhos Bahia foi substituído pelo
técnico João Carlos Cavalo.
Quando o Ceilândia se
apresentou visando a temporada para a disputa do campeonato brasiliense de
2009, em 3 de dezembro de 2008, Marquinhos Bahia era o seu treinador.
Duas rodadas depois de
iniciado o campeonato (uma vitória e um empate), no dia 26 de janeiro de 2009
Marquinhos Bahia foi demitido pelo Ceilândia.
No segundo semestre de
2009, Marquinhos Bahia assumiu o comando do Botafogo na Segunda Divisão do DF.
Contando com jogadores de renome, tais como Túlio Maravilha, o Botafogo
garantiu vaga na Primeira Divisão de 2010, após perder a final do campeonato
para o Ceilandense.
Dirigiu o Botafogo em oito
jogos válidos pelo campeonato brasiliense de 2010.
Em 2011, foi treinador do
Atlético Ceilandense, em seis jogos, e do Ceilândia, em quatro.
Em 2013, assumiu o comando técnico
do Luziânia em substituição a Esquerdinha, na Taça Dr. Sócrates, e foi o técnico
na participação inédita do Luziânia na Copa do Brasil de 2013. Foram sete jogos,
com uma vitória, dois empates e quatro derrotas, com três gols marcados e seis sofridos.
No final de 2015, foi
contratado para ser o treinador do Bosque Formosa. No campeonato brasiliense
dirigiu a equipe em seis jogos. Foi seu último trabalho como treinador de uma
equipe do futebol brasiliense.
Hoje, casado e pai de dois
filhos, Marquinhos Bahia não conseguiu ganhar muito dinheiro com o futebol, que
garantisse uma vida cercada de conforto. Faz parte do plantel daqueles ex-jogadores
que enfrentam dificuldades financeiras. Integra o corpo de funcionários da
Empresa Fox, sediada em Brasília, especializada em oferecer serviços
terceirizados para prédios e condomínios da capital federal. Ele trabalha como
porteiro de um prédio na cidade de Taguatinga.
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