segunda-feira, 3 de junho de 2024

AS DECISÕES: Torneio Antônio Carlos Barbosa - 1962


Ceninho não pôde evitar
a derrota do Cruzeiro
A decisão do torneio “Antônio Carlos Barbosa” aconteceu no dia 3 de junho de 1962, no Estádio Israel Pinheiro, do Guará.

Na preliminar, às 13:45 horas, decidindo o terceiro lugar, o Guanabara marcou 2 x 1 sobre o Alvorada. Farneze fez 1 x 0 para o Guanabara no primeiro tempo. No segundo, Fuzo voltou a marcar para o Guanabara e Joãozinho assinalou o tento do Alvorada.
Sob a direção do árbitro Lourandyr de Castro Gomes, as equipes formaram assim: Guanabara - Agildo (João), Toninho, Santana (Zeca) e Zenildo; Joãozinho e Farneze; Nelício, Lula, Walfredo, Paulo Reis e Barbosa (Fuzo). Alvorada - Portilho, Ibê, Juvenil e Cremonês; Dias e Pel; Edmundo, Zezito, Jasson, Nelson e Joãozinho.

No jogo principal, a Presidência sagrou-se campeã do torneio ao vencer o Cruzeiro do Sul por 3 x 1.
A partida apresentou duas fases distintas e, talvez por isso, tenha agradado aos torcedores presentes. Os primeiros 45 minutos favoreceu francamente ao Cruzeiro e na etapa derradeira houve total modificação no comando das ações que passaram a pertencer ao time da Presidência.
A primeira impressão deixada pelas equipes é de que o Cruzeiro não encontraria dificuldade em alcançar a vitória. As ações lhe pertenciam inteiramente e o quadro da Presidência se viu forçado a recuar para tentar conter o ímpeto do adversário, que perdeu um sem número de oportunidades.
Inesperadamente, entretanto, mas em consequência do avanço desmedido do quadro do Cruzeiro, que atacava em bloco, num contra-ataque a Presidência abriu a contagem aos dez minutos, através de Brasil.
O Cruzeiro, diga-se de passagem, não se impressionou e logo depois conseguiu a chance do empate, através de um pênalti marcado a seu favor, desperdiçado por Ceninho, que chutou para fora. Mas, o mesmo Ceninho redimiu-se aos 30 minutos, decretando a igualdade no marcador, com um belo tento. Com o placar em 1 x 1, terminou a primeira fase.
O panorama mudou completamente aos dez minutos do segundo tempo, quando Anchieta assinalou o segundo gol da Presidência, em novo descuido da retaguarda cruzeirense. A partir desse instante, o Cruzeiro começou a perturbar-se e o time da Presidência a crescer em campo. E então sucedeu aquilo que o Cruzeiro não soube fazer, tornar-se objetivo, traduzinho a superioridade territorial e técnica em tentos. Foi o que fez a Presidência. Aproveitou o desacerto do adversário e procurou marcar. E, aos 22 minutos, Luizinho, num lençol sobre o goleiro Zé Maria, assinalou o terceiro gol que selou a sorte da partida. Daí por diante, o Cruzeiro não teve mais como recuperar-se, aproveitando-se a Presidência para, em pontadas perigosas, colocar o arco do adversário em constante risco, chegando, inclusive, a marcar o quarto gol, anulado pelo árbitro, não se sabe bem por que razão. Resultado final: 3 x 1 em favor da campeã A. E. Presidência.
O árbitro do encontro foi Moacyr Siqueira e as equipes formaram assim: 
Presidência - Gonçalinho, Medalha, Arnaldo e Negrito; Brum e Bezerra; Azulinho (Luizinho), Brasil, Anchieta, Múcio e Tabali (Alemão). 
Cruzeiro - Zé Maria, Jair, Parola e Pedrinho; Edilson Braga e Morales; Beto (Machado), Ceará, Ceninho, Beto Pretti e Raimundinho.


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