Ceninho não pôde evitar a derrota do Cruzeiro |
A decisão do
torneio “Antônio Carlos Barbosa” aconteceu
no dia 3 de junho de 1962, no Estádio Israel Pinheiro, do Guará.
Na
preliminar, às 13:45 horas, decidindo o terceiro lugar, o Guanabara marcou 2 x
1 sobre o Alvorada. Farneze fez 1 x 0 para o Guanabara no primeiro tempo. No
segundo, Fuzo voltou a marcar para o Guanabara e Joãozinho assinalou o tento do
Alvorada.
Sob a direção
do árbitro Lourandyr de Castro Gomes, as equipes formaram assim: Guanabara - Agildo
(João), Toninho, Santana (Zeca) e Zenildo; Joãozinho e Farneze; Nelício, Lula, Walfredo,
Paulo Reis e Barbosa (Fuzo). Alvorada - Portilho, Ibê, Juvenil e Cremonês; Dias
e Pel; Edmundo, Zezito, Jasson, Nelson e Joãozinho.
No jogo
principal, a Presidência sagrou-se campeã do torneio ao vencer o Cruzeiro do
Sul por 3 x 1.
A partida
apresentou duas fases distintas e, talvez por isso, tenha agradado aos
torcedores presentes. Os primeiros 45 minutos favoreceu francamente ao Cruzeiro
e na etapa derradeira houve total modificação no comando das ações que passaram
a pertencer ao time da Presidência.
A primeira
impressão deixada pelas equipes é de que o Cruzeiro não encontraria dificuldade
em alcançar a vitória. As ações lhe pertenciam inteiramente e o quadro da
Presidência se viu forçado a recuar para tentar conter o ímpeto do adversário,
que perdeu um sem número de oportunidades.
Inesperadamente,
entretanto, mas em consequência do avanço desmedido do quadro do Cruzeiro, que
atacava em bloco, num contra-ataque a Presidência abriu a contagem aos dez
minutos, através de Brasil.
O Cruzeiro,
diga-se de passagem, não se impressionou e logo depois conseguiu a chance do
empate, através de um pênalti marcado a seu favor, desperdiçado por Ceninho,
que chutou para fora. Mas, o mesmo Ceninho redimiu-se aos 30 minutos,
decretando a igualdade no marcador, com um belo tento. Com o placar em 1 x 1,
terminou a primeira fase.
O panorama
mudou completamente aos dez minutos do segundo tempo, quando Anchieta assinalou
o segundo gol da Presidência, em novo descuido da retaguarda cruzeirense. A
partir desse instante, o Cruzeiro começou a perturbar-se e o time da
Presidência a crescer em campo. E então sucedeu aquilo que o Cruzeiro não soube
fazer, tornar-se objetivo, traduzinho a superioridade territorial e técnica em
tentos. Foi o que fez a Presidência. Aproveitou o desacerto do adversário e
procurou marcar. E, aos 22 minutos, Luizinho, num lençol sobre o goleiro Zé
Maria, assinalou o terceiro gol que selou a sorte da partida. Daí por diante, o
Cruzeiro não teve mais como recuperar-se, aproveitando-se a Presidência para,
em pontadas perigosas, colocar o arco do adversário em constante risco,
chegando, inclusive, a marcar o quarto gol, anulado pelo árbitro, não se sabe
bem por que razão. Resultado final: 3 x 1 em favor da campeã A. E. Presidência.
O árbitro do
encontro foi Moacyr Siqueira e as equipes formaram assim:
Presidência -
Gonçalinho, Medalha, Arnaldo e Negrito; Brum e Bezerra; Azulinho (Luizinho), Brasil,
Anchieta, Múcio e Tabali (Alemão).
Cruzeiro - Zé Maria, Jair, Parola e
Pedrinho; Edilson Braga e Morales; Beto (Machado), Ceará, Ceninho, Beto Pretti
e Raimundinho.
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