A decisão do Torneio Incentivo de 1978 foi entre Taguatinga, campeão do 1º turno, e Gama, vencedor do segundo.
Conforme
o regulamento, a decisão aconteceria em dois jogos, nos dias 16 e 23 de julho
de 1978.
No
primeiro jogo, em 16 de julho de 1978, no Bezerrão, o empate de 0 x 0
permaneceu até o final.
Uma
semana depois, em partida bem disputada e realizada no estádio Serejão, o Gama
derrotou o Taguatinga, por 4 x 3, na decisão por pênaltis, alcançando o título
de bicampeão do Torneio Incentivo do Distrito Federal.
No
tempo regulamentar, o placar não foi movimentado, apesar da grande chance que o
Gama teve, em penalidade máxima cometida pelo zagueiro Wanner no atacante
Roldão. Encarregado da cobrança, Manoel Ferreira chutou fraco e possibilitou a
defesa do goleiro Carlos José.
Na
prorrogação de 30 minutos, não houve gols. Os dois times foram, então, para a
decisão por pênaltis. O Gama converteu quatro, perdendo um, enquanto o
Taguatinga aproveitou três e desperdiçou dois.
Logo
que começou o jogo as duas equipes demonstraram que estavam preparadas para
oferecer um bom espetáculo ao público, exibindo um futebol agressivo e
audacioso.
Nos
primeiros minutos, o Gama esteve melhor, voltado inteiramente para o ataque e
explorando a boa velocidade de Roldão, que investia pelas pontas, com apoio
constante dos laterais, principalmente Carlão.
A
primeira grande oportunidade foi perdida por Roldão, que aproveitou a cobrança
de um escanteio para mandar a bola na trave de Carlos José. Em seguida, Miguel
chutou por cima do gol do Taguatinga uma bola mal rebatida pela zaga do time
local.
A
partir dos vinte minutos é que o Taguatinga começou a sair do sufoco, graças ao
trabalho do volante Elmo, que passou a distribuir melhor as jogadas e a lançar
com mais regularidade os atacantes Paulo Hermes e Belo.
No
segundo tempo, o panorama da partida não mudou. Sucediam-se os ataques dos dois
lados, sem que as tentativas de abertura da contagem alcançassem êxito.
A
primeira chance foi perdida por Belo: com a bola dominada, dentro da área do
Gama, permitiu que o goleiro Chico se arrojasse a seus pés e efetuasse a
defesa.
Logo
depois, Roldão invadiu a área do Taguatinga e sofreu pênalti. Manoel Ferreira
bateu apressadamente, a bola chegou às redes, mas o árbitro não confirmou o gol
porque não havia autorizado a cobrança. Na repetição, Manoel Ferreira chutou a
bola no mesmo canto, sem violência, e Carlos José defendeu, sem muito esforço.
A
não conversão do pênalti deixou o time do Gama desanimado, enquanto que os
jogadores do Taguatinga foram à frente com maior ímpeto.
Abatido,
Manoel Ferreira mais nada fez em campo. O treinador Manoel Cajueiro, que já
havia substituído Júlio por Alves, resolveu tirar também Manoel Ferreira,
incumbindo Vicente de marcar Elmo mais de perto, e assim barrar as investidas
do Taguatinga.
Antes
do encerramento do período regulamentar, Wilton marcou para o Taguatinga, mas o
árbitro invalidou a jogada, acusando falta no goleiro Chico.
Na
prorrogação, o Gama continuou mandando no gramado, apesar do Taguatinga haver
perdido as melhores oportunidades de marcar um gol. Depois, os jogadores dos
dois times sentiram o esforço feito e tiveram apenas uma preocupação: manter o
0 x 0 para tentar a sorte na decisão por pênaltis.
Santana,
Manoel Silva, Roldão e Miguel marcaram para o Gama; Carlão perdeu. Pelo
Taguatinga, assinalaram os gols Elmo, Wilton e Zé Vieira; Wanner e Renê
permitiram que Chico realizasse defesas espetaculares. Resultado final: Gama 4
x 3 Taguatinga.
A
renda foi superior a 30 mil cruzeiros, excelente em termos de competição local.
TAGUATINGA
0 x 0 GAMA
Data:
23.07.1978
Local:
Serejão
Árbitro:
Francisco Portugal
Na
prorrogação: 0 x 0; nos pênaltis, o Gama venceu por 4 x 3 e conquistou o título
de campeão do Torneio Incentivo.
TAGUATINGA:
Carlos José, Aldair, Nonato, Wanner e Araújo; Elmo, Renê e Maurício; Belo
(Warlan), Paulo Hermes (Wilton) e Zé Vieira. Técnico: Eurípedes Bueno.
GAMA:
Chico, Carlão, Kidão, Manoel Silva e Edvaldo; Santana, Manoel Ferreira
(Vicente) e Miguel; Roldão, Tico e Júlio (Alves). Técnico: Manoel Cajueiro.
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