quarta-feira, 27 de junho de 2018

AS DECISÕES: Torneio Incentivo de 1978



A decisão do Torneio Incentivo de 1978 foi entre Taguatinga, campeão do 1º turno, e Gama, vencedor do segundo.
Conforme o regulamento, a decisão aconteceria em dois jogos, nos dias 16 e 23 de julho de 1978.
No primeiro jogo, em 16 de julho de 1978, no Bezerrão, o empate de 0 x 0 permaneceu até o final.
Uma semana depois, em partida bem disputada e realizada no estádio Serejão, o Gama derrotou o Taguatinga, por 4 x 3, na decisão por pênaltis, alcançando o título de bicampeão do Torneio Incentivo do Distrito Federal.
No tempo regulamentar, o placar não foi movimentado, apesar da grande chance que o Gama teve, em penalidade máxima cometida pelo zagueiro Wanner no atacante Roldão. Encarregado da cobrança, Manoel Ferreira chutou fraco e possibilitou a defesa do goleiro Carlos José.
Na prorrogação de 30 minutos, não houve gols. Os dois times foram, então, para a decisão por pênaltis. O Gama converteu quatro, perdendo um, enquanto o Taguatinga aproveitou três e desperdiçou dois.
Logo que começou o jogo as duas equipes demonstraram que estavam preparadas para oferecer um bom espetáculo ao público, exibindo um futebol agressivo e audacioso.
Nos primeiros minutos, o Gama esteve melhor, voltado inteiramente para o ataque e explorando a boa velocidade de Roldão, que investia pelas pontas, com apoio constante dos laterais, principalmente Carlão.
A primeira grande oportunidade foi perdida por Roldão, que aproveitou a cobrança de um escanteio para mandar a bola na trave de Carlos José. Em seguida, Miguel chutou por cima do gol do Taguatinga uma bola mal rebatida pela zaga do time local.
A partir dos vinte minutos é que o Taguatinga começou a sair do sufoco, graças ao trabalho do volante Elmo, que passou a distribuir melhor as jogadas e a lançar com mais regularidade os atacantes Paulo Hermes e Belo.
No segundo tempo, o panorama da partida não mudou. Sucediam-se os ataques dos dois lados, sem que as tentativas de abertura da contagem alcançassem êxito.
A primeira chance foi perdida por Belo: com a bola dominada, dentro da área do Gama, permitiu que o goleiro Chico se arrojasse a seus pés e efetuasse a defesa.
Logo depois, Roldão invadiu a área do Taguatinga e sofreu pênalti. Manoel Ferreira bateu apressadamente, a bola chegou às redes, mas o árbitro não confirmou o gol porque não havia autorizado a cobrança. Na repetição, Manoel Ferreira chutou a bola no mesmo canto, sem violência, e Carlos José defendeu, sem muito esforço.
A não conversão do pênalti deixou o time do Gama desanimado, enquanto que os jogadores do Taguatinga foram à frente com maior ímpeto.
Abatido, Manoel Ferreira mais nada fez em campo. O treinador Manoel Cajueiro, que já havia substituído Júlio por Alves, resolveu tirar também Manoel Ferreira, incumbindo Vicente de marcar Elmo mais de perto, e assim barrar as investidas do Taguatinga.
Antes do encerramento do período regulamentar, Wilton marcou para o Taguatinga, mas o árbitro invalidou a jogada, acusando falta no goleiro Chico.
Na prorrogação, o Gama continuou mandando no gramado, apesar do Taguatinga haver perdido as melhores oportunidades de marcar um gol. Depois, os jogadores dos dois times sentiram o esforço feito e tiveram apenas uma preocupação: manter o 0 x 0 para tentar a sorte na decisão por pênaltis.
Santana, Manoel Silva, Roldão e Miguel marcaram para o Gama; Carlão perdeu. Pelo Taguatinga, assinalaram os gols Elmo, Wilton e Zé Vieira; Wanner e Renê permitiram que Chico realizasse defesas espetaculares. Resultado final: Gama 4 x 3 Taguatinga.
A renda foi superior a 30 mil cruzeiros, excelente em termos de competição local.

TAGUATINGA 0 x 0 GAMA
Data: 23.07.1978
Local: Serejão
Árbitro: Francisco Portugal
Na prorrogação: 0 x 0; nos pênaltis, o Gama venceu por 4 x 3 e conquistou o título de campeão do Torneio Incentivo.
TAGUATINGA: Carlos José, Aldair, Nonato, Wanner e Araújo; Elmo, Renê e Maurício; Belo (Warlan), Paulo Hermes (Wilton) e Zé Vieira. Técnico: Eurípedes Bueno.
GAMA: Chico, Carlão, Kidão, Manoel Silva e Edvaldo; Santana, Manoel Ferreira (Vicente) e Miguel; Roldão, Tico e Júlio (Alves). Técnico: Manoel Cajueiro.



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