Morreu
nesta quinta-feira (27.02.2020), Valdir Espinosa, aos 72 anos de idade.
Submetido a uma cirurgia na região do abdômen no último dia 17, ele foi
internado novamente no dia 20 e não se recuperou.
Desde
dezembro de 2019, ele ocupava o cargo de gerente de futebol do Botafogo, clube
com o qual tinha grande identificação pela conquista do Campeonato Carioca de
1989.
Nascido em
Porto Alegre (RS), no dia 17 de outubro de 1947, Valdir Atahualpa Ramirez Espinosa
foi formado nas categorias de base do Grêmio e estreou como lateral-direito no
profissional em 1968, sendo campeão estadual. Atuou por dez anos como
profissional, passando por CSA (1974), Esportivo, de Bento Gonçalves (RS), em
1976, e Vitória-BA, em 1977 e 1978.
Parou em
1978 e no ano seguinte já iniciou no cargo de treinador do Esportivo.
Desde
então, construiu uma carreira sólida, com o auge em 1983, quando comandou o
Grêmio campeão da Libertadores e do Mundial. Na época, o time contava com
jogadores como Renato Gaúcho, De León, Paulo César Lima e Mário Sérgio.
Em 1989, Espinosa aceitou o
convite do Botafogo, que não conquistava o Campeonato Carioca havia 20 anos.
Com um gol de Maurício na final contra o Flamengo, o time celebrou o título
invicto da competição e criou mais um momento histórico para a carreira do
treinador.
Espinosa
rodou o Brasil como treinador e teve experiências internacionais. Ele trabalhou
no Cerro Porteño, do Paraguai (onde foi campeão
nacional duas vezes), no Al-Hilal, da Arábia Saudita, e no Tokyo Verdy,
do Japão. Também teve uma rápida passagem pelo Las Vegas City.
Como
técnico/gerente, foram cerca de 40 anos de atividade. Espinosa teve Otto
Glória, que o comandou no Grêmio, como melhor exemplo de treinador.
No Rio de
Janeiro, treinou não só o Botafogo, como Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama.
Em São Paulo, comandou Corinthians, Palmeiras e Portuguesa de Desportos, por
exemplo. Somou passagens por outros clubes grandes fora do eixo, tais como
Atlético Mineiro, Coritiba e Atlético Paranaense, Ceará e Fortaleza e muitos
outros.
Da CBF, recebeu
no ano passado a Licença Honorária de treinador, já que o tempo em atividade
não demandou participação no curso.
Entre 2008 e
2010, atuou como comentarista no SporTV/Premiere e na Rádio Globo.
Recentemente, chegou a criar um blog e um canal no Youtube.
A volta ao Botafogo foi uma alegria na
reta final da vida, um reencontro com uma de suas paixões:
Fonte: Globo Esporte
PASSAGEM PELO FUTEBOL
BRASILIENSE
Em Brasília, fez sua
estreia como novo técnico do Brasiliense na segunda fase da Copa do Brasil,
contra o Atlético Mineiro, no dia 16 de março de 2005, no Serejão, substituindo
Edinho, que pediu demissão depois de se desentender com o presidente do clube,
Luiz Estevão.
O Brasiliense foi derrotado
por 3 x 1 e perdeu, de uma só vez, uma invencibilidade de 38 jogos no Serejão,
o jogo e a vaga na Copa do Brasil.
Quatro dias depois dirigiu
pela primeira vez o Brasiliense no campeonato do DF. No Serejão, o Brasiliense
venceu o Paranoá por 5 x 4.
Seu último jogo pelo
Brasiliense foi no dia 17 de abril de 2005, na vitória de 3 x 0 sobre o Gama,
resultado que garantiu a conquista do título de campeão brasiliense de 2005.
Logo depois iria para o
Ceará, onde, curiosamente, retornou ao DF no dia 30 de agosto de 2005, na
derrota de 1 x 0 para o Gama, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro da
Série B.
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