Os clubes do DF, Brasiliense (contra o Princesa do Solimões, do Amazonas) e Brasília (contra o Sport Recife, de Pernambuco), fazem suas estreias na Copa do Brasil de 2014 nos dia 16 e 30 de abril, respectivamente.
Até lá e a partir de hoje, vamos contar a história da participação dos clubes do DF na Copa do Brasil, começando por 1989.
A COPA DO BRASIL
O primeiro troféu |
A Copa do Brasil é a segunda competição de futebol mais importante do Brasil.
Sua primeira edição foi disputada no período de 19 de julho a 2 de setembro de 1989,
quando 32 clubes buscaram o título de campeão, que ficou com o Grêmio, de Porto
Alegre (RS).
É realizada nos moldes semelhantes aos de competições europeias como a Copa da Inglaterra, Copa do Rei (da Espanha) ou Copa da Escócia, entre outras.
A disputa acontece no sistema “mata-mata” em todo o torneio, ou seja, clubes divididos em chaves de dois, decidindo em dois jogos, cada jogo com um deles como mandante. Aquele que conseguir mais pontos ou tiver melhor saldo de gols ou ainda vencer a disputa por pênaltis passa para a fase seguinte, onde o sistema se repete até a final.
A partir de 1995 foi estabelecido que nas duas primeiras fases se o time visitante vencesse por diferença maior ou igual a três gols no jogo de ida, estaria classificado para a fase seguinte. No ano seguinte, essa diferença passou a ser de dois gols, critério que permanece até os dias de hoje.
Desde 1989 o torneio sempre contou com a participação de clubes do Distrito Federal.
É realizada nos moldes semelhantes aos de competições europeias como a Copa da Inglaterra, Copa do Rei (da Espanha) ou Copa da Escócia, entre outras.
A disputa acontece no sistema “mata-mata” em todo o torneio, ou seja, clubes divididos em chaves de dois, decidindo em dois jogos, cada jogo com um deles como mandante. Aquele que conseguir mais pontos ou tiver melhor saldo de gols ou ainda vencer a disputa por pênaltis passa para a fase seguinte, onde o sistema se repete até a final.
A partir de 1995 foi estabelecido que nas duas primeiras fases se o time visitante vencesse por diferença maior ou igual a três gols no jogo de ida, estaria classificado para a fase seguinte. No ano seguinte, essa diferença passou a ser de dois gols, critério que permanece até os dias de hoje.
Desde 1989 o torneio sempre contou com a participação de clubes do Distrito Federal.
No dia 19 de julho de 1989, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, o
Tiradentes se tornou a primeira equipe do futebol brasiliense a disputar um
jogo válido pela Copa do Brasil. O adversário foi o Atlético Goianiense, de
Goiânia (GO), campeão goiano de 1988. O Tiradentes venceu por 1 x 0.
O Tiradentes era comandado pelo veterano zagueiro Beto Fuscão e pelo folclórico treinador Dario, o Dadá Maravilha.
No Atlético, o maior destaque era Valdeir “The Flash”, que mais tarde se transferiria para o Botafogo, do Rio de Janeiro.
TIRADENTES 1 x 0 ATLÉTICO GOIANIENSE
Data: 19 de julho de 1989
Local: Mané Garrincha, Brasília (DF)
Árbitro: Márcio Rezende de Freitas (MG)
Renda: NCz$ 1.641,00
Público: 395 pagantes
Gol: Moura, 72
TIRADENTES: Déo, Beto Guarapari, Aquino, Beto Fuscão (Kidão) e Ahlá (Ronaldo); Eron, Touro, Wander e Bé; Moura e Régis. Técnico: Dadá Maravilha.
ATLÉTICO GOIANIENSE: Leonetti, Eugênio, Jatobá, Ferreira e Junior (Ticão); Marçal, Júlio César (Gilson Batata), Mauro Madureira e Jérson; Fernando Almeida e Valdeir. Técnico: Paulo Neli.
Classificou-se para a Segunda Fase ao empatar com o mesmo adversário, três dias depois, no Estádio Serra Dourada.
ATLÉTICO GOIANIENSE 0 x 0 TIRADENTES
Data: 22 de julho de 1989
Local: Serra Dourada, Goiânia (GO)
Árbitro: Nacor Benedito Arouche (MA)
Renda: NCz$ 3.607,00
Público: 823 pagantes
Expulsões: Jatobá, do Atlético Goianiense, e Touro, do Tiradentes.
ATLÉTICO GOIANIENSE Leonetti, Eugênio, Ferreira, Jatobá e Ramón; Ticão, Júlio César, Mauro Madureira e Jérson; Fernando Almeida (Marçal) e Valdeir (Gilson Batata). Técnico: Paulo Neli.
TIRADENTES Déo, Beto Guarapari, Kidão, Aquino e Ahlá; Eron, Touro, Wander (Djalma Lima) e Moura; Bé e Régis (Ronaldo). Técnico: Dadá Maravilha.
Na segunda fase, o Tiradentes enfrentou o Corinthians paulista.
O primeiro jogo seria realizado no dia 26 de julho, à noite, no Estádio do Canindé. Devido à chuva que caiu em São Paulo durante todo o dia, o jogo foi adiado, transferido para o dia 27 de julho, à tarde (16 horas), no Estádio do Pacaembu.
No primeiro tempo, os jogadores do Corinthians cometeram constantes erros, redundando em contra-ataques do Tiradentes que, para a sorte da torcida corinthiana, sempre foram mal aproveitados. O placar ficou em 0 x 0.
Com o gol de Neto, logo aos seis minutos do segundo tempo, a situação mudou. O Corinthians passou a jogar nos contra-ataques, anulando o adversário. O Tiradentes só teve uma chance de gol no segundo tempo, através de Moura, que chutou cruzado pela direita e Ronaldo colocou para escanteio.
Resultado final: Corinthians 5 x 0 Tiradentes.
CORINTHIANS 5 x 0 TIRADENTES
Data: 27 de julho de 1989
Local: Pacaembu, São Paulo (SP)
Árbitro: César Zanfrancheschi (GO)
Renda: NCz$ 67.345,00
Público: 11.489 pagantes
Gols: Neto, 51; Mauro, 56; Marcos Roberto, 75; Eduardo Lobinho, 87 e Neto, 90
CORINTHIANS Ronaldo, Wilson Mano, Pinella, Marcelo Djian e Dênys (Ari Bazão); Márcio, Eduardo Lobinho, Neto e Fabinho; Mauro e Viola (Marcos Roberto). Técnico: Palhinha.
TIRADENTES Déo, Beto Guarapari, Kidão, Aquino e Ahlá (Ronaldo); Eron (Gilberto), Wander, Djalma Lima e Moura; Bé e Régis. Técnico: Dadá Maravilha.
A goleada no jogo anterior deu ao Corinthians a oportunidade de poder esperar pelo adversário em seu campo. Essa foi a tática armada pelo técnico Palhinha durante todo o jogo.
Foi através de contra-ataques que o Corinthians criou sua única chance de gol na primeira etapa, através de Mauro, que Déo defendeu.
O Tiradentes passou a pressionar. Marcou a saída de bola corinthiana, mas esbarrou na falta de criatividade de seus jogadores. Mesmo criando as melhores jogadas, o Tiradentes pecou na armação e finalização.
O gol saiu aos 14 minutos do segundo tempo, através do lateral Beto Guarapari, cobrando falta.
TIRADENTES 1 x 0 CORINTHIANS
Data: 29 de julho de 1989
Local: Mané Garrincha, Brasília (DF)
Árbitro: Júlio César Cosenza (RJ)
Gol: Beto Guarapari, 57
TIRADENTES Déo, Beto Guarapari, Aquino, Kidão e Eron; Djalma Lima, Wander, Touro e Moura; Régis e Bé. Técnico: Dadá Maravilha.
CORINTHIANS Ronaldo, Wilson Mano, Pinella, Marcelo Djian e Ari Bazão; Márcio, Neto, Eduardo Lobinho e Fabinho; Viola (Marcos Roberto) e Mauro (Nenê). Técnico: Palhinha.
O gol de Beto Guarapari pode ser conferido no seguinte link:
https://www.youtube.com/watch?v=lQBMIcaC9yA
REGISTROS
Participaram da primeira Copa do Brasil 32 clubes: 22 campeões estaduais e os vice-campeões dos dez Estados com melhor média de público em seus campeonatos (Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo).
Os Estados do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima não tiveram representantes na primeira Copa do Brasil.
O Tiradentes foi indicado representante do DF por ter sido campeão brasiliense de 1988. O campeonato de 1989 só foi encerrado no dia 27 de agosto. O Tiradentes não venceu nenhum dos três turnos realizados nesse ano, ficando de fora inclusive do quadrangular final que apontaria o campeão brasiliense de 1989 (que reuniu, além dos três vencedores de turno: Guará, Taguatinga e Ceilândia, campeões do 1º, 2º e 3º turnos, respectivamente), o Sobradinho, qualificado como o clube que obteve o maior número de pontos ganhos somados os três turnos.
Mesmo não tendo ficado entre os quatro primeiros colocados em 1989, o Tiradentes teve o artilheiro do campeonato (Moura, com 14 gols) e o goleiro menos vazado (Déo), que sofreu 14 gols nos 23 jogos que disputou.
Todos os jogos das cinco fases da Copa do Brasil foram disputados no sistema de ida e volta. O campeão garantiu vaga na Taça Libertadores de 1990.
Foram disputados 62 jogos e assinalados 138 gols (média de 2,2 por jogo).
CLASSIFICAÇÃO FINAL DO TIRADENTES
Seguindo os critérios de desempate da Copa do Brasil, o Tiradentes ficaria com a nona classificação, com esta campanha:
O Tiradentes era comandado pelo veterano zagueiro Beto Fuscão e pelo folclórico treinador Dario, o Dadá Maravilha.
No Atlético, o maior destaque era Valdeir “The Flash”, que mais tarde se transferiria para o Botafogo, do Rio de Janeiro.
TIRADENTES 1 x 0 ATLÉTICO GOIANIENSE
Data: 19 de julho de 1989
Local: Mané Garrincha, Brasília (DF)
Árbitro: Márcio Rezende de Freitas (MG)
Renda: NCz$ 1.641,00
Público: 395 pagantes
Gol: Moura, 72
TIRADENTES: Déo, Beto Guarapari, Aquino, Beto Fuscão (Kidão) e Ahlá (Ronaldo); Eron, Touro, Wander e Bé; Moura e Régis. Técnico: Dadá Maravilha.
ATLÉTICO GOIANIENSE: Leonetti, Eugênio, Jatobá, Ferreira e Junior (Ticão); Marçal, Júlio César (Gilson Batata), Mauro Madureira e Jérson; Fernando Almeida e Valdeir. Técnico: Paulo Neli.
Classificou-se para a Segunda Fase ao empatar com o mesmo adversário, três dias depois, no Estádio Serra Dourada.
ATLÉTICO GOIANIENSE 0 x 0 TIRADENTES
Data: 22 de julho de 1989
Local: Serra Dourada, Goiânia (GO)
Árbitro: Nacor Benedito Arouche (MA)
Renda: NCz$ 3.607,00
Público: 823 pagantes
Expulsões: Jatobá, do Atlético Goianiense, e Touro, do Tiradentes.
ATLÉTICO GOIANIENSE Leonetti, Eugênio, Ferreira, Jatobá e Ramón; Ticão, Júlio César, Mauro Madureira e Jérson; Fernando Almeida (Marçal) e Valdeir (Gilson Batata). Técnico: Paulo Neli.
TIRADENTES Déo, Beto Guarapari, Kidão, Aquino e Ahlá; Eron, Touro, Wander (Djalma Lima) e Moura; Bé e Régis (Ronaldo). Técnico: Dadá Maravilha.
Na segunda fase, o Tiradentes enfrentou o Corinthians paulista.
O primeiro jogo seria realizado no dia 26 de julho, à noite, no Estádio do Canindé. Devido à chuva que caiu em São Paulo durante todo o dia, o jogo foi adiado, transferido para o dia 27 de julho, à tarde (16 horas), no Estádio do Pacaembu.
No primeiro tempo, os jogadores do Corinthians cometeram constantes erros, redundando em contra-ataques do Tiradentes que, para a sorte da torcida corinthiana, sempre foram mal aproveitados. O placar ficou em 0 x 0.
Com o gol de Neto, logo aos seis minutos do segundo tempo, a situação mudou. O Corinthians passou a jogar nos contra-ataques, anulando o adversário. O Tiradentes só teve uma chance de gol no segundo tempo, através de Moura, que chutou cruzado pela direita e Ronaldo colocou para escanteio.
Resultado final: Corinthians 5 x 0 Tiradentes.
CORINTHIANS 5 x 0 TIRADENTES
Data: 27 de julho de 1989
Local: Pacaembu, São Paulo (SP)
Árbitro: César Zanfrancheschi (GO)
Renda: NCz$ 67.345,00
Público: 11.489 pagantes
Gols: Neto, 51; Mauro, 56; Marcos Roberto, 75; Eduardo Lobinho, 87 e Neto, 90
CORINTHIANS Ronaldo, Wilson Mano, Pinella, Marcelo Djian e Dênys (Ari Bazão); Márcio, Eduardo Lobinho, Neto e Fabinho; Mauro e Viola (Marcos Roberto). Técnico: Palhinha.
TIRADENTES Déo, Beto Guarapari, Kidão, Aquino e Ahlá (Ronaldo); Eron (Gilberto), Wander, Djalma Lima e Moura; Bé e Régis. Técnico: Dadá Maravilha.
A goleada no jogo anterior deu ao Corinthians a oportunidade de poder esperar pelo adversário em seu campo. Essa foi a tática armada pelo técnico Palhinha durante todo o jogo.
Foi através de contra-ataques que o Corinthians criou sua única chance de gol na primeira etapa, através de Mauro, que Déo defendeu.
O Tiradentes passou a pressionar. Marcou a saída de bola corinthiana, mas esbarrou na falta de criatividade de seus jogadores. Mesmo criando as melhores jogadas, o Tiradentes pecou na armação e finalização.
O gol saiu aos 14 minutos do segundo tempo, através do lateral Beto Guarapari, cobrando falta.
TIRADENTES 1 x 0 CORINTHIANS
Data: 29 de julho de 1989
Local: Mané Garrincha, Brasília (DF)
Árbitro: Júlio César Cosenza (RJ)
Gol: Beto Guarapari, 57
TIRADENTES Déo, Beto Guarapari, Aquino, Kidão e Eron; Djalma Lima, Wander, Touro e Moura; Régis e Bé. Técnico: Dadá Maravilha.
CORINTHIANS Ronaldo, Wilson Mano, Pinella, Marcelo Djian e Ari Bazão; Márcio, Neto, Eduardo Lobinho e Fabinho; Viola (Marcos Roberto) e Mauro (Nenê). Técnico: Palhinha.
O gol de Beto Guarapari pode ser conferido no seguinte link:
https://www.youtube.com/watch?v=lQBMIcaC9yA
REGISTROS
Participaram da primeira Copa do Brasil 32 clubes: 22 campeões estaduais e os vice-campeões dos dez Estados com melhor média de público em seus campeonatos (Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo).
Os Estados do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima não tiveram representantes na primeira Copa do Brasil.
O Tiradentes foi indicado representante do DF por ter sido campeão brasiliense de 1988. O campeonato de 1989 só foi encerrado no dia 27 de agosto. O Tiradentes não venceu nenhum dos três turnos realizados nesse ano, ficando de fora inclusive do quadrangular final que apontaria o campeão brasiliense de 1989 (que reuniu, além dos três vencedores de turno: Guará, Taguatinga e Ceilândia, campeões do 1º, 2º e 3º turnos, respectivamente), o Sobradinho, qualificado como o clube que obteve o maior número de pontos ganhos somados os três turnos.
Mesmo não tendo ficado entre os quatro primeiros colocados em 1989, o Tiradentes teve o artilheiro do campeonato (Moura, com 14 gols) e o goleiro menos vazado (Déo), que sofreu 14 gols nos 23 jogos que disputou.
Todos os jogos das cinco fases da Copa do Brasil foram disputados no sistema de ida e volta. O campeão garantiu vaga na Taça Libertadores de 1990.
Foram disputados 62 jogos e assinalados 138 gols (média de 2,2 por jogo).
CLASSIFICAÇÃO FINAL DO TIRADENTES
Seguindo os critérios de desempate da Copa do Brasil, o Tiradentes ficaria com a nona classificação, com esta campanha:
J
|
V
|
E
|
D
|
GF
|
GC
|
SG
|
PG
|
% Aprov.
|
4
|
2
|
1
|
1
|
2
|
5
|
-3
|
5
|
62,50%
|
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