quinta-feira, 24 de abril de 2014

O FUTEBOL DO DF NA COPA DO BRASIL - 10ª parte (2006)


Esta edição da Copa do Brasil contou com a presença de 64 clubes. O sistema de disputa continuou igual aos anos anteriores. Em 2006 participaram todos os campeões estaduais. Além deles estiveram presentes os clubes melhores colocados em seus estaduais, mais algumas vagas definidas pelas Federações locais, que indicaram as equipes. Os clubes que representaram o Brasil na Taça Libertadores ficaram de fora dessa edição: Corinthians, Goiás, Internacional, Palmeiras, Paulista (campeão da Copa do Brasil 2005) e São Paulo (Campeão da Libertadores 2005).
Brasiliense e Ceilândia foram os representantes do DF na Copa do Brasil de 2006.
Curiosamente, nas duas primeiras fases, o Ceilândia enfrentou times do Nordeste, enquanto o Brasiliense jogou contra clubes do Norte.

O Ceilândia teve logo de cara uma pedreira em sua primeira participação na Copa do Brasil: o Bahia.
Com reformas às pressas no estádio Abadião, na primeira partida pela Copa do Brasil de sua história, o Ceilândia ficou no empate sem gols com o tricolor baiano.
Levou sorte quando viu o rival desperdiçar um pênalti aos 23 minutos (cobrado por Danilo Rios), porém, retribuiu a “gentileza” e perdeu também uma cobrança, através de Jonhes, aos 47 minutos ainda do 1º tempo.
No segundo tempo, o jogo foi bem mais movimentado, com o Ceilândia forçando mais e o Bahia, muito fechado, só saindo nos contra-ataques. Resultado: ninguém mexeu no marcador.



CEILÂNDIA 0 x 0 BAHIA
Data: 22/02/2006
Local: Abadião, Ceilândia (DF)
Árbitro: Rogério Pereira da Costa (MG)
Renda: R$ 3.920,00
Público: 392 pagantes
CEILÂNDIA: João Carlos, Bruno, Adriano, Edgar e Tércio; Lucas, Leandro Leite, Marcelo Sá (Didão) e Leandro Tavares (Éwerton); Abimael e Jonhes. Técnico: Mauro Fernandes.
BAHIA: Marcão, Denilson, Pereira, Josemar e Ávine; Careca (Jailson), Baiano, Marcone e Danilo Rios (Ancelmo); Rafael Bastos (Marcel) e Bruno César. Técnico: Charles Fabián Figueiredo.

No jogo de volta, em plena Fonte Nova, o Ceilândia mostrou força para evitar que sua primeira participação na Copa do Brasil fosse marcada por uma passagem meteórica. Venceu o Bahia por 2 x 1 e garantiu vaga na segunda fase.
O Ceilândia entrou em campo com três cabeças de área, uma tática para tentar impedir que o Bahia jogasse. Mesmo assim, o tricolor baiano teve mais volume de jogo. As equipes, no entanto, alternavam momentos de maior pressão.
No final do 1º tempo, o Ceilândia abriu o marcador. Atrás no placar, o Bahia fez o que se esperava: voltou com todo o gás para o 2º tempo. A pressão do Bahia passou a ser constante. Poderia ter sido aliviada com a expulsão de Bruno César, aos 16 minutos. Porém, mesmo com um jogador a menos, o Bahia continuou em cima, enquanto o Ceilândia ficava todo atrás, tentando garantir a vantagem de 1 x 0. Raramente saía e apenas em contra-ataques.
Apesar da luta, o Bahia só conseguiu o empate aos 44 minutos, numa cobrança de falta. O resultado não adiantava e o Bahia foi com mais vontade ainda para cima do Ceilândia, que se aproveitou para definir o placar do jogo um minuto depois de ter sofrido o gol de empate.

BAHIA 1 x 2 CEILÂNDIA
Data: 08/03/2006
Local: Fonte Nova, Salvador (BA)
Árbitro: Antônio Hora Filho (SE)
Renda: R$ 72.203,00
Público: 10.658 pagantes
Gols: Johnes, 45; Rafael Bastos, 88 e Miron, 89
BAHIA: Marcão, Denilson (Marcos Vinícius), Pereira, Rodrigo e Ávine; Guilherme, Marcone (Deon), Emerson e Danilo Rios (Marcel); Rafael Bastos e Bruno César. Técnico: Charles Fabián Figueiredo.
CEILÂNDIA: João Carlos, Bruno (Wagner), Adriano, Edgar e Paulinho; Leandro Leite, Lucas, Luiz Fernando (Miron) e Éwerton (Marcelo Sá); Abimael e Jonhes. Técnico: Mauro Fernandes.

Na segunda fase, o Ceilândia enfrentou um time da Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro, o Fortaleza. Apesar de ser dominado no 1º tempo, o Ceilândia até teve chances de vencer na etapa complementar. Chegou a sair na frente com um gol logo aos seis minutos de jogo, mas logo cedeu o empate.
A segunda etapa foi completamente diferente, com o Ceilândia partindo para cima e dominando as ações. Melhor em campo, o Ceilândia teve várias chances claras de marcar o gol da vitória. Mas o marcador não foi mexido e o empate garantiu o segundo jogo em Fortaleza.

CEILÂNDIA 1 x 1 FORTALEZA
Data: 15/03/2006
Local: Abadião, Ceilândia (DF)
Árbitro: Eneas Eugênio Aguiar (MG)
Renda: R$ 6.720,00
Público: 672 pagantes
Gols: Éwerton, 5 e Rinaldo, 15
CEILÂNDIA: João Carlos, Bruno, Adriano, Edgar e Tércio; Lucas, Leandro Leite, Luiz Fernando (Wagner) e Éwerton (Marcelo Sá); Abimael (Reinaldo) e Jonhes. Técnico: Mauro Fernandes.
FORTALEZA: Maizena, Tiago Souza, Alan, Gláuber e Patrick; Galeano, Preto Casagrande (Bechara), Igor (Vélber) e Mazinho Lima; Maurílio (Finazzi) e Rinaldo. Técnico: Jair Picerni.

Com o 1 x 1 no Abadião, o Ceilândia precisava vencer ou arrumar um empate acima de um gol para avançar. O 1º tempo foi equilibrado. Já nos acréscimos, o Fortaleza saiu na frente, com um gol de pênalti. Na segunda etapa, o Ceilândia ficou em situação complicada com a expulsão de Adriano, logo aos quatro minutos. O Fortaleza ampliou aos 20 e o Ceilândia diminuiu aos 27. Ainda teve chance de empatar, resultado que lhe garantiria a vaga. No entanto, o Fortaleza aproveitou-se de um contra-ataque novamente nos acréscimos para definir o marcador em 3 x 1.

FORTALEZA 3 x 1 CEILÂNDIA
Data: 05/04/2006
Local: Castelão, Fortaleza (CE)
Árbitro: Fernando Rogério Oliveira Assunção (AL)
Renda: R$ 77.770,00
Público: 8.817 pagantes
Gols: Rinaldo, 45+3 (pênalti) e 65; Abimael, 72 e Rinaldo, 90+2
Expulsões: Adriano e Edgar, do Ceilândia, e Vélber, do Fortaleza
FORTALEZA: Maizena, André Cunha (Tiago Souza), Alan, Gláuber e Leandro Smith (Rabicó); Dudé, Galeano, Igor (Bechara) e Vélber; Rinaldo e Finazzi. Técnico: Jair Picerni.
CEILÂNDIA: João Carlos, Bruno, Adriano, Edgar e Tércio; Lucas, Perez (Ailson), Leandro Leite e Esquerdinha; Reinaldo (Luiz Fernando) e Jonhes (Abimael). Técnico: Mauro Fernandes.

O Brasiliense confirmou seu favoritismo e comemorou a vaga antecipada na segunda fase ao bater o São Raimundo, em Boa Vista, por 2 x 0.
Na sua quarta participação no torneio, o então bicampeão brasiliense conseguiu vencer pela primeira vez em uma estreia – o retrospecto era de uma derrota e dois empates.

SÃO RAIMUNDO 0 x 2 BRASILIENSE
Data: 22/02/2006
Local: Canarinho, Boa Vista (RR)
Árbitro: Celso Motta Rezende (AM)
Renda: R$ 15.000,00
Público: 1.500 pagantes
Gols: Padovani, 41 e Allann Delon, 66
SÃO RAIMUNDO: Cristiano, Valdo, Gidelson, Fábio e Edmundo; Teca (Chulapa), Marquinho, Fuamba e Berg; Branco (Willer) e Marcinho (Heitor). Técnico: Chiquinho Viana.
BRASILIENSE: Gustavo, Danilo, Jairo, Padovani e Augusto; Deda, Carlos Alberto, Allann Delon e Coquinho (Richard); Wellington Dias (Fábio Lima) e Joãozinho. Técnico: Lula Pereira.

Apesar da pouca presença de público, afugentado pela chuva, no primeiro jogo contra o Remo o Brasiliense teve boa atuação, principalmente no 2º tempo e venceu por 3 x 1, após uma etapa inicial sem gols.
No 1º tempo, o Brasiliense até poderia ter saído na frente, mas abusaram nos erros de passe e pecaram nas finalizações. No segundo, partiu para a pressão total, num verdadeiro exercício de ataque contra defesa. A abertura do placar passou a ser questão de tempo. E aconteceu aos nove. Apesar do domínio total, o Brasiliense foi castigado. Aos 34, o Remo empatou numa cobrança de falta. O gol animou os visitantes, que, aos 39 minutos, ainda perderam um pênalti cobrado por Emerson Ávila.
No minuto seguinte, o alívio para os brasilienses, com o gol marcado por Índio. Aos 45 minutos, depois de uma dura falta cometida por Ricardo Henrique sobre Joãozinho, o jogo ficou paralisado por cinco minutos. Aos 50, Augusto cobrou a falta e marcou o terceiro gol do Brasiliense.

BRASILIENSE 3 x 1 CLUBE DO REMO
Data: 15/03/2006
Local: Serejão, Taguatinga (DF)
Árbitro: Ramon Rodrigues (GO)
Renda: R$ 10.240,00
Público: 1.430 pagantes
Gols: Jairo, 54; Maicon Gaúcho, 78; Índio, 85 e Augusto, 90+5
BRASILIENSE: Gustavo, Danilo, Jairo, Padovani e Augusto; Deda, Carlos Alberto, Douglas Silva (Coquinho) e Iranildo; Wellington Dias (Índio) e Joãozinho (Rubens). Técnico: Lula Pereira.
CLUBE DO REMO: Alexandre Buzzetto, Léo, Magrão, Ricardo Henrique e Rodrigo (Barata); Fabrício, Maicon, Beto e Emerson Ávila; Maicon Gaúcho (Felipe) e Daniel. Técnico: Flávio Campos.

Com a vantagem de dois gols obtida no primeiro jogo, o Brasiliense entrou em campo com uma situação confortável: podia perder até por um gol de diferença que mesmo assim garantiria a vaga. O desespero, portanto, estava todo do lado dos jogadores do Remo, que pressionou, embora tenha finalizado poucas vezes com perigo.
Mesmo sob pressão, o Brasiliense abriu o placar aos 25 minutos. No segundo tempo, o Remo seguiu na pressão, sem grandes perigos. Teve chances em cobranças de falta, mas pecou pela falta de pontaria de seus jogadores. No final, o Brasiliense superou o trauma da eliminação na segunda fase, fato que aconteceu em 2004 e 2005.

CLUBE DO REMO 0 x 1 BRASILIENSE
Data: 22/03/2006
Local: Mangueirão, Belém (PA)
Árbitro: Eduardo Cristaldo Barilari (CE)
Renda: R$ 147.175,00
Público: 17.637 pagantes
Gols: Wellington Dias, 25
CLUBE DO REMO: Alexandre Buzzetto, Léo, Magrão, Ricardo Henrique e Emerson Ávila; Serginho, Maicon, Beto e Barata (Arthur); Maicon Gaúcho (Felipe) e Daniel (Landu). Técnico: Flávio Campos.
BRASILIENSE: Gustavo, Agenor, Jairo (Rafael), Padovani e Augusto; Deda, Carlos Alberto, Douglas Silva (Coquinho) e Iranildo; Joãozinho (Índio) e Wellington Dias. Técnico: Lula Pereira.

Numa Vila Belmiro surpreendentemente vazia na primeira apresentação do Santos desde a conquista do título estadual, o Brasiliense surpreendeu ao marcar logo aos oito minutos de jogo. No entanto, a alegria durou pouco: dois minutos depois, o Santos empatou. Recuperado do susto, o campeão paulista passou a dominar o jogo, ficando mais tempo com a posse de bola. Apesar do domínio, o gol da virada só aconteceu aos 39 minutos, depois de um pênalti cometido pelo improvisado Agenor.
A situação dos anfitriões ficou complicada quando Wendell foi expulso logo aos 13 minutos do segundo tempo. Mas, mesmo com um jogador a mais, o Brasiliense não teve competência para reagir. No final, ainda teve dois jogadores expulsos. O único consolo que restou é que bastava vencer por 1 x 0 no jogo de volta para se classificar.

SANTOS 2 x 1 BRASILIENSE
Data: 12/04/2006
Local: Vila Belmiro, Santos (SP)
Árbitro: Wallace Nascimento Valente (ES)
Renda: R$ 49.251,00
Público: 4.905 pagantes
Gols: Carlos Alberto, 8; Wendell, 10 e Cléber Santana, 39 (pênalti)
Expulsões: Wendell, do Santos, e Raphael e Iranildo, do Brasiliense
SANTOS: Fábio Costa, Luiz Alberto, Ronaldo Guiaro (Kléber) e Manzur; Fabinho, Heleno, Cléber Santana, Rodrigo Tabata (Léo Lima), Wendell e De Nigris (Magnum); Reinaldo. Técnico: Wanderley Luxemburgo.
BRASILIENSE: Gustavo, Agenor (Maricá), Rafael, Padovani e Augusto; Deda, Carlos Alberto, Iranildo e Douglas Silva (Coquinho); Wellington Dias e Joãozinho (Índio). Técnico: Lula Pereira.

No jogo de volta, no Serejão, o Brasiliense desperdiçou uma grande chance de avançar na Copa do Brasil. Abriu o marcador aos 23 minutos, mas cedeu o empate quando faltavam 12 minutos para o fim da partida. O empate garantiu a classificação do Santos.
O Brasiliense partiu para cima do Santos e, logo depois do primeiro gol, o goleiro Fábio Costa evitou por duas vezes que o placar fosse aumentado em favor do clube brasiliense, com duas defesas difíceis após cobranças de falta do zagueiro Pedro Paulo.
Por não conseguir chegar com perigo ao gol do Brasiliense, o Santos passou a insistir nas jogadas aéreas. E foi num desses cruzamentos que saiu o gol da classificação, aos 33 minutos do segundo tempo.

BRASILIENSE 1 x 1 SANTOS
Data: 19/04/2006
Local: Serejão, Taguatinga (DF)
Árbitro: Sérgio da Silva Carvalho (DF)
Renda: R$ 29.960,00
Público: 8.454 pagantes
Gols: Joãozinho, 23 e Reinaldo, 78
BRASILIENSE: Gustavo, Agenor, Padovani, Pedro Paulo (Haender) e Augusto; Deda, Carlos Alberto, Wellington Dias e Douglas Silva (Giovani); Allann Delon (Coquinho) e Joãozinho. Técnico: Lula Pereira.
SANTOS: Fábio Costa, Luiz Alberto, Ronaldo Guiaro e Manzur (Neto); Fabinho, Heleno (Magnum), Cléber Santana, Léo Lima e Kléber; Geilson (De Nigris) e Reinaldo. Técnico: Wanderley Luxemburgo.



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