Por três anos consecutivos (1992 a 1994) o tricampeão brasiliense Taguatinga tentou passar para a Segunda Fase. Não conseguiu em nenhum deles.
Nas três oportunidades enfrentou times do Nordeste: Fortaleza em 1992, Sport Recife em 1993 e Bahia em 1994.
1992
Com a inclusão de mais dois Estados, Amapá e Rondônia, o regulamento da Copa do Brasil de 1992 sofreu uma mudança: participaram os 25 campeões estaduais e mais sete vice-campeões dos Estados de Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.
O Taguatinga foi o representante do DF, pela segunda vez (havia sido em 1990).
O adversário do Taguatinga foi o campeão cearense de 1991 e campeão do primeiro turno da temporada de 1992, o Fortaleza, que tinha como seus jogadores mais conhecidos Argeu, ex-Vasco da Gama, e Nando, ex-Sport Recife e Grêmio. E foi justamente este último que marcou o único gol do jogo, aos sete minutos do 2º tempo.
FORTALEZA 1 x 0 TAGUATINGA
Data: 15 de julho de 1992
Local: Presidente Vargas, Fortaleza (CE)
Árbitro: Alberto Batista de Carvalho (RN)
Expulsão: Edmilson, do Taguatinga
Gol: Nando, 52
TAGUATINGA: Dalmir, Junior, Zinha, Paulão e Régis; Júlio César, Marco Antônio e Lima (Edmilson); Rogerinho (Dias), Joãozinho e Serginho. Técnico: Mozair Barbosa.
FORTALEZA: Jorge Pinheiro, Eduardo, Adriano Cearense, Argeu e Osmanir; Alberto, Fernando (Valdir), Eliezer e Maradona; Nando e Tangerina. Técnico: Pedro Basílio Filho.
Para continuar no torneio o Taguatinga precisava vencer o jogo de volta, no Serejão, por mais de um gol de diferença.
O Taguatinga esteve bem melhor durante toda a partida e chegou a perder vários gols no 1º tempo. O Fortaleza, jogando retrancado, para segurar o empate, só teve uma grande chance de marcar gol, com Eliezer chutando na trave, quase ao final do 2º tempo.
O gol da vitória do Taguatinga surgiu aos 43 minutos do 2º tempo, através de Dias.
Foi necessária, então, a decisão por cobrança de pênaltis. A primeira série terminou 3 x 3. Serginho e Joãozinho deixaram de converter para o Taguatinga, enquanto Nando e Argeu perderam para o Fortaleza.
Os goleiros Claudecir e Edilson Barriga pegaram uma penalidade cada um. Marcaram para o Taguatinga Júlio César, Marco Antônio e Dias. O Fortaleza assinalou seus gols com Eduardo, Adriano e Osmar. Na série alternada, Zinha chutou para fora, enquanto Alberto, capitão do Fortaleza, marcou o gol da classificação do tricolor cearense.
TAGUATINGA 1 x 0 FORTALEZA
Data: 18 de agosto de 1992
Local: Serejão, Taguatinga (DF)
Árbitro: Dario Souza Campos (GO)
Renda: Cr$ 8.270.000,00
Público: 826 pagantes
Gols: Dias, 88
Decisão nos pênaltis: Fortaleza 4 x 3 Taguatinga. Expulsões: Valdir e Eliezer, do Fortaleza, e Régis, do Taguatinga.
TAGUATINGA: Edilson Barriga, Márcio Franco, Zinha, Jânio e Régis; Paulo Lima (Marco Antônio), Júlio César e Rogerinho (Lima); Dias, Joãozinho e Serginho. Técnico: Eurípedes Bueno.
FORTALEZA: Claudecir, Eduardo, Adriano Cearense, Argeu e Carlinhos; Alberto, China e Maradona (Eliezer); Valdir, Nando e Osmar. Técnico: Lúcio Flávio F. Cruz.
1993
O bicampeão pernambucano Sport Recife foi o adversário do Taguatinga na Copa do Brasil de 1993, que não teve novidades na quantidade de participantes (32).
O rubro-negro de Pernambuco não encontrou dificuldades para passar de fase, vencendo os dois encontros, o primeiro deles em Taguatinga, ambos por goleada.
O técnico do Taguatinga, Heitor de Oliveira, assumiu o comando da equipe uma semana antes e não teve tempo para trabalhar. Além disso, havia perdido seu artilheiro Joãozinho, que foi para o Itumbiara, de Goiás.
O destaque do jogo foi o atacante Hélio, do Sport Recife, autor de três gols.
TAGUATINGA 1 x 4 SPORT RECIFE
Data: 5 de março de 1993
Local: Serejão, Taguatinga (DF)
Árbitro: Vilmar Aires de Oliveira
Gols: Hélio, 15; Bizu, 34; Hélio, 48; Vital, 60 e Hélio, 84
TAGUATINGA: Marco Antônio, Márcio Franco, Zinha, Gilson e Eron (Jânio); Vital, Júlio César, Marquinhos e Pacheco; Palhinha e Dias. Técnico: Heitor de Oliveira.
SPORT RECIFE: Ivan, Betão (Lalo), Chico Monte Alegre, Lima e Gilton; Luís Almeida, Gilberto Gaúcho, Dário e Hélio; Bizu e Moura (Gilsinho). Técnico: Edson Freitas.
Com uma grande desvantagem em relação ao saldo de gols, o Taguatinga desembarcou em Recife, para enfrentar o Sport Recife, com um pensamento: tentar dificultar as coisas para o rubro-negro pernambucano.
Apenas no 1º tempo o Taguatinga suportou a pressão do Sport Recife, que dominou o jogo inteiramente após o primeiro gol.
Com outra goleada, o Taguatinga despediu-se melancolicamente da Copa do Brasil, levando sete gols e marcando apenas um em dois jogos.
SPORT RECIFE 3 x 0 TAGUATINGA
Data: 12 de março de 1993
Local: Ilha do Retiro, Recife (PE)
Árbitro: Josival Pedro do Nascimento (AL)
Gols: Dinda, 33 e Hélio, 76 e 78
TAGUATINGA: Marco Antônio, Márcio Franco, Edmilson, Zinha e Eron; Gílson, Julinho, Marquinhos e Pacheco (Tuta); Palhinha e Dias. Técnico: Eurípedes Bueno.
SPORT RECIFE: Ivan, Betão, Lima, Chico Monte Alegre e Luís Almeida (Lalo); Dário, Dinda, Erasmo (Neco) e Hélio; Zinho e Bizu. Técnico: Edson Freitas.
1994
A Copa do Brasil de 1994 passou a ter a presença de mais um Estado, o Tocantins. Com isso, a competição daquele ano reuniu os 26 campeões estaduais e seis vice-campeões dos Estados da Bahia, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Pelo terceiro ano consecutivo, o representante do futebol do DF foi o Taguatinga.
E novamente não realizou uma boa campanha, perdendo seus dois jogos para o Bahia.
Para estes dois jogos o Bahia atuou desfalcado de sua maior estrela: o goleiro uruguaio Rodolfo Rodrigues, que estava contundido. Outro destaque do tricolor baiano era o veterano meio-de-campo Arturzinho.
O Bahia não precisou se esforçar muito para vencer por 2 x 0. Bastaram dois contra-ataques certeiros, ambos concluídos pelo centro-avante Marcelo Ramos, para caírem por terra as esperanças do Taguatinga de levar uma vantagem para o segundo jogo, em Salvador.
TAGUATINGA 0 x 2 BAHIA
Data: 15 de março de 1994
Local: Serejão, Taguatinga (DF)
Árbitro: Antônio Vidal da Silva (GO)
Gols: Marcelo Ramos, 42 e 79
TAGUATINGA: Dalmir, Márcio Franco, Paulo Lima, Paulinho e Zinha; Vantuildes, Dorival (Vital), Michael e Marquinhos (Oberdan); Flávio e Marcos Alberto. Técnico: Déo de Carvalho.
BAHIA: Jean, Mailson, Missinho, Augusto e Romero; Souza, Eduardo (Naldinho), Uéslei e Arturzinho (Wanderley); Zé Roberto e Marcelo Ramos. Técnico: Arthur Bernardes.
Como era de se esperar, o Taguatinga não conseguiu reverter a grande vantagem do Bahia e foi eliminado da Copa do Brasil de 1992.
Chegou a empatar o jogo, mas não conseguiu os gols que necessitava para seguir adiante na competição.
BAHIA 2 x 1 TAGUATINGA
Data: 27 de março de 1994
Local: Fonte Nova, Salvador (BA)
Árbitro: Marlon Reinaldson Nascimento (AL)
Gols: Zé Roberto, 19; Marcos Alberto, 30 e Zé Roberto,48
TAGUATINGA: Dalmir, Márcio Franco, Paulo Lima, Paulinho e Zinha; Adelmo, Oberdan, Marquinhos e Michael (Nildo); Marcos Alberto e Flávio (Arruda). Técnico: Déo de Carvalho.
BAHIA: Washington, Mailson, Ronald, Augusto e Missinho; Romero (Nilmar), Wanderley, Uéslei e Marcelo Ramos; Zé Roberto (Reinaldo Aleluia) e Naldinho. Técnico: Arthur Bernardes.
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