1995
Nesta edição, foi aumentado o número de participantes. Além dos 26 campeões estaduais e de seis vice-campeões, o torneio ganhou a presença de mais quatro equipes, todas convidadas pela CBF: São Paulo (SP), Flamengo (RJ), Juventude (RS) e Democrata (MG). Assim, com 36 clubes, foi criada uma nova fase, a Preliminar. Nela e na Primeira Fase foram estabelecidos novos critérios de eliminação: o clube visitante que vencesse por três ou mais gols de diferença a primeira partida, estaria classificado automaticamente para a fase seguinte, sem a necessidade de disputar o segundo jogo.
A pressão do SBT, canal de televisão que encampou a competição com o compromisso de valorizá-la, foi decisiva para que a CBF aumentasse o número de participantes. Para dar maior prestígio ao torneio, a emissora praticamente impôs a presença de Flamengo e São Paulo, que pelos critérios anteriores ficariam de fora. Com isso, Democrata e Juventude acabaram pegando uma carona e ganharam a vaga.
O Gama voltou a ser o representante do DF e enfrentou o Flamengo, do Rio de Janeiro. O jogo foi realizado no Estádio Mané Garrincha, reaberto após interdição em dezembro de 1994 do Corpo de Bombeiros. A última partida realizada no estádio foi em 11 de setembro de 1994. O estádio foi parcialmente liberado ao público para esse jogo. Da capacidade total de 66 mil pessoas, o local recebeu 42.748 pagantes, o maior público em jogos da Copa do Brasil em Brasília.
O Gama fez 1 x 0 aos quatro minutos do 1º tempo, depois de uma falha do zagueiro Gelson Baresi (que atuou no lugar do titular Agnaldo, contundido; Gelson nasceu em Brasília). Gilmar lançou para Carlinhos, que fez 1 x 0.
No primeiro tempo o Gama foi superior ao Flamengo. A rigor, o time carioca não teve nenhuma chance real de gol. O lance mais perigoso foi uma cobrança de falta através de Branco, defendida por Márcio.
No segundo tempo, o Flamengo arrumou o meio-de-campo e chegou à vitória em dois minutos. Aos 14 minutos, Mazinho aproveitou-se de uma cobrança de falta e, de cabeça, empatou. Dois minutos depois, Paulo Henrique perdeu a bola para Marquinhos, que marcou o gol da vitória rubro-negra.
GAMA 1 x 2 FLAMENGO
Data: 5 de abril de 1995
Local: Mané Garrincha, Brasília (DF)
Árbitro: Antônio Pereira da Silva (GO)
Renda: R$ 474.760,00
Público: 42.748 pagantes
Gols: Carlinhos, 4; Mazinho, 59 e Marquinhos, 61
GAMA: Márcio, Chaguinha, Gerson, Márcio Araújo e Paulo Henrique; Mozer, Cléber (Flávio), Pacheco (Marcelo França) e Gilmar; Carlinhos e Romualdo. Técnico: João Leal Neto.
FLAMENGO: Emerson, Fabinho, Gelson, Jorge Luís e Branco; Charles, Válber, Marquinhos e William; Romário (Mazinho) e Sávio. Técnico: Wanderley Luxemburgo.
Sem oferecer nenhuma resistência ao Flamengo, o Gama foi eliminado da Copa do Brasil ao ser derrotado por 3 x 0, no jogo de volta, no Rio de Janeiro.
O jogo foi debaixo de chuva e o grande nome da equipe rubro-negra foi Mazinho, que substituiu Romário, contundido.
FLAMENGO 3 x 0 GAMA
Data: 12 de abril de 1995
Local: Gávea, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: João Paulo Araújo (SP)
Renda: R$ 3.990,00
Público: 534 pagantes
Gols: Mazinho, 7 e 60 e Mauricinho, 74
FLAMENGO: Emerson, Fábio Baiano, Gelson, Jorge Luís (Hebert) e Marcos Adriano; Charles, Marquinhos, Fabinho (Hugo) e William; Mauricinho e Mazinho. Técnico: Wanderley Luxemburgo.
GAMA: Márcio, Chaguinha, Gerson, Marco Aurélio e Paulo Henrique; Mozer, Cléber (Flávio), Pacheco (Neno) e Gilmar; Carlinhos e Romualdo. Técnico: João Leal Neto.
1996
Com a inclusão de Roraima, a Copa do Brasil contou pela primeira vez com a participação de todos os Estados do País. Em 1996, a CBF dobrou o número de convidados, que passou para oito: Atlético Paranaense, Bahia, Botafogo, Cruzeiro, Goiás, Santos, São Paulo e Vasco da Gama, totalizando 40 clubes na disputa. O critério de eliminação nas duas primeiras fases também foi alterado. A partir deste ano, o clube visitante precisava fazer apenas dois gols de diferença na partida de ida para conseguir a classificação.
Com apenas cinco jogadores da equipe que disputou o Campeonato Brasileiro da Série C de 1995, o Gama enfrentou o Bahia na primeira fase da Copa do Brasil de 1996.
Mesmo com os jogadores sentindo a falta de entrosamento, o Gama desperdiçou várias chances de gol no primeiro jogo, no Bezerrão. Quando sofreu o gol, era melhor em campo. Depois, a equipe diminuiu seu rendimento e não conseguiu buscar pelo menos o empate.
GAMA 0 x 1 BAHIA
Data: 14 de fevereiro de 1996
Local: Bezerrão, Gama (DF)
Árbitro: José Roberto da Silva (TO)
Renda: R$ 11.990,00
Público: 1.200 pagantes
Gol: Bobô, 31
GAMA: Anderson Roberto, Chaguinha, Jairo, Luiz Carlos (Dimba) e Paulo Henrique; Deda, Fernando, Ismanir (Pacheco) e Gilmar; Carlinhos e Anderson Carvalho. Técnico: Walter Zaparolli.
BAHIA: Jean, Hermes, Valmir, Parreira e Daniel; Lima, Bobô (Suélio), Eduardo e Celinho; Naldinho (Baiano) e Amarildo. Técnico: João Francisco.
Todos no Gama reconheciam a dificuldade que a equipe teria para reverter o resultado fora de casa, em Salvador. E a confirmação da classificação do tricolor baiano aconteceu após mais uma vitória, desta vez por 2 x 1.
BAHIA 2 x 1 GAMA
Data: 28 de fevereiro de 1996
Local: Fonte Nova, Salvador (BA)
Árbitro: Antônio Hora Filho (SE)
Renda: R$ 30.160,00
Público: 3.874 pagantes
Gols: Lima, 69; Bobô, 83 e Anderson Carvalho, 89
Expulsões: Chaguinha, do Gama, e Eduardo, do Bahia
BAHIA: Jean, Jorginho (Mato Grosso), Valmir, Samuel e Misso; Lima, Hermes, Bobô e Eduardo; Naldinho e Jorginho Capixaba (Baiano). Técnico: João Francisco.
GAMA: Anderson Roberto, Chaguinha, Deda, Adriano e Luiz Carlos; Fernando, Ismanir (Dimba), Gilmar (Flávio) e Kabila (Romualdo); Carlinhos e Anderson Carvalho. Técnico: Walter Zaparolli.
1997
Mais uma vez a CBF inflacionou o número de convidados. Nesta edição foram treze
(América-MG, Atlético Paranaense, Bahia, Botafogo-RJ, Fortaleza, Fluminense,
Internacional, Paysandu, Portuguesa de Desportos, Santa Cruz,
Santos, São Paulo e Vila Nova-GO). O número de participantes saltou para
44, mas a forma de disputa não foi alterada. O clube que ganhasse por dois gols
de diferença na Fase Preliminar e na Primeira Fase, nos jogos de ida, na casa
do adversário, já estaria classificado para a fase seguinte.
Pela primeira vez o Maranhão não teve representante na Copa do Brasil. Como o Bacabal, campeão estadual de 1996, desistiu uma semana antes do início do torneio, a CBF não permitiu que outro clube entrasse em seu lugar. O motivo do abandono foi o de sempre: falta de caixa.
O campeão brasiliense de 1996, o Guará, qualificou-se como representante do DF e resolveu apostar numa equipe com alguns dos melhores jogadores dos clubes do Distrito Federal para enfrentar o Internacional, de Porto Alegre, em sua estreia na Copa do Brasil de 1997.
Pela primeira vez o Maranhão não teve representante na Copa do Brasil. Como o Bacabal, campeão estadual de 1996, desistiu uma semana antes do início do torneio, a CBF não permitiu que outro clube entrasse em seu lugar. O motivo do abandono foi o de sempre: falta de caixa.
O campeão brasiliense de 1996, o Guará, qualificou-se como representante do DF e resolveu apostar numa equipe com alguns dos melhores jogadores dos clubes do Distrito Federal para enfrentar o Internacional, de Porto Alegre, em sua estreia na Copa do Brasil de 1997.
O zagueiro Lucimar, hoje conhecido por Lúcio |
Entre os jogadores que foram emprestados ao Guará estava um desconhecido
zagueiro de nome Lucimar, pertencente ao Planaltina, que mais tarde viria a ser
o zagueiro Lúcio, campeão do mundo com a seleção brasileira em 2002. Além dele,
cinco jogadores eram do Gama (Chaguinha, Jairo, Paulo Henrique, Marco Antônio e
Gilmar), um do Brasília (o goleiro Anderson) e um do Brazlândia (o atacante
Joãozinho). O grupo foi completado com jogadores campeões brasilienses de 1996
e com alguns juniores.
Mas, o que na teoria parecia ser uma boa ideia, na prática foi um vexame. Um time totalmente desentrosado foi impiedosamente goleado pelo elástico marcador de 7 x 0.
No 1º tempo, o clube gaúcho já vencia por 5 x 0.
A goleada sofrida pelo Guará teve um reflexo bem pior do que a eliminação da Copa do Brasil. O prejuízo financeiro que o clube amargou não só com o fracasso de público (apenas 1.853 pagantes) como por não disputar a segunda partida. Da renda de R$ 22.348,00, o Guará só ficou com R$ 3.226,00.
GUARÁ 0 x 7 INTERNACIONAL
Data: 18 de fevereiro de 1997
Local: Mané Garrincha, Brasília (DF)
Árbitro: Clever Assunção Gonçalves (MG)
Renda: R$ 22.348,00
Público: 1.853 pagantes
Gols: Luiz Gustavo, 19; Washington, 31; Arilson, 34 e 40; Luiz Gustavo, 42; Sandoval, 59 e Christian, 71
GUARÁ: Anderson Roberto, Chaguinha, Lucimar, Jairo e Paulo Henrique (Romero); Marquinhos, Marco Antônio, Gilmar e Júlio César; Luís Fábio (Fábio Gaúcho) e Joãozinho (Alysson). Técnico: Déo de Carvalho.
INTERNACIONAL: André, Gustavo, Gamarra, Régis e Paulo Roberto; Fernando, Enciso, Arilson (Marcelo) e Luiz Gustavo; Fabiano (Sandoval) e Washington (Christian). Técnico: Celso Roth.
1998
A Copa do Brasil de 1998 foi disputada por 42 equipes, sendo 27 campeões estaduais, cinco vices das federações que obtiveram maior público pagante em 1997 na Copa do Brasil, nas Séries A, B e C do Brasileirão e nos torneios estaduais de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, além de dez convidados pela CBF (América-MG, América-RN, Bahia, Flamengo-RJ, Fluminense-RJ, Palmeiras, Santos, Vila Nova-GO e Villa Nova-MG). Na Fase Preliminar e na Primeira Fase, caso a equipe visitante vencesse o primeiro jogo por dois ou mais gols de diferença, na casa do adversário, estaria classificada para a fase seguinte sem necessidade da realização da partida de volta.
Assim como em 1995, o Gama enfrentou o Flamengo e foi eliminado em sua primeira participação, pelo critério acima citado.
O início do jogo foi a todo vapor. Os dois times imprimiram muita velocidade e, apesar de ser inferior tecnicamente, o Gama não se intimidou. O Flamengo encontrava uma certa dificuldade em furar o bloqueio armado pelo Gama.
Aos 34 minutos, depois de um belo passe de Palhinha, Romário marcou o primeiro gol do jogo. Pouco antes de ser encerrado o 1º tempo, Lê marcou o segundo gol do Flamengo.
No segundo tempo, as equipes mantiveram o mesmo ritmo. Aos sete minutos, Romário voltou a marcar, depois de receber outro passe de Palhinha.
O Gama não se acovardou e aos 19 minutos diminuiu, através de Ézio, que chutou depois de receber de Adriano, em cobrança de falta ensaiada.
Aos 27, o Gama voltou a marcar. Maninho bateu falta na entrada da área e Romualdo escorou de cabeça. Dois minutos depois, o sonho do Gama foi por água abaixo. Palhinha concluiu, depois do cruzamento de Zé Roberto, pela direita, marcando o quarto gol do Flamengo.
Esse resultado eliminou o Gama da competição.
GAMA 2 x 4 FLAMENGO
Data: 17 de fevereiro de 1998
Local: Mané Garrincha, Brasília (DF)
Árbitro: Edilson Pereira de Carvalho (SP)
Renda: R$ 45.010,00
Público: 3.878 pagantes
Gols: Romário, 34; Lê, 45; Romário, 52; Ézio, 64; Romualdo, 72 e Palhinha, 74
GAMA: Roger, Paulo Henrique, Adriano, Gerson e Rochinha; Alexandre, Ézio, Maninho e Gilmar (Santos); Marquinhos (Paulo Sérgio) e Romualdo. Técnico: Paulo Roberto dos Santos.
FLAMENGO: Clemer, Alberto (Leandro), Juan, Fabiano e Leonardo Inácio; Jorginho, Bruno Quadros (Jamir), Zé Roberto e Palhinha (Iranildo); Romário e Lê. Técnico: Paulo Autuori.
Mas, o que na teoria parecia ser uma boa ideia, na prática foi um vexame. Um time totalmente desentrosado foi impiedosamente goleado pelo elástico marcador de 7 x 0.
No 1º tempo, o clube gaúcho já vencia por 5 x 0.
A goleada sofrida pelo Guará teve um reflexo bem pior do que a eliminação da Copa do Brasil. O prejuízo financeiro que o clube amargou não só com o fracasso de público (apenas 1.853 pagantes) como por não disputar a segunda partida. Da renda de R$ 22.348,00, o Guará só ficou com R$ 3.226,00.
GUARÁ 0 x 7 INTERNACIONAL
Data: 18 de fevereiro de 1997
Local: Mané Garrincha, Brasília (DF)
Árbitro: Clever Assunção Gonçalves (MG)
Renda: R$ 22.348,00
Público: 1.853 pagantes
Gols: Luiz Gustavo, 19; Washington, 31; Arilson, 34 e 40; Luiz Gustavo, 42; Sandoval, 59 e Christian, 71
GUARÁ: Anderson Roberto, Chaguinha, Lucimar, Jairo e Paulo Henrique (Romero); Marquinhos, Marco Antônio, Gilmar e Júlio César; Luís Fábio (Fábio Gaúcho) e Joãozinho (Alysson). Técnico: Déo de Carvalho.
INTERNACIONAL: André, Gustavo, Gamarra, Régis e Paulo Roberto; Fernando, Enciso, Arilson (Marcelo) e Luiz Gustavo; Fabiano (Sandoval) e Washington (Christian). Técnico: Celso Roth.
1998
A Copa do Brasil de 1998 foi disputada por 42 equipes, sendo 27 campeões estaduais, cinco vices das federações que obtiveram maior público pagante em 1997 na Copa do Brasil, nas Séries A, B e C do Brasileirão e nos torneios estaduais de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, além de dez convidados pela CBF (América-MG, América-RN, Bahia, Flamengo-RJ, Fluminense-RJ, Palmeiras, Santos, Vila Nova-GO e Villa Nova-MG). Na Fase Preliminar e na Primeira Fase, caso a equipe visitante vencesse o primeiro jogo por dois ou mais gols de diferença, na casa do adversário, estaria classificada para a fase seguinte sem necessidade da realização da partida de volta.
Assim como em 1995, o Gama enfrentou o Flamengo e foi eliminado em sua primeira participação, pelo critério acima citado.
O início do jogo foi a todo vapor. Os dois times imprimiram muita velocidade e, apesar de ser inferior tecnicamente, o Gama não se intimidou. O Flamengo encontrava uma certa dificuldade em furar o bloqueio armado pelo Gama.
Aos 34 minutos, depois de um belo passe de Palhinha, Romário marcou o primeiro gol do jogo. Pouco antes de ser encerrado o 1º tempo, Lê marcou o segundo gol do Flamengo.
No segundo tempo, as equipes mantiveram o mesmo ritmo. Aos sete minutos, Romário voltou a marcar, depois de receber outro passe de Palhinha.
O Gama não se acovardou e aos 19 minutos diminuiu, através de Ézio, que chutou depois de receber de Adriano, em cobrança de falta ensaiada.
Aos 27, o Gama voltou a marcar. Maninho bateu falta na entrada da área e Romualdo escorou de cabeça. Dois minutos depois, o sonho do Gama foi por água abaixo. Palhinha concluiu, depois do cruzamento de Zé Roberto, pela direita, marcando o quarto gol do Flamengo.
Esse resultado eliminou o Gama da competição.
GAMA 2 x 4 FLAMENGO
Data: 17 de fevereiro de 1998
Local: Mané Garrincha, Brasília (DF)
Árbitro: Edilson Pereira de Carvalho (SP)
Renda: R$ 45.010,00
Público: 3.878 pagantes
Gols: Romário, 34; Lê, 45; Romário, 52; Ézio, 64; Romualdo, 72 e Palhinha, 74
GAMA: Roger, Paulo Henrique, Adriano, Gerson e Rochinha; Alexandre, Ézio, Maninho e Gilmar (Santos); Marquinhos (Paulo Sérgio) e Romualdo. Técnico: Paulo Roberto dos Santos.
FLAMENGO: Clemer, Alberto (Leandro), Juan, Fabiano e Leonardo Inácio; Jorginho, Bruno Quadros (Jamir), Zé Roberto e Palhinha (Iranildo); Romário e Lê. Técnico: Paulo Autuori.
Nenhum comentário:
Postar um comentário