sábado, 29 de julho de 2017

FICHA TÉCNICA: Flávio Negão

Desarmando um adversário

Flávio José dos Anjos, o Flávio Negão, nasceu em Luziânia (GO), no dia 29 de julho de 1973.
Flávio Negão foi um zagueiro de baixa estatura, mas que tinha excelente impulsão. Era viril, sem ser desleal.
Iniciou no futebol na Escolinha do Gama, com o técnico Zé Maria.
Num dos jogos do campeonato brasiliense de juniores, entre Gama e Tiradentes, Lourenço Evangelista, que era massagista do Tiradentes, o viu jogar e o convidou para integrar a equipe de juniores do seu clube.
Em 1989 já estava na equipe do Tiradentes, campeã brasiliense de juniores. Esse resultado garantiu a presença do Tiradentes na Copa São Paulo de Futebol Junior, em janeiro de 1990, quando o futebol de Brasília voltaria a ter um representante depois de um longo período sem. O Tiradentes caiu num grupo muito difícil e não conseguiu se classificar para a próxima fase.
O time treinado por Dirnei Arno Ferreira tinha como base a seguinte formação: Chaguinha, Márcio Franco, Flávio Negão, Cláudio e Valtinho; Zilmar, Klim e Rogerinho; Renaldo, Egberto e Ronaldinho.
Sua primeira aparição entre os profissionais do Tiradentes aconteceu em 17 de março de 1991, no amistoso em que terminou empatado em 2 x 2, entre a Seleção de Luziânia e o Tiradentes. Mozair Barbosa era o treinador do Tiradentes. O Tiradentes formou com Jorge, Chiquinho, Rildo, Flávio Negão e Eron (Fernando); Zé Nilo, Vicente (Walter) e Café (Klim); Arthur, Porto Real e Bé. Técnico: Mozair Barbosa.

De forma oficial, a estreia de Flávio Negão no Tiradentes foi em 19 de maio de 1991, no Bezerrão, em jogo válido pelo campeonato brasiliense. Antes de completar 18 anos, Flávio Negão formou a dupla de zaga com o veterano Beto Fuscão (na época, com 41 anos). O Tiradentes perdeu por 4 x 2 e formou assim: Bocaiúva, Chiquinho, Flávio Negão, Beto Fuscão e Eron; Vicente (Jarbas), Som (Ricardo) e Café; Artur, Bé e Wadi. Técnico: Dirnei Arno Ferreira.
Disputaria mais 16 jogos em 1991, ano em que o Tiradentes terminaria o campeonato brasiliense na última colocação.
Permaneceu no Tiradentes em 1992, mais na reserva do que no time titular.
Se firmaria como titular em 1993, quando disputou 35 jogos pelo campeonato brasiliense.
Em 1994, depois de apenas nove jogos pelo campeonato brasiliense, foi emprestado ao Inhumas para a disputa do campeonato goiano da Primeira Divisão. O Inhumas chegou na 12ª colocação. Ainda em 1994, voltaria ao Tiradentes para disputar o Campeonato Brasileiro da Série B.

Luziânia
No ano seguinte, disputou 15 jogos pelo campeonato brasiliense. Nesse mesmo ano de 1995, Flávio Negão foi convocado pela primeira vez para integrar uma Seleção Brasiliense, no amistoso realizado contra o Botafogo, do Rio de Janeiro (0 x 0), no dia 11 de maio, porém, não participou do jogo, permanecendo no banco de reservas.
O ano de 1996 foi o último de Flávio Negão no Tiradentes. Ele ficou de fora de apenas um jogo entre os 14 disputados pelo clube nesse ano. O clube chegou na 10ª colocação e ficou de fora da Segunda Fase da competição.
O último jogo de Flávio Negão com a camisa do Tiradentes foi em 26 de maio de 1996, no CAVE, no empate em 1 x 1 com o Guará. O Tiradentes formou assim: Magela, Adailton, Flávio Negão, Zé Márcio e Marcelo; Di, Wanderley (Marquinhos Brasília) e Vagno; Dário, Serginho e Marquinhos Carioca. Técnico: Jorge Marçal do Nascimento.
Passaria para o Luziânia, onde permaneceu de 1997 a 1999. Seus números: 14 jogos em 1997, 17 em 1998 e 19 em 1999. A melhor colocação obtida por Flávio Negão no Luziânia foi a terceira, em 1999.

Luziânia
O primeiro jogo com a camisa do Luziânia foi em 9 de março de 1997, no Serra do Lago, em Luziânia, com derrota diante do Brasília, por 2 x 1.
Formou o Luziânia com Tobias, Fernando, Flávio Negão, Ticão e João Corte; Paulinho, Iron (Mário) e Dodô (Dilson); Vagno, Baiano e Junior Mineiro. Técnico: Jorge Marçal do Nascimento.
Em 2000 Flávio Negão foi para o Bandeirante. O clube realizou uma bela campanha no campeonato brasiliense desse ano e chegou na segunda colocação, atrás apenas do Gama, para quem perdeu o título após uma confusa decisão e dois empates que favoreceram o adversário. Flávio Negão foi titular do Bandeirante em 18 dos 22 jogos disputados pelo clube.

Bandeirante
O time que foi vice-campeão brasiliense em 2000 foi assim formado em um dos dois jogos da decisão: André, Viana (Toni), Junior, Flávio e Rômulo (Roberto); Bira, Evilásio (Duílio), Marquinhos Brazlândia e Júlio César; Jackson e Alessandro Bocão. Técnico: Eurípedes Bueno.
No 2º semestre de 2000, o Bandeirante disputou o Campeonato Brasileiro da Série B, e nem a presença de Flávio Negão na equipe, pôde evitar uma péssima campanha nessa competição. O Bandeirante ficou na 36ª e última colocação na classificação geral, com apenas uma vitória nos 17 jogos que disputou.

ARUC
Isso, porém, não impediu que fosse contratado por um novo clube. Quando a ARUC estreou na Primeira Divisão do campeonato brasiliense de 2001, na montagem do time se agarrou na base do Bandeirante vice-campeão de 2000 e levou quatro de seus principais jogadores: o volante Bira, o meia Júlio César, o atacante Jackson e o zagueiro Flávio Negão. Foram onze jogos com a camisa da ARUC.
Em 2002, Flávio Negão estava de volta ao Bandeirante. Novamente ajudou o clube a realizar uma boa campanha, chegando em quarto lugar. Disputou 17 jogos pelo campeonato brasiliense desse ano.
Passou mais três anos no Luziânia, de 2003 a 2005. Nesses três anos, o Luziânia não conseguiu boas colocações: 4º em 2003 (a melhor delas), 7º em 2004 e 6º em 2005. Foram treze jogos em 2003, sete em 2004 e mais sete em 2005.

Luziânia
Disputou o Campeonato Brasileiro da Série C de 2005 pelo Ceilândia.
Seu último clube no futebol do DF foi o Paranoá, pelo qual disputou oito jogos válidos pelo campeonato brasiliense de 2006.
A última vez de Flávio Negão em um jogo válido pelo campeonato brasiliense foi em 26 de fevereiro de 2006, no estádio JK. Nesse dia, o Paranoá venceu o Luziânia por 2 x 0 com a seguinte composição: Abraão, Fabrício, Natan, Flávio Negão e Kaká; Bira, Kabila (Walisson), Nilmar e Carlos (Val); Léo Guerreiro e Marquinhos Brasília (Orlando). Técnico: José Lopes de Oliveira (Risada).
Flávio Negão hoje reside em Luziânia e, depois que parou com o futebol, passou a trabalhar como motorista de caminhão.



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