Desarmando um adversário |
Flávio José dos Anjos, o
Flávio Negão, nasceu em Luziânia (GO), no dia 29 de julho de 1973.
Flávio Negão foi um
zagueiro de baixa estatura, mas que tinha excelente impulsão. Era viril, sem
ser desleal.
Iniciou no futebol na
Escolinha do Gama, com o técnico Zé Maria.
Num dos jogos do campeonato
brasiliense de juniores, entre Gama e Tiradentes, Lourenço Evangelista, que era
massagista do Tiradentes, o viu jogar e o convidou para integrar a equipe de
juniores do seu clube.
Em 1989 já
estava na equipe do Tiradentes, campeã brasiliense de juniores. Esse resultado
garantiu a presença do Tiradentes na Copa São Paulo de Futebol Junior, em
janeiro de 1990, quando o futebol de Brasília voltaria a ter um representante
depois de um longo período sem. O Tiradentes caiu num grupo muito difícil e não
conseguiu se classificar para a próxima fase.
O time treinado por Dirnei Arno Ferreira tinha como
base a seguinte formação: Chaguinha, Márcio Franco, Flávio Negão, Cláudio e
Valtinho; Zilmar, Klim e Rogerinho; Renaldo, Egberto e Ronaldinho.
Sua primeira aparição entre os profissionais do
Tiradentes aconteceu em 17 de março de 1991, no amistoso em que terminou
empatado em 2 x 2, entre a Seleção de Luziânia e o Tiradentes. Mozair Barbosa era
o treinador do Tiradentes. O Tiradentes formou com Jorge, Chiquinho, Rildo,
Flávio Negão e Eron (Fernando); Zé Nilo, Vicente (Walter) e Café (Klim);
Arthur, Porto Real e Bé. Técnico: Mozair Barbosa.
De forma oficial, a estreia de Flávio Negão no Tiradentes
foi em 19 de maio de 1991, no Bezerrão, em jogo válido pelo campeonato
brasiliense. Antes de completar 18 anos, Flávio Negão formou a dupla de zaga
com o veterano Beto Fuscão (na época, com 41 anos). O Tiradentes perdeu por 4 x
2 e formou assim: Bocaiúva, Chiquinho, Flávio Negão, Beto Fuscão e Eron;
Vicente (Jarbas), Som (Ricardo) e Café; Artur, Bé e Wadi. Técnico: Dirnei Arno
Ferreira.
Disputaria mais 16 jogos em 1991, ano em que o
Tiradentes terminaria o campeonato brasiliense na última colocação.
Permaneceu no Tiradentes em 1992, mais na reserva do
que no time titular.
Se firmaria como titular em 1993, quando disputou 35
jogos pelo campeonato brasiliense.
Em 1994, depois de apenas nove jogos pelo campeonato
brasiliense, foi emprestado ao Inhumas para a disputa do campeonato goiano da
Primeira Divisão. O Inhumas chegou na 12ª colocação. Ainda em 1994, voltaria ao
Tiradentes para disputar o Campeonato Brasileiro da Série B.
Luziânia |
No ano seguinte, disputou 15 jogos pelo campeonato
brasiliense. Nesse mesmo ano de 1995, Flávio Negão foi convocado pela primeira
vez para integrar uma Seleção Brasiliense, no amistoso realizado contra o
Botafogo, do Rio de Janeiro (0 x 0), no dia 11 de maio, porém, não participou
do jogo, permanecendo no banco de reservas.
O ano de 1996 foi o último de Flávio Negão no
Tiradentes. Ele ficou de fora de apenas um jogo entre os 14 disputados pelo
clube nesse ano. O clube chegou na 10ª colocação e ficou de fora da Segunda
Fase da competição.
O último jogo de Flávio Negão com a camisa do Tiradentes
foi em 26 de maio de 1996, no CAVE, no empate em 1 x 1 com o Guará. O
Tiradentes formou assim: Magela, Adailton, Flávio Negão, Zé Márcio e Marcelo;
Di, Wanderley (Marquinhos Brasília) e Vagno; Dário, Serginho e Marquinhos
Carioca. Técnico: Jorge Marçal do Nascimento.
Passaria para o Luziânia, onde permaneceu de 1997 a
1999. Seus números: 14 jogos em 1997, 17 em 1998 e 19 em 1999. A melhor
colocação obtida por Flávio Negão no Luziânia foi a terceira, em 1999.
Luziânia |
O primeiro jogo com a camisa do Luziânia foi em 9 de
março de 1997, no Serra do Lago, em Luziânia, com derrota diante do Brasília,
por 2 x 1.
Formou o Luziânia com Tobias, Fernando, Flávio Negão,
Ticão e João Corte; Paulinho, Iron (Mário) e Dodô (Dilson); Vagno, Baiano e
Junior Mineiro. Técnico: Jorge Marçal do Nascimento.
Em 2000 Flávio Negão foi para o Bandeirante. O clube
realizou uma bela campanha no campeonato brasiliense desse ano e chegou na
segunda colocação, atrás apenas do Gama, para quem perdeu o título após uma
confusa decisão e dois empates que favoreceram o adversário. Flávio Negão foi
titular do Bandeirante em 18 dos 22 jogos disputados pelo clube.
Bandeirante |
O time que foi vice-campeão brasiliense em 2000 foi
assim formado em um dos dois jogos da decisão: André, Viana (Toni), Junior,
Flávio e Rômulo (Roberto); Bira, Evilásio (Duílio), Marquinhos Brazlândia e
Júlio César; Jackson e Alessandro Bocão. Técnico: Eurípedes Bueno.
No 2º semestre de 2000, o Bandeirante disputou o
Campeonato Brasileiro da Série B, e nem a presença de Flávio Negão na equipe,
pôde evitar uma péssima campanha nessa competição. O Bandeirante ficou na 36ª e
última colocação na classificação geral, com apenas uma vitória nos 17 jogos
que disputou.
ARUC |
Isso, porém, não impediu que fosse contratado por um
novo clube. Quando a ARUC estreou na Primeira Divisão do campeonato brasiliense
de 2001, na montagem do time se agarrou na base do Bandeirante vice-campeão de
2000 e levou quatro de seus principais jogadores: o volante Bira, o meia Júlio
César, o atacante Jackson e o zagueiro Flávio Negão. Foram onze jogos com a
camisa da ARUC.
Em 2002, Flávio Negão estava de volta ao Bandeirante.
Novamente ajudou o clube a realizar uma boa campanha, chegando em quarto lugar.
Disputou 17 jogos pelo campeonato brasiliense desse ano.
Passou mais três anos no Luziânia, de 2003 a 2005.
Nesses três anos, o Luziânia não conseguiu boas colocações: 4º em 2003 (a
melhor delas), 7º em 2004 e 6º em 2005. Foram treze jogos em 2003, sete em 2004
e mais sete em 2005.
Luziânia |
Disputou o Campeonato Brasileiro da Série C de 2005
pelo Ceilândia.
Seu último clube no futebol do DF foi o Paranoá, pelo
qual disputou oito jogos válidos pelo campeonato brasiliense de 2006.
A última vez de Flávio Negão em um jogo válido pelo
campeonato brasiliense foi em 26 de fevereiro de 2006, no estádio JK. Nesse
dia, o Paranoá venceu o Luziânia por 2 x 0 com a seguinte composição: Abraão, Fabrício, Natan, Flávio Negão e Kaká; Bira,
Kabila (Walisson), Nilmar e Carlos (Val); Léo Guerreiro e Marquinhos Brasília
(Orlando). Técnico: José Lopes de Oliveira (Risada).
Flávio Negão hoje reside em
Luziânia e, depois que parou com o futebol, passou a trabalhar como motorista
de caminhão.
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