Poucos dias antes de
começar o Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão de 2008, eram poucas as pessoas
que acreditavam numa boa campanha do Dom Pedro II na competição, apostando que
seria um dos rebaixados.
Além da falta de estrutura
(com treinos apenas uma vez por dia), mudou de técnico a menos de uma semana da
estreia na competição: o treinador Marcos Baday desentendeu-se com o presidente
Clever Rafael e deixou o clube.
Com passagens por vários
clubes do DF, quem assumiu o cargo foi José Lopes de Oliveira, o Risada
(treinador do clube nos 14 jogos disputados), que, com o seu conhecimento do
futebol local, conseguiu superar vários obstáculos que levaram o Dom Pedro II à
melhor campanha de sua história.
Sem dinheiro para grandes
contratações, foi obrigado a apostar na base do ano anterior, 2007, quando
terminou na sexta colocação, tendo escapado do rebaixamento na última rodada.
De 2007 manteve sete
titulares: o lateral Amaral, os zagueiros gêmeos Rodrigo e Renato Mello, os
volantes André Bahia e Zé Ricarte e os atacantes Michel e Juninho.
Contou com o reforço de
três veteranos do futebol do DF: o goleiro Osmair e os meias Maninho e Mazinho
Brasília.
Como num passe de mágica,
aconteceu da melhor forma possível o entrosamento treinador/jogadores, passando
a apresentar um time bastante competitivo durante o campeonato.
Na estreia, que tanto
preocupava por conta da inesperada mudança de comando, empate em 1 x 1 com o
Ceilândia, no Abadião.
Nem a derrota para o
favorito ao título Brasiliense, por 2 x 1, na segunda rodada, tirou a confiança
dos jogadores do Dom Pedro II.
Vieram, na sequência,
empate com o Gama (1 x 1), vitórias sobre o Unaí (3 x 1) e Legião (1 x 0), empate
com o Brazlândia (1 x 1) e, encerrando o primeiro turno, vitória sobre o Esportivo
(3 x 1), resultados que lhe deram o simbólico título de vice-campeão dessa
etapa, excelente para quem era apontado como azarão no início da competição.
No embalo dos bons
resultados, começou o segundo turno com vitória sobre o Ceilândia, por 2 x 0.
Continuou na segunda rodada, quando empatou com o Brasiliense em 0 x 0. Na
terceira, surpreendeu o Gama após vencer por 1 x 0.
Após empate em 0 x 0 com o
Unaí e vitória de 2 x 0 sobre o Legião, veio o desastre ao ser derrotado em seu
campo, pelo Brazlândia, por 4 x 1. Finalizou o segundo turno vencendo o
Esportivo, por 2 x 0.
Esses resultados levaram o
Dom Pedro II a ser o clube de melhor campanha no segundo turno, um ponto à frente
justamente do Brazlândia e do Ceilândia.
Como o campeonato era de
pontos corridos, ficou com um brilhante vice-campeonato, atrás, apenas, do
Brasiliense: nos 14 jogos disputados, foram sete vitórias, cinco empates e
apenas duas derrotas. Marcou 19 gols e sofreu 11. Seu índice de aproveitamento,
61,9%, foi superior ao de 1999 (56,1%), outro ano em que o Dom Pedro II ficou
com o vice-campeonato brasiliense.
O Dom Pedro II teve a
melhor defesa do campeonato e o artilheiro da competição, Michel, com 9 gols,
um à frente de Dimba, do Brasiliense.
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