quarta-feira, 3 de junho de 2015

O BRASÍLIA ESTÁ COMPLETANDO 40 ANOS DE VIDA - 2ª parte: Década de 80


Vencendo os três turnos disputados, o Brasília recuperou o título de campeão brasiliense em 1980, deixando o Gama em segundo lugar. Pela terceira vez o título foi conquistado de forma invicta. No total, foram 25 jogos, com 19 vitórias e 6 empates.

Também recuperou o título de campeão da categoria de juniores (nova denominação, a partir deste ano, dos juvenis). Revelou dois jogadores que passariam a se destacar posteriormente entre os profissionais: o artilheiro Santos e o meia Zé Maurício.
Com o Gama na Série A, coube ao Brasília disputar o Campeonato Brasileiro da Série B em 1980. Ficou em quarto lugar e não passou para a Segunda Fase.
No ano de 1981, o Brasília ficou apenas com a terceira colocação, atrás de Taguatinga e Guará. Como consolo, tornou-se bicampeão de juniores.
De volta à principal divisão do Campeonato Brasileiro, o Brasília foi um dos 40 clubes da competição. Na Primeira Fase foram divididos em quatro grupos de dez. Jogaram dentro dos grupos só em ida, classificando-se os sete primeiros de cada chave. O Brasília fez parte do Grupo B e terminou sua participação em nono lugar, não conseguindo classificação para a Segunda Fase.

Brasília - 1982
De 1982 a 1984 o Brasília deteve a hegemonia no futebol brasiliense, conquistando o tricampeonato do DF. Nesse período disputou 112 jogos, vencendo 50, empatando 40 e perdendo 22. Marcou 148 gols e sofreu 86.
Em 1982 o título veio depois de dois empates (1 x 1 e 0 x 0) diante do Guará, na decisão do campeonato.
Foram 29 jogos e uma igualdade entre vitórias e empates, doze em cada um. Além disso, perdeu cinco jogos. Marcou 28 gols e sofreu 19.
Nesses dois últimos jogos entraram em campo os seguintes jogadores: Haroldo, Ricardo, Kidão, Jonas Foca e Zu; Wilson Bispo, Marco Antônio e Kleber; Mardone, Márcio (Santos) e Zé Carlos. O técnico foi Ercy Rosa.
O maior campeonato brasiliense de toda a história desde a definitiva implantação do profissionalismo no DF ocorreu em 1983. Foram 199 jogos (recorde nunca superado). Para chegar ao bicampeonato, o Brasília disputou 52 jogos, dos quais venceu 22, empatou 19 e perdeu 11. Teve o melhor ataque do campeonato com 67 gols e sofreu 42. 
O título de bicampeão só veio após um triangular contra Taguatinga e Guará. Empatou com o Taguatinga (1 x 1) e venceu o Guará por 1 x 0, gol de Santos. Defenderam o Brasília nos dois jogos Sidney, Ricardo, Kidão, Jonas Foca e Ahlá; Pinheiro, Marco Antônio e Wander (Edson Queiroz); Santos, Zeca e Aloísio (Nei). Técnico: Mozair Barbosa.
O Brasília venceu a Taça Eficiência, com 300 pontos e teve o artilheiro do campeonato, Santos, com 22 gols. Também estava muito bem servido de goleiros, ao ponto de fazer um rodízio entre quatro atletas: Déo: 9 jogos, 8 gols sofridos; Nena: 15 jogos, 8 gols; Itiberê: 15 jogos, 11 gols e Sidney: 12 jogos, 5 gols.
No Campeonato Brasileiro de 1983 fez uma péssima campanha na Primeira Fase, vencendo apenas um jogo dos oito que disputou. Com isso, o Brasília foi um dos clubes eliminados da Taça de Ouro (juntamente com mais onze clubes), passando a disputar a Taça de Prata a partir da Terceira Fase. Nesta competição, chegou até as semifinais, quando foi eliminado pelo CSA, de Maceió (AL), após dois empates. Assim, o Brasília terminou a Taça de Prata na quarta colocação, a melhor em toda a sua história numa competição de âmbito nacional. Jogaram a última partida pelo Brasília Déo, Zu, Iranil, Jonas Foca e Nilton (Ricardo); Marco Antônio, Mardone e Wander; Santos, Bife (Lino) e Zé Carlos. Técnico: Jorge Medina.
O tricampeonato brasiliense veio depois de outro triangular decisivo, desta vez contra Sobradinho e Taguatinga. Empatou com o Sobradinho (2 x 2) e venceu o Taguatinga por 1 x 0, gol de Mundinho.
Joaldo (Nena), Iranil, Kidão, Jonas Foca e Mundinho (Ahlá); Baiano (Ahlá), Marco Antônio e Manoel Ferreira; Paulinho Comelli (Kleber), Júlio César (Nei) e Wander foi a formação básica dos dois jogos. O técnico foi Jorge Cardoso Medina. 
A campanha do Brasília em 1984 foi a seguinte: 31 jogos, 16 vitórias, 9 empates e 6 derrotas; 53 gols a favor e 25 contra, com saldo de 28 gols. Novamente o artilheiro do campeonato foi do Brasília: Wander, com 12 gols.
Nos anos de 1983 a 1985 voltou a disputar o Campeonato Brasileiro.
O Brasília realizou a pior campanha em sua história no Campeonato Brasileiro de 1984. Simplesmente perdeu todos os oito jogos que disputou contra Flamengo, Goiás, Operário-Campo Grande e Palmeiras.
Em 1985 recuperou um pouco a sua imagem ao ficar em 5º lugar num grupo de 12 clubes, apesar de não passar para a Segunda Fase (apenas os quatro primeiros colocados se classificavam). 
Nos anos em que o Sobradinho alcançou o bicampeonato, 1985 e 1986, o Brasília chegou na terceira colocação no campeonato brasiliense.

Brasília - 1987
Voltaria a conquistar o título (oitavo) de campeão brasiliense no ano de 1987, um recorde superado nos anos 2000, pelo Gama, e igualado pelo Brasiliense.
No último ano em que conquistou o título de campeão brasiliense, o Brasília superou Taguatinga e Guará na fase final. Entraram em campo no último jogo os seguintes jogadores: Wanderley, Oliveira, Remo (Filgueira), Kidão e Nescau; Marco Antônio, Josimar e Bolão; Nei (Darlan), Da Costa e Erasmo. Técnico: Antônio Fabiano Ferreira, o Raimundinho.
O Campeonato Brasileiro de 1987 foi dividido em quatro módulos. O Brasília fez parte do Módulo Azul (uma espécie de terceira divisão). Na Primeira Fase, os 24 clubes foram separados em seis grupos, integrados por quatro equipes cada um. Jogaram dentro dos grupos em ida e volta. Os dois melhores de cada chave seguiram para a segunda fase. O Brasília foi o representante do futebol do DF no Módulo Azul e não conseguiu passar para a Segunda Fase.
Na categoria de juniores, no período compreendido entre 1982 e 1989, o Brasília foi campeão nos anos de 1983 e 1988 e vice-campeão em 1982, 1985, 1987 e 1989.
Entre os profissionais, o Brasília realizou más campanhas em 1988 e 1989, sem conseguir ficar nem os três primeiros. Ficou com a quinta e a sexta colocação, respectivamente, sempre entre oito clubes disputantes.


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