terça-feira, 15 de novembro de 2016

BATE BOLA COM ANDRÉ LEIZER


Para começar, diga o seu nome completo e, caso tenha algum apelido, como surgiu esse apelido?
André Leizer, apelido Leizer.

Qual o local e a data de seu nascimento?
Porto Alegre (RS), 13 de julho de 1976.

Casado? Filhos? Quantos?
Casado, com dois enteados.

Uma pessoa importante na sua vida?
Meu pai e minha mãe.

Tem algum hobby?
Futebol e churrasco.

Qual seu time do coração?
Internacional, de Porto Alegre (RS).

Onde e quando começou a jogar futebol? Como veio parar na Capital Federal?
Comecei no Internacional, de Porto Alegre (RS), nas escolinhas até o profissional. Vim para Brasília em 2000, através de Roberval de Paula e Mozair Barbosa, quando estava jogando na Rioverdense. 

Quem foi seu primeiro treinador?
Meu primeiro treinador foi Escurinho, grande atacante dos tempos de Internacional. 

Sempre quis ser jogador?
Sim.

Barra do Garça
Conte um pouco de sua trajetória no futebol, citando os clubes e os anos em que jogou. E onde parou com a bola?
Como disse, comecei no Internacional, de Porto Alegre, lá ficando durante onze anos. Depois, fui emprestado ao Lajeadense (RS), em 1997. Voltei ao Internacional e depois fui para o Novo Hamburgo, em 1998, mesmo ano em que joguei no Barra do Garça, do Mato Grosso, São José (SP), Itumbiara-GO, em 1999, Londrina-PR, Rioverdense-GO em 2000, Bandeirante (DF), de 2000 a 2002, ARUC-DF em 2001, Brasiliense-DF em 2002 e Sobradinho-DF em 2003. Parei no Sobradinho.

Você lembra do seu primeiro jogo? Como foi?
Meu primeiro jogo foi Internacional x Esportivo, de Bento Gonçalves, no Beira Rio. Foi bom, não tomei gol.

Qual o conselho que você deixa para quem está começando agora com o futebol?
Jogar bola é um sonho de muitos, mas não é fácil, poucos vingam. Então, o estudo nunca pode ser deixado de lado. Hoje enxergo isto.

O que um jogador de hoje precisa ter ou ser para obter sucesso no futebol?
Hoje em dia, um bom empresário, infelizmente.

Qual o pior defeito que um jogador pode ter?
A ilusão, a bola é traiçoeira!

Lembra quais os títulos que conquistou no futebol, tanto em Brasília quanto fora dela?
Campeão gaúcho em 1994, vice-campeão do DF com o Bandeirante em 2000 e campeão com a Lajeadense da Segunda Divisão gaúcha em 1997.


Depois que parou com a bola, o que tem feito fora dos gramados?
Trabalho na representação do Governo do Estado do Pará, em Brasília.


Unidade Vizinhança da Vila Planalto
Se tivesse a chance de voltar, de recomeçar, teria sido outra vez goleiro?
Com certeza. Jogo até hoje campeonatos de veteranos em Brasília, na ASBAC, Minas-Brasília e Vila Planalto. Para mim, jogar no gol é um prazer inigualável.

Muitos falam que se perdeu um pouco do futebol romântico e bonito, você concorda? 
Sim, hoje é tudo muito competitivo, da escolinha até o profissional.

Capital-DF
Depois que encerrou a carreira de jogador, exerceu alguma atividade relacionada ao futebol, tais como treinador, dirigente de clube, árbitro de futebol, massagista, preparador físico etc.?
Fui treinador de goleiros no Capital-DF, em 2005.

O que o futebol te deixou de lição?
Saber viver em grupo. Há muita coisa boa e muita ruim.

Você continua acompanhando o futebol de Brasília? Você costuma ir aos estádios?
Sim, já estou aqui há 16 anos, sempre observando. Tenho muitos amigos no futebol daqui.

Qual sua opinião sobre o futebol de Brasília, sabidamente um futebol que não é valorizado pela imprensa brasileira?
Infelizmente, porque aqui tem muitos jogadores bons e jovens, que não são olhados pela mídia.

Você vê alguma perspectiva de um clube brasiliense voltar a elite do nosso futebol?
Tem que ter, porque nenhuma cidade vive sem futebol e Brasília precisa disso.

O que o futebol de Brasília tem de fazer para se tornar um dos melhores do Brasil?
Categorias de base bem estruturadas, para captação de atletas.

Porque a reinauguração do Mané Garrincha não trouxe benefícios ao futebol brasiliense?
O investimento para fazer um jogo ali é muito alto para os clubes daqui, infelizmente.

Você considera que os grandes jogadores do futebol de Brasília tem categoria suficiente para atuar em qualquer clube do Brasil?
Claro, tem muito bons jogadores aqui, mas não são vistos. Temos muitos exemplos de jogadores daqui que deram certo.

E qual o melhor jogador, aquele que dá para chamar de craque, que jogou com você no futebol de Brasília?
São muitos. Maninho, Joãozinho (atacante), Mazinho, Júlio César, Jackson... Bah, são muitos.

E em se tratando do time adversário, algum jogador que você tenha enfrentado em Brasília, que era verdadeiramente um craque?
Destaco dois: Marquinhos, do Ceilândia, que jogou no Bahia, e Marquinhos Brasília.

Qual o atacante que lhe deu mais trabalho durante a sua carreira de goleiro?
Bah, vários, foram muitos...

Se você fosse formar a seleção brasiliense de todos os tempos, quais seriam os onze jogadores que formariam a equipe titular e os onze que seriam reservas imediatos? 
André, kkkkk, e Capucho, Viana, Junior, Marquinhos, Bira, Gerson, Rochinha, Marquinhos Brasília, Alessandro Bocão, Romualdo, Wellington Dias, Jairo, Fernando (goleiro), Osmair (goleiro), Maninho... Bah tem vários...

Quais foram os três melhores treinadores do futebol de Brasília com quem você pôde trabalhar?
Mozair Barbosa, Déo de Carvalho e Eurípedes Bueno.

E os três melhores dirigentes?
Roberval de Paula, só!

Bandeirante
Você tem aquele jogo que considera inesquecível? Lembra os detalhes dele?
Primeiro jogo da final do Campeonato Brasiliense de 2000, Bandeirante 1 x 1 Gama, no dia 25 de junho, no Mané Garrincha. Fui o melhor em campo.

Esqueça um pouco a modéstia e fale de suas características dentro de campo. 
Posicionamento, frieza e tranquilidade, sem fazer defesas espalhafatosas, como aprendi no Internacional, de Porto Alegre, olhando de perto o Taffarel jogar e treinar.

Você teve algum ídolo no futebol? Teve oportunidade de estar em um campo de futebol ao lado dele ou como adversário?
Taffarel, só em treino.

Atualmente, qual o grande goleiro do futebol no Brasil e no Mundo? Qual o goleiro que você mais admira hoje?
Manuel Neuer, da Alemanha.

Qual a defesa mais bonita que você praticou?
Ah, cara, é difícil essa pergunta, pois toda defesa é difícil para um goleiro.

Fez muitos amigos no futebol? Algum em especial?
Sim, meu melhor amigo é o Regis, zagueiro do Internacional, do Fluminense e do São Paulo. Jogamos juntos desde pequenos no Internacional.

Durante sua carreira de atleta, você deve ter vivido várias situações engraçadas, tem alguma em especial para nos contar?
Vixi, uma vez estava jogando pelo juvenil do Internacional e aconteceu de eu ter que fazer uma defesa, entrando na bola. Eu estava de calça de goleiro, mas sem o elástico pra segurar, a calça foi parar no tornozelo. Sorte que estava de cueca. kkkkkkkk. A torcida riu demais!

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