O mais velho de oito irmãos, veio para o Distrito Federal, mais precisamente
Taguatinga, em dezembro de 1969.
Desde cedo, gostava de futebol e, principalmente, de ser goleiro. Com oito anos
de idade, vendia picolé em sua cidade natal e ficava sempre atrás dos gols,
admirando os goleiros que por lá passavam.
Seu pai havia sido goleiro e, nos fundos de sua casa tinha um quintal onde espalhava
palha de arroz numa área para que seus amigos ficassem chutando bolas para
Édson tentar defender. Faziam até torneios para ver quem fazia mais gols em
Édson.
No quarteirão onde morava havia um campo de terra onde, após as aulas, Édson e
seus amigos jogavam duplas cariocas, ou seja, uma equipe chutava, a outra
defendia.
Em Taguatinga, perto do Colégio Marista havia um estádio de madeira, que
pertencia ao Flamengo local, e foi ali que, aos 16 anos, Édson começou a atuar
como goleiro.
Não demorou para se destacar no infanto-juvenil e chegou a fazer parte da
Seleção do DF nessa categoria.
Do Flamengo, Édson foi para o Nacional, que tinha um campo onde hoje está o
UNICEUB, na entrada de Águas Claras. Passou dois anos atuando por essa equipe,
disputando muitos jogos pela região do Entorno nos finais de semana.
Aos 18 anos, foi para o Santa Teresinha, que mais tarde viraria o Canarinho
Esporte Clube.
Com 19 anos, foi para Brazlândia, onde jogou nos principais times da cidade:
Renner, Auto Esporte e Atlético, este já pelo campeonato brasiliense de 1973.
Chegou a jogar pela Seleção de Brazlândia, desbancando goleiros veteranos.
Quando o Canarinho foi fundado, em 1975, Édson foi para lá. Suas boas atuações
no Canarinho o levaram a ser convocado para a Seleção do DF que enfrentaria a
Seleção de Minas Gerais, no Mineirão (0 x 0), no dia13 de julho de 1975. Ficou
no banco de reservas, pois a seleção brasiliense estava muito bem servida de
goleiros: Paulo Victor e Déo, ambos do Ceub.
Em agosto de 1975, Édson sagrou-se campeão de um torneio quadrangular que
reuniu, além do Canarinho, A. A. Relações Exteriores, Guadalajara e Humaitá.
Em 1976, se profissionalizou e disputou o primeiro campeonato de profissionais do Distrito Federal pelo Canarinho. Jogou nessa equipe por três anos. Quando o Canarinho acabou, vários jogadores foram para o Taguatinga. Édson foi para a Desportiva Bandeirante, do Núcleo Bandeirante.
No Ceilândia |
Quando o Ceilândia surgiu, em 1979, Édson tornou-se o primeiro jogador
profissional a ser contratado pelo novo clube, onde ficou por um ano e meio.
No dia 18 de novembro de 1979, no Serejão, o Ceilândia realizou sua primeira
partida oficial contra o Brasília e Édson foi o seu goleiro. O Ceilândia fez
uma boa partida, mas perdeu por 2 x 1.
Ainda em 1979, passou no vestibular e, com a ajuda da AGAP-DF, tornou-se o
primeiro jogador profissional do DF a ganhar bolsa universitária.
Disputou 14 jogos válidos pelo campeonato brasiliense de 1980, defendendo a
meta do Ceilândia.
Com 31 anos de idade se formou e foi convidado a ser Diretor de Assuntos
Educacionais da AGAP-DF, onde por um ano desenvolveu junto aos clubes incentivo
para os atletas estudarem. Logo depois, ingressou na Secretaria de Educação do
DF, como Professor concursado em Educação Física. Por motivos pessoais, teve
que sair da Secretaria, cedendo sua vaga para o também ex-jogador Pedro
Pradera. Aposentou-se em 2011.
Tendo abandonado o profissionalismo, não parou de jogar bola no futebol amador
da Ceilândia até os 35 anos. Logo depois, começou a trabalhar como técnico em
algumas equipes amadoras da Ceilândia, até passar para o futsal, onde está até
hoje, treinando várias categorias de diversas equipes (AET, Afusta e Candangos),
além de ser treinador de seleções estudantis por cinco anos e também
desenvolver projetos de escolinhas por todo o Distrito Federal.
Atualmente dirige a equipe do Capital, que vai disputar o campeonato de masters
do DF.
Curiosidade: em toda sua carreira Édson foi, provavelmente, um dos goleiros
mais baixos do Brasil: tem 1,65 metros.
Conheço o Edson. Um ótimo goleiro apesar da baixa estatura. Foi um marco na história do futebol brasiliense. Acho que só o Silva do Jaguar era mais baixo. Ambos tinham muita elasticidade e bom posicionamento. Joguei com ambos nos anos 70 80 90. Bons tempos. ARISTON ALBUQUERQUE
ResponderExcluirO Edson foi um "Davi" no gol, jogava com garra e amava ser goleiro.
ResponderExcluirSou seu irmão e confesso que dava prazer ver sua vibração.
Também contribuiu muito para a história do futebol brasiliense.
O Edson foi um "Davi" no gol, jogava com garra e amava ser goleiro.
ResponderExcluirSou seu irmão e confesso que dava prazer ver sua vibração.
Também contribuiu muito para a história do futebol brasiliense.
Este homem é o meu exemplo diário de como a ser um grande homem....exemplo de superação, garra e muito temente a Deus....parabéns papai.... O sr. Merece muito mais do que estas poucas linhas....te amo....seu filho Thiago
ResponderExcluirObrigadO, vindo dos dois fico.meio suspeito mas lisonjeado.
ResponderExcluirSempre profissional e dedicado. Até hoje ensina com esmero.
ResponderExcluirObrigado pelos comentários, me sinto honrado e orgulhoso pelo que fui ate hj
ResponderExcluirGrande Edson
ResponderExcluirHomem integro...parabéns Edson, meu sogro e "pai"....Deus o abençõe!
ResponderExcluirEsse meu irmão é um exemplo de garra e de realizar aquilo que gosta! Parabéns!
ResponderExcluirMeus Parabéns Edson , jogamos juntos por um bom tempo no Santa Terezinha e Canarinho. Seu amigo Paulinho.
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